SPOTIFY DEVE LANÇAR FERRAMENTA PARA DETECTAR PLÁGIOS

Nesta semana o site Stereogum anunciou que o Spotify está em processo para patentear uma nova ferramenta capaz de detectar plágios na plataforma.

Segundo explica uma publicação do Tenho Mais Discos que Amigos, o Spotify está desenvolvendo um algoritmo que fornece partitura com a melodia, os acordes e as letras de músicas a um software “treinado em uma pluralidade de partituras pré-existentes” para calcular um “valor de similaridade”. Assim, o artista poderá realizar ajustes para evitar acusações de plágio futuras.

O portal nota que ainda não ficou claro se a nova ferramenta será usada para vetar canções já existentes, uma vez que há diversos covers sendo lançados a cada dia.

 

Foto Stock via Shutterstock

Hackers conseguiram acessar 350 mil senhas de usuário do Spotify

Nesta segunda feira (23) foi divulgado pela internet que cerca de 350 mil senhas de usuários do Spotify foram hackeadas.

O vazamento de senhas foi descoberto pela VPNMentor. A empresa detectou que a ação dos hackers aconteceu em julho deste ano.

De acordo com o B9, o vazamento das senhas não foi realizado por uma falha de segurança do Spotify, mas sim, por outros serviços (não especificados) que foram invadidos por hackers, que publicaram um banco de dados inteiro em um fórum aberto ao público.

Acontece que muita gente possui a mesma senha ou senhas fracas para várias plataformas, redes sociais e serviços, o que torna ainda mais fácil o acesso por hackers a dados pessoais como número de documentos e cartão de crédito. E foi desta forma que os invasores conseguiram acessar aos dados dos usuários do Spotify.

Em resposta à notícia, o Spotify iniciou uma ‘redefinição contínua’ de senhas para todos os usuários afetados. Como resultado, as informações no banco de dados podem ser anuladas e se tornar inúteis.

Por isto, a dica é ter uma senha diferente para cada serviço ou conta que você usa. E se possível, trocá-las de vez em quando para dificultar o acesso de invasores.

KondZilla e Spotify fecham parceria para promover o funk no serviço de streaming

Na última semana, o KondZilla anunciou uma grande parceria com o Spotify, para promover conteúdo original e exclusivo envolvendo a divulgação do funk brasileiro na plataforma.

De acordo com o F5, uma das novidades é o lançamento da playlist Baile Novo. Com co-curadoria da KondZilla, a nova playlist, já disponível, pretende apresentar os trabalhos dos novos nomes do funk.

‘Estes feats vem ao encontro do nosso objetivo que é produzir conteúdos que promovam a importância do funk, possibilitando a inclusão dos jovens de favela no cenário da cultura mundial e o Spotify é o parceiro perfeito para isso”, afirmou Konrad Dantas, Fundador e CEO da KondZilla ao portal.

Além da playlist, o podcast “No Passinho do Funk”, convidados como Rennan da Penha e Dennis DJ irão falar sobre história e detalhes importantes sobre o gênero no formato áudio-série.

Outra novidade é o lançamento de três produções em vídeos verticais com artistas como Mc Kekel, Pocah e Lexa.

“Estamos muito felizes em poder anunciar esta parceria (…) O funk é um dos poucos ritmos que consegue atingir todas as audiências”, afirma Roberta Pate, atual diretora de relacionamento com artistas e gravadoras do Spotify na América Latina.

 

Foto: Divulgação

Após denúncia, Spotify, Apple Music e YouTube removem músicas que reproduziam discurso de ódio

Após uma denúncia da BBC, Spotify, Apple Music, Deezer e Youtube resolveram remover dos seus catálogos, músicas e bandas que reproduziam discurso de ódio.

Segundo o B9, a BBC identificou pelo menos 30 bandas nas plataformas de streaming que reproduziam músicas com letras homofóbicas e racistas. Haviam até playlists de gênero ligadas ao nazismo.

É difícil quantificar a escala do problema. No entanto, a investigação da BBC encontrou facilmente pelo menos 20 canções com este tipo de conteúdo. Não foram revelados os nomes das bandas para não ajudar as pessoas a procurarem esse conteúdo odioso.

