Justiça Condena Patati Patatá por Não Pagar Devidamente os Direitos Autorais a Compositor de Suas Principais Canções

A Justiça paulista condenou a Rinaldi Produções, responsável pelos personagens Patati e Patatá, a indenizar o compositor Jorge Bragança Caetano da Silva por não ter recebido os créditos e royalties de suas composições. Silva, coautor de 14 músicas da dupla, incluindo a “Dança do Avestruz”, alegou que não foi devidamente remunerado nem reconhecido por seu trabalho.

Conforme o colunista Rogério Gentile, o juiz Guilherme Depieri determinou que a empresa pague R$50 mil em danos morais e uma quantia adicional por danos materiais, baseada nos lucros obtidos com as músicas. Além disso, a empresa deverá corrigir o crédito das obras em todas as plataformas de streaming e incluir o nome do compositor.

A Rinaldi Produções e o produtor musical Ricardo Andrade, que intermediou a contratação de Silva, também foram condenados. A defesa da Rinaldi Produções argumentou que o compositor não teria direitos autorais, pois as obras foram feitas por encomenda e dentro de roteiros específicos. No entanto, o juiz considerou que Silva, de fato, tem direito ao reconhecimento como coautor das músicas.

Ambos, Rinaldi Produções e Ricardo Andrade, podem ainda recorrer da decisão.

Imagem: Reprodução/Instagram

Estudo Mostra que Compositores Enfrentam Dificuldades para Viver da Música na Era do Streaming

Um estudo da consultoria britânica Midia Research revela que viver apenas como compositor na era do streaming é cada vez mais difícil. O levantamento, intitulado “Songwriters Take the Stage”, aponta que a remuneração para compositores não aumentou significativamente nos últimos 13 anos desde a criação do Spotify.

De acordo com a Folha de São Paulo, o relatório revelou que apenas 10% dos mais de 300 compositores pesquisados ganham mais de US$30 mil por ano, enquanto 54% recebem no máximo US$ 1.000. Para 67% dos entrevistados, a principal dificuldade é a baixa renda gerada pelo streaming.

Cada reprodução de uma música gera cerca de US$0,004. Desse valor, apenas 14% é destinado aos compositores, com 56% indo para artistas, gravadoras e distribuidoras, e 30% para o serviço de streaming. Na prática, isso significa que os compositores recebem apenas 9,5% da receita total, enquanto os artistas ganham quase o dobro.

A situação é ainda mais complicada pelo fato de que, ao contrário dos artistas, os compositores não podem complementar sua renda com turnês ou vendas de mercadorias. Por isso, somente 0,04% dos compositores se dedicam exclusivamente à composição.

Foto; Logo do Spotify – Rodrigo Oropeza/AFP

Justiça Proíbe Luísa Sonza de Vender Esmalte com Nome de Sua Música “Modo Turbo”

A Justiça determinou que Luísa Sonza não pode divulgar ou vender um esmalte chamado “Modo Turbo”, nome de uma de suas músicas lançadas em 2021.

A decisão, da juíza Larissa Gaspar Tunala, é resultado de um processo movido pela empresa Modo Turbo Royalties e Licenças, que alega ser a proprietária da marca registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

De acordo com o colunista Rogério Gentile, a empresa argumentou que o uso do nome “Modo Turbo” para um esmalte constitui concorrência desleal. Além de proibir a comercialização, a decisão incluiu uma indenização de R$ 25 mil por danos morais e uma compensação adicional baseada no lucro obtido por Sonza com a marca.

Em sua defesa, Sonza alegou que a música “Modo Turbo” foi registrada antes da empresa adquirir a marca e afirmou que não há semelhança visual entre o esmalte e a marca da empresa. A juíza, no entanto, afirmou que há risco de confusão no mercado consumidor devido à semelhança dos nomes e a atuação da empresa no setor de cosméticos.

A artista ainda tem a opção de recorrer da decisão.

Foto; Mariana Pekin/UOL

Universal Music apresenta Crescimento Abaixo das Expectativas e Desafios com Plataformas Digitais no Último Trimestre

As ações da Universal Music Group (UMG) sofreram uma queda acentuada de até 30%, o maior declínio desde sua oferta pública inicial. O tombo ocorreu após uma receita de assinaturas e streaming que ficou abaixo das expectativas. No segundo trimestre, o crescimento da receita de assinaturas em música gravada foi de 6,9%, abaixo da previsão média de 11%, conforme levantamento da Bloomberg.

