SPOTIFY ENCERRA 2019 COM 124M DE ASSINANTES PREMIUM NO MUNDO

O Spotify divulgou hoje (5) seus resultados financeiros para o último trimestre (Q4) de 2019. Com 124 milhões de assinantes pagos, o serviço de streaming fechou o ano com bom desempenho e expectativas otimistas para o futuro.

De acordo com análise do Music Industry Blog, da Midia Research, como previsto, o Spotify alcançou 124 milhões de assinantes no Q4 de 2019.

A contagem global de usuários ativos no quarto trimestre atingiu a marca de 271 milhões, um reflexo sobre seu crescimento em novos mercados, como a Índia.

Houve queda na rotatividade de assinantes, de 5,2% em 2018 para 4,8% em 2019. Além disso, a receita média de assinantes (ARPU, sigla em inglês) foi de €4,65, uma queda de 5% em relação ao quarto trimestre de 2018. O Spotify justificou que esta queda está relacionada a “extensão do período de teste gratuito em todo o conjunto de produtos no trimestre”.

Sua receita total ficou em €6,8 bilhões, um aumento de 29% em relação a 2018. Sendo que destes, 10% são de receitas de anúncios suportados.

O Spotify registrou uma perda operacional €77 milhões no trimestre e €73 milhões para todo o ano civil.

Segundo a análise do blog, a partir desses números podemos ver o surgimento de um “novo Spotify” que terá toda a sua atenção voltada para três pilares: podcasts, ferramentas de marketing e criadores.

Podcasts: No fim de 2019, publicamos a análise da MIDiA Research sobre o resultado de todos os investimentos realizados pela plataforma em podcasts. Apesar de 44,8 milhões de usuários ouvirem o formato, o retorno foi de apenas 1% da receita total. Mesmo com resultados baixos, o Spotify já confirmou que 2020 haverá mais investimentos. Para a MIDiA, o motivo para tanto otimismo é que a plataforma está procurando reduzir sua margem bruta, através de diluição de royalties:

“Mesmo nos acordos atuais, o Spotify poderia cortar até sete pontos de pagamento de royalties de música”, analisou o portal.

Ferramentas de Marketing: Gravadoras podem estar frustradas em ter que pagar para ter acesso à nova plataforma de gerenciamento de anúncios, lançada no fim do ano passado. Entretanto, a estratégia é semelhante ao que o Facebook e o YouTube costumam fazer. Afinal, é fato que as gravadoras gastam cerca de um terço do que ganham com publicidade no YouTube. “O impacto desse tipo de troca de receita no modelo comercial do Spotify não pode ser subestimado”, observa a MIDiA Research.

Criadores: O portal prevê que 2020 será um ano voltado para criadores e artistas. Principalmente com relação ao desenvolvimento e aquisições de ferramentas voltadas para desenvolver esta área. As últimas aquisições em plataformas como Soundtrap (um mix de rede social voltada para a criação de músicas de forma colaborativa ) e SoundBetter (uma comunidade de produção de música e áudio) confirmam a estratégia.

O portal analisa ainda que o Spotify esteja construindo bases para criar um novo modelo de gravadora: “O Spotify pode estar apenas competindo com os negócios futuros das gravadoras antes que eles percebam”, diz a análise.

Foto: Reprodução MIDiA Research

Youtube arrecada US$15,1 bilhões com receitas publicitárias em 2019

Pela primeira vez, o Google divulgou as receitas de sua plataforma de compartilhamento de vídeos, o YouTube.

Em 2019, o Youtube faturou 15 bilhões de dólares com receitas publicitárias. De acordo com o Hypebeast, apenas no quarto trimestre, a plataforma gerou US$4,7 bilhões.

Segundo o relatório financeiro do Google, em 2017, o valor de ganhos com receita publicitária em 2017 era de US$8,15 bilhões, e em 2018, US$11,5 bilhões. Ou seja, a receita nesta área quase dobrou nos últimos dois anos.

Apesar dos números altos, os valores ficaram abaixo do mercado, que estimava algo em torno de US$25 bilhões.

A CFO do conglomerado Alphabet, Ruth Porat, explicou a decisão da empresa de divulgar os números, dizendo: “Para fornecer mais informações sobre nossos negócios e as oportunidades futuras, agora estamos divulgando nossa receita de forma mais granular, incluindo pesquisa, anúncios do YouTube e Nuvem.”

