Red Hot Chili Peppers está vendendo seu catálogo musical para a Hipgnosis por mais de US$140 milhões

Na última semana a Hipgnosis Songs anunciou que está adquirindo o catálogo de músicas da banda Red Hot Chilli Peppers por mais de $140 milhões. A banda, formada em 1982, possui um catálogo sólido de sucessos, com hits clássicos do rock como “Under the Bridge”, “Give It Away”, “Dani California” e “Knock Me Down”.

O catálogo do Red Hot foi escrito pelos principais membros da banda desde 1989 – o cantor Anthony Kiedis, o baixista Flea, o baterista Chad Smith e o guitarrista John Frusciante, que recentemente retornou para sua terceira passagem no grupo.

Conforme relatado pela Variety, o catálogo é administrado pela Moebetoblame Music, sob a orientação do advogado Eric Greenspan, sócio-gerente do escritório de advocacia Myman, Greenspan, Fox, Rosenberg Mobasser, Younger & Light LLP. Greenspan anunciou que atualmente o catálogo da banda gera US$5 milhões a US$6 milhões em participação líquida dos editores.

Além do retorno de Frusciante, mudanças têm acontecido na gestão da carreira da banda. O Red Hot rompeu seu acordo com o Q Prime, e agora está sendo gerenciado por Guy Osery, mesmo empresário de outros nomes grandes na música, como Madonna e U2. Com um anuncio de um álbum inédito em andamento, pode-se esperar que a banda retorne com muitas novidades.

Recentemente, a Hipgnosis tem corrido para aumentar a aquisição de catálogos musicais.  Em apenas duas semanas no início deste ano, a empresa adquiriu metade do catálogo de Neil Young, bem como os do Fleetwood Mac, Lindsey Buckingham, o produtor/executivo Jimmy Iovine e a cantora pop Shakira. Em pouco menos de três anos, a Hipgnosis adquiriu catálogos de hitmakers como Timbaland, Pretenders, RZA e Blondie.

 

Foto: ASSOCIATED PRESS

Reino Unido vê queda de 19,7% na arrecadação de músicas tocadas em shows ao vivo

Ano de boas e más notícias também para a música no Reino Unido. Apesar de arrecadar £699,4 milhões em 2020, receitas de música tocada ao vivo caíram 19,7%. Segundo o Music Week, diante da pandemia e seu impacto negativo na música, a associação de gestão coletiva de direitos autorais no Reino Unido precisou reforçar seu processamento de dados para acelerar o processo de pagamento de royalties. Além disso, foi preciso reduzir seus custos em £12,1 milhões (13,8%).

Mesmo assim, foi impossível escapar da queda nas receitas. Embora as distribuições para 155.000 compositores e editoras associadas tenham sido positivas no geral, muitos dos royalties pagos no ano passado foram coletados antes do primeiro lockdown. Portanto, a queda na receita será sentida pelos criadores de música até o fim de 2021, com previsão de queda nas distribuições de pelo menos 10% este ano.

“Foi um ano difícil para todos nós”, disse a CEO da PRS, Andrea C Martin, à Music Week. “Tivemos uma distribuição recorde, apesar de ter desempenho público [receita] caindo 61% e viver caindo quase 80%. Como empresa, nos concentramos no sustento de nossos membros”.

No geral, as receitas obtidas com a música tocada no Reino Unido e em todo o mundo em 2020 caíram 19,7% ano a ano para £650,5 milhões, erradicando anos de crescimento recorde.

Transmissões ao vivo

O crescimento do streaming no Reino Unido cresceu 796% em comparação a 2015. Foram 22,4 trilhões de “performances” de música em 2020. Durante a pandemia, o PRS For Music revisou os planos de cobrança de direitos para transmissão ao vivo de pequena escala e atualmente está elaborando seu próprio sistema de licenciamento para transmissões maiores.