Conforme o Valor Econômico, o fraco desempenho foi atribuído em parte à desaceleração na receita de publicidade de plataformas como Spotify e YouTube, além de desafios com redes sociais. A Meta interrompeu a licitação de vídeos musicais premium da UMG para o Facebook, e uma disputa com o TikTok resultou em perdas de receita.

A receita de streaming caiu 4%, refletindo a diminuição na publicidade e problemas relacionados às renovações de contratos. Apesar do crescimento da receita total da UMG, que alcançou 2,93 bilhões de euros, o sentimento dos investidores foi afetado pela baixa no crescimento esperado.

Os investidores da UMG, incluindo Bill Ackman e acionistas como Vivendi e Bollore, também sentiram o impacto. A empresa tem pressionado por uma compensação mais justa para os artistas e continua a negociar acordos para melhorar o pagamento e lidar com música gerada por inteligência artificial.

 

Foto: George Walker IV/AP Photo

Daniel Ek Revela Planos para ‘Uma Versão Muito Melhor do Spotify’ em Teleconferência de Resultados

O Spotify divulgou ontem seus resultados financeiros do segundo trimestre em uma teleconferência. Um dos pontos discutidos foi o crescimento de usuários ativos mensais (MAUs), que são pessoas que acessam o serviço pelo menos uma vez por mês. A empresa registrou 626 milhões de MAUs, um aumento de 14% em relação ao ano anterior, mas 5 milhões a menos do que o previsto.

Conforme o MusicAlly, o CEO Daniel Ek falou sobre duas iniciativas para aumentar os usuários da versão gratuita do Spotify. A primeira é melhorar o marketing, e a segunda é aprimorar a versão gratuita do aplicativo para aumentar o engajamento e a retenção, especialmente em mercados em desenvolvimento.

Ek também comentou sobre a disputa do Spotify com editoras nos EUA. Ele disse que os pagamentos às editoras continuam a crescer ano após ano, com recordes em 2023 e expectativas de superação em 2024.

Outro ponto discutido foi a introdução de um novo nível de serviço, que será mais caro e oferecerá recursos adicionais em comparação com a assinatura premium atual. Embora o lançamento ainda esteja sem data definida, Ek sugeriu que o novo plano pode custar entre US$17 e US$18 e proporcionará uma experiência aprimorada para os usuários mais exigentes.

Foto; reprodução

Principais Times da NBA enfrentam Ações Judiciais por Uso Indevido de Músicas Em Redes Sociais

Quatorze times da NBA estão sendo processados nos EUA por uso indevido de músicas protegidas por direitos autorais em vídeos promocionais postados em suas redes sociais e no site oficial da NBA. As ações foram movidas por Kobalt Music Publishing, Artist Publishing Group e outros.

Conforme o Music Business Worldwide, entre os times processados estão New York Knicks, Cleveland Cavaliers, Denver Nuggets e Minnesota Timberwolves, além de Atlanta Hawks, Indiana Pacers, Miami Heat, New Orleans Pelicans, Orlando Magic, Philadelphia 76ers, Phoenix Suns, Portland Trail Blazers, Sacramento Kings e San Antonio Spurs.

As ações foram apresentadas no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. As queixas alegam que as equipes não obtiveram a licença necessária para usar as músicas. As denúncias incluem faixas como “Don’t Start Now” de Dua Lipa e “Lean On” de Major Lazer, DJ Snake e MØ.

A Kobalt Music Publishing é citada como agente licenciador exclusivo, enquanto o Artist Publishing Group é mencionado em quase todos os processos, exceto contra o Miami Heat. As reclamações ressaltam que as equipes da NBA conhecem as proteções das leis de direitos autorais, pois detêm seus próprios direitos sobre conteúdo.

Os processos buscam até US$150.000 por violação, o que pode resultar em milhões de dólares em danos para as equipes da NBA. Muitos dos vídeos listados nas ações não estão mais disponíveis para visualização.

Foto;  Rafapress/Shutterstock

Chinaina, cantor e apresentador, discute o papel da TV e do rádio na música contemporânea

Chinaina, cantor e apresentador, escreveu um artigo para a NovaBrasil FM discutindo como medir o sucesso de um artista. Ele usa sua mãe, Dona Lúcia, como régua: se ela conhece o artista, ele está realmente estourado. Isso porque ela representa um tipo de consumidor que avalia o sucesso pela presença na TV e no rádio.

