Compositores de ‘Evidências’ Poderão Receber R$ 2.000 por Execução no Show de Bruno Mars no The Town

No último domingo, Bruno Mars realizou seu segundo show no The Town, onde presenteou o público com uma seleção de sucessos de sua carreira. No entanto, um momento especial chamou a atenção da plateia quando a banda do cantor executou a icônica canção sertaneja “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó.

Conforme a Folha de S. Paulo, a execução desta música no show deve render aos compositores – a dupla José Augusto e Paulo Sérgio Valle – um ganho estimado de R$2.000 para os compositores, de acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo.

De acordo com o jornal, o valor é regulado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), sendo incluso no cálculo para determinar o montante dos direitos autorais, diversos fatores como o local da execução, a relevância da música para o evento, o setor de atividade, o tipo de utilização musical e a região socioeconômica do estabelecimento onde a música é tocada. A tabela de preços é estabelecida pelas associações de música que gerenciam o Ecad.

No caso específico de “Evidências” no The Town, várias variáveis contribuem para o cálculo dos direitos autorais de execução pública, incluindo o show em si, a exibição na TV aberta pela Globo, a disponibilização em streaming no Globoplay e a transmissão por TV a cabo no Multishow.

O Ecad esclareceu em nota ao Globo que, em festivais como esse, o organizador do evento é o responsável pelo pagamento do licenciamento musical, que inclui os direitos autorais de execução pública.

Foto: Reprodução/GloboPlay

Festival de Parintins Deve R$1,6 Milhão em Direitos Autorais, Ecad Leva Caso à Justiça

O renomado Festival Folclórico de Parintins, que alcançou a incrível marca de R$120 milhões em receita com turistas neste ano, está sob os holofotes por não honrar uma dívida de pelo menos R$1,6 milhão em direitos autorais pelas músicas tocadas durante o evento.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, as ações judiciais movidas pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) no Amazonas têm como objetivo garantir que os compositores recebam a justa remuneração que lhes é devida. O calote não é exclusividade dos grupos Garantido e Caprichoso, que disputam a liderança no festival.

Organizadores das festas juninas no Nordeste também estão na mira do Ecad, embora os valores envolvidos não tenham sido revelados publicamente.

No caso de Parintins, pelo menos duas ações estão em andamento. A primeira, de R$584,6 mil, está em tramitação desde 2016, com o estado do Amazonas e a Prefeitura de Parintins recorrendo.

Na segunda ação, relativa ao evento de 2020, o Ecad está buscando R$1,6 milhão e o processo está aguardando julgamento.

Até o momento da publicação desta notícia, os organizadores do Festival de Parintins não haviam emitido um comunicado em resposta. O Ecad preferiu não comentar sobre o assunto.

Gangues Suecas Utilizam o Spotify para Lavagem de Dinheiro

Grupos criminosos na Suécia, responsáveis por uma série de incidentes violentos nos últimos anos, estão empregando o serviço de streaming de música Spotify como um meio para lavar dinheiro, de acordo com um relatório divulgado pelo jornal local Svenska Dagbladet (SvD).

Conforme explico O Globo, essas gangues têm utilizado os lucros provenientes de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, roubos, fraudes e homicídios, para financiar downloads falsos de músicas lançadas por artistas afiliados aos criminosos. Isso lhes permite receber pagamentos do Spotify como uma forma de camuflar o dinheiro obtido de suas ações ilegais.

A SvD alega que a veracidade dessa informação foi confirmada por membros de quatro gangues diferentes que operam em Estocolmo, além de dados fornecidos por um investigador da polícia. Um dos membros de gangue, que solicitou anonimato, afirmou: “Posso dizer com 100% de certeza que isso acontece. Eu mesmo estive envolvido. Nós pagamos sistematicamente pessoas para fazer isso por nós.”

De acordo com esse informante, os grupos criminosos convertem dinheiro obtido ilegalmente em criptomoedas bitcoin para remunerar as pessoas que geram os downloads falsos.

O jornal também informou que na Suécia, um milhão de downloads falsos gera entre 40.000 e 60.000 coroas suecas (equivalente a 3.600 a 5.400 dólares ou 17.891 a 26.837 reais na cotação atual). Um inspetor de polícia citado na reportagem afirmou que entrou em contato com o Spotify em 2021 para denunciar essa prática, mas a empresa nunca respondeu.

Em resposta às alegações, o Spotify declarou em comunicado à AFP que os downloads manipulados representam “um desafio para toda a indústria” e que a empresa está “trabalhando arduamente para resolver esse problema”.

