UFPR ABRE INSCRIÇÕES PARA o ‘Curso de Extensão: Gestão da inovação – economia criativa, empreendedorismo e propriedade intelectual’

Estão abertas as inscrições para o ‘Curso de Extensão: Gestão da inovação: economia criativa, empreendedorismo e propriedade intelectual’ da UFPR- Universidade Federal do Paraná .

Serão 9 palestras, transmitidas a partir do dia 25 de maio no canal do Youtube da instituição. Para garantir o certificado basta SE INCREVER AQUI e preencher a lista de presença que será enviada por e-mail.

O curso será mediado pelo professor da Faculdade de Direito da UFPR Prof dr Marcelo Miguel Conrado e pelo mestre Wagner Buture, e tem o intuito de promover inovação, crescimento industrial e aumento de competitividade empresarial através dos conteúdos que serão abordados.

Confira o cronograma de aulas:

25/05 – Invasão criativa na Cidade Matarazzo

27/05 – Pedra branca: case de inovação em empreendimentos imobiliários

01/06 – Design Autoral

08/06 – Como a arquitetura transforma a sociedade e o espaço urbano: Projetos autorais, inserção nacional e internacional

10/06 – O papel da criatividade nos ecossistemas de inovação

15/06 – Importância da Propriedade Intelectual para as startups

17/06 – Inovação e tecnologia no setor imobiliário

22/06 – O fio da seda produzido no Paraná: economia criativa e sustentabilidade

24/06 – Propriedade Intelectual como impulsionador da economia criativa na área da moda

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá criam abaixo-assinado na luta pela propriedade da marca Legião Urbana

Nesta quinta-feira (29), Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá publicaram em suas redes socais um abaixo-assinado para que fãs os ajudem na luta pela propriedade da marca Legião Urbana. A notícia veio do portal da Rádio 89 Rock.

Segundo o texto do abaixo-assinado, que já possui quase 35 mil assinaturas, eles explicam que estão impedidos de voltar aos palcos com o nome da banda, devido ao processo de Giuliano Manfredini, filho e herdeiro de Renato Russo:

“A sentença proibia definitivamente a empresa Legião Urbana Produções Artísticas Ltda. – cujo representante legal é Giuliano Manfredini – de continuar dificultando ou impedindo que os referidos integrantes da banda fizessem uso da marca/nome ‘Legião Urbana’. Mas, insatisfeito com a decisão judicial, o herdeiro resolveu entrar com uma Ação Recisória para anular a sentença e com isso impossibilitar definitivamente que Dado e Bonfá se apresentem tocando o repertório que foi construído e eternizado por eles ao lado de Renato Russo e Renato Rocha, os verdadeiros titulares do patrimônio cultural e artístico da banda Legião Urbana. Que esse direito seja mantido e que nós fãs possamos continuar celebrando este legado ao lado de Dado e Bonfá”.

Conforme noticiamos aqui, no início deste mês ocorreu o julgamento movido contra os músicos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a ministra Isabel Galloti chegou a votar para que os integrantes da banda não possam mais usar a marca da banda sem ter autorização da empresa Legião Urbana Produções Artística. Entretanto, ministro Antonio Carlos Ferreira emitiu um pedido de vista para uma melhor análise sobre o caso.

Agora, resta a esperança de que a 4ª Turma mantenha a rescisão da sentença que permitia aos integrantes a permissão de uso do nome Legião urbana sem autorização da empresa de Manfredini.

 

Foto: Selmy Yassuda / Agência O Globo

Vivendi diz que nos últimos três meses a Universal Music gerou US$1 milhão por hora

A Universal Music bateu a marca de €1,81 bilhão (US$2,20 bilhões) em receitas (música gravada e editora), no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 9,4% ano a ano. Os dados foram apresentados na última semana pela Vivendi, sua empresa-proprietária.

Conforme o Music Business Worldwide, isso significa que a gravadora ganhou nos últimos três meses US$24,5 milhões por dia, ou um pouco mais de US$1 milhão por hora, mesmo com a pandemia do coronavírus impactando o mercado música.

