Google é acusado de copiar letras da Genius

Domingo passado (16), o Wall Street Journal publicou uma artigo sugerindo que o Google vem copiando há dois anos as letras de músicas da plataforma Genius.

De acordo com o artigo, a Genius conseguiu descobrir que seu conteúdo estava sendo reproduzido no Google, através de seu sistema que insere uma espécie de marca d’água nas letras de músicas. Quando convertida para o código Morse, as palavras “Red Handed” são reveladas.

“Nos últimos dois anos, mostramos evidências irrefutáveis ​​de que estão exibindo letras copiadas da Genius”, afirmou Ben Gross, diretor de estratégia da Genius ao jornal americano.

Em resposta à denúncia, o Google negou todas as afirmações em seu blog, passando a responsabilidade para o LyricFind, empresa em que é parceira de seu recurso que possibilita a visualização de letras de músicas.

“As letras que você vê nas caixas de informações da pesquisa vêm diretamente dos provedores de conteúdo das letras, e são atualizadas automaticamente à medida que recebemos novas letras e correções regularmente”, informou a publicação. “Pedimos ao nosso parceiro de letras para investigar o problema para garantir que ele esteja seguindo as práticas recomendadas do setor em sua abordagem”.

No blog do Google, a LyricFind explicou como é o processo de publicação de letras de música no Google Search. As letras usadas são tiradas de várias fontes antes de serem editadas, corrigidas e depois publicadas. Sua equipe pode ter “inconscientemente” usado a Genius como uma fonte original. A LyricFind se ofereceu para remover todas as letras identificadas e informou que não consultará mais a plataforma como fonte.

“Deve ser reiterado que o próprio Genius não detém os direitos das letras – os editores de música e os compositores fazem isso”, informou a LyricFind.

Segundo o Music Business Worldwide, atualmente a Genius possui uma rede de 2 milhões de colaboradores, editores e músicos. Em março do ano passado, a plataforma fechou uma rodada de financiamento no valor de US$15 milhões. Além de ter a Apple Music como seu player de música oficial, possui o recurso “Behind The Lyrics” no Spotify, que mostra curiosidades enquanto uma música é reproduzida.

Para liderar relações comerciais na América Latina, ByteDance escolhe ex-executivo brasileiro da Deezer

A ByteDance – empresa chinesa de tecnologia, proprietária de várias plataformas de conteúdo, incluindo o Tik Tok – nomeou o brasileiro Henrique Fares Leite para liderar suas relações comerciais na América Latina.

De acordo com o Music Business Wordwide, o perfil do executivo indica que ele agora é diretor de Relações da Indústria Musical da América Latina em ByteDance. Anteriormente, o executivo brasileiro exercia o cargo de Diretor de Relações da Indústria Musical das Américas, no Deezer.

No mês passado, o ByteDance anunciou que está planejando lançar um serviço de streaming de música para concorrer com o Spotify e a Apple Music.

Deezer permite compartilhar letras de música pelo Stories.

Os usuários do Deezer poderão compartilhar as letras das músicas pelo Stories do Instagram para que seus seguidores possam ouvir a canção completa no serviço de streaming.

Para ativar o novo recurso, o usuário do Deezer deverá tocar no símbolo “Lyrics” para ver as letras e depois compartilhá-las. Assim, basta selecionar e cortar o trecho da letra que deseja compartilhar no Stories.

Os usuários poderão compartilhar até cinco linhas das letras de música e compartilhar as capas dos singles, artistas, playlists, álbuns e podcasts.

“Graças à nossa nova integração com o Instagram, os fãs de música agora podem compartilhar não apenas seus próprios momentos especiais, mas as músicas que contam sua história pessoal da melhor maneira.” afirmou Stefan Tweaser, diretor de produtos e crescimento da Deezer.

 

Baco Exu do Blues ganha GP de Entertainment for Music

O rapper brasileiro Baco Exu do Blues conquistou o Grand Prix na categoria Entertainment for Music, do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, maior prêmio do mercado publicitário mundial.

