Sony Music Publishing amplia programa para gerar receita de streaming a compositores antigos

A Sony Music Publishing estendeu sua política em relação aos saldos não recuperados de compositores que tiveram seus contratos realizados antes de 2000.

Com o lançamento do programa “Legacy Unrecouped Balance Program”, a editora está selecionando compositores que tiveram seus contratos realizados antes de 2000 para pagar royalties pelas transmissões em plataformas de streaming, mesmo que nunca tenham pago totalmente os adiantamentos recebidos e outros custos recuperáveis ​​incorridos pela editora anteriormente.

Conforme o Completemusicupdate.com, este assunto foi denunciado após o Comitê formado no Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte (DCMS) do governo britânico emitir um relatório sobre a economia do mundo da música, onde se identificou que muitos artistas ainda estão pagando dívidas de álbuns lançados há anos com o dinheiro recebido de royalties recebidos das plataformas de streaming. Ou seja, continuam não recebendo nada para pagar dívidas de anos.

É importante notar que os acordos de edição mais antigos não eram favoráveis em comparação aos realizados atualmente. Com o programa da Sony Music Publishing, esses compositores poderão começar a receber o dinheiro vindo do streaming.

“Com as mudanças históricas nas políticas de nosso negócio, estamos dando passos importantes para criar uma indústria musical mais justa e transparente para compositores e todos os criadores. Em nome de nossas equipes ao redor do mundo, é nosso privilégio representá-lo no início deste próximo capítulo com Songwriters Forward.”, disse o CEO e presidente da Sony Music Publishing Jon Platt em um memorando visto pela Music Week.

Todos os compositores e artistas inclusos no programa serão notificados pela Sony Music Publishing globalmente.

 

STJ decide que UBC deve liberar acesso de cadastro de obras na íntegra para pesquisador

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o advogado Alexandre Pesserl, pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pode ter acesso aos dados completos de titularidade das obras e fonogramas geridos pela União Brasileira de Compositores (UBC).

Conforme o Plural.com, Pesserl havia pedido à Justiça a liberação para o acesso de todos os cadastros das obras musicais do catálogo da UBC, a fim de levantar e cruzar dados em sua tese de doutorado. No entanto, o pesquisador estava enfrentando dificuldades para coletar dados, já que atualmente o Ecad e associações de autores não disponibilizam as informações de participação individual de cada artista/compositor nas obras, apenas constam dados básicos sobre obras e fonogramas.

O caso acabou chegando ao STJ pela relatora e ministra Nancy Andrighi, e foi votado de forma unânime pelos demais ministros a favor de Pesserl. A ministra afirmou que será preciso manter um “cadastro centralizado de todos os contratos, declarações ou documentos de qualquer natureza que comprovem a autoria e a titularidade das obras e dos fonogramas, bem como as participações individuais em cada obra e em cada fonograma, prevenindo o falseamento de dados e fraudes e promovendo a desambiguação de títulos similares de obras” e que “tais informações são de interesse público e o acesso a elas deverá ser disponibilizado por meio eletrônico a qualquer interessado, de forma gratuita”.

Após a decisão, a UBC entrou com o pedido de embargos de declaração alegando estar impedida de disponibilizar informações sobre a autoria de obras e fonogramas. A entidade afirma que a decisão expõe informações pessoais e privadas sobre a gestão dos repertórios dos titulares de direitos autorais e que os “dados objeto da decisão do STJ já são disponibilizados, conforme determina a lei”.

O advogado Sydney Sanchez disse ao portal que “a UBC cumpria regularmente a Lei de Direitos Autorais e que as informações originalmente pretendidas pelo professor eram excessivas”. Agora, o STJ deve decidir sobre os limites do pedido.

Mudanças para o Mercado Musical:

De acordo com Pesserl, a decisão deve trazer uma revolução do mercado pode ter se iniciado: “A partir do acesso a este banco de dados, abre-se a possibilidade de registros de direitos autorais de forma aberta, em blockchains públicas, que permitiriam o mapeamento de recursos culturais abertos e a criação do domínio público positivo, um conjunto de conhecimentos que devem permanecer em modo de livre acesso e uso da sociedade”.

Allan Rocha, professor da UFRJ e diretor do Instituto Brasileiro de Direitos Autorais, também destacou como a decisão deve impactar o mercado:

“O primeiro é na elaboração de políticas públicas, pois vamos saber quantas das músicas cadastradas no ECAD do Brasil, pertencem a músicos independentes ou grandes produtoras. Qual o nível de concentração de titularidade, ou seja, se uma empresa tem 60% de todas as músicas por exemplo então esse é um ponto importantíssimo para a pesquisa de políticas públicas”, disse o professor ao portal.