Foto: Smith Collection/Gado/Getty Images

A Revolta dos Artistas na Alemanha por melhores remunerações em serviços de streaming

Enquanto o assunto do fim de semana no mercado musical era a cerimônia do Grammy 2020, na Alemanha, as principais gravadoras recebiam uma carta de convocação para uma reunião a fim de discutir melhores remunerações para artistas em serviços de streaming.

Segundo o Music Business Worldwide (MBW), a carta publicada no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (F.A.S), ganhou uma manchete intitulada como ‘Der Aufstand der Stars’ – ‘A Revolta das Estrelas’- e foi assinada por representantes dos maiores artistas da Alemanha, como a banda Rammstein e Helene Fischer (foto) – artista da Universal Music, que vendeu mais de 15 milhões de discos em todo o mundo.

Os representantes dos artistas querem alterar e reestruturar o modelo de cobrança e remuneração na área de streaming. Para o MBW, pode-se sugerir que há uma busca por mudanças no estilo de pagamento “centrado no usuário” dos serviços de streaming, que até o momento foram reticentes em adotar esse modelo.

Vale lembrar que no ano passado, a Deezer anunciou que planejava lançar um piloto de um sistema de pagamento ‘centrado no usuário’ em 2020, se pudesse obter o suporte necessário das principais gravadoras.

Além do apelo, a carta convoca as gravadoras para uma reunião em Berlim em fevereiro para discutir o assunto.

Em resposta,  a Warner Music afirmou que não participará da reunião devido a “preocupações antitruste que seriam criadas por poderosas empresas de música e muitos representantes de estrelas se reunindo para discutir acordos coletivos de negócios”. Em vez disso, a Warner diz que “conversas bilaterais” estão sendo realizadas.

A BMG, publicou uma nota afirmando que o debate é necessário: “Congratulamo-nos com essa tentativa de destacar algumas das iniquidades do contrato tradicional de gravação. Esta carta é assinada por alguns dos mais respeitados gerentes musicais da Alemanha e deve ser levada a sério.

“Precisamos de um debate sensível e adulto. Não achamos justificável em um mundo em que as gravadoras não tenham mais os custos de pressionar, manipular e fornecer produtos físicos para tentarem manter a maior parte da receita de streaming. O mundo mudou. Está na hora das gravadoras mudarem também.”

A Sony e a Universal ainda não responderam publicamente. No primeiro semestre de 2019, a indústria musical alemã teve sua maior taxa de crescimento de receita desde 1993. Um crescimento de 7,9%, de acordo com a Associação Alemã da Indústria Musical (BVMI).

Foto: Reprodução

O FastForward Podcast voltou, após uma pausa para as comemorações de fim de ano. Então, vamos falar sobre “Músicas do Verão e do Carnaval? APERTA O PLAY!

Para despertar ‘vício em leitura’, rapper distribui poesia em tubos de drogas

Durante o Festival Literário de Votuporanga (Fliv), o rapper Renan Inquérito inovou ao distribuir poesia em tubos de drogas para despertar o ‘vício em leitura’.

A partir da frase “traficar informação”, usada popularmente no rap, Inquérito resolveu inserir suas poesias em tubos que normalmente são usados pelos traficantes para embalar drogas. Os chamados de “Pinos Poéticos” foram distribuídos em seu sarau no Fliv, que rolou no início de Janeiro.

A ideia dos “Pinos Poéticos” pode parecer polêmica, mas foi a maneira em que o artista encontrou para incentivar a leitura e divulgar seu trabalho, principalmente entre o público mais jovem.

“Eu sempre começo o sarau anunciando no megafone: Vendo pó, vendo pó…esia! Por isso, a relação com os pinos, que também são usados para vender cocaína, conhecida como “pó”, contou Inquérito ao G1.

A ideia funciona com o público de todas as idades, inclusive crianças: “Muitas infelizmente já tiveram contato com drogas, mas passam a associar o objeto com algo positivo, com poesia dentro, e não necessariamente como invólucro para drogas. Não vejo problemas em dá-los às crianças, muitas vezes distribuímos para bem pequenas e elas não fazem conexão”, comentou o rapper.

As poesias das cápsulas fazem parte do livro #PoucasPalavras, lançado pelo Inquérito em 2011, de maneira independente e que já está em sua 5ª edição:

“O conteúdo traz fragmentos das minhas composições, porém exploradas de forma diferente do CD. No papel pude abusar dos recursos visuais e do concretismo, fazendo link com a internet e com o twitter, por exemplo”, conta Renan.