Do total de receitas, €1,48 bilhão (US$1,80 bilhão) vieram da música gravada, um aumento de 10,8%. Entretanto, as receitas de streaming foram as mais rentáveis, gerando €1,01 bilhão (US$1,23 bilhão), um aumento de 19,6% ano a ano.

Ou seja, por dia a Universal Music faturou com o streaming nos último trimestre aproximadamente $13,6 milhões por dia, ou $568.000 por hora. Não é a toa que hoje streaming representa 68% das receitas de música da gravadora.

As vendas físicas também apresentaram bom desempenho para a gravadora, com um aumento de 14,8% no trimestre, gerando €213 milhões ($259 milhões). Para a Vivendi, esses resultados foram conquistados por “melhores lançamentos e vendas de catálogo”.

Com relação às receitas de publicação de música na editora aumentaram 6,9% em uma base orgânica, mas as vendas de mercadorias caíram 10% no comparativo anual.

Os Artistas Best-Sellers da Universal Music:

Ente os artistas que mais se destacaram na gravadora no primeiro trimestre deste ano foi ao grupo japonês King & Prince e o cantor Justin Bieber, seguido de The Weeknd, Ariana Grande e Pop Smoke. Será que neste ano a gravadora irá bater sua marca de US$8,4 bilhões em receitas de 2020? Vamos ficar de olho!

 

Foto: a banda de J-pop King & Prince/ reprodução

Coreógrafo de “Single Ladies” se torna o primeiro a ter direitos autorais por passos de dança

O coreógrafo, JaQuel Knight, responsável pelas danças icônicas de videoclipes de sucesso como “Single Ladies” de Beyoncé, e “WAP” de Card B e Megan Thee Stallion, se tornou a primeira pessoa a ter direitos autorais por passos de dança.

“O movimento de direitos autorais consiste em colocar o poder de volta nas mãos do artista”, disse Knight em entrevista para a Variety. “Estabelecemos um precedente histórico com a conquista dos direitos autorais para‘ Single Ladies’.”

Isso significa que qualquer um que desejar reproduzir a coreografia de ‘Singles Ladies’, principalmente para fins comerciais, deverá solicitar permissão prévia de Knight. Ele poderá ainda pedir remoção de vídeos com a reprodução da dança em plataformas como TikTok.

Segundo o Tubefilter.com, a notícia pode abrir portas para que coreógrafos do mundo todo também corram atrás de seus direitos, principalmente os que criam as danças famosas no TikTok.

Com isso em mente, Knight está lançando sua própria empresa, a Knight Choreography & Music Publishing, Inc, criada para ajudar outros profissionais a alavancarem sua carreira e oferecer mentoria artística e jurídica para licenciamentos.

A empresa espera poder garantir “que a próxima geração de artistas tenha a mesma plataforma, recursos e ferramentas para prosperar, criativa e financeiramente, na indústria musical comercial”, disse Knight.

Como observou a Variety, o assunto sobre direitos autorais na dança tem ganhado repercussão desde que o TikToker Addison Rae se apresentou no The Tonight Show, de Jimmy Fallon, reproduzindo passos de danças famosas de criadores negros no TikTok, e sem dar os devidos créditos durante a transmissão do episódio.

Fallon acabou se desculpando pelo ocorrido e Rae disse ao TMZ que “é meio difícil de receber crédito durante o show”, e disse que amava os criadores das danças.

 

Foto: O coreógrafo JaQuel Knight/ reprodução

Porta dos Fundos e Netflix vence processo contra seu polêmico Especial de Natal

Na última sexta-feira o Porta dos Fundos e a Netflix ganharam a ação em que religiosos pediam a retirada da plataforma o polêmico ‘Especial de Natal’. Conforme o Veja Rio, a juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, da 16ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, decidiu que o pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura em Ação Civil Pública era improcedente ao direito de liberdade de expressão e a vedação à censura.

No caso, as entidades religiosas pediram a remoção do filme “Especial de Natal do Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo” da Netflix, e ainda pediram uma indenização de 2.000.000 de reais por ‘supostos danos morais coletivos sofridos pela exibição do Especial’, informou o portal.

