Roberto Carlos consegue recuperar direitos sobre obras produzidas de 1960 a 1990

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro declarou, em nota ao F5, que Roberto Carlos e Erasmo Carlos conseguiram recuperar os direitos sobre suas obras produzidas nas décadas de 1960 a 1990.

De acordo com o F5, os compositores alegavam que a editora Universal Music havia abandonado a gestão contratual, além de pagar remunerações baixas por execuções de suas músicas em plataformas de streaming.

A decisão da 2ª Vara Empresarial é retroativa à notificação extrajudicial da editora, realizada em julho de 2018, onde a juíza Maria Cristina de Brito Lima havia favorecido à Universal Music, reconhecendo uma inexistência de direitos autorais da empresa sobre as obras da dupla.

 

Foto: YouTube/reprodução

Iniciativas prometem remodelar o modelo de negócios das transmissões ao vivo

A pandemia de coronavírus cancelou shows e eventos pelo mundo todo, mas a música não parou, ela continuou tocando, mais do que nunca em transmissões ao vivo pela internet, abrindo espaço criar para novas oportunidades à artistas. O New York Post falou sobre algumas delas.

Atenta, a Universal Music já está ligada às mudanças, tanto que está desenvolvendo uma plataforma para que seus artistas possam transmitir apresentações ao vivo simultaneamente em várias plataformas, como YouTube e Facebook. Live. Nós do MCT estamos ansiosos para ver como vai ser o resultado deste projeto que será liberado na próxima semana.

Além de fazer transmissões ao vivo, o serviço, que ainda não possui um nome revelado, permitirá a interação e o envio de alertas sobre a programação de shows aos fãs. Também permitirá a venda de mercadorias e arrecadação de doações para instituições de caridade.

A gravadora não revelou se pretende faturar com a plataforma, mas disse que os direitos de streaming são de sua propriedade e que são acordados por meio de contratos.

Outra iniciativa que tenta amenizar os efeitos do coronavírus na economia e pode beneficiar artistas é o Bandsintown, um site que notifica os fãs sobre quando seus artistas favoritos estão chegando em sua região.

Com o surto do vírus, os desenvolvedores do site logo remodelaram todo o modelo de negócio. Desta forma, agora o site é capaz de alertar os usuários sobre os próximos shows a serem transmitidos por seus artistas favoritos.

“Reorganizamos o mapa do produto em duas semanas”, disse Fabrice Sergent, co-fundador e sócio-gerente do site, que trabalha com um banco de dados de mais de 530.000 artistas e 55 milhões de fãs.

Eles conseguiram uma parceria com o Twitch – a plataforma da Amazon favorita pelos jogadores – para que seus artistas possam receber dinheiro. A parceria permite que os fãs assistam as lives gratuitamente no Twitch em troca de moedas virtuais iguais a 1 centavo por bitcoin. Uma parte do valor arrecadado vai para o MusiCares COVID-19 Relief Fund, uma instituição de caridade para “músicos desempregados”.

“Tenho certeza de que veremos muitas variações nas próximas semanas”, disse Sergent. Como por exemplo, assinaturas pagas, receita de publicidade ou venda de mercadorias durante o streaming.

São iniciativas como estas que contarão muito para o mercado da música, esperamos que tudo acabe logo para trazermos boas notícias!

 

Foto: Uli Deck/picture alliance via Getty Image

UNIVERSAL MUSIC ADMITE PERDER GRAVAÇÕES ORIGINAIS DE GRANDES ARTISTAS EM INCÊNDIO

Finalmente a Universal Music reconheceu que perdeu gravações originais (masters) de artistas como Elton Jhon (foto) e Nirvana, após o incêndio na Universal Studios em 2008.

Segundo reportagem da Istoé, o New York times publicou uma investigação a respeito da destruição que estima-se ter atingido 500 mil gravações originais.

Desde então, um processo coletivo iniciado por diversos artistas foi realizado, e agora foram inclusos novos documentos onde a gravadora reconhece que perdeu no incêndio as gravações originais de grandes artistas como Nirvana, Elton Jhon, Beck e R.E.M.

Os documentos revelam ainda que a gravadora possui cópias e materiais substitutos das gravações que foram perdidas, mas não informa exatamente quais foram elas.

O portal contou que no ano passado, representantes do rapper Tupac Shakur e do roqueiro Tom Petty se uniram para liderar um grupo de artistas na busca de uma indenização avaliada em US$100 milhões pela perda dos materiais. Apesar de a gravadora se comprometer a ser transparente, o litígio permanece.