O cantor defende que, apesar da força da internet, rádio e TV ainda impactam nosso cotidiano. Ele lembra que todos os artistas querem estar nesses meios, pois ajudam a ampliar o público e massagear o ego. No entanto, ele aponta que conseguir espaço nesses veículos está cada vez mais difícil devido às novas tecnologias e às exigências de números altos nas plataformas digitais.

Ele compartilha sua experiência dos anos 90, quando fazia turnês e se apresentava em rádios e TVs. Chinaina menciona como festivais e programas como Na Brasa na MTV foram cruciais para novos artistas como Emicida, Criolo e Tulipa Ruiz.

Hoje, ele percebe uma dificuldade maior em encontrar novidades na música devido ao foco excessivo em números e patrocinadores. Chinaina conclui que é preciso coragem e ousadia para promover novos talentos e acredita que rádio e TV podem chancelar novos artistas, apostando neles e oferecendo uma programação diversificada.

Foto; reprodução

Relatório da Luminate Revela Crescimento de 15% no Streaming Global em 2024

A empresa de pesquisa Luminate lançou seu relatório semestral para 2024, revelando um crescimento robusto no mercado de música gravada. Nos primeiros seis meses deste ano, houve impressionantes 2,29 trilhões de transmissões de áudio sob demanda globalmente, marcando um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Conforme análise do MusicAlly, nos EUA, os fluxos de áudio sob demanda cresceram 8%, totalizando 665,8 bilhões, o que representa pouco mais de 29% do total global, uma ligeira queda em comparação com o ano anterior.

O relatório destaca que a música latina é o gênero de crescimento mais rápido nos EUA, aumentando sua participação em streaming em 0,51 pontos percentuais anualmente. Enquanto isso, o R&B/Hip-Hop continua a liderar em termos de fluxos atuais.

Uma análise interessante é que artistas independentes estão aumentando sua participação em streams, com aumentos notáveis em todos os níveis, desde 1 milhão até 100 milhões de streams.

Além disso, o relatório revela que 76% dos ouvintes americanos de música assistiram a vídeos curtos, com o TikTok liderando, seguido de perto pelo YouTube Shorts.

Internacionalmente, artistas mexicanos viram um aumento significativo em sua participação nos fluxos globais, enquanto artistas britânicos e americanos experimentaram declínios.

Por fim, os países nórdicos – Noruega, Islândia e Suécia – se destacam com a maior quota de streaming premium, enquanto a Índia apresenta a menor.

Foto; reprodução

Warner Music Adquire Parte do Sua Música para Fortalecer a Música Regional Brasileira

Nesta quarta-feira, 17 de julho, a Warner Music Group anunciou uma significativa expansão em sua presença na cena da música regional brasileira através da aquisição de uma parcela do Grupo Sua Música. A iniciativa visa fortalecer o compromisso da major em fomentar e amplificar o talento regional no Brasil.

De acordo com o Portal PopLine, a empresa afirmou em um comunicado oficial, que o acordo permitirá que amas as empresas unam esforços para desenvolver ainda mais artistas e compositores regionais. A operação do Sua Música permanecerá sob a gestão dos seus três sócios fundadores: Roni Matiz Bin, Rodrigo Amar e Alan Trope.

Leila Oliveira, presidente da Warner Music Brasil, comentou sobre a importância estratégica dessa parceria: “Esta combinação entre a presença robusta do Sua Música na música regional e nosso alcance nacional e global abrirá novas portas para artistas e criadores, oferecendo-lhes oportunidades únicas no cenário musical brasileiro.”

Atualmente, o Grupo Sua Música é responsável pela carreira digital e gestão de royalties de mais de 1.000 talentos em todo o Brasil, incluindo nomes como Tarcísio do Acordeon, Vitor Fernandes e Thiago Aquino, entre outros. A parceria também permitirá que o Sua Música amplie sua presença no Nordeste e expanda sua plataforma digital.

Roni Maltz Bin, CEO do Sua Música, destacou a importância estratégica do investimento: “Este aporte financeiro não só valida nossa estratégia de crescimento, mas também acelerará nossas iniciativas em diversas frentes de negócios. Estamos animados para unir forças com a Warner e continuar nosso papel como um hub integral de soluções para artistas.”

Além disso, Bin revelou planos ambiciosos de expansão, incluindo novos estúdios de produção musical em várias cidades do Brasil e da América Latina. A iniciativa reforça o compromisso do Grupo Sua Música em se estabelecer como uma referência na produção e promoção da música regional brasileira.

Foto; Tarcísio do Acordeon (Divulgação)

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