Warner Music e Spotify firmam acordo para criar podcasts originais do catálogo da gravadora

Na última sexta-feira (16) a Warner Music anunciou que firmou parceria com o Spotify para criar podcats originais com conteúdo baseado em seu catálogo de artistas e compositores.

De acordo com o Music Business Worldwide, com o acordo as empresas pretendem produzir em parceria podcasts para contar histórias por trás dos maiores sucessos da gravadora, permitindo que o ouvinte tenha uma visão sobre o trabalho de artistas e compositores nos bastidores.

O novo acordo vem um ano após as duas empresas terem atualizado seu acordo de licenciamento global. Além disso, é a primeira vez em que o serviço de streaming anunciou xum acordo envolvendo podcast com uma major (umas das três maiores gravadoras).

Vale lembrar que a Universal Music já tem uma parceria deste tipo desde 2019 com a editora de podcast Wondery, recentemente adquirida pela Amazon Music.

A Warner Music já produz uma série de podcasts, como o ‘WHOOOSH!’, curado e apresentado por Simon Le Bom, e o podcast oficial do Prince, feito em colaboração com os administradores de sua propriedade.

A gravadora também produz outros podcasts como o ‘Digging Deep’, de Robert Plant; o ‘Good Ol Grateful Deadcast’, apresentado pelo músico Rich Mahan, e o ‘The Rhino Podcasts’, que conta histórias de lendas como Aretha Franklin, Todd Rundgren e John Densmore do The Doors.

Recentemente, a Warner Music lançou o podcast ‘BLK In America da Topsify’, que mostra artistas negros como Nasty, Chaka Khan e Keedron Bryant discutindo o que significa ser negro na América.

Para Oana Ruxandra, EVP, Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Diretora Digital da Warner Music “os podcasts oferecem uma oportunidade de agregar valor para artistas e compositores, oferecendo histórias novas e exclusivas para fãs de todo o mundo”.

TECNOLOGIA USADA POR ECAD NA ARRECADAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS É DESTACADA PELA FORBES

Nesta semana a Forbes Brasil destacou a tecnologia usada pelo Ecad, fundamental no processo de arrecadação de direitos. Apesar do trabalho constante do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) de cada vez mais ser transparente ao público e oferecer informação sobre pagamentos e arrecadação de direitos, muita gente do mercado musical ainda não conhece como o escritório investe em tecnologia e trabalha para identificar e remunerar artistas, músicos e compositores.

Uma tarefa que pode ser complexa, perante aos R$1 bilhão que foram distribuídos para mais de 260 mil titulares de direitos no Brasil.

Para que o dinheiro chegue às mãos de um compositor ou músico são realizados 3 passos cruciais. O primeiro é o reconhecimento de músicas reproduzidas em estabelecimentos.  O segundo passo é a validação de dados, e por fim, o pagamento aos titulares.

Reconhecimento de músicas: Inicialmente para detectar, monitorar e receber relatórios sobre os fonogramas tocados nos estabelecimentos e canais digitais, o Ecad precisa cadastrar locais como shoppings, transporte público, restaurantes e cinemas em um grande banco de dados. Atualmente cerca de 500 mil empresas estão cadastradas por lá, um número que vem crescendo a cada ano. É o que explicou a gerente-executiva de tecnologia da informação do Ecad, Valéria Pessoa:

“Nós utilizamos ferramentas e soluções para saber o que está sendo falado nas redes sociais sobre shows, eventos e inaugurações de estabelecimentos comerciais”.

Há ainda uma outra base de dados do Ecad usada para identificar a abertura e fechamento de CNPJs que podem utilizar músicas, e também um sistema criado em parceria com a PUC-RJ, capaz de identificar faixas tocadas em rádios AM e FM. Com esse sistema é possível identificar cerca de 95% dos fonogramas tocados, e estima-se que cada vez mais este índice aumente a medida que novos testes de atualização forem realizados.

Validação de dados: Após a identificação da música, a organização precisa pesquisar se a mesma está cadastrada em seu servidor na nuvem, que possui uma capacidade de 258 terabytes. Nele estão cadastradas todas as informações de 11,5 milhões de fonogramas. Para se ter uma ideia, no ano passado foram verificadas 98 mil faixas por segundo tocadas nos serviços de streaming, como o Spotify, a uma precisão de 85%.

Remuneração: após os dois processos anteriores, finalmente é realizado o pagamento aos artistas cadastrados no banco de dados do Ecad. Todavia, o valor a receber pelos titulares das músicas será de acordo com o proporcional de sua parcela de direitos autorais. Caso ele não detenha 100% de autoria no fonograma, o valor recebido será distribuído entre os demais compositores e arranjistas.