“Estaremos anunciando em breve nossa proposta para o concerto online ao vivo [tarifa]”, disse Martin. “Anunciamos a licença de baixíssimo custo. Antes disso, tivemos muitos diálogos e muitos debates saudáveis! Tivemos três mesas redondas para licenciar shows ao vivo online, e também fizemos uma chamada sobre visualizações – tivemos quase 2.000 pessoas nos dando feedback sobre essa licença. E, em breve, publicaremos o que iremos cobrar por isso”.

No entanto, o aumento da receita e das distribuições de royalties online não compensará a perda de receita para muitos titulares. As distribuições para membros por desempenho público já caíram 35,1% (£50,4 milhões) em 2020.

A fim de apoiar seus associados neste momento difícil, o PRS for Music lançou em colaboração com seus parceiros – o PRS Members ‘Fund e a PRS Foundation – o PRS Emergency Relief Fund e, desde então, pagou mais de £2,2 milhões em 5.500 subsídios para compositores que enfrentaram dificuldades financeiras durante a pandemia do coronavírus.

“Você pode ver que nos resultados de 2020, fizemos tudo que podíamos para ainda ter um ano recorde”, disse Martin em entrevista à Music Week. “Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar o impacto. Estamos inovando, desafiamos as coisas. No ano passado, a equipe internacional fez auditorias para se certificar de que havia [mais] dinheiro para arrecadar. A equipe está super motivada para garantir que protegemos o sustento de nossos membros, esse é o nosso foco número um”.

Por fim, Martin tranquiliza os associados e afirma estar confiante sobre os resultados obtidos em 2020, e espera um futuro melhor: “Estabelecemos uma [meta] de crescimento muito rápido para o PRS”, disse ela. “Nossa meta é um pagamento de £1bilhão nos próximos cinco a sete anos. Estaremos alavancando nossas joint ventures e ser mais inovadores para chegar lá”.

 

 

Foto: a CEO da PRS, Andrea C Martin – reprodução

Synchtank aponta que editoras estão perdendo bilhões devido à má gestão de dados

Na última semana a Synchtank publicou um relatório sobre os desafios que as editoras musicais enfrentam em relação a direitos, royalties e pagamentos na era digital, e o papel vital desempenhado pelo processamento adequado de dados.

No relatório intitulado ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’, a Synchtank alerta que atualmente, o gerenciamento de dados e sistemas usados pelas editoras são ineficientes e incapazes de lidar com os grandes volumes e complexidades da era digital. O resultado: a perda de bilhões de dólares em receita.

As editoras possuem o papel de promover, cadastrar, recolher e distribuir aos autores a receita gerada pelas obras que representam. “Em geral, licenciam direitos de reprodução (armazenamento), mecânicos (fonográficos), digitais, sincronização e reprodução de letras”, define a UBC.

Conforme avalia o relatório, as editoras estão enfrentando uma grande batalha à medida que os volumes de dados continuam a crescer a uma taxa exponencial e os direitos e pagamentos se tornam cada vez mais complexos. Como demonstra o gráfico abaixo, espera-se que o streaming represente 86% das receitas de música até 2030.

Imagem: ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’

De acordo com o Music in Africa, o estudo aponta ainda a falha para pagamentos aos titulares de direitos devido a uma falta de padronização de layouts e inconsistências, tanto no Código Internacional de Gravação Padrão (ISRC), quanto no Código Internacional Padrão de Trabalho Musical (ISWC).

“Queremos despertar as pessoas para esses desafios”, disse o CEO da Synchtank, Rory Bernard. “As editoras precisam avaliar se seus sistemas são ou não à prova de futuro ou correm o risco de ficar para trás. As empresas que operam hoje precisam de tecnologia robusta e escalável para se manterem competitivas e capitalizar em novas oportunidades.

Para a plataforma, a gestão eficiente dos dados é de extrema importância, uma vez que cada vez mais artistas e compositores esperam acesso transparente a seus ganhos, enquanto os detentores de direitos desejam aproveitar os dados para conduzir a tomada de decisões operacionais e maximizar a propriedade intelectual.