“Me sinto honrado em poder disseminar a poesia em um país onde a maioria das pessoas infelizmente não tem o hábito da leitura, creio que o fato de ser cantor de rap ajudou bastante, sobretudo na aproximação do público mais jovem, que já conhecia minhas músicas”, continuou o rapper.

Foto: Marcio Salata

Billie Eilish se torna a 1ª mulher a vencer os maiores prêmios do Grammy na mesma edição.

Pode-se dizer que 2019 foi o ano de Billie Eilish. A artista que acabou de completar 18 anos  conquistou todo os maiores prêmios da cerimônia do Grammy 2020, e se tornou a primeira mulher a conseguir o feito.

A jovem artista levou para a casa os quatro principais prêmios da cerimônia que aconteceu no último domingo (26), em Los Angeles:  música do ano, gravação do ano, álbum do ano e artista revelação.

Segundo a Folha de S.Paulo, desde a primeira cerimônia em 1981, a única cantora que conseguiu chegar perto de Christopher Cross foi a britânica Adele, porém suas conquistas foram em anos diferentes.

Além de se tornar a primeira mulher a conseguir levar as quatro categorias em uma mesma noite, Billie Eilish desbancou Taylor Swift, Ariana Grande e Ed Sheeran e ganhou na categoria de melhor álbum pop com seu disco de estreia, “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”.

O irmão da artista, Finneas O’Connell, ao contribuir com o disco, venceu um Grammy como produtor do ano. Com isso, Billie Eilish levou todos os seis prêmios aos quais ela foi indicada.

Foto: Robyn Beck

Nestlé usa TikTok em processo seletivo para novo gerente de marketing

A Nestlé anunciou que usará o TikTok como apoio para selecionar seu novo gerente de marketing da marca Nescau.

A empresa está procurando um novo gerente de marketing para sua marca de achocolatado em pó, e como requisito, o candidato deve enviar um vídeo de até um minuto criado no TikTok.

De acordo com o PropMark, o conteúdo do vídeo deve conter uma música que representa o candidato, descrição profissional e pessoal, motivos pelos quais quer concorrer à vaga e como seu trabalho pode agregar para a marca e para o negócio.

Para a Nestlé, “o TikTok é a febre do momento”. Além disso, 2019 foi “o ano do app e essa nova realidade tem tudo a ver com Nescau e com o público da marca. O Brasil é uma grande força nas redes sociais, e Nescau é uma marca que conversa com a nova geração, por meio de ações que estimulem o público jovem a ser protagonista em diversas frentes e canais.”

O processo seletivo está aberto apenas para pessoas que já trabalham na empresa.

(Photo by Kon Karampelas on Unsplash/Unsplash)

Björk cria música que se transforma conforme as mudanças climáticas

A artista islandesa Björk conseguiu criar uma música que se transforma conforme as mudanças climáticas. Usando a tecnologia de Inteligência Artificial da Microsoft, foi gerada uma partitura, chamada de “Kórsafn” (‘arquivo de coro’ em islandês). A partitura é uma união entre de arquivos musicais gravados ao longo de dezessete anos pela artista, e sons do coral de Hamrahlid.

De acordo com o HypeBeast, uma câmera instalada no topo do hotel Sister City, em Nova York, captura atividades no céu, como mudanças climáticas, pássaros e aviões, 24 horas por dia. A IA interpreta os movimentos em sons específicos criados por Björk.

A sequência que está em constante evolução, pode parecer aleatória para o ouvinte, mas os dados capturados pela câmera mapeiam cuidadosamente a ordem das notas.

Björk é conhecida por sua estreita relação com a tecnologia, era uma opção natural para a colaboração. O projeto está sendo reproduzido em todo o lobby do Sister City, e no restaurante do hotel Floret. Há ainda audições especiais todos os domingos, das 16h às 18h até 23 de fevereiro, em Nova York.

Foto: Sacks & Co

Beyoncé assina novo acordo global com Sony/ATV

Nesta semana, a artista e empresária Beyoncé assinou um novo acordo global com a Sony/ATV Music Publishing para a gestão de todo o seu catálogo de músicas, incluindo os hits do início de sua carreira com o grupo Destiny’s Child.

