Novas Plataformas Permitem que Fãs Invistam em Fluxos de Royalties de Músicas

Novas plataformas de “mercado de ações de música” estão surgindo, combinando o conceito de serviços de streaming de música, como Spotify ou Apple Music, com a funcionalidade de investimento em ações. Essas plataformas permitem que os fãs invistam em fluxos de royalties de músicas, oferecendo uma alternativa aos investimentos tradicionais em ações, títulos ou criptomoedas.

O investimento em Fluxos de Royalties  foi um assunto abordado pela Forbes recentemente. A revista explicou que atualmente a Labelcoin, conhecida como o “Robinhood da música”, está liderando o caminho nessa tendência, permitindo que os artistas vendam uma parte de seus royalties de streaming para fãs, aumentando significativamente sua receita. Outras concorrentes, como JKBX e SongVest, também entram no jogo das ações fracionárias de músicas.

Embora essa nova abordagem possa ajudar artistas a prosperar financeiramente, ela também traz riscos, pois os preços das ações de uma música podem ser voláteis. Ainda assim, a ideia é atrair investidores de varejo, como as grandes gravadoras fazem.

Para tornar isso possível, as startups de música estão aproveitando regulamentações da SEC, para democratizar o acesso ao investimento em música. Essas plataformas oferecem aos fãs a chance de se envolverem com suas músicas favoritas de maneira única e emocional, ao mesmo tempo em que buscam contornar possíveis problemas regulatórios.

Embora essas plataformas ainda enfrentem desafios para estabelecer mercados secundários para revenda de ações, a ideia de investir em músicas parece estar ganhando força e pode se tornar uma nova maneira de os fãs se aproximarem de seus artistas favoritos.

 

Foto: Divulgação Labelcoin

Globo é condenada por utilizar música sem autorização em novela de 1993

A Rede Globo foi condenada pela Justiça paulista a pagar uma indenização de R$45 mil por danos morais ao compositor Valdemar de Jesus Almeida, conhecido pelo pseudônimo Carlos Mendes. O músico, de 82 anos, é o autor da canção “Mandei caiá meu sobrado”, que foi utilizada pela emissora na novela “Renascer”, exibida originalmente em 1993, e posteriormente disponibilizada em sua plataforma de streaming em 2021.

De acordo com noticias.uol.com.br, a Globo não solicitou a autorização prévia da autor para usar a música na trilha sonora da novela. Além da indenização por danos morais, a emissora também será obrigada a pagar uma outra indenização por prejuízos materiais. O valor dessa segunda indenização será determinado por um perito, levando em conta os rendimentos obtidos pela Globo com a exibição da novela.

Surpreendentemente, esta não é a primeira vez que a Globo é condenada pelo uso não autorizado dessa mesma música. A primeira condenação aconteceu em 1993, quando a canção foi usada pela primeira vez na novela, resultando no pagamento de aproximadamente R$127 mil em indenização em 2019. Agora, a condenação é decorrente da exibição da reprise da novela no streaming da emissora.

Em sua defesa, a Globo alegou que agiu de acordo com a legislação e que obteve a autorização para utilizar a música por meio da editora que possui o licenciamento dos direitos autorais. A emissora afirmou ter pago R$631,59 pela utilização da canção. No entanto, o juiz Mario Chiuvite Júnior não aceitou a argumentação. A emissora ainda possui o direito de recorrer da decisão da Justiça.

 

Foto: reprodução_Globo

Coca-Cola lança o Coke Studio para se tornar uma força relevante no mercado musical

Em uma aposta ousada para se destacar no mercado musical e tornar-se parte integral da cultura, a Coca-Cola lançou seu ambicioso projeto: o Coke Studio. Esta plataforma de música pretende ir além das abordagens convencionais de marketing e publicidade, buscando criar uma conexão autêntica com os consumidores por meio da música.

Conforme o Digiday.com, diferentemente do tradicional envolvimento de marcas com músicos para licenciar músicas ou utilizá-las em campanhas publicitárias, o Coke Studio busca a produção de canções originais em colaboração com diversos artistas de diferentes origens musicais. Nas últimas semanas, o programa lançou a primeira das 25 músicas que serão divulgadas até setembro deste ano, resultado do trabalho conjunto de 19 artistas distintos.

A iniciativa, que teve início em 2022, vem crescendo significativamente. No ano passado, o Coke Studio contou com a participação de apenas sete artistas para uma única música. Agora, expandindo seu alcance e impacto, o projeto não apenas aumentou o número de músicas e parcerias, mas também estreitou laços com festivais de música e investiu em experiências digitais para fortalecer a conexão musical da marca com o público.

Apesar de não divulgarem os números de investimento, a empresa deixou claro que está fazendo um “investimento significativo em música” e acredita que ao agregar valor à cultura musical e apoiar artistas reais, a relação entre a marca e o público transcenderá a simples transação comercial.

