Universal Music Group e Deezer se unem para revolucionar modelo de pagamento à aristas no streaming

A maior gravadora do mundo, a Universal Music Group (UMG) e a Deezer anunciaram uma iniciativa conjunta para investigar novos modelos econômicos para o streaming que reconheçam o valor real do trabalho dos artistas e compositores.

Por meio dessa colaboração, a UMG e a Deezer pretendem desenvolver novos métodos que recompensem holisticamente os artistas e compositores pelo valor de suas obras, atualizando também, o modelo de engajamento para os usuários da plataforma. A Deezer foi uma das primeiras plataformas a se comprometer a explorar modelos alternativos de pagamento para ajudar a garantir que os artistas sejam compensados ​​de maneira justa.

A parceria será baseada em análises de dados profundas e avaliará a viabilidade de diferentes modelos econômicos, visando impulsionar o crescimento de assinantes, estabelecer laços mais fortes com os fãs de música na plataforma e desenvolver oportunidades comerciais que beneficiem os artistas e a comunidade musical em geral.

O CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, enfatizou que o sistema atual de streaming apresenta problemas claros que precisam ser abordados, e que o objetivo da parceria é encontrar maneiras de melhorar o modelo para benefício de todos. Ele também destacou que a música é extremamente subvalorizada e que o objetivo é encontrar maneiras adicionais de aumentar a monetização em benefício dos artistas, das gravadoras e das plataformas de streaming como a Deezer.

 

STARTUP LANÇA RÁDIO NO YOUTUBE PARA REPRODUZIR MÚSICAS CRIADAS POR IA EM TEMPO REAL

Recentemente, uma startup criou uma Inteligência Artificial (IA) capaz de compor, produzir, mixar e masterizar canções, e está mostrando o resultado ao vivo no YouTube.

Como contou o Terra.com, a startup Aimi criou um canal no YouTube para transmitir uma espécie de ‘rádio’ com diferentes estilos e músicas entre eles Serenity, Flow, Electronica, Amapiano, Chill, Organica, Lounge, Deep e House and Push. Todos criados ao vivo pela IA.

Apesar de já existirem outras startups especializadas em desenvolver IA capazes de criar músicas sozinhas, a Aimi garante que sua tecnologia é diferente, pois os sons são criados pelos  algoritmos conforme a transmissão ocorre, sem serem pré-gravados. Desta forma, produção, mixagem, masterização acontecem em tempo real.

A Aimi fez um barulho entre os amantes de música e tecnologia, quando lançou no ano passado, um app que possibilita aos usuários retrabalhar canções com ajuda de IA.  A tecnologia da empresa aprende com as interações dos próprios usuários para melhorar seu processo de composição. Neste caso, o treinamento inicial dos seus algoritmos é feito a partir de músicas originais compostas por produtores humanos. Ou seja, o sistema não aprende com obras já conhecidas do público, evitando o plágio.

 

Foto: divulgação

ASSINATURAS PAGAS GERARAM US$10 BILHÕES EM RECEITAS DE MÚSICA GRAVADA PELA PRIMEIRA VEZ NOS EUA

A Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou hoje (9 de março) seu relatório anual sobre as receitas de música gravada nos EUA. Considerado o mais importe para os americanos, o relatório indicou que 2022 foi mais um ano de alta, com a geração de US$15,9 bilhões em receitas para a indústria.

Conforme analisado pelo musicbusinessworldwide.com, o streaming (incluindo assinaturas pagas, serviços com suporte de anúncios, rádio digital, plataformas de mídia social, aplicativos fitness e outros) gerou a maior parte dessa receita geral, crescendo 7,3% e quebrando um recorde de US$13,3 bilhões em receita. Isso que dizer que agora streaming representa 84% da receita total de música gravada nos EUA.

A análise dos dados da RIAA também revelou que as receitas chamadas de ‘varejo’ – que considerados os serviços de assinatura paga, como Spotify Premium e Apple Music – cresceram 8%, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$10 bilhões anualmente. As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming, e quase dois terços das receitas totais.

As receitas com discos de vinil também foram um grande destaque chegando a marca de US$1,2 bilhão, um crescimento de 17,2%. Vale notar que 2022 foi o 16º ano consecutivo de crescimento do formato, que representou 71% das receitas físicas.

Foi também pela primeira vez, desde 1987, que os álbuns de vinil venderam mais que os CDs em unidades (foram 41 milhões contra 33 milhões). Após uma recuperação em 2021, em relação ao impacto da Covid em 2020, as receitas de CDs caíram 17,6%, e chegaram a US$483 milhões em 2022.

 

Gráfico:musicbusinesswordwide.com via RIAA

UBC E ESCOLA DE MÚSICA E NEGÓCIOS DARÃO 400 BOLSAS ANUAIS PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NO MERCADO MUSICAL

O Música e Negócios e a União Brasileira de Compositores anunciaram, nesta tarde, uma parceria para distribuir mais de 400 bolsas de estudos anuais voltadas para a formação de profissionais no mercado da música brasileiro.

