Bruno Mars vende parte de seu catálogo musical para a Warner Chappell

Bruno Mars entrou para o time de músicos que estão faturando com a venda de seu catálogo. Nesta semana a Billboard revelou que o cantor vendeu parte dos direitos de suas canções para a Warner Chappell.

Conforme a Billboard, o acordo entre cantor e editora teria sido fechado há pelo menos seis meses. Fontes da empresa confirmaram que o cantor vendeu apenas parte de seu catálogo, incluindo suas colaborações com o The Smeezingtons – trio de compositores formado por ele, Philip Lawrence e Ari Levine.

Embora os valores não tenham sido revelados, sabe-se que Mars possui um catálogo musical admirável. De acordo com o ASCAP e o sistema Songview da BMI, o cantor possui cerca de 232 canções de sua autoria.

Além disso, o catálogo de Bruno Mars inclui sucessos como “Just The Way You Are”, “Grenade”, “Locked Out Of Heaven”, e “The Lazy Song”, bem como faixas que ele co-escreveu ou apareceu em, como “Nothin’ On You’, de B.O.B e ‘Billionaire’, de Travie McCoy. Seu catálogo também inclui co-participações de hits como “F — You” de CeeLo Green e “Rocketeer” do Far East Movement, entre outros.

De acordo com a RIAA, Mars é o primeiro artista a conquistar cinco singles com certificado de diamante em “Grenade” “Just the Way Your Are”, “That’s Whats I Like” e “When I Was A Young Men”, além de sua atuação em “Uptown Funk”, de Mark Ronson.

“Estamos apenas no início da jornada e há muito mais por vir.”, disse Mars em um comunicado fornecido à Billboard pela Warner Chappell.

 

 

Foto: Kevin Winter/Getty Images

Ecad alerta sobre a criação ilegal de ISRCS por agregadoras

Nesta semana o Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – e demais associações de gestão coletiva da música no Brasil fizeram um alerta sobre a geração ilegal de ISRCs, pedindo que agregadoras orientem artistas e compositores.

Atualmente, para que uma música seja adicionada no catálogo dos serviços de streaming, como Spotify e Deezer, é necessário que o artista/compositor contrate as chamadas “agregadoras” para que os dados das gravações musicais sejam disponibilizados no ambiente digital. Além disso, é necessária a criação de um ISRC (International Standard Recording Code) – um código de identificação de fonogramas.

Conforme explica o escritório em nota “o ISRC funciona como um identificador básico de fonogramas, ou seja, de músicas gravadas. Este código segue um padrão eletrônico alfanumérico internacional de 12 caracteres que é dividido em quatro elementos, que representam o país, o primeiro proprietário da gravação, o ano de gravação e um sequencial. Cada fonograma ou gravação de música só pode ter apenas um ISRC e é esse código, único e intransferível, que permite a identificação da música aonde ela tocar no mundo”.

O que está acontecendo no mercado atualmente é a divulgação por parte das agregadoras em oferecer a criação de ISRC. Uma prática que está prejudicando muitos artistas e compositores na hora de receber seus direitos autorais.

De acordo com o alerta, o ISRC só pode ser gerado por agências nacionais habilitadas pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), ou seja, pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro, UBC, e pelo próprio Ecad.

Para o Dr. Rodrigo Salinas, advogado especializado em direitos autorais, não existe caminho fácil, a prática divulgada pelas agregadoras prejudica tanto os titulares de direitos quanto para as associações: “Um ISRC irregular gera conflitos na base de dados nacional e internacional, trazendo custos para o sistema da gestão coletiva e prejuízos aos compositores, artistas e músicos, uma vez que precisam ser cancelados, substituídos e validados por uma nova numeração”.

Em tempos de crise sanitária, muitos artistas, compositores e músicos estão praticamente sem renda. Por isso é muito importante entender o processo de regularização do ISRC, bem como mantê-lo atualizado, buscando ajuda junto às associações:

“Para evitar qualquer problema, basta que o artista procure sua associação para a geração do ISRC e esclarecimento de qualquer dúvida sobre este assunto”, orientou Salinas.

 

Foto: reprodução

Entenda porque Anitta não plagiou ‘Garota de Ipanema’ em seu novo hit

Vocês acharam mesmo que não iríamos falar sobre ‘Girl From Rio’? Pois bem, o novo hit da cantora Anitta tem sido muito comentado no mercado musical pela sua proeza em conseguir samplear ‘Garota de Ipanema’, canção de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Há quem pense que a cantora plagiou a canção original, pela grande semelhança entre as duas músicas. Entretanto não foi nada disso. É o que explica o compositor e diretor de comunicação da UBC (União Brasileira dos Compositores) Manno Góes ao Splash.