“O acesso a esse banco de dados joga luzes na estrutura do sistema. Se não resolve todos os problemas, traz um elemento fundamental para se pensar em oferecer novas formas de remuneração para autores, formas mais rápidas e mais honestas, para desenvolver contratos inteligentes, sistemas automáticos de pagamento e distribuição direta”, concluiu.

LEONARDO NEGA TER ENGANADO E HUMILHADO AUTOR DE “PENSE EM MIM”

Recentemente o cantor sertanejo Leonardo foi acusado de humilhar e enganar o compositor de “Pense em mim”, uma das músicas mais conhecidas de sua carreira.

Conforme o Uol, durante o processo aberto o cantor negou que humilhou o compositor Mário Soares. A defesa alega que o sertanejo é apenas o intérprete da música e todas as autorizações foram obtidas na época do lançamento pela gravadora e editora:

“No que tange aos direitos autorais, nada tem [o compositor] a reclamar com Leonardo, visto que ele não participou das tratativas e muito menos firmou qualquer contrato que determinou as remunerações”, declarou a defesa de Leonardo à Justiça.

Mário Soares afirma nunca ter sido remunerado de forma justa pelos direitos autorais da música, que só foi solicitada autorização apenas no álbum “Leandro e Leonardo Vol. 4”. Ele contou que foi pressionado a assinar contratos, mesmo sem conhecimento sobre os seus direitos. Além disso, o compositor declarou que se tornou apenas um coadjuvante da história e que por diversas vezes Leonardo tentou humilhá-lo:

“Sempre que se encontram, [Leonardo] pede o número de sua conta bancária, fazendo alusão de que está milionário e que Mário merece uma caixinha”, afirmou o advogado Alexandre Teixeira Moreira, representante do compositor durante audiência.

Para o advogado de Leonardo não há provas sobre as acusações apresentadas: “Onde comprova que Leonardo tenha praticado qualquer conduta vexatória contra ele ou a sua obra?”.

Mário está cobrando o valor de R$598,8 mil, considerando royalties e indenização. A ação segue sem julgamentos e envolve também as gravadoras.

 

Foto: Glaucon Fernandes – 26.jan.2019/Eleven – reprodução

Roger Waters recusa oferta milionária de Zuckerberg para uso de sua música em uma campanha do Instagram

No último sábado, Roger Waters anunciou que recursou uma grande oferta do cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, para usar “Another Brick in the Wall” em uma campanha publicitária do Instagram.

A notícia foi dada por Roger Waters enquanto participava de uma entrevista no evento “Free Assange Fórum”, criado para libertar o ativista sueco Julian Assange, que está preso no Reino Unido desde abril de 2019.

O músico e cofundador da banda Pink Floyd disse que ficou irritado com a proposta, já que o Facebook, segundo ele, censurou a história da prisão do repórter e contribui para o “caos” mundial que estamos vivendo:

Em um vídeo publicado no Twitter pelo perfil mexicano La Jornada, o roqueiro chegou a ler partes da proposta que recebeu:

“Chegou na Internet para mim esta manhã um pedido de licença para uso da minha música, ‘Another Brick in the Wall (Part 2),’ na produção de um filme para promover o Instagram.”

Revoltado, o músico falou que recursou a proposta, mesmo sendo um valor alto: “Então, é uma carta de Mark Zuckerberg para mim … com uma oferta de uma enorme quantia em dinheiro e a resposta é, ‘f*d*-se! Nem f*d*ndo!

“E só menciono isso porque é o movimento traiçoeiro deles para assumir absolutamente tudo. Então, aqueles de nós que têm algum poder, e eu tenho um pouco – em termos de controle de minhas músicas. Então, eu não serei cúmplice dessa m*rda, Zuckerberg.”, afirmou o artista indignado.

Waters também revelou que na proposta, o Facebook elogiou sua obra por ser atemporal, traduzindo um “sentimento central” que “ainda é tão prevalente e necessário hoje”. O trecho deixou o músico ainda mais revoltado, já que o Facebook nasceu como uma plataforma para classificar e dar notas e classificar as meninas mais bonitas de Harvard:

“Como diabos ele conseguiu algum poder em qualquer coisa? E ainda assim aqui está ele, um dos idiotas mais poderosos do mundo”, afirmou Waters.