Para a juíza, cabe ao usuário escolher se deve ou não assistir ao conteúdo, que está dentro dos limites de liberdade de expressão: “não há exposição a seu conteúdo a não ser por opção daqueles que desejam vê-lo. Resta assim assegurada a plena liberdade de escolha de cada um de assistir ou não ao filme e mesmo de permanecer ou não como assinante da plataforma”.

Além disso, a juíza não considerou o conteúdo como intolerância religiosa, mas sim uma “crítica religiosa, realizada por meio de sátira, a elementos caros ao Cristianismo”.

 

Foto:

Reprodução

 

Reino Unido vê queda de 19,7% na arrecadação de músicas tocadas em shows ao vivo

Ano de boas e más notícias também para a música no Reino Unido. Apesar de arrecadar £699,4 milhões em 2020, receitas de música tocada ao vivo caíram 19,7%. Segundo o Music Week, diante da pandemia e seu impacto negativo na música, a associação de gestão coletiva de direitos autorais no Reino Unido precisou reforçar seu processamento de dados para acelerar o processo de pagamento de royalties. Além disso, foi preciso reduzir seus custos em £12,1 milhões (13,8%).

Mesmo assim, foi impossível escapar da queda nas receitas. Embora as distribuições para 155.000 compositores e editoras associadas tenham sido positivas no geral, muitos dos royalties pagos no ano passado foram coletados antes do primeiro lockdown. Portanto, a queda na receita será sentida pelos criadores de música até o fim de 2021, com previsão de queda nas distribuições de pelo menos 10% este ano.

“Foi um ano difícil para todos nós”, disse a CEO da PRS, Andrea C Martin, à Music Week. “Tivemos uma distribuição recorde, apesar de ter desempenho público [receita] caindo 61% e viver caindo quase 80%. Como empresa, nos concentramos no sustento de nossos membros”.

No geral, as receitas obtidas com a música tocada no Reino Unido e em todo o mundo em 2020 caíram 19,7% ano a ano para £650,5 milhões, erradicando anos de crescimento recorde.

Transmissões ao vivo

O crescimento do streaming no Reino Unido cresceu 796% em comparação a 2015. Foram 22,4 trilhões de “performances” de música em 2020. Durante a pandemia, o PRS For Music revisou os planos de cobrança de direitos para transmissão ao vivo de pequena escala e atualmente está elaborando seu próprio sistema de licenciamento para transmissões maiores.

“Estaremos anunciando em breve nossa proposta para o concerto online ao vivo [tarifa]”, disse Martin. “Anunciamos a licença de baixíssimo custo. Antes disso, tivemos muitos diálogos e muitos debates saudáveis! Tivemos três mesas redondas para licenciar shows ao vivo online, e também fizemos uma chamada sobre visualizações – tivemos quase 2.000 pessoas nos dando feedback sobre essa licença. E, em breve, publicaremos o que iremos cobrar por isso”.

No entanto, o aumento da receita e das distribuições de royalties online não compensará a perda de receita para muitos titulares. As distribuições para membros por desempenho público já caíram 35,1% (£50,4 milhões) em 2020.

A fim de apoiar seus associados neste momento difícil, o PRS for Music lançou em colaboração com seus parceiros – o PRS Members ‘Fund e a PRS Foundation – o PRS Emergency Relief Fund e, desde então, pagou mais de £2,2 milhões em 5.500 subsídios para compositores que enfrentaram dificuldades financeiras durante a pandemia do coronavírus.

“Você pode ver que nos resultados de 2020, fizemos tudo que podíamos para ainda ter um ano recorde”, disse Martin em entrevista à Music Week. “Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar o impacto. Estamos inovando, desafiamos as coisas. No ano passado, a equipe internacional fez auditorias para se certificar de que havia [mais] dinheiro para arrecadar. A equipe está super motivada para garantir que protegemos o sustento de nossos membros, esse é o nosso foco número um”.