Foto: Ivy Liu

TikTok expande acordo com Warner Music Group e promete ‘modelos econômicos alternativos’

O TikTok acaba de garantir uma renovação de seu acordo de licenciamento com o Warner Music Group (WMG). O anúncio foi feito em uma declaração conjunta pelas duas empresas, descrevendo a parceria como “inédita e abrangente”, representando uma expansão do acordo anterior.

Sob o novo acordo, o MusicAlly explicou que as divisões de música e edição da Warner Music irão licenciar seus catálogos para o TikTok e também para o serviço recém-lançado TikTok Music. Além disso, o acordo se estende ao aplicativo de edição de vídeo CapCut, desenvolvido pela ByteDance, empresa proprietária do TikTok, e à Biblioteca de música comercial (CML) da marca TikTok.

Uma das características interessantes deste acordo é o foco na Biblioteca de música comercial (CML). O TikTok busca resolver questões de licenciamento que têm causado atritos entre marcas e gravadoras, permitindo que as empresas acessem faixas legais e licenciadas para uso em seus vídeos. Até agora, a CML tem sido composta principalmente por músicas de artistas independentes, e a inclusão do vasto catálogo da WMG representa um significativo acréscimo ao acervo disponível.

Outra parte que merece destaque neste novo acordo é a promessa de desenvolvimento conjunto de “modelos econômicos adicionais e alternativos”. Essa abordagem parece alinhar-se com a estratégia do Universal Music Group (UMG), que tem se manifestado sobre sua busca por novos modelos econômicos em parceria com serviços de streaming. Parece que a WMG compartilha da mesma ambição ao se associar com o TikTok.

 

Foto:  Alexander Shatov no Unsplash

Música em inglês está perdendo popularidade nos serviços de streaming nos EUA e no mundo, revela relatório da Luminate

Em uma nova análise sobre o mercado musical, a Luminate revelou que a música em inglês está enfrentando uma queda estatística em sua popularidade nos serviços de streaming de música nos Estados Unidos e em todo o mundo.

De acordo com o  Music Business Worldwide, o relatório da Luminate constata que a participação da música em inglês nas 10.000 faixas totais sob demanda (áudio e vídeo) nos EUA diminuiu em 4,2% desde 2021, enquanto a participação da música em espanhol cresceu 3,6% no mesmo período.

Nos Estados Unidos, a música com seu idioma  ainda domina o mercado de streaming, representando 88,3% das 10.000 faixas sob demanda (áudio e vídeo) no primeiro semestre deste ano. No entanto, a música em espanhol ganhou mais espaço, atingindo uma participação de 7,9% na mesma métrica.

Globalmente, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas sob demanda em serviços de streaming diminuiu 62,1% em 2022 para 56,4% no primeiro semestre de 2023.

Essa tendência de queda na popularidade do idioma nos serviços de streaming não se limita apenas aos Estados Unidos, mas também pode ser observada em outros países. Por exemplo, em Portugal, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas principais caiu para 55,9% no ano fiscal de 2022 e continuou a diminuir no primeiro semestre deste ano, atingindo 51,6%. A Luminate também identificou a mesma tendência em outros países, como Portugal, Indonésia, Colômbia e Suíça.

 

Foto: reprodução

MADONNA DIZ EM TESTAMENTO QUE NÃO DESEJA SER RECRIADA EM HOLOGRAMA APÓS SUA MORTE

Madonna, uma das maiores artistas pop de todos os tempos, revelou recentemente suas exigências para proteger seu legado e garantir a preservação adequada de sua imagem e música após sua morte. Conforme a Exame, depois de passar por uma experiência de quase morte, que resultou em sua internação na UTI, a cantora decidiu estabelecer regras rígidas em seu testamento, dividindo seus direitos autorais igualmente entre os filhos e evitando uso de manipulação de sua imagem.

De acordo com informações do jornal “The Sun”, Madonna deixou claro que não deseja que sua imagem seja utilizada por meio de hologramas após seu falecimento. Essa decisão mostra sua preocupação com a forma como sua identidade será representada e preservada no futuro. Além disso, a cantora definiu que seus seis filhos terão direitos iguais sobre todas as suas músicas, evitando conflitos entre os familiares. Com uma fortuna avaliada em US$ 850 milhões, Madonna busca uma divisão de bens justa e pretende preservar seu legado de maneira adequada.

O adiamento de sua turnê em comemoração aos 40 anos de carreira, “Celebration”, foi necessário devido à sua saúde, mas Madonna demonstra preocupação em estabelecer diretrizes claras para proteger sua história e assegurar que sua visão artística seja respeitada no futuro.

Conar vai analisar propaganda da Volks com Elis Regina recriada por inteligência artificial

O Conar abriu um processo ético para analisar a campanha da Volkswagen que apresenta Elis Regina recriada por inteligência artificial. A ação faz parte da comemoração dos 70 anos da montadora e conta com a participação de Maria Rita, filha de Elis e também cantora.