 

Foto: Bloomberg

Universal Music e Deezer Anunciam Modelo de Pagamento de Streaming “Centrado no Artista”

No início deste ano, a Universal Music Group (UMG) e o serviço de streaming Deezer uniram forças para explorar novos modelos econômicos no mundo do streaming de música, visando reconhecer de forma mais abrangente o valor gerado pelos artistas. Nesta semana, essas empresas compartilharam detalhes do primeiro desses modelos, que se concentra no apoio direto aos artistas.

Conforme explicou o MusicAlly, o novo modelo “centrado no artista” se baseia em quatro pilares:

  1. A Deezer dobrará os pagamentos para “artistas profissionais”, definidos como músicos que acumulam pelo menos 1.000 reproduções mensais de pelo menos 500 ouvintes únicos.
  2. A plataforma também aumentará os pagamentos para músicas que os fãs escolhem ativamente, reduzindo a influência da programação algorítmica. Isso significa que as faixas escolhidas pelos ouvintes receberão mais atenção.
  3. A Deezer substituirá “conteúdo de ruído não artístico” (aquelas músicas para relaxar, sons de água e afins) por seu próprio “conteúdo no espaço musical funcional”, que não entrará no cálculo dos royalties. Isso permitirá uma distribuição mais justa dos ganhos.
  4. Além disso, está prometida uma atualização no “sistema proprietário de detecção de fraudes” para identificar e remover “maus atores” que tentam enganar o sistema.

Segundo Michael Nash, vice-presidente executivo e diretor digital da UMG, o objetivo deste modelo é evitar que a música se perca em um mar de informações e garantir um melhor suporte e recompensa aos artistas, independentemente do tamanho de sua base de fãs. Jerónimo Folgueira, CEO da Deezer, acrescenta que essa mudança é a mais ambiciosa no modelo econômico desde o início do streaming de música e apoiará a criação de conteúdo de alta qualidade nos próximos anos.

Juntamente com o anúncio, UMG e Deezer compartilharam algumas estatísticas reveladoras sobre a economia de streaming. Apenas 2% dos artistas no Deezer têm mais de 1.000 ouvintes únicos mensais, enquanto os 3% principais respondem por 98% dos streams, deixando os outros 97% com apenas 2%.

Além disso, a Deezer identificou que aproximadamente 7% das transmissões em 2022 foram consideradas “fraudulentas”. Isso contrasta com uma estimativa anterior de 1% a 3%, tornando a detecção de fraudes um foco importante.

Documentário sobre o Canecão pretende reviver a História Musical do Brasil

O lendário Canecão, palco de inúmeras apresentações icônicas da música brasileira, terá sua história resgatada no aguardado documentário “Canecão: Tantas Emoções”, com lançamento previsto para o início de 2024. O local, que operou entre 1967 e 2010, foi um epicentro cultural que viu o nascimento de momentos inesquecíveis na música do Brasil.

De acordo com O Globo, mais de 50 depoimentos, incluindo artistas, empresários e jornalistas, foram coletados pelo diretor Bruno Levinson para este projeto, oferecendo uma visão abrangente da influência do Canecão na cena musical do país.

Apesar de fechado desde 2010 e atualmente em ruínas, o local está destinado a uma renovação em 2025, administrada pelo consórcio Bônus-Klefer. Enquanto isso, o diretor Bruno Levinson reuniu personalidades que ajudaram a moldar a história do local para uma produção única que captura o espírito do Canecão original antes de sua demolição.

“Canecão: Tantas Emoções” promete ser um tributo a um lugar que deixou uma marca indelével na música brasileira, celebrando não apenas a sua importância cultural, mas também as lembranças e emoções que ele evoca.

 

Foto: reprodução

UBC Registra Marca Histórica: Distribuição Recorde de R$ 677,9 Milhões em 2022

A União Brasileira de Compositores (UBC) anunciou que distribuiu um montante recorde de R$677,9 milhões no ano de 2022, marcando um aumento notável em relação aos anos anteriores. Este valor representou um crescimento de 35% em relação a 2021 e um aumento impressionante de 58% em comparação com o total distribuído pelas sete sociedades que compõem o Ecad.

De acordo com o Relatório Anual 2022 da UBC, divulgado recentemente, uma das principais razões para esse aumento foi a expansão significativa das receitas provenientes de shows e eventos ao vivo, que cresceram incríveis 309,5%. O cinema também teve um aumento substancial de 132,6%, e os usuários gerais, que incluem estabelecimentos como lojas, academias, shoppings e hotéis, contribuíram com um aumento de 30,7%.