De acordo com o portal B9, neste ano a categoria teve dois ganhadores. Além de Baco Exu, o rapper Childish Gambino e seu polêmico videoclipe “This is America” também levou o GP. Na disputa pelo prêmio estavam nomes como LCD Soundsystem e The Carters (Beyoncé e Jay-z)

Segundo o portal, o clipe foi realizado pela plataforma Coala.lab e dirigido por Douglas Bernardt. É  primeira vez em que o Brasil conquista o GP na categoria.

Foto: Divulgação

Livro mapeia sistemas de som brasileiros inspirados na Jamaica

Será lançado, em Julho, o “Mapa Sound System Brasil”, um livro que mapeia sistemas de som brasileiros, responsáveis por disseminar o reggae no Brasil.

Segundo o portal rapresentando.com, é a primeira vez em que há um levantamento relacionado às festas de sound system no país. Para criar o “Mapa Sound System Brasil”, os pesquisadores e seletores (DJs) Daniella Pimenta e Natan Nascimento, catalogaram mais de 120 sistemas de som brasileiros inspirados na Jamaica.

O livro foi inspirado no blog Groovin Mood. Além de mostrar depoimentos de artistas locais, há opiniões de nomes como o jamaicano Walshy Fire (Major Lazer) e o produtor caribenho Mad Professor.

“O catálogo não tem a pretensão de ser um guia definitivo do sound system nacional”, contou Daniella ao portal. “O nosso objetivo é levar para o leitor – brasileiro e de fora do país – um panorama visual mais geral da movimentação da cultura de sistemas de som de reggae em moldes jamaicanos no Brasil. Queremos trazer uma amostragem – a mais acurada possível – do que vem acontecendo por aqui”.

O lançamento do livro está previsto para o dia 29/6 as 16h, com entrada gratuita na Casa Brasilis – Pompeia – SP/SP

*Foto: Miguel de Castro

E para celebrar o lançamento do livro o MCT está realizando um sorteio! Não perca a oportunidade de conhecer ainda mais sobre a cultura sound sustém e participe!

Pesquisa aponta que a sofrência leva a descoberta de novas músicas

A Folha de São Paulo falou sobre uma pesquisa que descobriu que a maioria das pessoas descobrem novas músicas após o término de um relacionamento.

O levantamento foi realizado pelo instituto britânico 3GEM, a pedido da Deezer. Foram ouvidos 10 mil entrevistados no mundo todo, sendo que 2.000 deles brasileiros. A conclusão foi de que 66% dos ouvintes descobrem novas músicas após um término de relacionamento. O índice aumenta com relação aos brasileiros: 70%.

Segundo a pesquisa, são vários os motivos que levam os brasileiros de coração partido a conhecerem novas músicas. Entre os entrevistados, 25% “ouvem música para se sentir melhor”, 10% para “redescobrir a própria identidade” e 10% “para conhecer novas pessoas”.

A pesquisa identificou outros hábitos musicais dos brasileiros. Para agradar e não passar vergonha no primeiro encontro, 25% dos entrevistados afirmaram fingir gostar de uma música. Entretanto, o índice cai com relação a países como a França. Apenas 18% dos franceses disseram fingir que curtem determinada música nesses momentos.

E não é só nos encontros que os brasileiros tendem a fingir que gostam de uma indicação de música, mas na amizade também. A pesquisa descobriu que 56% das pessoas dizem gostar de uma canção só para ser educado com um amigo ou uma pessoa querida.

“A música tem um efeito de mudança no humor. De alguma maneira, isso também mostra a personalidade do brasileiro. A pesquisa revela que em países considerados menos quentes, caso da Alemanha, por exemplo, as pessoas valorizam menos as questões sentimentais na hora de ouvir músicas, sejam elas novas ou não”, contou a gerente de comunicação do Deezer Brasil para a Folha.

Outros números interessantes:

“82% ouvem músicas quando estão em situações de desconforto”;

“29% fingem gostar de música em um primeiro encontro”;

“5% ouvem faixas para ficarem confiantes com novas pessoas”;

“3% têm contato com canções para se atualizar com a cultura”;

“35% ouvem para se recuperar de doença ou momento triste”.