Conforme noticiado pelo o PopLine, além das bolsas, a parceria inclui descontos para associados de 30% nos cursos de formação do Música e Negócios, incluindo o curso de Direitos Autorais ‘Música, Copyright e Tecnologia’.

Para se candidatar às bolsas de estudo, o interessado deve preencher o formulário ‘Programa UBC de Educação, Diversidade e Impacto Social’, disponível no site da sociedade. Serão contemplados alunos conforme as diretrizes étnico-raciais e renda. Cada formulário será analisado por uma comissão de diversidade formada por agentes do mercado musical.

Vale notar que os participantes também serão inclusos no Banco de Talentos da UBC, um projeto que pretende conectá-los com as principais empresas e organizações do mercado da música.

“Uma das prioridades da UBC é contribuir para educação, informação e formação deste novo mercado da música. Ajudar a viabilizar o surgimento de novos talentos nas áreas artísticas e executivas, promovendo cada vez mais diversidade e inclusão. Nossa ação com a escola Música & Negócios vai de encontro a esta ambição e missão“, disse Marcelo Castello Branco, diretor executivo da UBC ao portal.

Léo Feijó, diretor da escola Música e negócios também comentou a parceria: “É um passo fundamental para que mais artistas, compositores, produtores e executivos do setor musical estejam preparados para enfrentar os desafios e compreender as tendências e os modelos de inovação no mercado”.

NELLY FURTADO DANÇA VERSÃO VIRAL BRASILEIRA DE SUA MÚSICA E REIVINDICA DIREITOS AUTORAIS

A cantora Nelly Furtado está reivindicando seus direitos no hit viral ‘Lovezinho’ da cantora brasileira Trayce. O hit que viralizou no Carnaval após o influencer Xurrasco publicar um vídeo dançando na rede social vizinha, é na verdade, uma versão da música ‘’Say it Right’, da cantora canadense Nelly Furtado.

A cantora parece que aprovou a versão, já que também reproduziu a coreografia em sua rede social. Entretanto, WK, o produtor e detentor de 80% dos direitos autorais da versão brasileira, disse que foi notificado pela editora Sony a fim de iniciar o processo de negociações da parte autoral que cabe a Nelly Furtado.

Ao G1, WK disse que está disposto a negociar os direitos da canção e ceder 20% para a cantora canadense:

“Eu estou aberto a negociações. E é bom para mim saber que a música já chegou a ela e ao Timbaland. Significa que meu trabalho se propagou”, disse o produtor.

WK lembrou de outro caso semelhante, no qual o cantor James Blunt também buscou sua porcentagem nos direitos autorais após a canção “Coração Cachorro’ viralizar no Brasil. Na época Blunt ficou com 20% dos direitos:

“A exemplo de outros remixes que foram feitos, esses acordos sempre são feitos no valor de 20%. Seria justo, porque só peguei a modelagem do refrão. E se for traduzir a música dela e pegar o que eu fiz, não tem nada a ver uma música com a outra”, argumentou.

A editora M13, representante de Treyce, também afirmou que o acordo está sendo feito e também não vê problemas em deixar uma parte dos direitos aos autores de “Say it right” pela melodia do refrão.

Foto: reprodução

 

 

 

SUPREMA CORTE AMERICANA AVALIA SE DEVE RESPONSABILIZAR PLATAFORMAS POR CONTEÚDO GERADO PELOS SEUS USUÁRIOS

[TECNOLOGIA] A Suprema Corte dos EUA voltou a analisar se redes sociais, e plataformas como o YouTube, podem ser responsabilizadas pelo conteúdo gerado por seus usuários.

Conforme noticiado pelo O Globo, a Suprema Corte Americana está analisando o caso de Nohemi Gonzalez, uma universitária de 23 anos que morreu no ataque terrorista na casa de shows Bataclan, em 2015. Os pais de Gonzalez estão processando o YouTube por recomendar vídeos produzidos pelo Estado Islâmico (EI), e influenciar os três responsáveis pelo ataque a serem radicalizados.

Segundo o que consta na Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, aprovada em 1996, pelo presidente Bill Clinton, empresas com presença na web não podem ser responsabilizadas legalmente pelo que dizem os usuários que publicam em seus sites. Entretanto, na época em que foi sancionada a lei, a internet era outra. Não existiam redes sociais ou tecnologias (algoritmos) capazes de recomendar conteúdos baseados nos gostos dos usuários.

A família Gonzales alega que a lei está defasada, pois a partir do momento em que o YouTube recomenda um vídeo específico dentre milhões ao usuário, a plataforma passa a se responsabilizar pelo conteúdo que foi replicado.

O caso é delicado, os ministros devem analisar o processo e tomar uma decisão ainda neste ano. Se os argumentos da família Gonzalez foram aceitos, o caso vai abrir precedente para outros processos, impactar questões econômicas e gerar alteração na Lei.

 

Foto: PHILIPPE LOPEZ / AFP

DJ BRASILEIRO QUE TEVE REMIX TOCADO POR RIHANNA NO SUPERBOWL É DESTAQUE NA INTERNET

Hoje trouxemos um grande exemplo da série “Faça e publique na internet, pois uma hora alguém vai curtir muito!”.