Conforme o NewsWeek, em fevereiro de 2020, o músico se juntou a centenas de manifestantes – incluindo a designer Vivienne Westwood – para exigir a libertação de Assange enquanto marchavam pelas ruas do centro de Londres.

Assange, nascido na Austrália, passou sete anos na embaixada onde buscou asilo diplomático enquanto enfrentava acusações de suposto crime sexual na Suécia. Ele sempre sustentou que as acusações suecas eram pouco mais do que uma estratégia para que os funcionários da inteligência dos EUA o capturassem e extraditassem para os EUA.

Os promotores dos EUA alegam 17 acusações sob a Lei de Espionagem contra Assange, que era o ex-chefe do Wikileaks, uma organização que divulga na internet documentos confidenciais obtidos de empresas e agências governamentais do mundo. Além disso, o repórter possui uma série de acusações que podem resultar em 175 anos de prisão, se condenado.

 

FOTO: KURT KRIEGER/CORBIS VIA GETTY IMAGES/CHRISTOF STACHE/AFP VIA GETTY IMAGES

Para especialista brasileiro, mercado da música precisa se reajustar diante de uma nova crise de direitos autorais

O ano é 2021 e cá estamos diante de mais uma revolução tecnológica com a chegada do 5G e a Web 3.0. O que significa para o mundo da música? Mais oportunidades para artistas, novas experiências para os fãs de música e uma possível crise de direitos autorais.

Este foi o assunto de um artigo publicado pelo especialista Arthur Deucher Figueiredo para o Tenho mais Discos Que Amigos. De acordo com o advogado e mestre em Direito e Política da Mídia, Entretenimento e Tecnologia pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), o mercado da música precisa se atualizar, principalmente para não enfrentar uma nova crise de direitos autorais.

Baseado em um artigo escrito para a Variety, Mark Gillerspie, CEO da Three Six Zero, Figueiredo explica que em breve a indústria da música terá uma nova crise com a chegada das novas tecnologias. Desta forma, todas as estruturas atuais de poder e legislação de direitos autorais se tornarão redundantes.

Assim como ocorreu no passado com a chegada do Napster e o auge da pirataria na música, a chegada da Web 3.0, aliada ao 5G, proporcionarão conectividade com alta velocidade, promovendo uma rede com ideais mais descentralizados voltando a ideia de uma “internet primitiva”.

“Tais redes descentralizadas, que já despertam o interesse dos entusiastas interessados ​​em blockchain, irão muito mais longe na medida em que a usabilidade e a acessibilidade dessas redes forem melhorando, o que representa um grande desafio para as leis de direitos autorais existentes e, consequentemente, para os detentores de direitos autorais”, explica o autor.

E como lidar com tanta novidade diante de uma lei de direito autoral brasileira tão criticada e sem atualização desde 1998?

Não é preciso pensar muito pra chegar na solução: “É preciso pensar no futuro do mercado e quais as estruturas legais que irão servir de alicerce para as mudanças impostas por esses avanços”, concluiu Figueiredo.

 

Foto por Pexels via Pixabay – reprodução

 

O YouTube pagou US$4 bilhões à artistas no mundo em 2020

Na última quarta-feira (02), Lyor Cohen, Chefe Global de Música do YouTube anunciou no blog oficial da plataforma que no último ano o YouTube pagou US$4 bilhões à artistas e compositores no mundo.

De acordo com Cohen, parte deste dinheiro foi gerado através de anúncios do YouTube e do YouTube Music/YouTube Premium.

Cohen também revelou que no último trimestre de 2021 a plataforma conquistou o maior número de assinantes pagos desde o seu lançamento. Ele disse que o objetivo da plataforma é ir além e se tornar a que mais remunera artistas no mundo todo:

“Nosso objetivo é nos tornarmos o principal gerador de receita para a indústria da música e ajudar artistas ao redor do mundo a construir uma carreira fazendo música.”, disse o executivo em seu post.

Conforme análise do Music Business Wordwide, os novos dados significam que nos últimos 12 meses, o YouTube pagou à indústria da música cerca de 20% do que arrecadou de anúncios. Sendo que dos US$4 bilhões, 30% (ou cerca de US$1,2bilhão) do que foi pago, vieram do Conteúdo Gerado pelo Usuário.

“Tanto o conteúdo de música premium quanto o conteúdo gerado pelo usuário (UGC) estão crescendo e trazendo um valor significativo para a indústria”, citou Cohen.