O que a BBC identificou:

– Músicas que glorificam as “nações arianas” (a filosofia racial nazista ensinava que os arianos eram a raça dominante);

– Bandas usando repetidamente estereótipos e linguagem anti-semitas, até celebrando o Holocausto;

– Playlists com curadoria pública no Spotify sob o título NSBM (National Socialist Black Metal), um gênero ligado ao nazismo;

– Mais de 30 grupos associados a organizações classificadas como grupos de ódio por grupos de direitos civis;

Para conseguir inserir esse tipo de músicas nas plataformas de streaming, muitas vezes os nomes dessas faixas eram alterados. Assim os algoritmos não conseguiam identificar esse conteúdo com discurso de ódio.

Em um mundo onde há 50 milhões de faixas no catálogo do Spotify, sendo que milhões destas não são ouvidas, as portas para este tipo de prática ficam abertas.

Rapidamente as plataformas começaram a se posicionar. Todas alegaram que não pactuam com esta prática de ódio, que vão contra suas diretrizes.

 

Foto: Reprodução

Spotify permitirá incluir músicas inteiras em podcasts

Nesta quarta-feira, o Spotify anunciou que finalmente está liberando o uso de músicas em podcasts. Com o auxílio da Anchor, uma plataforma para criação de podcasts, criadores poderão inserir músicas inteiras durante um episódio.

Segundo o The Verge, com a novidade, os criadores poderão apresentar programas parecidos como os da programação de rádio, sem ter que se preocupar com questões de direitos autorais.

Por enquanto apenas criadores exclusivos do Spotify nos EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Irlanda terão acesso a este novo formato. Não foi informado quando a novidade será liberada no Brasil.

Vale notar que este é um grande passo do Spotify à frente da concorrência. Uma vez que apenas podcasts exclusivos da plataforma poderão usar o recurso. Outros criadores terão que editar episódios para não inserir músicas em plataformas que ainda precisam fazer acordos de licenciamento com gravadoras. Ou até mesmo ficarão impedidos de lançar estes conteúdos em outras plataformas.

Com relação à remuneração de artistas e compositores, ficou estabelecido que os músicos continuarão a ser pagos de acordo com a quantidade de plays.

Para ouvir as músicas inteiras em podcast será necessário ser assinante Premium. Os usuários gratuitos poderão ouvir apenas uma amostra de 30 segundos de cada faixa, sendo que eles não poderão dar o play nas músicas diretamente; eles só poderão reproduzi-las aleatoriamente.

Além da novidade, o serviço de streaming está lançando sete séries originais e exclusivas que vão aproveitar o formato e fazer da música um foco central. Os ouvintes desses programas poderão interagir com a playslist de cada episódio, salvar as músicas para ouvir mais tarde e pular para diferentes segmentos.

 

Foto: reprodução

Spotify agora permite pesquisar músicas a partir de trechos de letras

Na última semana  o Spotify anunciou um novo recurso que permite fazer pesquisas de músicas pelo trecho da letra.

Agora, para pesquisar por músicas no Spotify, basta digitar o trecho dela no campo de pesquisa para aparecer resultados associados à letra, e abaixo, um destaque informando “Correspondência de letra”.

Assim ficou muito mais fácil procurar por músicas que não sabemos o nome, mas amamos porque a  letra grudou na cabeça!

 

O recurso está disponível para Android e iOS, e é mais um resultado da parceria com a MusixMatch, a maior plataforma de letras do mundo.

Como lembra o Engadged, o recurso é bem semelhante ao já disponibilizado pela Apple Music, desde 2018.

Além da novidade, o serviço de streaming também lançou no Twitter um novo perfil, o @spotifycharts. Toda segunda-feira o perfil irá destacar as músicas mais tocadas da semana nos estados Unidos e ao redor do mundo.

 

 

 

Fotos: Reprodução/divulgação @spotify

Pesquisa identifica que apenas 1% dos artistas geram 90% das audições

Um levantamento, publicado na edição americana da revista Rolling Stone, identificou que apenas 1% dos artistas gera 90% das audições em serviços de streaming.