Desde o decreto 9.574, de novembro de 2018, sancionado pelo ex-presidente Michel Temer, os pagamentos de fonogramas são realizados em períodos diferentes. Aos fonogramas reproduzidos em rádio e TV, o pagamento é trimestral. Já o repasse pelas músicas tocadas em shows e exibições públicas é realizado mensalmente.

Para casos em que ocorra algum problema na identificação, suspeita de fraude identificada pela Secretaria Especial de Cultura (Secult) do Ministério do Turismo ou denuncia feita por algum artista, Ecad realiza uma auditoria e apuração para identificar o ocorrido.

Arrecadação em Plataformas de Streaming:

No caso das plataformas de streaming, o processo de arrecadação muda um pouco. De acordo com Valéria, o Ecad precisa que cada empresa envie os dados sobre as músicas tocadas em seus conteúdos, a um determinado prazo.

“No caso do Netflix, por exemplo, cabe a eles mandarem tudo o que toca numa série, por temporada e por episódio.”, explicou a gerente-executiva .

As plataformas mais populares como Youtube Music e Spotify possuem acordos diretos com o Ecad para realizar pagamentos referentes às músicas disponíveis e em exibições públicas por meio de suas aplicações. Segundo a entidade, no ano passado foram identificadas 768 bilhões de faixas tocadas nos serviços de streaming.

 

 

Foto: Reprodução: Valéria Pessoa, gerente-executiva de tecnologia da informação do Ecad,

Globoplay e Deezer anunciam parceria para oferecer benefícios e conteúdos exclusivos à assinantes

Nesta quarta-feira a Globoplay e a Deezer anunciaram uma parceria para oferecer benefícios e conteúdos exclusivos para seus assinantes. Segundo O Globo, a partir de hoje, assinantes do Globoplay poderão ter acesso gratuito por um ano à versão premium da Deezer. Após o prazo, o usuário passará a pagar R$14,90 ao mês.

Além do acesso gratuito, as empresas incluíram na parceria a produção de podcasts coexclusivos. O portal informou que de três a cinco produções anuais da Globoplay serão produzidas em parceria com o serviço de streaming. Sendo que um delas já está disponível em ambas plataformas.  Chamada de “À mão armada”, o podcast da jornalista Sônia Bridi analisa os resultados da política armamentista do governo Bolsonaro.

— Acreditamos muito na produção conjunta. Podemos fazer um conteúdo de áudio virar audiovisual depois, e um especial musical ter uma versão em vídeo também. Faz muito sentido para o usuário final ter um aplicativo espetacular de vídeo on demand e de áudio — diz Marcos Swarowsky, diretor geral da Deezer no Brasil.

As plataformas também irão unir os programas da TV com conteúdos musicais. A medida que a Globoplay promove novelas e programas , haverá playlists com a trilhas sonora de cada obra, aumentando a experiência de áudio do público.

Swarowsky revelou também que a parceria dará grandes retornos no número de assinantes da Dezeer, que fica atrás apenas do Spotify na participação de mercado de streaming de áudio no Brasil: “Nossa estimativa na Deezer é de que 70% a 80% da base de clientes Globoplay não têm streaming de música”, contou o executivo ao portal.

Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo, espera ter o mesmo sucesso com a experiência da parceria da Globoplay com a Disney+:

“Quando você oferece um serviço conjunto, isso contribui para a retenção, aumenta a percepção de valor” — diz o executivo da Globo. — “Estamos combinando dois acessos e facilitando a vida do consumidor. Muita gente quer um serviço de música”, concluiu.

 

Foto: Divulgação

Live Nation instala tecnologia de transmissão ao vivo em mais de 60 casas de shows nos EUA

Em janeiro publicamos a notícia de que a Live Nation havia adquirido uma participação na Veeps, uma plataforma de transmissão ao vivo com ingressos criada pelos co-fundadores do Good Charlotte – Joel e Benji Madden. Agora, a Live Nation atualizou a notícia anunciando que já está usando a tecnologia da plataforma em mais de 60 locais para garantir o retorno da música ao vivo nos Estados Unidos.

Conforme nota enviada ao Digital Music News, a empresa informou que está no processo de criação de mais de 60 salas de shows nos Estados Unidos, usando as ferramentas necessárias para permitir que artistas “transmitam seus eventos ao vivo com o toque de um botão para os fãs em todo o mundo”.

Por enquanto, a empresa dona da Ticketmaster afirmou entre os clubes, teatros e anfiteatros , estão confirmados o Fillmore (em São Francisco e Filadélfia), o House of Blues (em Chicago e Nova Orleans), o The Wiltern de LA, além de anfiteatros, incluindo o Shoreline Amphitheatre, na Califórnia, e o The Gorge, em Washington.