O executivo também mencionou o quão importante a plataforma tem sido para impulsionar novas fontes de receitas na música. Foi o que aconteceu no show virtual do grupo de k-pop BlackPink – “The Show”. Antes do show, as meninas tinham 280.000 membros assinantes do em seu canal oficial, após o show esse número bateu a marca de 2,7 milhões de novos assinantes.

Na ocasião, para assistir ao show o fã poderia escolher o acesso padrão pagando US$29,99, com acesso à transmissão ao vivo, retransmissão e emojis personalizados, enquanto o acesso ‘Plus’ custava US$39,99 e dava acesso à transmissão ao vivo, retransmissão, emojis personalizados e conteúdos extras de bastidores.

“Construir a melhor experiência musical para os fãs e capacitar todos os artistas a desenvolver suas carreiras são essenciais para nós. Eu não poderia estar mais animado com o futuro da indústria musical. Hoje em dia, quando minha mãe me pergunta o que eu faço para viver, digo a ela que estou ajudando a garantir que o próximo Kurt Cobain não precise se tornar um dentista”, concluiu Cohen

 

Foto: O grupo de K-pop BlackPink

 

Saída do sertanejo em paradas musicais é questão de recuo estratégico, diz empresário

Recentemente, publicamos aqui que o sertanejo pela primeira vez deixou o ranking das três mais tocadas no YouTube Charts Brasil. Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro e MC Don Juan se tornaram os artistas mais ouvidos no país.

O Youtube Charts Brasil tem sido importante para mensurar o mercado musical nacional, e desde sua criação o sertanejo sempre esteve na liderança com artistas como Marília Mendonça, Gusttavo Lima, Zé Neto & Cristiano e Henrique & Juliano.

O que poderia explicar a saída dos sertanejos do ranking nacional, principalmente durante a pandemia do coronavírus? Wander Oliveira, o empresário e dono do maior escritório de música sertaneja no Brasil, a Workshow, falou ao G1 sobre estratégias e posicionamento de mercado, adotados pelos artistas do gênero neste momento.

Em entrevista, o empresário explicou que os shows presenciais são cruciais para alavancar o gênero, e neste momento os artistas estão impedidos de se apresentar. O recuo estratégico nos lançamentos foi necessário:

“Depois que começou a pandemia, nós do sertanejo não lançamos mais nada, nada novo. Por posicionamento, a gente achou melhor ficar mais tranquilo. O próprio artista achou melhor dar um tempo e não lançar nada. A gente tem uma cultura de lançar muita coisa ao vivo, e não tivemos essa oportunidade”, explicou o empresário ao portal.

Apesar do recuo, Oliveira disse que está otimista e nos próximos meses os artistas devem voltar com os lançamentos: “O sertanejo faz muito show, e a gente está sem o show. Então por opção a gente parou de lançar. Vamos começar a lançar novamente agora. No mês de junho a gente começa a retomar o mercado. Em torno de uns três, quatro meses, o mercado volta à normalidade, porque com os novos lançamentos, a coisa volta ao que era antes”, disse Oliveira.

Alguns especialistas apontam a falta de renovação e inovação do estilo como outro motivo para a queda no sertanejo. Sobre isso, o empresário disse não considerar essa hipótese:

“Na verdade, o sertanejo se renova a cada dia. Não é uma falta de renovação. Se você for ver, não tem nenhum ritmo que tem tanto artista novo que acontece sempre. Até a própria renovação de ritmo mesmo. Não acredito que seja isso. Pra mim, na qualidade de pessoa que trabalha com sertanejo há anos, é somente a questão de lançamentos”.

“Se você pegar nas pesquisas, as pessoas estão muito mais em casa. E quando ela está em casa, ela consome muito mais a música e isso acaba passando mais rápido também. Com o não lançamento, as pessoas começam a enjoar mesmo. Vai ouvindo, ouvindo, dali a pouco ela nem aguenta mais ouvir aquela música”, concluiu o empresário.

 

Foto: Wander Oliveira entre artistas da Workshow  – Reprodução/Instagram

SEU JORGE PODERÁ INDENIZAR FAMÍLIA DE MÁRIO LAGO EM R$500 MIL

O cantor e compositor Seu Jorge foi condenado a pagar R$500 mil à família de Mário Lago pelo uso indevido de trechos de duas canções.

Conforme O Globo, a disputa judicial se iniciou em 2007, após Seu Jorge usar trechos de “Ai que saudade da Amélia” em sua música “Mania de Peitão”, presente em seu álbum “Cru”.