 

Sobre a Synchtank:

Fundada por Joel Thomas Jordan em 2008, a Synchtank é uma plataforma britânica de gerenciamento de entretenimento, que oferece soluções baseadas em nuvem para gerenciar ativos de entretenimento digital, propriedade intelectual, metadados e contabilidade de royalties.

Recentemente a empresa lançou uma nova versão de sua plataforma de contabilidade de royalties, o IRIS. O software foi projetado especificamente para uso no setor de edição musical, com a capacidade de rastrear dados e identificar royalties devidos em uma ampla gama de plataformas e territórios.

 

Para conferir o relatório ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’ na íntegra CLIQUE AQUI

 

Foto: O fundador e presidente da Synchtank, Joel Thomas Jordan/divulgação

Especialistas apontam desafios e oportunidades sobre uso dos NFTs no mercado musical

Nesta semana a UBC publicou importante matéria sobre o uso de NFTS (tokens não-fungíveis) e sua aplicações no mercado musical. A questão principal ficou por conta do impacto da tecnologia e se, de fato, ela terá sustentabilidade para a indústria musical.

O NFT (non-fungible token, sigla em inglês) é a nova tecnologia que está ajudando artistas como Grimes e King of Leon a faturar milhões. O NFT tem o conceito parecido com as criptomoedas e aos blockchains, com essa tecnologia pode-se registrar, de forma segura, transações que ocorrem em moedas virtuais, como o Bitcoin. Contamos mais detalhes por aqui, no último mês.

Para Guta Braga, especialista em negócios da música e fundadora do Música, Copyright e Tecnologia, os NFTs podem ajudar artistas e autores como uma nova fonte de renda, mas ainda está cedo para saber se a tecnologia pode revolucionar o mercado:

“Acredito que toda inovação traz novos ventos e, com eles, oportunidades para nosso mercado. Principalmente para autores e artistas ávidos por novas fontes de receita, já que o mercado de streaming não tem garantido a sobrevivência de muitos que vivem da música. Não sei se o NFT se traduzirá em modelo que revolucionará o mercado. Acredito que ainda seja muito cedo para tal conclusão.”

Apesar de o assunto estar em evidência por ter gerado milhões à artistas, ainda não é possível dizer se este modelo de negócios pode ser acessível a todos, uma vez que alguns pontos, como os direitos autorais, precisam ser esclarecidos:

“Ainda não entendi por exemplo como fica a questão do pagamento de direitos artísticos, autorais e toda a cadeia de proprietário dos conteúdos. Ainda não está claro para mim o modelo de negócio. Acho que ainda está na esfera do hype, onde poucos entram na brincadeira. O mercado de criptomoedas é muito volátil e movido a especulação. Um mercado para poucos privilegiados. Estou estudando, e acho tudo um pouco prematuro para apostar como um modelo revolucionário.”, explicou Guta Braga ao portal.

Além da pouca acessibilidade ao modelo, outra questão a ser avaliada é a sustentabilidade. Seth Godin, fundador da Akimbo, uma plataforma de cursos e seminários para profissionais, escreveu um artigo em seu blog alertando sobre como os NFTs podem se tornar uma “armadilha perigosa” e “insustentável”, pois ao passar este momento de alta, muitos colecionadores podem perder tudo o que investiram.

Assim como a possível perda financeira, há ainda um grande impacto no meio ambiente. Para se criar certificações mensalmente, é necessário o uso de grande quantidade de energia elétrica. Caso os tokens se tornem populares, Godin afirma que “seriam necessárias usinas elétricas só para alimentar as certificações da Christie’s ou da feira de arte da Basileia”, exemplifica Godin. “É um despropósito fadado ao fracasso”, concluiu.

Imagem: reprodução

Painel especial Música, Copyright e Tecnologia: NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música

Amanhã, às 19h, acontece o segundo painel do Curso Música Copyright e Tecnologia, ‘NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música’. Atendendo à pedidos vamos transmitir ao vivo no YouTube!