Para não violar direitos autorais, Anitta inicialmente precisou pedir autorização à editora e aos herdeiros dos detentores da canção original. É possível comprovar que a cantora conseguiu a aprovação da música conferindo os créditos da canção onde é citado Tom Jobim e Vinicius de Moraes, além dos produtores gringos do Stargate.

Góes avaliou que conseguir o ‘de acordo’ dos compositores deve ter sido uma grande façanha: “Conseguir uma liberação de uma versão de ‘Garota de Ipanema’ não é para qualquer artista. Certamente foi uma negociação muito bem feita, demorada e que envolveu muitos números”, disse o compositor ao portal.

“A negociação cabe ao artista que quer gravar e aos autores. Anitta, que já ganha mais em dólar que em real, provavelmente pagou um valor bem alto para conseguir o sample do maior clássico da bossa nova. Mas há também negociações em que fica acertado que os autores vão receber apenas pelas execuções”, explicou o portal.

Em “Girl From Rio”, todos os envolvidos fizeram um excelente negócio. Afinal, a cantora que possui influência no exterior pode fazer com que a obra seja tocada também em vários países, aumentando o retorno em direitos autorais para os compositores.

Vale notar ainda que além de negociar a aprovação de ‘Garota de Ipanema’, há ainda os créditos sobre a letra de ‘Girl from Rio’, pois a Anitta divide sua participação na música com as compositoras Raye e Gale. Neste caso, um novo acordo precisou ser firmado para que as compositoras deixassem de aparecer nos créditos.

Não há dúvidas que Anitta investiu muito neste single. Além dos custos com direitos autorais e a própria produção de seu novo álbum, a cantora anunciou que o clipe de ‘Girl From Rio’ foi o mais caro de sua carreira até agora. Mas é isto o que torna Anitta uma das cantoras mais influentes no mercado musical brasileiro.

 

Foto: Divulgação

Red Hot Chili Peppers está vendendo seu catálogo musical para a Hipgnosis por mais de US$140 milhões

Na última semana a Hipgnosis Songs anunciou que está adquirindo o catálogo de músicas da banda Red Hot Chilli Peppers por mais de $140 milhões. A banda, formada em 1982, possui um catálogo sólido de sucessos, com hits clássicos do rock como “Under the Bridge”, “Give It Away”, “Dani California” e “Knock Me Down”.

O catálogo do Red Hot foi escrito pelos principais membros da banda desde 1989 – o cantor Anthony Kiedis, o baixista Flea, o baterista Chad Smith e o guitarrista John Frusciante, que recentemente retornou para sua terceira passagem no grupo.

Conforme relatado pela Variety, o catálogo é administrado pela Moebetoblame Music, sob a orientação do advogado Eric Greenspan, sócio-gerente do escritório de advocacia Myman, Greenspan, Fox, Rosenberg Mobasser, Younger & Light LLP. Greenspan anunciou que atualmente o catálogo da banda gera US$5 milhões a US$6 milhões em participação líquida dos editores.

Além do retorno de Frusciante, mudanças têm acontecido na gestão da carreira da banda. O Red Hot rompeu seu acordo com o Q Prime, e agora está sendo gerenciado por Guy Osery, mesmo empresário de outros nomes grandes na música, como Madonna e U2. Com um anuncio de um álbum inédito em andamento, pode-se esperar que a banda retorne com muitas novidades.

Recentemente, a Hipgnosis tem corrido para aumentar a aquisição de catálogos musicais.  Em apenas duas semanas no início deste ano, a empresa adquiriu metade do catálogo de Neil Young, bem como os do Fleetwood Mac, Lindsey Buckingham, o produtor/executivo Jimmy Iovine e a cantora pop Shakira. Em pouco menos de três anos, a Hipgnosis adquiriu catálogos de hitmakers como Timbaland, Pretenders, RZA e Blondie.

 

Foto: ASSOCIATED PRESS

Coreógrafo de “Single Ladies” se torna o primeiro a ter direitos autorais por passos de dança

O coreógrafo, JaQuel Knight, responsável pelas danças icônicas de videoclipes de sucesso como “Single Ladies” de Beyoncé, e “WAP” de Card B e Megan Thee Stallion, se tornou a primeira pessoa a ter direitos autorais por passos de dança.

“O movimento de direitos autorais consiste em colocar o poder de volta nas mãos do artista”, disse Knight em entrevista para a Variety. “Estabelecemos um precedente histórico com a conquista dos direitos autorais para‘ Single Ladies’.”