Apesar de recorrer em primeira instância em 2019, o compositor foi novamente condenado a indenizar a família de Mário Lago (1911-2002) pela 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro na última sexta-feira (28).

A gravadora Universal Music e a Cafuné Produções também estão como réus, e a decisão ainda cabe recurso.

 

Foto: Divulgação

Bruno Mars vende parte de seu catálogo musical para a Warner Chappell

Bruno Mars entrou para o time de músicos que estão faturando com a venda de seu catálogo. Nesta semana a Billboard revelou que o cantor vendeu parte dos direitos de suas canções para a Warner Chappell.

Conforme a Billboard, o acordo entre cantor e editora teria sido fechado há pelo menos seis meses. Fontes da empresa confirmaram que o cantor vendeu apenas parte de seu catálogo, incluindo suas colaborações com o The Smeezingtons – trio de compositores formado por ele, Philip Lawrence e Ari Levine.

Embora os valores não tenham sido revelados, sabe-se que Mars possui um catálogo musical admirável. De acordo com o ASCAP e o sistema Songview da BMI, o cantor possui cerca de 232 canções de sua autoria.

Além disso, o catálogo de Bruno Mars inclui sucessos como “Just The Way You Are”, “Grenade”, “Locked Out Of Heaven”, e “The Lazy Song”, bem como faixas que ele co-escreveu ou apareceu em, como “Nothin’ On You’, de B.O.B e ‘Billionaire’, de Travie McCoy. Seu catálogo também inclui co-participações de hits como “F — You” de CeeLo Green e “Rocketeer” do Far East Movement, entre outros.

De acordo com a RIAA, Mars é o primeiro artista a conquistar cinco singles com certificado de diamante em “Grenade” “Just the Way Your Are”, “That’s Whats I Like” e “When I Was A Young Men”, além de sua atuação em “Uptown Funk”, de Mark Ronson.

“Estamos apenas no início da jornada e há muito mais por vir.”, disse Mars em um comunicado fornecido à Billboard pela Warner Chappell.

 

 

Foto: Kevin Winter/Getty Images

Ecad alerta sobre a criação ilegal de ISRCS por agregadoras

Nesta semana o Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – e demais associações de gestão coletiva da música no Brasil fizeram um alerta sobre a geração ilegal de ISRCs, pedindo que agregadoras orientem artistas e compositores.

Atualmente, para que uma música seja adicionada no catálogo dos serviços de streaming, como Spotify e Deezer, é necessário que o artista/compositor contrate as chamadas “agregadoras” para que os dados das gravações musicais sejam disponibilizados no ambiente digital. Além disso, é necessária a criação de um ISRC (International Standard Recording Code) – um código de identificação de fonogramas.

Conforme explica o escritório em nota “o ISRC funciona como um identificador básico de fonogramas, ou seja, de músicas gravadas. Este código segue um padrão eletrônico alfanumérico internacional de 12 caracteres que é dividido em quatro elementos, que representam o país, o primeiro proprietário da gravação, o ano de gravação e um sequencial. Cada fonograma ou gravação de música só pode ter apenas um ISRC e é esse código, único e intransferível, que permite a identificação da música aonde ela tocar no mundo”.

O que está acontecendo no mercado atualmente é a divulgação por parte das agregadoras em oferecer a criação de ISRC. Uma prática que está prejudicando muitos artistas e compositores na hora de receber seus direitos autorais.

De acordo com o alerta, o ISRC só pode ser gerado por agências nacionais habilitadas pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), ou seja, pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro, UBC, e pelo próprio Ecad.

Para o Dr. Rodrigo Salinas, advogado especializado em direitos autorais, não existe caminho fácil, a prática divulgada pelas agregadoras prejudica tanto os titulares de direitos quanto para as associações: “Um ISRC irregular gera conflitos na base de dados nacional e internacional, trazendo custos para o sistema da gestão coletiva e prejuízos aos compositores, artistas e músicos, uma vez que precisam ser cancelados, substituídos e validados por uma nova numeração”.

Em tempos de crise sanitária, muitos artistas, compositores e músicos estão praticamente sem renda. Por isso é muito importante entender o processo de regularização do ISRC, bem como mantê-lo atualizado, buscando ajuda junto às associações:

“Para evitar qualquer problema, basta que o artista procure sua associação para a geração do ISRC e esclarecimento de qualquer dúvida sobre este assunto”, orientou Salinas.

 

Foto: reprodução