Por fim, Martin tranquiliza os associados e afirma estar confiante sobre os resultados obtidos em 2020, e espera um futuro melhor: “Estabelecemos uma [meta] de crescimento muito rápido para o PRS”, disse ela. “Nossa meta é um pagamento de £1bilhão nos próximos cinco a sete anos. Estaremos alavancando nossas joint ventures e ser mais inovadores para chegar lá”.

 

 

Foto: a CEO da PRS, Andrea C Martin – reprodução

15 anos de Spotify: como o gigante do streaming reinventou a indústria musical

Há exatamente 15 anos, no dia 23 de abril de 2006 surgia o Spotify. O serviço de streaming fruto da imaginação dos empresários suecos Daniel Ek e Martin Lorentzon, tem revolucionado cada vez mais o mundo da música.

Na busca de uma solução para o problema da pirataria da indústria musical, o serviço de streaming de áudio sob demanda foi construído com base no entendimento de que os consumidores que não estão inclinados a comprar um álbum ou música específica podem estar dispostos a pagar pela facilidade de acesso a uma grande biblioteca musical.

Por uma taxa mensal de US$9,99 nos EUA (ou grátis para aqueles que não se importam em ouvir anúncios), a plataforma é um arquivo aberto, facilmente pesquisável e repleto de mais música do que qualquer um poderia ouvir na vida.

Segundo a RIAA, a plataforma subiu de 7% do mercado dos EUA em 2010 para incríveis 83% no final de 2020 – e as receitas de música gravada viram seu quinto ano consecutivo de crescimento, chegando a US$12,2 bilhões.

Em homenagem ao 15º aniversário do Spotify, a Variety destacou 15 vezes em que o Spotify trouxe algumas inovações e transformação (não necessariamente boas) que impactou a forma como as pessoas consomem música.

  1. O declínio da pirataria musical

No tempo em que programas como Napster e Limewire permitiam o download ilegal e o compartilhamento de arquivos, a pirataria reinava no mercado da música. Até que o Spotify tornou o streaming atrativo para os fãs de música. Agora o Spotify segue líder de mercado no streaming, contribuindo para a redução da pirataria no mundo. Em um estudo realizado no Reino Unido pelo YouGov – uma empresa especialista em pesquisas – a pirataria de música caiu de 18% em 2013 para 10% em 2018. Sendo que 22% dos entrevistados afirmaram que em cinco anos esperam parar de baixar música ilegalmente.

  1. Música sem gênero

Os serviços de streaming por assinatura acabaram permitindo que os usuários descobrissem novos artistas, gêneros e sons com facilidade pagando US$10 por mês. Essa música é que gênero? Isso é Rock ou Indie? Isso é R&B ou Neo Soul? Proporcionando uma maior acessibilidade , o Spotify se tornou uma bênção para fãs e artistas no mundo da música, levando à fusão de estilos de gêneros. Uma pesquisa de 2019 feita pela YPulse descobriu que 85% dos usuários mileniuns do Spotify consideram que seus gostos musicais não se enquadram em apenas uma categoria como rock ou pop.

  1. Assinaturas Gratuitas

Por muitos anos, o Spotify foi criticado por seu modelo de assinatura gratuita suportada por anúncios.  A ideia era de que com o tempo, muitos usuários migrariam para o plano de assinatura paga. Valeu a pena insistir na ideia! No ano passado o Spotify bateu a marca de 155 milhões de assinaturas pagas no quarto trimestre (crescendo 31 milhões em comparação a 2019). Embora o modo gratuito seja responsável por apenas 9% da receita e represente apenas 1% de seu lucro bruto, não há dúvidas de que a opção seja boa para os negócios da empresa e uma ótima oportunidade de conversão de novos usuários.

  1. Playlists de humor

Os serviços de streaming não apenas romperam muitas fronteiras entre gêneros musicais, mas também criaram novos conceitos para playlists. Desde o início de 2010, o Spotify tem sido pioneiro em criar playlists baseadas em humor do usuário, proporcionando novas experiências com a música. Um exemplo é a Mood Booster, que inclui músicas alegres e otimistas de todos os gêneros.