Além disso, a UBC celebrou o marco de 55.577 associados em 2022, e o registro de obras atingiu um recorde impressionante de 1,24 milhão. A associação também investiu cerca de R$353,5 milhões em programas de assistência para seus associados.

Outro destaque do ano foi o setor de Serviços Digitais, que engloba streaming de áudio e vídeo. Esse segmento continuou a crescer de forma sólida, proporcionando rendimentos cada vez melhores aos associados. Os valores distribuídos pela UBC no streaming de vídeo aumentaram em 63,1%, enquanto o streaming de áudio registrou um aumento de 47,43%.

O ano de 2022 representa um período excepcionalmente positivo para a gestão coletiva da UBC, impulsionado pelo crescimento de várias áreas, incluindo a expansão do consumo de música fora de casa e o sucesso contínuo dos serviços digitais.

Foto: divulgação

Favela Talks Promove Debates sobre Participação de Jovens da Periferia na Cultura do DF

Nesta sexta-feira (1º), o Complexo Cultura Samambaia será palco do Favela Talks, um evento gratuito que busca ampliar as oportunidades para jovens da periferia do Distrito Federal no cenário cultural. O evento é uma extensão do renomado festival de música Favela Sounds, que em 2022 realizou sua primeira edição independente focada em impulsionar a cultura periférica da capital.

Conforme informações do G1, o Favela Talks, que teve sua primeira experiência em 2019, busca fortalecer o caminho desses jovens em busca de carreiras criativas como artistas e produtores culturais. O objetivo é criar uma rede de apoio e capacitação na indústria musical, conectando-os a produtores de grandes festivais, especialistas em comunicação, setor financeiro, direitos autorais e outras áreas relevantes.

Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de ouvir as trajetórias e visões de especialistas, além de esclarecer dúvidas e receber orientações para quem está começando nessa jornada. O foco está em proporcionar um ambiente de aprendizado e networking para os jovens talentos da periferia.

Além do Favela Talks, o Favela Sounds promoverá “O Baile”, com shows na área externa do Museu Nacional da República, também nesta sexta-feira (1º) e sábado (2). O evento contará com a presença de artistas que representam a comunidade periférica de todo o Brasil, incluindo Tasha & Tracie, Lia Clark, UMiranda e Toninho Geraes.

Para participar do Favela Sounds, é necessário retirar os ingressos NO SITE. A iniciativa busca não apenas celebrar a riqueza da cultura periférica, mas também oferecer oportunidades concretas para os jovens que desejam fazer parte desse cenário criativo e diversificado do Distrito Federal.

Foto: Divulgação_MC N.I.N.A

PAULA LAVIGNE ABORDA EM ARTIGO ARGUMENTOS DO SETOR ARTÍSTICO EM RELAÇÃO À PL DAS FAKE NEWS

A empresária Paula Lavigne abordou, em um artigo publicado no O Globo nesta quinta-feira, o Projeto de Lei 2630/20, que está em análise na Câmara dos Deputados. O PL, conhecido como “PL das Fake News”, busca estabelecer diretrizes para a remuneração de conteúdo jornalístico e artístico na internet. No entanto, o debate em torno do projeto tem gerado intensos debates e mal-entendidos entre empresas de radiodifusão e o setor artístico.

Segundo Paula Lavigne, as divergências entre esses dois setores têm sido interpretadas como trocas de acusações por alguns veículos de mídia. Além disso, a constitucionalidade das propostas tem sido questionada. A empresária destacou que o setor artístico apresentou quatro argumentos principais em relação ao projeto:

  1. A remuneração para o setor artístico e os jornalistas já é reconhecida globalmente em países como Alemanha, Reino Unido, e Espanha. portanto, não há razões para não ser regulamentada no Brasil.
  2. A nova lei só afetaria novas criações, mantendo regras atuais para conteúdo passado.
  3. Propõe-se três anos de transição para remunerar obras passadas exibidas online no futuro.
  4. Criadores buscam remuneração justa por exploração digital e melhores condições de trabalho, já que empresas lucram com conteúdo antigo sem compartilhar ganhos.

Enquanto os debates continuam, o objetivo é encontrar um equilíbrio entre os interesses das partes envolvidas. Paula Lavigne enfatiza a importância de reconhecer os direitos do setor artístico nesse novo ambiente digital. Ela destaca que o pagamento de direitos autorais é crucial para a preservação da cultura e que é responsabilidade de todos garantir que o meio digital não se torne precário para os artistas.