O co-fundador Joel Madden enfatizou os benefícios que os artistas poderão ter com a transmissão de shows ao vivo para os fãs do mundo todo:

“Entre os artistas, costuma-se dizer que o único lado de nossas carreiras que realmente nos pertence é a turnê. Ajudar uma indústria a se tornar prontamente disponível para os artistas é uma grande vitória para nossa comunidade e não poderíamos estar mais felizes”.

“Agora, com o toque de um botão, cada artista tocando nesses locais pode tornar seu show um evento global. Já vimos como os programas de transmissão ao vivo impulsionam o engajamento em todas as outras áreas do negócio de um artista e a receita de ingressos adicionada permitirá que eles reinvistam em sua arte e tornem o que estão oferecendo aos fãs ainda melhor”, continuou o músico e empresário.

Mesmo com alto índice de casos de Covid-19 nos Estados Unidos, com a ampliação da vacinação por lá, as evidências sugerem que os shows em grande escala retornarão em breve. Tanto que o famoso Hollywood Bowl já revelou planos de dar início a “14 semanas de shows com uma mistura de programação” em julho. Vários festivais de música também estão programados para acontecer ainda em 2021, e muitos profissionais do entretenimento revelaram seus cronogramas de apresentações.

 

 

Foto: reprodução

Synchtank aponta que editoras estão perdendo bilhões devido à má gestão de dados

Na última semana a Synchtank publicou um relatório sobre os desafios que as editoras musicais enfrentam em relação a direitos, royalties e pagamentos na era digital, e o papel vital desempenhado pelo processamento adequado de dados.

No relatório intitulado ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’, a Synchtank alerta que atualmente, o gerenciamento de dados e sistemas usados pelas editoras são ineficientes e incapazes de lidar com os grandes volumes e complexidades da era digital. O resultado: a perda de bilhões de dólares em receita.

As editoras possuem o papel de promover, cadastrar, recolher e distribuir aos autores a receita gerada pelas obras que representam. “Em geral, licenciam direitos de reprodução (armazenamento), mecânicos (fonográficos), digitais, sincronização e reprodução de letras”, define a UBC.

Conforme avalia o relatório, as editoras estão enfrentando uma grande batalha à medida que os volumes de dados continuam a crescer a uma taxa exponencial e os direitos e pagamentos se tornam cada vez mais complexos. Como demonstra o gráfico abaixo, espera-se que o streaming represente 86% das receitas de música até 2030.

Imagem: ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’

De acordo com o Music in Africa, o estudo aponta ainda a falha para pagamentos aos titulares de direitos devido a uma falta de padronização de layouts e inconsistências, tanto no Código Internacional de Gravação Padrão (ISRC), quanto no Código Internacional Padrão de Trabalho Musical (ISWC).

“Queremos despertar as pessoas para esses desafios”, disse o CEO da Synchtank, Rory Bernard. “As editoras precisam avaliar se seus sistemas são ou não à prova de futuro ou correm o risco de ficar para trás. As empresas que operam hoje precisam de tecnologia robusta e escalável para se manterem competitivas e capitalizar em novas oportunidades.

Para a plataforma, a gestão eficiente dos dados é de extrema importância, uma vez que cada vez mais artistas e compositores esperam acesso transparente a seus ganhos, enquanto os detentores de direitos desejam aproveitar os dados para conduzir a tomada de decisões operacionais e maximizar a propriedade intelectual.

 

Sobre a Synchtank:

Fundada por Joel Thomas Jordan em 2008, a Synchtank é uma plataforma britânica de gerenciamento de entretenimento, que oferece soluções baseadas em nuvem para gerenciar ativos de entretenimento digital, propriedade intelectual, metadados e contabilidade de royalties.

Recentemente a empresa lançou uma nova versão de sua plataforma de contabilidade de royalties, o IRIS. O software foi projetado especificamente para uso no setor de edição musical, com a capacidade de rastrear dados e identificar royalties devidos em uma ampla gama de plataformas e territórios.

 

Para conferir o relatório ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’ na íntegra CLIQUE AQUI

 

Foto: O fundador e presidente da Synchtank, Joel Thomas Jordan/divulgação

RELATORA VOTA PARA QUE EX-INTEGRANTES DA LEGIÃO URBANA NÃO USEM O NOME DA BANDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE FILHO DE RENATO RUSSO

Na última semana (6/4), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou o julgamento para decidir se Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá podem usar o nome Legião Urbana, sem devida autorização da empresa de Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo.