 

Foto: Jairo Malta/Folha de São Paulo

 

#RespeitoAoCompositor contra o projeto de lei que isenta hotéis e pousadas de pagar direitos autorais

A UBC (União Brasileira de Compositores) informou que está havendo uma análise pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado de um projeto de lei que isenta  hotéis, pousadas e estabelecimentos congêneres de pagar direitos autorais de execução pública por músicas tocadas em quartos. Apesar de estimular o turismo no país, o projeto pode provocar um grande impacto negativo na arrecadação de direitos autorais.

De acordo com a entidade, os artigos 3º e 4º PL 1.829/2019 “penalizam os compositores musicais”. O projeto é parecido com o PLS 206/2012, outro que há dois anos não conseguiu sequer ser votado perante a grande mobilização contrária pela classe artística.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator do PL 1.829, emitiu um parecer recomendando a remoção da isenção e manteve outras medidas de estímulo ao turismo.

A notícia sobre o projeto ganhou repercussão no país mobilizando autores e titulares de direitos autorais. Entidades como a Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) e a Organização Latino-Americana de Direito Autoral (LatinAutor) também se manifestaram e enviaram uma carta para presidente do senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), mencionando os artigos.

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) enviou uma carta para Randolfe Rodrigues pedindo a remoção da isenção a quartos de hotéis do projeto de lei:

“Queremos ratificar ao honorável senador que, em toda a América Latina, na Europa, nos Estados Unidos e em numerosos países da Ásia, os proprietários de hotéis obtêm licença e pagam direitos pelo uso de música em aparelhos de rádio e televisão colocados nos quartos, nas áreas comuns e em salões de festa”, afirmou em carta a IFPI. “No mundo atual, não se concebe um hotel, resort ou empresa de turismo que não incluam a música como parte da sua oferta aos consumidores, visitantes e turistas. A música é um elemento essencial da experiência humana em hotéis, e, por isso, seus criadores, produtores e artistas merecem uma remuneração justa e proporcional.”

Pela internet, uma campanha com a hashtag #RespeitoAoCompositor pode ser usada por todos que desejam defender a remoção dos artigos. Outra iniciativa que chamará a atenção para o sucesso da campanha é o envio de e-mails e mensagens diretamente aos senadores participarão da decisão. A relação de e-mails pode ser encontrada AQUI, ao final da página.

 

Foto: UBC

Midstream: Um novo conceito para artistas que estão entre o indie e o popular

O portal Metrópolis falou sobre o Midstream, um novo conceito para artistas que são indie, mas cada vez mais conquistam fãs, principalmente pelas redes sociais.

Segundo o portal, artistas Midstream são aqueles ainda não são tão populares (mainstream), mas também já conseguiram sair do underground. Artistas como Silva, Francisco El Hombre, Duda Beat e Rincon Sapiência estão “entre os dois extremos”.

“Esse mercado que era indie virou o Midstream. Afinal, há nomes muito consolidados, que já são mainstream, abandonando as gravadoras e se tornando independentes. O Midstream é uma consequência da mudança da indústria fonográfica, da democratização do acesso, da consolidação das redes sociais”, informou Diego Marx, curador do Festival CoMA ao portal.

A cantora, Duda Beat, “rainha da sofrência indie”, apesar de possuir 137 mil seguidores no Instagram, possui 2,8 milhões de reproduções no Youtube pelo seu clipe “Bixinho”. Sua apresentação no Lolapalooza Brasil deste ano foi muito esperada pelos fãs, que sempre cantam suas músicas em coro durante todos os seus shows.

“Nessa faixa da indústria fonográfica, os artistas têm maior liberdade, pois não precisam se sujeitar às regras das gravadoras”, comentou Diego Marx.

Novo recurso do Spotify permitirá ouvir música junto com amigxs

O Spotify está testando um novo recurso que permitirá vários usuários ouvirem a mesma música juntos, mas em dispositivos diferentes.

O Social Listening está em fase de testes, mas promete inovar aquele antigo jeito de compartilhar o fone de ouvido com outra pessoa, já que para ouvir a mesma música simultaneamente, basta enviar um convite através de um QR Code.