O que são os NFTs? Qual é a ligação com as criptomoedas? E a tecnologia Blockchain? Entenda porque o surgimento desse novo modelo de negócios está movimentando o mercado da música e saiba como pequenos e grandes artistas podem aproveitar as novas tecnologias para alavancar sua carreira.

Guta Braga, coordenadora do Música, Copyright e Tecnologia, recebe especialistas e artistas que já mergulharam no universo das NFTs e das criptomoedas para debater o tema e apresentar casos reais.

PARTICIPE DO PAINEL AO VIVO AQUI

Quando: 26/3

Horário: 19h

Plataforma: Zoom para alunos matriculados no curso MCT EAD, com transmissão ao vivo gratuita pelo canal no YouTube do Música e Negócios Puc Rio

Informações: leofeijo@esp.puc-rio.br

Quem vai participar do Painel?

 

André Abujamra:  Filho de um dos grandes atores do teatro brasileiro Antônio Abujamra, André Abujamra, de origem libanesa e italiana, herdou do pai o talento e a necessidade em provocar a ordem vigente, em mais de 40 anos de carreira se firmou como um dos grandes artistas criativos do Brasil. Multi artista André é cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema.

Ao lado de Maurício Pereira, André também fez parte nos anos 1980 da dupla Os Mulheres Negras. Em 1994 estreou como líder, guitarrista e vocalista da banda Karnak, onde seu disco de estréia foi considerado pela revista americana Rolling Stones entre os melhores lançamentos da década de 1990.

Seus projetos de discos solo incluem O Infinito de Pé (2004), Mafaro (2010), O Homem Bruxa (2015), Omindá (2018) e Emidoinã (2020). Também arruma tempo para seus projetos experimentais como AbcyÇwÖk, Fat Marley e Turk André compôs trilhas sonoras para cerca de 70 filmes brasileiros, alguns consagrados como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Castelo Ratimbum e 2 Coelhos. Como ator já
participou de vários longas, entre eles Sábado (Ugo Georgetti), Durval Discos e Proibido Fumar (Anna Muylaert).

IMDB: http://www.imdb.com/name/nm0009494/
Facebook: https://www.facebook.com/andreabujamraoficial
Youtube: https://www.youtube.com/user/xirian2006
Soundcloud: https://soundcloud.com/andre-abujamra
Site: http://www.andreabujamra.com.b

Anne Chang: especialista em fusões, aquisições e investimentos, é formada pelo Largo São Francisco – USP, é mestre pela Universidade da Califórnia – Berkeley e especialização pela London School of Economics – LSE em mercados financeiros. É sócia de HCO Law | eAdvisor, Diretora Executiva de Tecnologia e Inovação e Board Members da Berkeley Global Society. Professora do Insper no curso de direito das Startups.

Em 2016, foi co-autora de um paper premiado pelo governo federal norte americano sobre blockchain em saúde.

 

Igor Bonatto: (@igorbonatto) é fundador da noodle (noodle.cx), o primeiro banco para artistas e empresas musicais. Antes, Igor fundou a produtora audiovisual Claraluz Filmes, a agência de inovação criativa THT, dirigiu e produziu filmes publicitários, vídeo clipes, curtas e longas.

Sobre o Noodle: É o primeiro banco digital para artistas e empresas culturais, oferecendo dinheiro e inteligência para acelerar carreiras e expandir negócios. Com a missão de conectar a indústria global da música através de uma rede dinâmica de recursos, informações, pessoas e ideias — busca contribuir para que a indústria cresça de forma mais simples, diversificada, justa e acessível.

 

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Lalai Persson é publicitária e trabalha com Comunicação Digital há 15 anos e foi fundadora da agência Remix Social Ideas, uma das primeiras agências de Social Media do Brasil, onde trabalhou com ativações de marcas em festivais como Lollapalooza, Rock in Rio, Skol Sensation e Tomorrowland.