Isso significa que qualquer um que desejar reproduzir a coreografia de ‘Singles Ladies’, principalmente para fins comerciais, deverá solicitar permissão prévia de Knight. Ele poderá ainda pedir remoção de vídeos com a reprodução da dança em plataformas como TikTok.

Segundo o Tubefilter.com, a notícia pode abrir portas para que coreógrafos do mundo todo também corram atrás de seus direitos, principalmente os que criam as danças famosas no TikTok.

Com isso em mente, Knight está lançando sua própria empresa, a Knight Choreography & Music Publishing, Inc, criada para ajudar outros profissionais a alavancarem sua carreira e oferecer mentoria artística e jurídica para licenciamentos.

A empresa espera poder garantir “que a próxima geração de artistas tenha a mesma plataforma, recursos e ferramentas para prosperar, criativa e financeiramente, na indústria musical comercial”, disse Knight.

Como observou a Variety, o assunto sobre direitos autorais na dança tem ganhado repercussão desde que o TikToker Addison Rae se apresentou no The Tonight Show, de Jimmy Fallon, reproduzindo passos de danças famosas de criadores negros no TikTok, e sem dar os devidos créditos durante a transmissão do episódio.

Fallon acabou se desculpando pelo ocorrido e Rae disse ao TMZ que “é meio difícil de receber crédito durante o show”, e disse que amava os criadores das danças.

 

Foto: O coreógrafo JaQuel Knight/ reprodução

Reino Unido vê queda de 19,7% na arrecadação de músicas tocadas em shows ao vivo

Ano de boas e más notícias também para a música no Reino Unido. Apesar de arrecadar £699,4 milhões em 2020, receitas de música tocada ao vivo caíram 19,7%. Segundo o Music Week, diante da pandemia e seu impacto negativo na música, a associação de gestão coletiva de direitos autorais no Reino Unido precisou reforçar seu processamento de dados para acelerar o processo de pagamento de royalties. Além disso, foi preciso reduzir seus custos em £12,1 milhões (13,8%).

Mesmo assim, foi impossível escapar da queda nas receitas. Embora as distribuições para 155.000 compositores e editoras associadas tenham sido positivas no geral, muitos dos royalties pagos no ano passado foram coletados antes do primeiro lockdown. Portanto, a queda na receita será sentida pelos criadores de música até o fim de 2021, com previsão de queda nas distribuições de pelo menos 10% este ano.

“Foi um ano difícil para todos nós”, disse a CEO da PRS, Andrea C Martin, à Music Week. “Tivemos uma distribuição recorde, apesar de ter desempenho público [receita] caindo 61% e viver caindo quase 80%. Como empresa, nos concentramos no sustento de nossos membros”.

No geral, as receitas obtidas com a música tocada no Reino Unido e em todo o mundo em 2020 caíram 19,7% ano a ano para £650,5 milhões, erradicando anos de crescimento recorde.

Transmissões ao vivo

O crescimento do streaming no Reino Unido cresceu 796% em comparação a 2015. Foram 22,4 trilhões de “performances” de música em 2020. Durante a pandemia, o PRS For Music revisou os planos de cobrança de direitos para transmissão ao vivo de pequena escala e atualmente está elaborando seu próprio sistema de licenciamento para transmissões maiores.

“Estaremos anunciando em breve nossa proposta para o concerto online ao vivo [tarifa]”, disse Martin. “Anunciamos a licença de baixíssimo custo. Antes disso, tivemos muitos diálogos e muitos debates saudáveis! Tivemos três mesas redondas para licenciar shows ao vivo online, e também fizemos uma chamada sobre visualizações – tivemos quase 2.000 pessoas nos dando feedback sobre essa licença. E, em breve, publicaremos o que iremos cobrar por isso”.

No entanto, o aumento da receita e das distribuições de royalties online não compensará a perda de receita para muitos titulares. As distribuições para membros por desempenho público já caíram 35,1% (£50,4 milhões) em 2020.

A fim de apoiar seus associados neste momento difícil, o PRS for Music lançou em colaboração com seus parceiros – o PRS Members ‘Fund e a PRS Foundation – o PRS Emergency Relief Fund e, desde então, pagou mais de £2,2 milhões em 5.500 subsídios para compositores que enfrentaram dificuldades financeiras durante a pandemia do coronavírus.

“Você pode ver que nos resultados de 2020, fizemos tudo que podíamos para ainda ter um ano recorde”, disse Martin em entrevista à Music Week. “Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar o impacto. Estamos inovando, desafiamos as coisas. No ano passado, a equipe internacional fez auditorias para se certificar de que havia [mais] dinheiro para arrecadar. A equipe está super motivada para garantir que protegemos o sustento de nossos membros, esse é o nosso foco número um”.