Foi o que aconteceu com o DJ Klean, que teve seu remix de funk apresentado no intervalo do Super Bowl por Rihanna. Em 2021, o DJ viralizou no YouTube com seu remix de ‘Rude Boy’, um dos maiores singles da cantora:

“Estava eu, ouvindo minha música favorita da Rihanna, “Rude Boy”, quando de repente resolvi fazer uma brincadeirinha com o vocal e deixar a música bem “abrasileirada”, espero que gostem do resultado”, diz uma publicação do DJ no instagram. 

De acordo o GShow, após ter seu remix apresentado pela cantora para milhões de pessoas em todo o mundo, a busca por seu nome no Instagram teve um aumento de mais de 3500%, alcançando mais de 110 mil seguidores. Os dados foram coletados pela plataforma Crowntangle.

Com tanta procura por seu nome, o baiano foi convidado para participar do bloco do duo de DJs brasileiros, TROPKILLAZ.

 

Foto: Divulgação / Oahky Gravadora / Mark J. Rebilas/USA TODAY Sports

 

BLOCO ‘QUILOMBO LAB’ REÚNE EMICIDA, DRIK BARBOSA E DANNY BOND EM SÃO PAULO

No próximo domingo, 19, acontece o Quilombo Lab, o bloco de Carnaval da produtora Laboratório Fantasma, comandada pelos irmãos Emicida e Evandro Fióti.

Com o tema “O Carnaval dos Carnavais — A esperança mora no Samba”, o bloco vai sair às 13hrs da Avenida Luís Dumont Villares (altura 1501), na Zona Norte, e terá participações de artistas como Danny Bond, Drik Barbosa, Prettos, Marquinhos Sensação, Dona Jacira, MC Hariel.

Conforme o PapelPop.com, neste ano celebração foca no retorno do carnaval de rua como parte de uma manifestação cultural. Além de comemorar a história dos ancestrais que possibilitaram a reconfiguração da data festiva.

“Com todas as alegrias e dores, no Carnaval, ressignificamos um momento para celebrar quem somos. […] Hoje, poder fazer um bloco e devolver para o povo a possibilidade de se sentir parte dessa celebração popular, se divertir e relembrar a origem ancestral dessa festa é uma missão”, disse Evandro Fióti CEO da Laboratório Fantasma ao portal.

 

 

PROCON-RJ PODE MULTAR EM R$12 MILHÕES REP FESTIVAL POR FALHAS NA ORGANIZAÇÃO

O final de semana foi marcado pela grande repercussão na mídia sobre as falhas na organização do REP Festival, que agora pode ser multado em até R$12 milhões pelo Procon-RJ.

O que era para ser um dos maiores festivais de rap do Brasil acabou se tornando um caos. As fortes chuvas atingiram o evento trazendo cobras, sapos, alagamentos e muita lama. Não faltaram vídeos dos fãs reclamando da falta de estrutura e organização do evento, o que levou o cancelamento do segundo dia festival, no domingo (12).

Com um line-up formado por nomes como Matuê, L7nnon, Filipe Ret, Emicida e Ludmilla, o ‘REP Festival’, estava previsto para acontecer no Parque Olímpico (o mesmo local do Rock in Rio). Entretanto, a 10 dias da abertura, a localização foi transferida para Guaratiba, zona oeste do Rio.

O portal da CNN procurou o Procon-RJ para entender o que diz o Código de Defesa do Consumidor (CDC) em casos como este: “as multas por infração às normas de proteção e defesa do consumidor serão calculadas de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do fornecedor e a vantagem auferida”.

“A depender desses critérios, ela [a multa] pode chegar a R$ 12 milhões”, disse o Procon-RJ ao portal.

 

Foto: Reprodução / Redes Sociais

CANÇÃO DE RIHANNA VIRA NFT QUE GERA RETORNO EM ROYALTIES À FÃS

Na última quinta-feira, 9, o produtor Deputy em parceria com a plataforma especializada em criptomoedas Anotherblock, lançou uma edição limitada de NFTS da música “Bitch Better Have My Money”, de Rihanna.

Conforme explicado pela industriamusical.com, fãs puderam investir US$210 (R$1.111, em cotação atual) nos NFTS e devem receber cerca de 0,0033% dos royalties pela reprodução da música na plataforma Anotherblock.

Os NFTS foram criados após o produtor Deputy vender 1% de seus direitos na canção para a plataforma. No total foram lançados 300 NFTS, que rapidamente se esgotaram.

Na noite de domingo, 12, a cantora se apresentou durante o show de intervalo do SuperBowl, e segundo uma reportagem da Variety, as buscas pela cantora no Spotify aumentaram mais de 640% nos Estados Unidos, sendo que a música de abertura “Bitch Better Have My Money” teve um aumento de mais de 2.600%, então os investidores podem esperar ganhar bastante dinheiro enquanto os fãs ouvem a música.

 

Foto: Rihanna no SuperBowl_reprodução

 

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