De acordo com o portal B9, o Spotify espera que os convites para a audição simultânea atraiam novos usuários para a plataforma.

Além do Social Listening, o serviço de streaming também anunciou que os usuários do Spotify Stations poderão ouvir músicas personalizadas na rádio deixando a execução mais compatível ao gosto musical de cada usuário. Será uma versão parecida com a proposta do Pandora, outro serviço de streaming.

Lançado em 2018, o Spotify Stations é uma versão mais simples do Spotify, que funciona quase como uma rádio. A rádio vai melhorando conforme o gosto do usuário. Com esta atualização, os usuários não precisarão seguir a ordem imposta pelo aplicativo.

Apesar da possibilidade de ouvir músicas de forma gratuita, o Spotify Stations ainda não é muito popular ao redor do mundo.

 

Kondzilla perde a liderança do funk no YouTube

O canal Kondzilla, maior canal do Youtube no Brasil, vem perdendo audiência e deixando a concorrência  dominar o funk. É o que disse a matéria do G1 que apontou vários fatores que levaram a queda do canal.

De acordo com o G1, além da audiência do canal ter caído pela metade, o número de hits no Top 100 semanal da plataforma é de apenas três, contra nove da concorrência (GR6).

Após conversar com o diretor-executivo da Kondzilla, Fabio Trevisan e outros produtores, o G1 constatou cinco fatores que puderam ter levado o canal a perda de audiência:

  1. “Funkeiros mais conhecidos, como Kevinho, Jerry Smith, Lexa e Pocahontas, hoje preferem postar em seus canais individuais”
  2. “Após anos de domínio paulista, o funk cresce em Belo Horizonte, Recife e especialmente no Rio, onde Kondzilla é menos presente”
  3. “Mesmo em SP, a concorrência aumentou quando a GR6, maior agência de MCs da cidade, passou a priorizar seu próprio canal”
  4. “Competidores avaliam que o canal está perdendo a “conexão com as ruas”, com linguagem “limpinha” em momento em que o funk é marcado pela “ousadia””
  5. “Excesso de clipes de aspirantes a celebridades de qualidade duvidosa, que pagam pela “vitrine” da Kondzilla. A produtora lucra, mas o canal perde interesse de fãs”

Fábio explicou que uma das principais causas da perda de audiência foi uma “filtragem” de conteúdo. O canal deixou de promover clipes com palavrões, sexo e violência para alcançar certos públicos e marcas.

Enquanto o Kondzilla sofre com essas questões, uma concorrente assumiu a liderança no funk: a GR6, maior escritório de agenciamento de artistas de funk de SP.

Segundo o portal, a empresa virou concorrência para o Kondzilla a partir do momento em que o canal começou a focar em seus “planos grandiosos”, em 2017. Nessa época, todos os clipes de seus MCs eram lançados pelo canal da Konzilla:

“Eles abriram um escritório e viraram concorrência. A gente viu que tinha que ter uma coisa independente, trabalhar nossa plataforma. Pelos clipes, todo mundo achava que nossos artistas eram da Kondzilla. A gente ficava escondido”, afirmou Rodrigo Oliveira (33), dono da GR6.

Com produção e veiculação próprias, no canal GR6 Explode, a empresa conta com 10 diretores e R$2 milhões em equipamento de vídeo. A sede, situada em uma casa na Zona Norte de São Paulo, está começando a crescer: “Agora a gente está construindo outra casa na frente que é duas vezes maior. Lá vai ficar nossa parte de filmes. Estamos gravando uns 90 clipes por mês.”, informou Rodrigo. O resultado está nas paradas do Youtube.

Apesar da briga pela liderança no funk, Rodrigo contou que mantém boas relações com a concorrência: “Tenho um grande respeito pelo Kondzilla, por tudo que ele construiu”, disse.

O G1 detalhou todos os fatores que estão influenciando a disputa pelo primeiro lugar no funk. Apesar de tudo a favela continua vencendo.

 

Foto:Reprodução/Facebook/Kondzilla

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