  1. Autoplay – a Reprodução Automática

Antes da era do streaming, o conceito de ‘autoplay’ como conhecemos hoje não existia. Antigamente, para que um usuário aumentasse sua playlist, ele teria que pagar por ela em serviços de download digital como o iTunes. Era mais difícil ainda para que esses serviços recomessem novas músicas.

Com a popularização dos serviços de streaming, os DSPs como o Spotify começaram a oferecer aos usuários mais conteúdo, incluindo sugestões algorítmicas de novas músicas que se encaixam no tema da playlist. Além disso, o Spotify se tornou o primeiro serviço de streaming de áudio sob demanda a popularizar a reprodução automática, um recurso que agora está incluso em todos os outros streamings.

  1. Acabou com o monopólio da Apple

Com o lançamento do iPod em 2001 e do iTunes dois anos depois, a Apple dominou completamente o mundo da música digital, detendo 69% de participação de mercado nas vendas digitais, em 2009. Seu concorrente mais próximo, Amazon MP3, ficou bem atrás com apenas 8% de participação naquele ano.

Mas o domínio da Apple sobre o consumo de música digital terminou em 2016, quando a receita de streaming finalmente ultrapassou a de downloads digitais. O Spotify liderou entre os streamers no segundo trimestre daquele ano, com 44% do mercado global; A Apple Music veio em seguida, com 19%. Desde então, o Spotify continua a ocupar o primeiro lugar como DSP apenas de áudio, mantendo 34% do mercado global de streaming, no segundo trimestre de 2020.

  1. Curadores de playlists ganham destaque no mercado musical

A equipe de curadores de playlist do Spotify pode desempenhar um grande papel no sucesso de uma música. Pois são eles que, muita vezes, têm o poder de colocar determinada música em playlists populares como a ‘Top Hits de hoje’, ‘Rap Caviar’ ou ‘New Music Friday’.

Um dos primeiros curadores a se destacar no mundo das playlists foi Tuma Basa, fundador da ‘Rap Caviar’, a lista de reprodução de hip-hop mais popular do Spotify. O sucesso de Basa foi tão grande que ele precisou deixar a empresa em 2018, para estrelar um show importante no YouTube Music.

Em tempos onde a audição diária de música em smartphones aumentou de 33% em 2016 para 41% em 2019, se tornar um curador de playlists é o mesmo que ditar o que é ou não tendência na música.

  1. “Spotify Wrapped”

Em 2015, o Spotify se tornou o primeiro DSP a oferecer aos ouvintes uma retrospectiva personalizada de final de ano. Todo ano já virou costume entre os usuários do serviço compartilhar em suas redes sociais seu “Spotify Wrapped”. É claro que a concorrência também começou a oferecer o recurso. A Apple Music seguiu o exemplo com “Replay”, que estreou em 2019. O Tidal se juntou no ano passado com um produto semelhante, o “My 2020 Rewind”.

  1. Créditos do compositor e produtor

O Spotify foi o primeiro streaming de áudio a mostrar os créditos de cada música. Além de lançar playlists como a ‘Written By’, para mostrar o trabalho dos principais compositores. No entanto, o Tidal ficou à frente neste quesito ao incluir também músicos e engenheiros, bem como compositores e produtores nos créditos.

  1. A problemática política de “conduta odiosa”

Apesar de ter suas próprias diretrizes contra “conteúdo de ódio” na plataforma, o Spotify andou deixando a desejar neste assunto, privilegiando alguns artistas e outros, nem tanto.

“Conteúdo de ódio” são aqueles que incitam ódio ou violência contra um grupo ou indivíduo com base em suas características como raça, religião, identidade de gênero, sexo, etnia, nacionalidade, orientação sexual, condição de veterano ou deficiência.

Uma das grandes repercussões de falhas neste quesito aconteceu quando o Spotify tentou remover qualquer divulgação das músicas do rapper R. Kelly, envolvido em uma série de denúncias de abuso sexual em 2019. Na época, antes mesmo de haver qualquer julgamento, o serviço de streaming chegou a banir as músicas do rapper de playlists. Infelizmente, o mesmo não aconteceu com outros artistas que chegaram a ser condenados por crimes.