Segundo o estudo realizado pela empresa americana Alpha Data, metade dos músicos não conseguem chegar a 100 plays nas plataformas.

A partir desses dados foi possível notar que apesar dos serviços de streaming terem um catálogo imenso de músicas, com lançamentos a todo o momento, apenas os artistas mainstream garantem um maior quantidade de plays.

De acordo com os dados publicados no G1, a pesquisa analisou mais de 1 milhão de lançamentos de artistas nos principais serviços streaming, de janeiro de 2019 a julho de 2020.

A desigualdade também acontece nas vendas de faixas e álbuns online. O grupo de 1% dos grandes músicos representa 83% do total comprado no mesmo período. No formato de venda física, os artistas mais populares representam 53% do total de venda de vinis e cds.

A pesquisa também se estendeu para o rádio, onde os grandes artistas (1%) são responsáveis por 99,996% das execuções por lá.

 

Foto: O artista Drake, mais ouvido no Spotify/ reprodução

Banda americana está leiloando a faixa 10 de seu novo álbum no eBay

A banda americana Vulfpeck está leiloando a faixa 10 de seu próximo álbum no e-Bay. O lance atual está avaliado em mais de 50 mil dólares.

Para o lançamento de seu álbum ‘The Joy of Music, The Job of Real Estate’, a banda de Funk americana foi às redes sociais fazer um anúncio ousado. Clique aqui para visualizar.

No anúncio o líder da banda, Jack Stratton, contou que andou tomando algumas decisões erradas e que se deu mal. Segundo ele, no início do ano, ele resolveu investir comprando algumas ações no Spotify, na certeza de que elas iriam render uma boa grana. Como previsto, o retorno chegou, o que fez Stratton ficar ainda mais confiante para investir quatro vezes mais. Só que, como o mercado financeiro é imprevisível, as ações caíram. Ele perdeu tudo!

“Eu gostaria de poder dizer que estou falido, mas é pior do que isso”, disse Stratton em seu post.

Diante da situação, veio a ideia de leiloar a faixa 10 de seu álbum para tentar dar uma equilibrada em seu orçamento.

Na descrição do produto, o comprador que der o lance mais alto terá direito à nomear a faixa (naming rights) e aos 2 minutos e 30 segundos dela.

“Imagine sua banda, seu produto, seu filho na faixa 10 do próximo álbum de Vulfpeck, ‘The Joy of Music, The Job of Real Estate’. O crescimento financeiro de longo prazo é quase garantido”, diz a descrição do produto do e-bay.

“Não se trata apenas de lucros. Considere os intangíveis: objetivos de vida, prazer, feijão, imortalidade, funk”, completa a descrição.

Mas outra parte da descrição alerta: “O Comprador reconhece ainda que o Vendedor pode promover, não promover, descartar, amar ou simplesmente ignorar a Faixa 10 como o Vendedor considerar adequado, por toda a eternidade ou até 2121, o que ocorrer primeiro”.

Parece que a estratégia tem dado certo já que a “Faixa 10” agora está avaliada em mais 50 mil dólares.

Vale lembrar que o caso foi comentado durante o podcast do “Música em Rede”  pelos convidados Pena Schmidt e Guta Braga. “O Fonograma vai salvar a Indústria da Música?” – OUÇA AQUI.

Artistas precisam ter 200.000 plays para entrar no Top 50 do Spotify

Nesta semana, o Pop Line publicou uma matéria sobre como funciona o ranking das paradas de músicas do Spotify no Brasil. Para que um artista fique entre o Top 50 é preciso pelo menos cerca de 200.00 plays por dia.

Para se chegar ao número, o portal avaliou o Top 50 do Spotify no dia 10 de agosto de diferentes anos no país. Em 2018, o hit de Silva em parceria com a cantora Anitta “Fica Tudo Bem” entrou em 50º lugar com 161,072 streams. Só que em 2017, “Attention“, do Charlie Puth, estava na mesma posição com um número menor de plays, 139,870. Entretanto, em 2020, Giulia Be está no #50 com 228,557 streams. Ou seja, a cada ano o número que determina a entrada de uma faixa na Top 50 aumenta.