Foto:  Greg Gorman/Divulgação

UNIVERSAL MUSIC VENDE 10% DE PARTICIPAÇÃO PARA TECENT POR US$3BN

Antes da virada do ano (32 de dezembro), a Universal Music anunciou que vendeu uma participação de 10% para um consórcio de investidores liderados pelo conglomerado chinês Tencent Holdings.

Segundo o Music Business Worldwide, a venda foi fechada pelo valor de €30 bilhões (US$33,6 bilhões). O grupo já confirmou que até janeiro de 2021 pode aumentar sua participação na Universal Music para até 20%.

Além da transação, as empresas afirmaram que pretendem celebrar um segundo contrato que concede à Tencent Music Entertainment (TME) uma opção para adquirir a participação minoritária nos negócios da Universal Music na China.  A conclusão deve ser feita até o final do primeiro semestre de 2020.

Em comunicado conjunto, as empresas disseram: “A Vivendi está muito feliz com a chegada da Tencent e de seus co-investidores. Eles permitirão à UMG se desenvolver ainda mais no mercado asiático.

“A Tencent e os membros do consórcio estão entusiasmados em apoiar o crescimento da UMG por meio desse investimento. Juntamente com a Vivendi, a Tencent e a TME trabalharão para ampliar as oportunidades dos artistas e enriquecer as experiências dos fãs de música, promovendo ainda mais uma indústria próspera de música e entretenimento. ”

[Foto: Sir Lucian Grainge, Presidente e CEO da UMG, no Grammy Showcase da empresa em Los Angeles no início deste ano]/Reprodução

UNIVERSAL MUSIC LANÇA APLICATIVO DE ANÁLISES PARA ARTISTAS

Nesta quinta-feira, a Universal Music lançou um aplicativo de monitoramento de streaming e redes sociais para seus artistas, o Universal Music Artists.

Agora, artistas da Universal Music poderão ter acesso aos dados de desempenho de suas músicas nos principais serviços de streaming como Spotify, Apple Music, Amazon e Youtube,  e mídias sociais, Facebook/Instagram/Twitter.

Apesar de já existir plataformas de análises de performances semelhantes, o maior diferencial do Universal Music Artists é o monitoramento de todos os dados nas diferentes plataformas de streaming e mídias sociais em um só lugar.

De acordo com o Digital Music News, cada artista pode visualizar o desempenho de suas 40 principais faixas, discriminadas por plataforma, país e dados demográficos. Além disso, é possível enviar notificações por push de eventos importantes, e saber o envolvimento em plataformas de streaming a cada 30 minutos.

Em termos de mídia social, o aplicativo pode rastrear o número de seguidores, bem como interações como comentários, curtidas e compartilhamentos. Também pode acompanhar o desempenho com base nessas interações.

Andrew Gertler, empresário de Shawn Mendes, diz sobre o aplicativo: “É ótimo ter uma ferramenta analítica abrangente como a Universal Music Artists para acessar dados em tempo real e poder tomar decisões com as informações mais atualizadas. Sempre adotamos uma abordagem holística do sucesso da música de Shawn, o que significa garantir que tudo em todas as plataformas esteja funcionando em sincronia e ver como os fãs interagem com a música em todos os principais pontos de contato, incluindo streaming, vídeo e redes sociais. Tudo isso é realmente possível apenas com ferramentas inovadoras como essa.”

A Universal Music já confirmou que a partir de 2020 o aplicativo terá uma integração com a Deezer. Haverá ainda uma atualização com benchmarks e insights aprimorados.

Music Innovation Challenge quer aproximar artistas de seus fãs no ambiente digital

A Universal Music e o Núcleo de Empreendedorismo da USP estão organizando o Music Innovation Challenge, uma competição entre equipes para criar soluções que aproximem artistas de seus fãs no ambiente digital.

Podem participar equipes de 3 ou 4 estudantes de graduação ou recém formados (há menos de 2 anos), sendo que pelo menos um deles deve ser aluno de graduação da USP ou formado há menos de dois anos pela Universidade.

Além de mentoria durante o processo, a equipe vencedora terá apoio financeiro e jurídico para por em prática o seu projeto.

As inscrições estão abertas até o dia 14/09. Para todos os detalhes do desafio acesse: desafiouniversal.com

“A Universal Music, como líder global do mercado de música, tem a missão de incentivar um ambiente dinâmico e empreendedor na indústria. Temos em nosso DNA a motivação de inovar sempre e a USP é o celeiro propício onde certamente vamos encontrar inúmeros jovens talentosos”, afirmou o presidente da Universal Music Brasil, Paulo Lima.

Foto: Divulgação

BIG 3: AS MAIORES GRAVADORAS GANHAM QUASE US$1 MILHÃO POR HORA COM STREAMING

Estamos em agosto, e as Big 3  – Universal Music, Sony Music e Warner Music – já publicaram seus resultados financeiros dos últimos três meses (Q2). O portal Music Business Worldwide analisou os principais resultados e indicou tendências para o mercado da música.

De acordo com o portal, as receitas de streaming geraram para as Big 3 US$2,08 bilhões do consumo de streaming de música. Ou seja, foram US$23,13 milhões por dia e quase um milhão de dólares por hora durante o Q2.

Apesar dos números gigantes, as receitas acumuladas de streaming no Q2 sofreram uma queda considerável de 19,1%. De US$877 milhões em 2018 para US$709 milhões em 2019.

A que conclusões podemos chegar após o Q2?

Segundo o MBW, apesar do declínio “relativamente suave” no crescimento das receitas de streaming ano após ano, não há razões para se desesperar, uma vez que as Big 3 ganham juntas US$23,13 milhões por dia com o streaming de música.

Além disso, os executivos já estavam prevendo, inclusive publicamente, uma desaceleração no crescimento da receita global de música gravada, à medida que o crescimento do streaming está sendo acalmado.

É possível prever também  que em breve veremos problemas em determinados serviços globais de streaming – incluindo o Spotify, Apple Music, a Amazon Music. “A desaceleração do crescimento de 2019 não se torna um problema perene”, afirmou o MBW.

No primeiro semestre deste ano, as receitas do Spotify ficaram em US$3,59 bilhões, com alta de US$890 milhões.  Enquanto as receitas do serviço de streaming estão crescendo, as das grandes gravadoras está começando a desacelerar.

Neste momento, pode ser que a Warner Music Group e a Universal Music Group, estejam mais flexíveis com relação aos novos contratos globais de licenciamento que podem ser concluídos nas próximas semanas.

Foto: Music Business Worldwide

Guta Braga do MCT, Fábio Silveira, Agência Milk e U.Got se juntaram para criar o Forward Podcast! A cada semana um novo episódio sobre os principais temas do mercado da música! OUÇA AQUI!

Advogados de João Gilberto denunciam fraude em recalculo de indenização

No Domingo, o programa “Fantástico”, da Rede Globo, denunciou que houve fraude na perícia que recalculou o valor a ser pago pela Universal Music aos herdeiros do cantor João Gilberto. De mais de R$200 milhões o valor caiu para R$ 13 milhões.

Segundo informa O Globo, o advogados do cantor analisaram o pen drive em que havia o laudo do perito do caso, João Carlos Loureiro, e detectaram que o arquivo foi criado por Christopher Cunha, um dos sócios da Licks, empresa de contabilidade especializada em perícia, contratada pela Universal Music. Para os advogados,  Cunha “fez o laudo inteiro, e o perito apenas assinou”.

O “Fantástico” confirmou a veracidade da acusação, após uma consulta com um especialista em segurança digital que examinou uma cópia do arquivo.

De acordo com o portal, a Universal Music não retornou o contato com o programa de TV. O perito, João Carlos Loureiro, informou que fará um comunicado oficialmente após a investigação. A Licks, disse que o serviço contábil prestado “foi fundamentado nas decisões judiciais amplamente consolidadas nos autos do processo” e que “o envio do material não configura qualquer irregularidade e é comum nas perícias do poder judiciário”.

O caso da luta de João Gilberto por seus direitos autorais se iniciou em 1964, quando a EMI foi acusada pelo músico por “alterações em suas gravações” e “royalties não pagos pela gravadora”. A Justiça determinou a vitória do músico em segunda instância, em março deste ano, mas ainda cabe recurso.

Foto: Heitor Hui / Agência O Globo

 

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GRAVADORAS SE REIVENTAM PARA SE AJUSTAR AO NOVO CENÁRIO DA MÚSICA

O Estadão publicou uma matéria sobre como as gravadoras estão buscando ir além da venda de cópias de discos para se ajustar ao novo cenário da indústria musical.

Universal Music – Plataforma de vendas

Um caminho encontrado pela Universal Music foi lançar sua plataforma de vendas diretas ao consumidor. Na umusicstore.com é possível encontrar produtos físicos colecionáveis do catálogo da gravadora, como CDs, DVDs, vinis e boxes. Além disso há almofadas, quadros, bonés, camisetas, canecas e coolers:

“Com o crescimento do digital, a gente viu uma necessidade maior de manter o físico aceso, só que agregando valor e entrando em novos mercados: de decoração, moda e acessórios. Essa indústria movimenta muito dinheiro no Brasil”, afirmou o presidente, Paulo Lima. “No fundo, a gente entende que os artistas são grandes marcas e que seus fãs querem ter produtos físicos dessa marca do artista.”, continuou.

Sony Music – Plataforma de Vendas/ Filtr Live

A fanstagestore.com.br, da Sony Music, também é uma plataforma de vendas com produtos de seus artistas.  A companhia criou o setor de Business Development para o desenvolvimento de um novo modelo de negócios e ampliação de sua atuação. Dividido em duas partes, a primeira atua em contato direto com as marcas e o outra foca na promoção de shows, festivais e propagação da marca Filtr Live.

“Num primeiro momento, a diversificação foi uma opção para o declínio das vendas. Mas, no mercado de hoje, bastante competitivo e que cresce à taxa de 30%, ela passa a ser uma questão de diferenciação, de oferecermos aos artistas serviços mais completos junto às marcas e ao público em geral”, contou o vice-presidente da Sony, Wilson Lannes. “Temos hoje também o desafio de conectar nossos artistas às linhas de negócio de shows, sincronização publicitária, branding e prover uma solução completa ao mercado, de conteúdo artístico e musical.”

Warner Music – Playlists no Youtube

“Temos trabalhado nas nossas próprias playlists, no nosso canal de YouTube, tentando não só conteúdos clássicos musicais, mas também criando novos produtos, novas formas de comunicar a carreira do artista. Por exemplo, a gente fez a Lucy Alves cozinhando na Toca do Bandido, onde ela também cantava as músicas. Então, são movimentos que toda a indústria está fazendo em conjunto”, disse Sergio Affonso, presidente da Warner Music.

Para ele, o contato com o público é fundamental: “O fã-clube, por exemplo, é algo de vital importância, porque é ali que a gente identifica todos os pontos mais fortes e mais fracos de um projeto que estamos colocando na rua. Então, essa aproximação com o público é crucial hoje, através de Instagram, Twitter, YouTube.”

Biscoito Fino – Podcasts/ Youtube

A Biscoito Fino aposta em seus próprios podcasts e séries exclusivas com artistas no Youtube:

“Estamos fazendo acordos para fabricarmos quantidades menores de produtos físicos, para seguirmos atuando nesse mercado. O mesmo acontece com as bookstores: estamos estabelecendo acordos com elas, buscando modelos de negócio viáveis”, disse Jorge Lopes, diretor executivo da Biscoito Fino.  “Ao mesmo tempo, buscamos viabilizar a comercialização de outros produtos, além de CDs e DVDs. Essa não é uma tarefa simples, necessita de investimentos em pessoal e, principalmente, da aprovação prévia dos artistas.”

 

Foto: Produtos Charlie Brown Jr/umusicstore.com

Universal Music fatura 10M por dia com streaming no início de 2019

A Universal Music publicou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre de 2019. Com crescimento de 18.8%, sua receita total chegou a marca de US$1,7 bilhão.

A música gravada movimentou €1,808 bilhão (US$1,37 bilhão) para a Universal Music nos três primeiros meses de 2019 – um aumento de 19,2% ano a ano, em moeda constante.

Cerca de €737 milhões (US$837 milhões) desse dinheiro foram gerados através dos serviços de streaming, ou seja, os selos da gravadora acumulam cerca de US$9,3 milhões por dia em plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music e YouTube. Assim, o streaming representou 61% das receitas totais de música da gravadora no trimestre.

As vendas físicas da Universal Music também apresentaram um crescimento de 20,8% no primeiro trimestre, chegando a €193 mi (US$219 mi).

Os artistas mais rentáveis para a gravadora neste trimestre foram a cantora pop Ariana Grande, a trilha sonora do filme de Bradley Cooper e Lady Gaga, A Star Is Born, a banda de rock japonês Back Number, a banda Queen e a cantora Billie Eilish (foto).

Com relação a Universal Music Publishing Group, editora de música, entregou €225 milhões (US$256 milhões) no trimestre, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior.

Todas as receitas da Universal Music significaram 43,4% das vendas totais do conglomerado francês Vivendi, que chegou a marca de €3,459 bilhões no primeiro trimestre.

Vale lembrar que a Vivendi está a procura de um comprador de até 50% da Universal Music. De acordo com o portal Music Business Worldwide, nomes como Alibaba, Tencent, Disney, Verizon, Apple, Google e Amazon podem ser possíveis candidatos.

 

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Foto: a cantora Billie Eilish – MBW

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