Foi o caso do assassino condenado Phil Spector. Suas músicas permaneceram em playlists normalmente na plataforma. A empresa admitiu seu erro e disse que voltaria atrás em sua política. Mas em outro caso, onde o astro country Morgan Wallen usou um termo racista (denunciado em vídeo por um de seus vizinhos), sua música desapareceu de muitas playlists, mas voltou discretamente para algumas outras.

  1. Artistas podem compartilhar suas histórias

Spotify também foi o primeiro serviço de streaming a ter o seu próprio ‘Stories’ na plataforma. Semelhante ao recurso do Snapchat e Instagram, o ‘Spotify Clips’ permite que artistas compartilhem vídeos curtos e possam se conectar com os fãs. O recurso está disponível para criadores selecionados. Entre eles, o produtor e compositor Dean, que aproveitou a novidade para compartilhar com os fãs ​​a história de fundo da criação do “Sicko Mode”, uma dos maiores hits de Travis Scott.

  1. Doações de Gorjetas durante a pandemia

Após a devastação causada pelos efeitos do COVID-19 na indústria da música, o Spotify entrou em cena lançando um novo recurso chamado de ‘Artist Fundraising Pick’. Com o recurso, fãs podem “doar gorjetas”. O dinheiro acumulado por meio desse novo recurso pode ser enviado para uma instituição de caridade de escolha do artista ou ir diretamente para o seu próprio bolso. Foi uma forma de proporcionar um alívio durante a pandemia.

A ideia acabou não agradando todo mundo, uma vez que seria uma “admissão de que os artistas não estão sendo pagos o suficiente” pelo Spotify ao ponto de não poderem sobreviver apenas com o dinheiro vindo com a audição de músicas na plataforma.

  1. “Canvas”: Mini-vídeos para acompanhar as músicas

Lançado em fevereiro desde ano, o Spotify Canvas permite que os artistas carreguem um loop de vídeo personalizado de 5 a 8 segundos para acompanhar a música arte da capa enquanto a música toca. Essa arte interativa permite que os artistas ofereçam um retrato com mais nuances de sua visão criativa dentro do contexto de uma experiência de streaming apenas de áudio.

O Spotify anunciou que os usuários que ouvem uma música com o Canvas têm 5% maior probabilidade de continuarem a tocar a música até o final, 20% maior probabilidade de adicionar a música às playlists e 9% maior probabilidade de visitar a página de perfil do artista.

  1. Música licenciada para podcasts

A plataforma de criação de podcast do Spotify, a Anchor, revelou recentemente um recurso que permite aos podcasters integrarem músicas completas diretamente da biblioteca do Spotify em seus episódios, sem a necessidade de um licenciamento adicional. Anunciado em outubro, o recurso é uma grande solução para os criadores de podcast que há muito lutam com o complicado e caro processo de licenciamento do formato, permitindo uma maior inovação no espaço. Assim, novos conteúdos como podcasts de meditações guiadas, resenhas de álbuns e shows no estilo DJ e de rádio poderão estar na plataforma.

  1. O polêmico “Marquee”:

Em outubro de 2019, o Spotify lançou a plataforma de publicidade ‘Marquee’, a primeira desse tipo para um serviço de streaming apenas de áudio. Acessível através do portal ‘Spotify for Artists’, o ‘Marquee’ é uma ferramenta de recomendação patrocinada na qual um artista ou sua equipe paga o Spotify por anúncios direcionados aos usuários com maior probabilidade de se interessar pelo anúncio. Com uma taxa de conversão de cliques em 20%, os anúncios Marquee tem sido uma nova fotne de receita para o serviço. Esse novo recurso, no entanto, foi controverso, levando alguns a chamar o ‘Marquee’ de uma forma “de fazer jabá” na era do streaming.

‘South by Southwest’ é comprado por empresa dona da Rolling Stone e Billboard

O festival ‘South by Southwest’ teve metade de sua participação vendida para a empresa Penske Media, dona de revistas como Rolling Stone, Billboad e Variety.