Em outros países, as paradas são definidas por um número menor de plays. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, para entrar no Top 50 é necessário que um artista tenha 100.00 plays diários. Enquanto no Canadá basta ter 60.000 plays. Atualmente, para ganhar a primeira posição no Brasil, um artista deve ter em média 800,000 streams diários.

Assim como no Brasil, nos Estados Unidos, o número de plays do Top 50 deve ser alto, pelo menos 400.000 reproduções diárias.

Outro ponto a se notar é a sobre a dificuldade em se manter no topo das mais tocadas. Isso porque há uma tendência de determinadas faixas estrearem em boas colocações, geralmente graças ao apoio dos fãs, mas fora das playlists grandes, fica difícil uma música continuar entre as mais ouvidas.

O portal conta que essas playlists grandes são criadas pelo próprio Spotify Brasil, que decide a inclusão e posicionamento das músicas editorialmente conforme a os dados fornecidos pelos algoritmos, que avaliam determinados fatores como a frequencia em que as músicas são puladas pelos usuários em playlists ou no modo rádio. Quanto menor esse número, mais chance delas entrarem nas melhores listas de reprodução e ficarem com um posicionamento melhor no ranking.

 

Foto: FreePik @upklyak

CEO do Spotify declara que músicos que não fazem sucesso na plataforma são preguiçosos

Na semana passada o serviço de streaming de músicas, Spotify, publicou seu relatório financeiro para o último trimestre, e o CEO Daniel Ek fez uma série de declarações a vários portais, incluindo ao Music Ally.

Segundo o portal Stereogum, durante a entrevista, Ek revelou o que acha sobre a insatisfação de artistas e compositores sobre as remunerações de royalties e colocações injustas em playlists. Para o CEO, esses músicos são preguiçosos!

“Em toda a existência [do Spotify], acho que nunca vi um único artista dizendo: ‘Estou feliz com todo o dinheiro que estou recebendo com o streaming.’” Ek continuou: “A partir dos dados, há cada vez mais artistas capazes de viver com a própria renda.”.

O que Ek quis dizer é que artistas precisam acompanhar seus dados e pensar de forma estratégica em suas carreiras:

“Há uma falácia narrativa aqui, combinada com o fato de que alguns artistas que costumavam se sair bem no passado podem não se sair bem agora. Nesse cenário futuro, você não pode gravar música a cada três ou quatro anos e achar que isso será o suficiente. Os artistas atuais que estão percebendo que se trata de criar um envolvimento contínuo com seus fãs. É sobre colocar o trabalho, contar histórias ao redor do álbum e manter um diálogo contínuo com seus fãs. ”, continuou.

“Eu realmente sinto que aqueles que não estão se saindo bem no streaming são predominantemente pessoas que querem lançar músicas do jeito que costumavam ser lançadas [antigamente]”, concluiu o CEO.

A fala de Ek, claro, não agradou nada aos músicos no Twitter, que responderam à notícia com comentários negativos:

“Quem tem meios para gerar 2 álbuns por ano? Ou aqueles dispostos a fazer um trabalho abaixo da média, ou aqueles com nomes grandes o suficiente para encurralar outros a fazer o trabalho por eles.”, disse o compositor Mat Dryhurst.

Zola Jesus escreveu em outro tweet: “É extremamente claro que o bilionário @Spotify daniel ek nunca fez música ou arte de qualquer tipo para esse assunto. Ele se recusa a entender que há uma diferença entre mercadorias e arte. O potencial de crescimento cultural sofrerá por causa disso. ”

Por aqui, o vocalista da banda brasileira Maglore, Teago Oliveira, declarou em seu Twitter: “o certo é ficar lançando música sabor plástico pra subir conteúdo e engajar os fãs. Entendo o lado dele e de quem quer viver na corrida em busca de seguidores, mas pra mim a vida é mais do que morrer dizendo que teve milhões de plays”.