 

Foto: Fabrice COFFRINI / AFP

Spotify e Mercado Livre Expressam Preocupações em Audiência sobre Regulamentação Digital

Representantes do Spotify e do Mercado Livre compartilharam suas perspectivas durante uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico sobre o Projeto de Lei 2768/22, que visa regulamentar as atividades de plataformas digitais. O debate, realizado na última quinta-feira (24), destacou as preocupações dessas empresas em relação às práticas atuais do mercado.

De acordo com o Money Times, o consultor de relações governamentais do Spotify, Luizio Felipe Rocha, enfatizou a importância de uma regulamentação eficaz para evitar abusos por parte das principais empresas que dominam o mercado de dispositivos móveis. Rocha apontou que, em seu entendimento, a Apple coloca o Spotify em desvantagem ao exigir uma taxa de 30% sobre as transações na App Store, enquanto não impõe a mesma taxa à Apple Music. Ele observou que essa disparidade impacta a concorrência no setor de streaming de música.

Rocha também levantou a questão de que a base de taxação proposta na nova legislação, vinculada às receitas das plataformas, poderia favorecer determinadas empresas, como a Google e a Apple, que possuem modelos de negócios distintos. Ele apontou que essas empresas podem se beneficiar de formas não diretamente relacionadas às transações em suas plataformas, o que tornaria o critério de taxação menos equitativo.

Por outro lado, a diretora de Enhanced Marketplace do Mercado Livre, Adriana Cardinali, expressou a opinião de que o Brasil deveria evitar a adoção direta de modelos regulatórios estrangeiros. Cardinali argumentou que critérios baseados em faturamento e número de inscritos podem não refletir adequadamente a dinâmica competitiva dos mercados locais. Ela enfatizou que o tamanho da plataforma por si só não é um indicador suficiente para medir a eficácia da concorrência.

 

 

(Imagem: Shutterstock/Primakov)

YouTube Revela Detalhes do Algoritmo do YouTube Shorts para Criadores de Conteúdo

O YouTube lançou luz sobre o funcionamento do algoritmo por trás do YouTube Shorts, durante uma entrevista exclusiva com Todd Sherman, líder de produtos do Shorts. O principal objetivo da conversa foi dissipar dúvidas frequentes entre os criadores de conteúdo, proporcionando insights cruciais sobre como esse algoritmo se diferencia daquele aplicado a vídeos de maior duração.

De acordo com o googlediscovery.com, Sherman afirmou que o cerne do YouTube Shorts é estabelecer uma ligação entre os espectadores e conteúdos de valor, com um enfoque particular na compreensão da audiência. O algoritmo funciona de maneira distinta em relação aos vídeos longos, devido à natureza singular do formato de curta duração.

Enquanto nos vídeos longos, os espectadores fazem escolhas ativas sobre o que assistir, no Shorts eles são apresentados ao conteúdo ao deslizarem pela feed. Sherman ressalta que o propósito é proporcionar vídeos que genuinamente interessem aos espectadores, e o algoritmo trabalha incansavelmente para encontrar a audiência mais adequada para cada obra.

Um ponto crucial delineado por Sherman é que nem todo vídeo exibido na feed do Shorts é considerado uma visualização válida. O YouTube estipula que uma visualização ocorre quando o espectador assiste ao vídeo intencionalmente, evitando assim contabilizar visualizações casuais. Detalhes precisos sobre os critérios de contagem não foram divulgados para evitar manipulações do sistema.

Quando questionado sobre a duração ideal para os vídeos curtos, Sherman é enfático ao afirmar que não existe um tempo específico que garanta o sucesso. Ele sustenta que o foco deve permanecer na construção de uma narrativa envolvente, capaz de manter os espectadores cativados.

No âmbito das hashtags, Sherman esclarece que não são obrigatórias, mas sua relevância varia de acordo com as necessidades e contexto de cada criador.

Finalmente, o líder de produtos do Shorts incentiva os criadores a valorizarem a qualidade em detrimento da quantidade de publicações. Ele também esclarece que os primeiros espectadores de um Shorts representam uma fase exploratória, na qual o YouTube busca identificar o público-alvo mais adequado para o conteúdo.

Essas revelações oferecem aos criadores de conteúdo uma perspectiva mais clara sobre como otimizar suas criações no ecossistema do YouTube Shorts, enfatizando a conexão genuína com os espectadores e aprimorando a experiência de todos os envolvidos.

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