De acordo com O Globo, o advogado Gabriel Britto, responsável pela denúncia, argumenta que a campanha contraria artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, como o que exige uma apresentação verdadeira do produto oferecido e o que estabelece o respeito à dignidade e inexperiência de crianças e adolescentes.

Para o advogado, a utilização da inteligência artificial na propaganda também levanta questões éticas. Britto defende a necessidade de limitar o uso da tecnologia e estabelecer diretrizes para sua aplicação na publicidade.

O Conar analisará as queixas em relação à respeitabilidade e à veracidade da campanha, considerando possíveis confusões entre ficção e realidade, principalmente para crianças e adolescentes.

A Volkswagen afirmou que a utilização da imagem de Elis Regina foi acordada com a família da cantora e que a intenção da campanha era destacar a transição de gerações e a renovação da marca.

Webinar internacional discutirá os desafios dos direitos autorais na era da inteligência artificial

O Copyright Office, órgão regulador do sistema de direitos autorais nos Estados Unidos, anunciou que sediará um webinar online no dia 26 de julho, com o intuito de discutir as perspectivas globais sobre direitos autorais e inteligência artificial (IA). O evento contará com a participação de renomados especialistas internacionais, que abordarão como outros países estão enfrentando as questões relacionadas aos direitos autorais no contexto da IA.

Durante o webinar, os especialistas irão explorar temas cruciais, como autoria, treinamento de IA, exceções e limitações, bem como violações da lei. Além disso, eles oferecerão uma visão geral dos desenvolvimentos legislativos em suas respectivas regiões, destacando áreas potenciais de convergência e divergência no contexto da IA generativa.

Entre os participantes estará Luca Schirru, advogado especializado em Propriedade Intelectual pela PUC-Rio e responsável por ministrar aulas sobre Inteligência Artificial no curso “Música, Copyright e Tecnologia”. Schirru representará o Brasil no webinar, compartilhando sua experiência e perspectivas sobre a interseção entre direitos autorais e IA.

Os debates e discussões realizados durante o webinar têm o potencial de fornecer insights valiosos para a formulação de políticas e estratégias futuras nesse campo em constante evolução. Para participar do webinar e obter mais informações sobre o evento CLIQUE AQUI.

TikTok lança serviço de streaming exclusivamente premium e licenciado pelas três maiores gravadoras

Hoje, dia 6 de julho, o tão esperado lançamento do ‘TikTok Music’ finalmente aconteceu, marcando a entrada oficial do TikTok no mercado de streaming de música. Esse novo aplicativo de streaming promete ser um sério concorrente para o Spotify.

De acordo com Ole Obermann, chefe global de desenvolvimento de negócios musicais do TikTok, o novo app é “um tipo de serviço que combina o poder da descoberta de músicas no TikTok com o melhor serviço de streaming da categoria”.

Conforme o Music Business Worldwide, o serviço de streaming foi lançado como um serviço de assinatura exclusivamente premium, disponível inicialmente na Indonésia e no Brasil. O aplicativo já possui licenciamento das três principais gravadoras do mercado: Universal Music Group, Warner Music Group e Sony Music. Isso significa que os usuários terão acesso aos catálogos completos dessas gravadoras.

Uma das características importantes do aplicativo é que ele permitirá que os usuários transmitam versões completas das músicas virais do TikTok diretamente no TikTok Music. Além disso, a plataforma traz outros recursos interessantes, incluindo uma função de pesquisa de letras, a capacidade de cantar junto em estilo karaokê com as letras em tempo real e uma ferramenta de identificação de músicas semelhante ao Shazam, chamada Song Catch.

Com o lançamento de hoje, a plataforma de streaming de música Resso deixará de operar na Indonésia e no Brasil a partir de 5 de setembro de 2023.

 

Elis Regina retorna em dueto emocionante com Maria Rita em campanha da Volkswagen utilizando inteligência artificial

Elis Regina cantou ao lado de sua filha Maria Rita em uma campanha emocionante! A Volkswagen está celebrando seus 70 anos no Brasil com um vídeo que utiliza a técnica de “deepfake”, permitindo a montagem realista de rostos através da inteligência artificial.

Conforme o G1, no vídeo Maria Rita dirige a moderna Kombi elétrica ID.Buzz enquanto entoa o clássico “Como nossos pais”, imortalizado na voz de sua mãe. Surpreendentemente, uma Kombi antiga, dirigida por uma atriz dublê, se aproxima e Elis Regina, virtualmente recriada, se une à filha em um dueto emocionante.

A Volkswagen utilizou reconhecimento facial e redes neurais artificiais para combinar o rosto da dublê com a imagem recriada de Elis Regina. A voz original da cantora foi preservada, tornando o momento ainda mais autêntico.

A campanha, criada pela agência AlmapBBDO e produzida pela Boiler Filmes, passou por uma pós-produção em uma renomada empresa especializada em projetos de Hollywood. Com essa iniciativa inovadora, a Volkswagen mostra como a inteligência artificial pode resgatar momentos marcantes do passado e emocionar o público.

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