Segundo a Billboard, será a segunda vez que o presidente e CEO da Sony/ATV, Jon Platt, trabalhará com a diva pop. Anteriormente, Platt atuou como chefe de sua editora, Warner Chappell.

“Estou empolgada com o que virá com minha parceria com Jon Platt em seu novo papel de liderança na Sony/ATV”, disse Beyoncé. “Jon é o executivo que entende a mentalidade criativa e continua sendo defensor e protetor. Foi uma honra trabalhar com Jon desde o início da minha carreira.”, continuou.

Platt acrescentou: “Além de todos os elogios e realizações, Beyoncé é simplesmente um dos talentos mais motivados e impactantes que eu conheço. Tive o privilégio de fazer músicas incríveis com ela ao longo de sua carreira e ela continua estabelecendo o padrão da expressão criativa em todas as formas. Beyoncé inspira gerações com suas músicas e tenho a honra de me reunir com ela na Sony/ATV. ”

Beyoncé entra para o catálogo da editora que assinou com Rihanna no ano passado. Atualmente a Sony/ATV possui o maior catálogo de publicações musicais do mundo, incluindo artistas como Taylor Swift, Pharrell Williams, Frank Sinatra e Marvin Gaye.

ARIANA GRANDE É ACUSADA NOVAMENTE DE PLÁGIO POR “7 RINGS”

Um dos grandes hits da cantora Ariana Grande, “7 Rings”, foi novamente acusado de plágio. Desta vez, o rapper Josh Stone, também conhecido pelo nome DOT, afirma que o sucesso de Ariana possui elementos de sua música “You Need It, I Got It”, de 2017.

De acordo com o Music Business WorldWide, no processo aberto na semana passada no Distrito Sul de Nova York do Tribunal Distrital dos EUA, Stone alega que se encontrou com o produtor de Ariana, Tommy Brown, antes da música ter sido lançada.

Josh diz que “literalmente, cada uma das 39 notas respectivas de” 7 Rings” é idêntica às 39 notas de “I Got It” do ponto de vista da localização métrica”. A Universal Music e vários outros nomes também foram envolvidos.

Anteriormente, a música que possui a melodia de “My Favorite Things”, do musical “A Noviça Rebelde”, também já foi contestada pelo rapper 2 Chainz. Mas o caso foi resolvido amigavelmente.

Nos últimos meses estamos acompanhando uma série de casos de violação de direitos autorais em grandes hits, como Dark Horse de Katy Perry – sucesso de 2013 que está em fase de recursos onde a cantora terá que pagar quase US$3 milhões por indenização ao compositor Lizzo.

MAIS UMA VEZ O HIP-HOP REINOU COMO O GÊNERO MAIS TOCADO NOS SERVIÇOS DE STREAMING NOS EUA

O hip-hop continua a reinar como o gênero mais tocado dos EUA. Segundo novo relatório da BuzzAngle Music, artistas de hip-hop/rap conquistaram 6 das 10 primeiras posições das mais tocadas no ranking dos serviços de streaming em 2019.

Das 100 músicas mais tocadas, 52% eram do gênero musical. A faixa Old Town Road, de Lil Nas X, foi a mais tocada, acumulando 1,78 bilhão streams em plataformas de áudio e vídeo nos Estados Unidos no ano passado. O hit ultrapassou o recorde de God’s Plain (1,68 bilhão de streams), de Drake, em 2018.

Para comparar o desempenho do hip-hop em 2019, a BuzzAngle Music analisou o relatório da Nielsen publicado no início deste mês, onde se constatou que o gênero conquistou uma participação de mercado de 27,7% no consumo geral de álbuns em 2019 (vendas e streaming).

A mesma métrica em 2018, de acordo com um outro relatório da Billboard, mostrava que a participação era de 25,6%.

Entretanto, o domínio do hip-hop teve maior destaque nos serviços de streaming. De acordo com os dados da Nielsen, o gênero representou 30,7% de participação de mercado no total de fluxos sob demanda (entre vídeo e áudio) nos serviços de streaming dos EUA.

Ao analisar somente as transmissões de áudio, artistas de hip-hop reivindicaram 31,2% – quase um terço – de todas as peças nos EUA no ano passado, afirma dados da Nielsen; nos serviços de vídeo, esse número ficou em 29,6%.

As faixas mais tocadas nos EUA em 2019 foram “Middle Child” de J.Cole, “Ransom” de Lil Tecca e “Sicko Mode” de Travis Scott.