Conforme o Braziljournal.com, os termos do acordo foram revelados. Entretanto, foi anunciado que mesmo com o investimento de 50% do negócio pela empresa, os criadores do South by Southwest continuarão no comando.

A previsão é de que com o acordo, o festival que já é considerado um dos mais importantes no mundo da tecnologia, música e filmes dos Estados Unidos, ganhe ainda mais popularidade.

Em março de 2020, o SXSW precisou ser cancelado de última hora perante o avanço da Covid-19, deixando parceiros e organizadores com prejuízos, uma vez que não havia seguridade em casos de pandemia. Neste ano, o festival ganhou sua versão online, e espera-se que o evento volte a ser presencial em 2022.

Foto: Reprodução/Facebook

Facebook lançará recursos inspirados no Clubhouse

Nesta segunda-feira o Facebook publicou em seu blog uma série de novidades. Conforme o Meio & Mensagem, o Facebook anunciou que irá lançar dois novos recursos baseados em áudio e no estilo Clubhouse. O primeiro será o Live Audio Rooms, que permitirá ao usuário entrar em salas de áudio ao vivo criadas, inicialmente, em grupos e em perfis de celebridades e mais adiante no Messenger.

O Soundbites também será outro recurso em áudio disponível na rede social. No estilo do Reels, os Soudbites seriam “clipes de áudio criativos e curtos para capturar anedotas, piadas, momentos de inspiração, poemas e muitas outras coisas que ainda não imaginamos”.

Para fazer a ideia se tornar popular na plataforma, o Facebook vai lançar um editor de áudio intuitivo para que os usuários possam personalizar e criar conteúdos, que futuramente devem ser monetizados.

Além das novidades anunciadas, a rede social informou que nos próximos meses vai permitir que os usuários ouçam seus podcasts favoritos, sem precisar sair da plataforma. E claro, vai recomendar novos podcasts de acordo com o gosto do usuário.  Com a notícia, começaram rumores de uma possível grande parceria com o Spotify.

Vale notar que recentemente, o Spotify também anunciou que vai lançar novos recursos baseados em áudio semelhante ao ClubHouse.

APPLE MUSIC PAGA O DOBRO DO SPOTIFY POR MÚSICA TOCADA

Na sexta-feira (16) a Apple Music, o serviço de streaming da Apple, enviou uma carta aberta a artistas e gravadoras para falar que está trabalhando para remunerar de forma mais igualitária e justa os titulares de direitos, e anunciou que paga em média US$0,01 para cada execução de música na plataforma.

“[O] valor varia de acordo com o plano de assinatura e país, mas foi em média US$0,01 para planos individuais pagos da Apple Music em 2020. Isso inclui royalties de gravadora e editora”, anunciou o serviço de streaming na carta.

Segundo a Pitchfork.com, a carta parece alfinetar o concorrente Spotify, que recentemente anunciou pagar apenas um terço e metade de um centavo de dólar para cada execução.

Além da notícia, a Apple Music firmou um compromisso de pagar às gravadoras independentes a mesma taxa que as majors (as grandes gravadoras), e ainda se posicionou ser contra a iniciativa de impulsionar músicas para aparecerem em playlists que são criadas por curadores profissionais, como é feito na opção ‘Modo de Descoberta do Spotify’, onde artistas escolhem impulsionar suas músicas em playlists em troca de uma remuneração mais baixa.

“A equipe de formadores de opinião globais da Apple Music é curadora de 30.000 playlists editoriais. Esses formadores de opinião selecionam a música com base no mérito e não pedimos a ninguém que aceite uma taxa de royalties mais baixa em troca de apresentação. O mesmo se aplica às listas de reprodução personalizadas e recomendações algorítmicas da Apple Music”, disse a Apple.

Vale lembrar que empresas de streaming como a Apple Music e o Spotify não pagam os artistas diretamente e, em vez disso, pagam às gravadoras, distribuidoras e demais organizações de direitos autorais, como ASCAP e BMI (nos Estados Unidos), que então pagam aos artistas e titulares.

 

Foto: Chesnot/Getty Images

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