Produziu festas de música eletrônica por 8 anos nos principais clubs de São Paulo. É criadora do site de lifestyle de viagens Chicken or Pasta, que a levou a rodar o mundo por cinco anos visitando festivais de música para pesquisar tendências e ativações de marcas no segmento. Foi a responsável pelas ativações de marcas na primeira edição brasileira do festival Dekmantel e atuou como consultora da ativação do Itaú no Rock in Rio 2018.

Em 2018 e 2019, ao lado da jornalista Claudia Assef, criou o conceito e produziu o Dia Música Eletrônica de São Paulo, uma semana de eventos espalhados por aparelhos culturais na capital paulista para fomentar a cultura da música eletrônica.

Atualmente mora em Berlim, se formou recentemente na 18ª edição do curso Música e Negócios EAD, estuda produção de música eletrônica e tem se aprofundado nos estudos de blockchain & NFTs dentro da  área de música.

É colunista mensal do site Music Non Stop e é autora da newsletter Espiral, um mix de relatos pessoais e notícias sobre música com foco em experiências, festivais e tecnologia.

Pena Schimidt: Trabalho para a Música desde 72, desbravei a carreira de técnico de som,  montando palcos,  construindo e operando mesas de som e ensinando o oficio. Na industria fonográfica, montei e gerencie estúdios, depois gravando e produzindo 30+ discos; contratando artistas para grandes gravadoras; ganhei discos de ouro que depois gastei no selo Tinitus, onde lancei 30 discos independentes. Cuidei de festivais desde os primeiros, lá em Iacanga 1975, dirigi os muitos palcos de  todos os Free Jazz e muitos outros, com grandes equipes. Inaugurei  e fui gestor do Auditório Ibirapuera e diretor do CCSP-Centro Cultural São Paulo. Promovi a discussão e ajudei a criar a Lei “São Paulo Cidade da Música”, aprovada em 1a. votação, aguardando a aprovação do Prefeito de SP.  Hoje descanso, produzo a #listadaslistas, faço mentorias e consultorias.

SPOTIFY PAGA APENAS U$0,0033 POR STREAM À ARTISTAS NOS EUA

O Business Insider publicou um artigo para esclarecer e ajudar artistas e compositores que ficam perdidos quantos aos pagamentos de royalties nas plataformas nos  Estados Unidos.

Mesmo com a variedade de plataformas de streaming no mercado, pouco se sabe sobre como  é feito o pagamento para titulares de direitos autorais. E quando o assunto são os percentuais, muita gente ainda fica em dúvida.

Na última década, surgiram várias plataformas de streaming  (também chamadas de DSPs), como Spotify, Apple Music, e Pandora. Apesar de todos os benefícios que esses serviços podem oferecer, ainda há pouca transparência sobre os dados e percentuais de remuneração.

O que se sabe é que muitos fatores podem interferir nos valores finais pagos aos compositores nas plataformas de streaming. Nos Estados Unidos, segundo o portal, os DSPs costumam considerar o número de plays mensais, número de assinantes Premium e o tipo de contrato de distribuição.

“Cada DSP tem seu pagamento, e é responsabilidade de sua distribuidora obter o pagamento correto. Eles ajudam a configurar e orientar quanto você está sendo pago por fluxo e o processo de pagamento de royalties”, disse Brandon Pain, rapper de Nova Jersey, ao Insider.

Há ainda fatores econômicos que podem influenciar no volume da receita. De acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA), as assinaturas pagas substituíram as vendas de álbuns, que já estavam em declínio. Com a pandemia, a queda de 23% da receita de produtos físicos (cds, dvds, vinil) e paralisações de toda a indústria em eventos ao vivo, fizeram com que a receita de streaming se tornasse ainda mais fundamental para quem vive de música.

No entanto, o Insider descobriu que o Spotify pagou aos artistas apenas $0,0033 por transmissão, um valor menor praticado por outras plataformas – $0,0054. Ou seja, para um detentor de direitos receber um dólar no Spotify, é preciso que sua música seja tocada pelo menos 250 vezes.