Por fim, Martin tranquiliza os associados e afirma estar confiante sobre os resultados obtidos em 2020, e espera um futuro melhor: “Estabelecemos uma [meta] de crescimento muito rápido para o PRS”, disse ela. “Nossa meta é um pagamento de £1bilhão nos próximos cinco a sete anos. Estaremos alavancando nossas joint ventures e ser mais inovadores para chegar lá”.

 

 

Foto: a CEO da PRS, Andrea C Martin – reprodução

APPLE MUSIC PAGA O DOBRO DO SPOTIFY POR MÚSICA TOCADA

Na sexta-feira (16) a Apple Music, o serviço de streaming da Apple, enviou uma carta aberta a artistas e gravadoras para falar que está trabalhando para remunerar de forma mais igualitária e justa os titulares de direitos, e anunciou que paga em média US$0,01 para cada execução de música na plataforma.

“[O] valor varia de acordo com o plano de assinatura e país, mas foi em média US$0,01 para planos individuais pagos da Apple Music em 2020. Isso inclui royalties de gravadora e editora”, anunciou o serviço de streaming na carta.

Segundo a Pitchfork.com, a carta parece alfinetar o concorrente Spotify, que recentemente anunciou pagar apenas um terço e metade de um centavo de dólar para cada execução.

Além da notícia, a Apple Music firmou um compromisso de pagar às gravadoras independentes a mesma taxa que as majors (as grandes gravadoras), e ainda se posicionou ser contra a iniciativa de impulsionar músicas para aparecerem em playlists que são criadas por curadores profissionais, como é feito na opção ‘Modo de Descoberta do Spotify’, onde artistas escolhem impulsionar suas músicas em playlists em troca de uma remuneração mais baixa.

“A equipe de formadores de opinião globais da Apple Music é curadora de 30.000 playlists editoriais. Esses formadores de opinião selecionam a música com base no mérito e não pedimos a ninguém que aceite uma taxa de royalties mais baixa em troca de apresentação. O mesmo se aplica às listas de reprodução personalizadas e recomendações algorítmicas da Apple Music”, disse a Apple.

Vale lembrar que empresas de streaming como a Apple Music e o Spotify não pagam os artistas diretamente e, em vez disso, pagam às gravadoras, distribuidoras e demais organizações de direitos autorais, como ASCAP e BMI (nos Estados Unidos), que então pagam aos artistas e titulares.

 

Foto: Chesnot/Getty Images

Synchtank aponta que editoras estão perdendo bilhões devido à má gestão de dados

Na última semana a Synchtank publicou um relatório sobre os desafios que as editoras musicais enfrentam em relação a direitos, royalties e pagamentos na era digital, e o papel vital desempenhado pelo processamento adequado de dados.

No relatório intitulado ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’, a Synchtank alerta que atualmente, o gerenciamento de dados e sistemas usados pelas editoras são ineficientes e incapazes de lidar com os grandes volumes e complexidades da era digital. O resultado: a perda de bilhões de dólares em receita.

As editoras possuem o papel de promover, cadastrar, recolher e distribuir aos autores a receita gerada pelas obras que representam. “Em geral, licenciam direitos de reprodução (armazenamento), mecânicos (fonográficos), digitais, sincronização e reprodução de letras”, define a UBC.

Conforme avalia o relatório, as editoras estão enfrentando uma grande batalha à medida que os volumes de dados continuam a crescer a uma taxa exponencial e os direitos e pagamentos se tornam cada vez mais complexos. Como demonstra o gráfico abaixo, espera-se que o streaming represente 86% das receitas de música até 2030.

Imagem: ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’

De acordo com o Music in Africa, o estudo aponta ainda a falha para pagamentos aos titulares de direitos devido a uma falta de padronização de layouts e inconsistências, tanto no Código Internacional de Gravação Padrão (ISRC), quanto no Código Internacional Padrão de Trabalho Musical (ISWC).

“Queremos despertar as pessoas para esses desafios”, disse o CEO da Synchtank, Rory Bernard. “As editoras precisam avaliar se seus sistemas são ou não à prova de futuro ou correm o risco de ficar para trás. As empresas que operam hoje precisam de tecnologia robusta e escalável para se manterem competitivas e capitalizar em novas oportunidades.

Para a plataforma, a gestão eficiente dos dados é de extrema importância, uma vez que cada vez mais artistas e compositores esperam acesso transparente a seus ganhos, enquanto os detentores de direitos desejam aproveitar os dados para conduzir a tomada de decisões operacionais e maximizar a propriedade intelectual.