Na decisão, a ministra Isabel Galloti votou que há exclusividade de marca. Entretanto, não há relação sobre discussão de direitos autorais: “Não está em questão o direito de os recorridos continuarem tocando as músicas que tocavam na época da Legião Urbana. Não há um direito social do público em geral de ouvir mais a Legião Urbana. A Legião Urbana acabou e não há um direito social de ouvir os recorridos tocando com o nome de Legião Urbana. Eles podem tocar usando o seu próprio nome” — disse a magistrada.

Conforme O Globo, desde 2013 iniciou-se o imbróglio judicial, quando Giuliano Manfredini, herdeiro e filho de Renato Russo entrou na justiça pelo direito de uso exclusivo do nome da banda.  Desde então os integrantes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, adquiriram o direito de usar a marca em shows e atividades profissionais, mas com o devido pagamento de um terço dos lucros para Giuliano.

Vale lembrar que a marca foi registrada pela empresa de Renato Russo em 1987, onde Villa-Lobos e Bonfá eram sócios minoritários.  Foi neste período em que eles venderam suas participações ao vocalista e abriram suas próprias empresas. Todavia, todas as receitas sempre foram dividas igualitariamente, como explicou o advogado dos músicos, José Eduardo Cardozo:

— Dividiam tudo em partes iguais. Tinham, sim, pessoas jurídicas distintas, mas tudo era repartido em partes iguais (…). Privilegiar o herdeiro, aquele que não contribuiu com nada e que tem direito ao seu quinhão, para que possa vetar a atividade profissional de outros artistas, negando-se a ele o papel da construção do nome Legião Urbana seria incorreto, não seria direito e não será justo.

Os advogados da Legião Urbana Produções Artísticas se posicionaram em nota, e alegaram que a empresa busca “divulgar e proteger o legado deixado por Renato Russo” e “em nenhum momento de sua história, a empresa tentou impedir, quem quer que seja, de cantar as músicas da banda Legião Urbana”.

Segundo o ConJur, após o voto de Galotti, o ministro Antônio Carlos Ferreira pediu vista para analisar melhor o processo. A 4ª Turma deverá então discutir o melhor caminho para o futuro da ação, caso mantida a rescisão da sentença que permitiu a Dado e Bonfá usar o nome Legião Urbana sem autorização da empresa titular da marca.

Foto: Selmy Yassuda / Agência O Globo

MARY OLIVETTI SE TORNA PRODUTORA E CONFIRMA RELANÇAMENTO DE CLÁSSICO DE LINCOLN OLIVETTI

O portal Music Non Stop enalteceu merecidamente Mary Olivetti, a Filha de Lincoln Olivetti, e contou detalhes sobre os novos projetos da produtora, incluindo participação no Box de remix das obras de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Notícia rendeu elogios no grupo Música, Copyright e Tecnologia, no Facebook!

Não há dúvidas de que se aprofundar na produção musical durante a pandemia foi a melhor decisão que Mary Olivetti poderia ter tomado. A produtora que desde jovem entrou para a discotecagem, hoje é influência como umas das mulheres DJs mais ativas dos anos 00.

“Quando comecei a tocar, havia poucas mulheres discotecando e por isso era meio que obrigatório colocar algumas meninas no line-up. Então, de certa forma, competíamos muito menos. Eu tinha festas todos os finais de semana”, contou ao portal.

Após o nascimento de suas filhas, a DJ começou a se dedicar mais à produção musical. Foi uma solução para não precisar viajar para continuar tocando. Com a pandemia a dedicação à produção foi ainda maior. Tanto que Mary acabou lançando remixes dentro da afrohouse, incluindo Xangô, um remix criado para Fabio Santana, da dupla Nu Azeite, lançada já em 2021.

Falando em participações, nesta sexta-feira (9), João Lee lança um o Box de obras clássicas remixadas de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e Mary não poderia ter ficado de fora. Afinal, foi a própria Rita quem indicou a DJ para remixar ‘Cor de Rosa Choque’:

“Ela incorporou o pai e o transmitiu para o remix”, contou João Lee, produtor da coletânea, em entrevista ao portal.

Marcado para o final do semestre, a produtora também confirmou o relançamento repaginado de Black Coco, o primeiro hit de seu pai, gravado pela banda Painel de Controle. A produtora conta que o projeto será uma grande homenagem e que está adicionando elementos para trazer à atualidade o ‘groove’ da obra lançada em 1978. Já estamos ansiosos para conferir o resultado.

 

Foto: reprodução

Ecad passará a cobrar direitos autorais por músicas tocadas pelos motoristas de transporte coletivos

Empresas de transporte coletivo do Ceará perderam disputa contra o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), e passarão a pagar direitos autorais por músicas tocadas na programação de rádio dos ônibus.

Conforme notícia publicada pelo O Globo, a cobrança também incluirá a transmissão de música realizada pelos motoristas e cobradores no interior dos veículos.

De acordo com o “Diário do Transporte”, em recurso especial, as empresas de ônibus alegaram que a cobrança era injusta, por não haver vantagem econômica na reprodução de músicas por parte dos motoristas, ou seja, não se trata de som ambiente. Todavia, o recurso foi negado pelos ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça. Eles decidiriam que os ônibus que transportam passageiros devem ser considerados “locais de frequência coletiva”, e que a “execução de músicas via rádio por meio da sonorização de transportes coletivos fomenta a atividade empresarial, mesmo que indiretamente”, apontou o Ecad, em nota enviada ao GLOBO.

O escritório considerou a decisão uma vitória, pois a ação poderá abrir um precedente nacional, para que a cobrança seja feita em outros estados.

 

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Especialistas apontam desafios e oportunidades sobre uso dos NFTs no mercado musical

Nesta semana a UBC publicou importante matéria sobre o uso de NFTS (tokens não-fungíveis) e sua aplicações no mercado musical. A questão principal ficou por conta do impacto da tecnologia e se, de fato, ela terá sustentabilidade para a indústria musical.

O NFT (non-fungible token, sigla em inglês) é a nova tecnologia que está ajudando artistas como Grimes e King of Leon a faturar milhões. O NFT tem o conceito parecido com as criptomoedas e aos blockchains, com essa tecnologia pode-se registrar, de forma segura, transações que ocorrem em moedas virtuais, como o Bitcoin. Contamos mais detalhes por aqui, no último mês.

Para Guta Braga, especialista em negócios da música e fundadora do Música, Copyright e Tecnologia, os NFTs podem ajudar artistas e autores como uma nova fonte de renda, mas ainda está cedo para saber se a tecnologia pode revolucionar o mercado:

“Acredito que toda inovação traz novos ventos e, com eles, oportunidades para nosso mercado. Principalmente para autores e artistas ávidos por novas fontes de receita, já que o mercado de streaming não tem garantido a sobrevivência de muitos que vivem da música. Não sei se o NFT se traduzirá em modelo que revolucionará o mercado. Acredito que ainda seja muito cedo para tal conclusão.”

Apesar de o assunto estar em evidência por ter gerado milhões à artistas, ainda não é possível dizer se este modelo de negócios pode ser acessível a todos, uma vez que alguns pontos, como os direitos autorais, precisam ser esclarecidos:

“Ainda não entendi por exemplo como fica a questão do pagamento de direitos artísticos, autorais e toda a cadeia de proprietário dos conteúdos. Ainda não está claro para mim o modelo de negócio. Acho que ainda está na esfera do hype, onde poucos entram na brincadeira. O mercado de criptomoedas é muito volátil e movido a especulação. Um mercado para poucos privilegiados. Estou estudando, e acho tudo um pouco prematuro para apostar como um modelo revolucionário.”, explicou Guta Braga ao portal.

Além da pouca acessibilidade ao modelo, outra questão a ser avaliada é a sustentabilidade. Seth Godin, fundador da Akimbo, uma plataforma de cursos e seminários para profissionais, escreveu um artigo em seu blog alertando sobre como os NFTs podem se tornar uma “armadilha perigosa” e “insustentável”, pois ao passar este momento de alta, muitos colecionadores podem perder tudo o que investiram.

Assim como a possível perda financeira, há ainda um grande impacto no meio ambiente. Para se criar certificações mensalmente, é necessário o uso de grande quantidade de energia elétrica. Caso os tokens se tornem populares, Godin afirma que “seriam necessárias usinas elétricas só para alimentar as certificações da Christie’s ou da feira de arte da Basileia”, exemplifica Godin. “É um despropósito fadado ao fracasso”, concluiu.

Imagem: reprodução

INPI ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSO GRATUITO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Curso Geral de Propriedade Intelectual oferecido pelo INPI –  Instituto Nacional da Propriedade Industrial – em parceria com a OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

O curso é GRATUITO, com carga horária de 75h/a, emissão de certificado e conta com tutoria de especialistas nacionais.

Com o objetivo de abranger os aspectos fundamentais de propriedade intelectual, o curso inclui os assuntos relativos a direitos autorais, patentes, marcas, informação tecnológica, contratos de tecnologia e tratados internacionais, através da apresentação da legislação brasileira e estudos de caso nacionais.

Para mais informações acesse o link : CLIQUE AQUI

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