Desde o surgimento das plataformas de streaming, o valor das taxas de pagamento do Spotify tem caído a cada ano. Em 2014, eles pagaram $0,00521 em média, já em 2016 a taxa média caiu para $0,00437. Em 2017, a coisa piorou e chegou a uma redução para US$0,00397 –  conforme o site especializado em direitos autorais, The Trichordist.

No caso do Spotify, nos Estados Unidos, os artistas são pagos mensalmente de acordo com o número total de streams em cada música, considerando quem é o proprietário de cada música e quem as distribui. Primeiro, os detentores dos direitos são pagos. Em seguida, o distribuidor é pago (pode ser o mesmo que o detentor dos direitos em alguns casos). E, finalmente, o artista é pago.

Artistas independentes e seus empresários normalmente usam serviços de distribuição como Tunecore ou Distrokid para colocar suas músicas no Spotify. Artistas maiores contratados por grandes gravadoras passam por um processo interno.

“Agora que há mais pontos de distribuição, esse setor da indústria está começando a crescer. Isso significa que o custo está começando a cair”, disse Sharlea Brookes-Keyes, gerente do rapper Vintage Lee.

“Tunecore faz 100% de royalties [eles não ficam com nenhuma parte de sua receita de streaming], mas você tem que pagar uma taxa anual de $50 por um álbum e $10 por um single.”

Diante deste cenário, a dica do portal para um artista que deseja aumentar a renda com streaming é criar mais músicas, além de trabalhar para que elas sejam colocadas nas playlists oficiais do Spotify, e assim, serem mais ouvidas pelos usuários.

 

Imagem: Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

LUAN SANTANA QUER ESCREVER NOVA HISTÓRIA COM FÃS AO ASSINAR COM SONY MUSIC

Na última semana, o cantor sertanejo Luan Santana anunciou que agora faz parte do time da  Sony Music, uma das maiores gravadoras do Brasil.

De acordo com o Splash, a decisão de assinar com a gravadora veio após ler uma crítica construtiva de um especialista musical, que o chamou de “hors-concours”, termo usado para artistas que não precisam participar de concursos por estarem muito além dos competidores. Desta forma, Luan Santana quer fazer jus ao título e assinar com a Sony Music é um grande passo.

“Quero escrever esta nova história com os meus fãs e conquistar o mundo que, junto com a Sony, vai me ajudar a mostrar a música e o romantismo do Brasil”, comemorou o artista.

O cantor continuou: “Adele, Alicia Keys, Britney Spears, Beyoncé, Roberto Carlos, meu Rei, estou chegando para o time de vocês! Sony Music, vamos gravitar e levar a música do Brasil para o mundo!”

Durante a reunião par assinar o contrato, o Presidente da Sony Music Brasil, Paulo Junqueiro também celebrou a parceria: “É um privilégio e uma grande alegria poder ter Luan na família Sony, que vai ficar mais rica com a sua chegada. Obrigado, Luan, pela confiança!”.

 

Foto: Divulgação

DIRETOR DA UNIVERSAL MUSIC É CHAMADO PARA DEPOR SOBRE FITAS DE RENATO RUSSO APREENDIDAS

A Operação Tempo Perdido (continuação da Operação Será) ganha nesta quarta-feira um novo episódio com o depoimento do diretor financeiro da Universal Music, sobre as gravações do cantor e compositor Renato Russo, encontradas no depósito Iron Mountain, em Cordovil, Zona Norte do Rio.

De acordo com O Globo, Afridsman Muzzy Neto, diretor financeiro a administrativo da Universal Music Brasil foi chamado para depor como representante da gravadora nesta quarta-feira, na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).

Em nota, a gravadora – atual detentora dos fonogramas de Renato, e bem como da Legião Urbana – alegou ter sido “surpreendida com este mandado de busca e apreensão em seu arquivo de tapes” e que “está providenciando acesso ao IP para ter conhecimento do que se trata para tomar as medidas legais cabíveis”.

Entenda o caso:

Em outubro, A DRCPIM apreendeu uma série de materiais gravados por Renato Russo, na casa do pesquisador Marcelo Fróes. Foram retirados HDs, computador e celular do pesquisador, que por muitos anos atuou como representante artístico da família de Renato, além de ser amigo e produtor do artista. 

Foi encontrado ainda, um relatório com informações sobre uma suposta existência de pelo menos 30 músicas em versões inéditas gravadas pelo artista, morto em 1996.

Vale notar que recentemente, o guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa-Lobo se posicionou contra a operação. Para o músico, as fitas não são apenas de Renato Russo, mas da Legião Urbana: “Não é Renato Russo, é Legião Urbana”, disse Dado ao Globo. “Isso me pertence, pertence ao Bonfá e ao Renato [Rocha].”

EM CARTA, JIMMY PAGE PEDE MELHOR REMUNERAÇÃO PARA COMPOSITORES EM SERVIÇOS DE STREAMING

Nesta semana o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page, se posicionou a favor dos músicos, pedindo uma melhor remuneração sobre as taxas de royalties pagos em serviços de streaming.

Segundo Lounder Sound, Jimmy Page escreveu uma carta em resposta à reunião de consulta do Comitê Digital, Cultura, Mídia e Esportes, realizada no mês passado. Ele pediu as empresas de streaming que paguem royalties mais justos aos artistas por seu trabalho.

“Quanto mais cedo as empresas de streaming pagarem de forma justa para todos que possuem sua música tocada, ou vista através da internet, melhor”, afirmou o músico em carta publicada em seu perfil do Instagram.

Em uma apresentação ao Comitê Selecionado do DCMS, a Ivors Academy of Music Creators pediu ao governo britânico regulamentações mais rígidas sobre como as gravadoras gerenciam artistas em serviços de streaming.

A Academia solicitou ainda que as leis de direitos autorais fossem alteradas para garantir que escritores e artistas recebessem mais por seu trabalho, pedindo uma reforma na maneira em como os dados relacionados ao streaming de música são gravados, para salvaguardar os direitos dos criadores.

Vale notar que recentemente Bob Dylan vendeu todo o seu catálogo de composições. Além do desabafo do cantor e compositor David Crosby. O músico, que possui a mesma idade de Dylan, porém uma quantidade menor de regravações e poucos sucessos internacionais está vendendo seu catálogo e acusando as plataformas de streaming de o roubarem: “Não posso fazer shows, e o streaming está roubando o dinheiro de minhas gravações”, escreveu David Crosby no Twitter.

 

Imagem: divulgação

Em distribuição do Globoplay e Gshow, Ecad vai remunerar direitos conexos em serviços de streaming pela primeira vez

Nesta quarta-feira (18), o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) anunciou que pela primeira vez vai remunerar direitos conexos no streaming, de acordo com a arrecadação realizada pelo Globoplay e GShow.

Segundo o Ecad, isso quer dizer que serão remunerados, ainda em novembro, titulares de direitos de autor (compositores e editores) e conexos (intérpretes, músicos e produtores fonográficos) que tiveram suas obras em trilhas sonoras de produções audiovisuais nessas plataformas digitais.

No total serão contempladas quase 70 mil obras audiovisuais, que foram executadas por mais de 2 bilhões de vezes, no período de janeiro e junho de 2020.

Entenda como será feita a distribuição:

“O montante a ser distribuído é dividido pelas obras audiovisuais (como novelas, séries, minisséries, filmes, desenhos e programas de variedade), observando o total de exibições, o que define o valor de cada conteúdo. Este valor atribuído a cada obra audiovisual é, em seguida, rateado entre as músicas da sua trilha musical, considerando seu tempo de execução e classificação (tema de abertura, encerramento, personagem e background, entre outros)”, explica o escritório em nota.

A entidade afirma ainda que todo o processo de identificação é feito de forma automatizada, através de um cruzamento de dados. Por isto, é de suma importância que cadastro de obras musicais e fonogramas estejam atualizados junto às associações.

 

Foto: Divulgação