 

Sobre a Synchtank:

Fundada por Joel Thomas Jordan em 2008, a Synchtank é uma plataforma britânica de gerenciamento de entretenimento, que oferece soluções baseadas em nuvem para gerenciar ativos de entretenimento digital, propriedade intelectual, metadados e contabilidade de royalties.

Recentemente a empresa lançou uma nova versão de sua plataforma de contabilidade de royalties, o IRIS. O software foi projetado especificamente para uso no setor de edição musical, com a capacidade de rastrear dados e identificar royalties devidos em uma ampla gama de plataformas e territórios.

 

Para conferir o relatório ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’ na íntegra CLIQUE AQUI

 

Foto: O fundador e presidente da Synchtank, Joel Thomas Jordan/divulgação

RELATORA VOTA PARA QUE EX-INTEGRANTES DA LEGIÃO URBANA NÃO USEM O NOME DA BANDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE FILHO DE RENATO RUSSO

Na última semana (6/4), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou o julgamento para decidir se Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá podem usar o nome Legião Urbana, sem devida autorização da empresa de Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo.

Na decisão, a ministra Isabel Galloti votou que há exclusividade de marca. Entretanto, não há relação sobre discussão de direitos autorais: “Não está em questão o direito de os recorridos continuarem tocando as músicas que tocavam na época da Legião Urbana. Não há um direito social do público em geral de ouvir mais a Legião Urbana. A Legião Urbana acabou e não há um direito social de ouvir os recorridos tocando com o nome de Legião Urbana. Eles podem tocar usando o seu próprio nome” — disse a magistrada.

Conforme O Globo, desde 2013 iniciou-se o imbróglio judicial, quando Giuliano Manfredini, herdeiro e filho de Renato Russo entrou na justiça pelo direito de uso exclusivo do nome da banda.  Desde então os integrantes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, adquiriram o direito de usar a marca em shows e atividades profissionais, mas com o devido pagamento de um terço dos lucros para Giuliano.

Vale lembrar que a marca foi registrada pela empresa de Renato Russo em 1987, onde Villa-Lobos e Bonfá eram sócios minoritários.  Foi neste período em que eles venderam suas participações ao vocalista e abriram suas próprias empresas. Todavia, todas as receitas sempre foram dividas igualitariamente, como explicou o advogado dos músicos, José Eduardo Cardozo:

— Dividiam tudo em partes iguais. Tinham, sim, pessoas jurídicas distintas, mas tudo era repartido em partes iguais (…). Privilegiar o herdeiro, aquele que não contribuiu com nada e que tem direito ao seu quinhão, para que possa vetar a atividade profissional de outros artistas, negando-se a ele o papel da construção do nome Legião Urbana seria incorreto, não seria direito e não será justo.

Os advogados da Legião Urbana Produções Artísticas se posicionaram em nota, e alegaram que a empresa busca “divulgar e proteger o legado deixado por Renato Russo” e “em nenhum momento de sua história, a empresa tentou impedir, quem quer que seja, de cantar as músicas da banda Legião Urbana”.

Segundo o ConJur, após o voto de Galotti, o ministro Antônio Carlos Ferreira pediu vista para analisar melhor o processo. A 4ª Turma deverá então discutir o melhor caminho para o futuro da ação, caso mantida a rescisão da sentença que permitiu a Dado e Bonfá usar o nome Legião Urbana sem autorização da empresa titular da marca.

Foto: Selmy Yassuda / Agência O Globo

Ecad passará a cobrar direitos autorais por músicas tocadas pelos motoristas de transporte coletivos

Empresas de transporte coletivo do Ceará perderam disputa contra o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), e passarão a pagar direitos autorais por músicas tocadas na programação de rádio dos ônibus.

Conforme notícia publicada pelo O Globo, a cobrança também incluirá a transmissão de música realizada pelos motoristas e cobradores no interior dos veículos.

De acordo com o “Diário do Transporte”, em recurso especial, as empresas de ônibus alegaram que a cobrança era injusta, por não haver vantagem econômica na reprodução de músicas por parte dos motoristas, ou seja, não se trata de som ambiente. Todavia, o recurso foi negado pelos ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça. Eles decidiriam que os ônibus que transportam passageiros devem ser considerados “locais de frequência coletiva”, e que a “execução de músicas via rádio por meio da sonorização de transportes coletivos fomenta a atividade empresarial, mesmo que indiretamente”, apontou o Ecad, em nota enviada ao GLOBO.

O escritório considerou a decisão uma vitória, pois a ação poderá abrir um precedente nacional, para que a cobrança seja feita em outros estados.

 

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo