Led Zeppelin ganha ação por direito autoral em ‘Stairway to Heaven’

Após seis anos, batalha pelos direitos autorais de Stairway to Heaven chegou ao fim, com vitória da banda Led Zeppelin. Segundo o Music Business Worldwide, a Suprema Corte dos EUA se recusou, nesta segunda-feira (5), a ouvir o caso, após um recurso do gestor de patrimônio de Randy Wolfe.

Wolfe sempre alegou que Robert Plant e Jimmy Page copiaram o riff de abertura da música “Tauros”, de sua banda Spirit. O processo foi aberto em 2014, após sua morte em 1997, a pedido do gestor Michael Skidmore, que pedia reconhecimento e parte dos royalties ganhos.

Em 2016, o nono Tribunal de Recursos já havia decidido que Stairway to Heaven não infringia direitos sobre “Taurus.

As notícias de hoje representam uma grande vitória para o Led Zeppelin, bem como para sua editora e gravadora, Warner Music Group. Além de finalmente colocar um ponto final a um dos casos mais antigos de violação de direitos autorais da indústria da música.

 

Foto: reprodução

Roberto e Erasmo tem pedido negado pela Justiça e perdem posse de mais 70 músicas

Os compositores Roberto Carlos e Erasmo Carlos tiveram o pedido de rescisão de contratos negado pela Justiça de São Paulo, e acabaram perdendo a posse de mais de 70 músicas!

Segundo informações de notícia publicada pela Uol, a dupla alegava que seus contratos realizados entre os anos de 1964 a 1987, não cedia os direitos autorais para a editora Fermata, mas sim apenas o direito de explorar e fazer a gestão das obras.

Todavia, o juiz Rodrigo Ramos, da 2ª Vara Cível, foi a favor da editora. Para ele os contratos estão de acordo, sendo bastante claros sobre a transferência dos direitos autorais para a Fermata, que possui direito patrimonial sobre as obras, mas deve pagar rendimentos aos músicos, incluindo seus grandes hits como “É Preciso Saber Viver” e “Se Você Pensa”.

Ao avaliar todos os contratos, a Justiça identificou que apenas a canção, “Preciso Urgentemente Encontrar um Amigo” estava em desacordo, sendo permitida apenas a permissão de exploração comercial. Neste caso, foi possível a rescisão. A decisão cabe recurso.

Vale lembrar que ainda neste ano, a dupla conseguiu recuperar os direitos autorais de obras que estavam sobre gestão da Universal Music. No caso, eles justificaram que a editora havia abandonado a gestão contratual, além de pagar remunerações baixas pelas execuções em plataformas de streaming.

 

Foto: Divulgação/tv Globo

Compositores se adaptam para agradar usuários do TikTok

Nesta terça-feira saiu uma matéria muito bacana no G1, sobre como o TikTok está começando a influenciar até no jeito de ser fazer música no Brasil.

Como uma plataforma que possibilita aos usuários criarem vídeos, é comum na plataforma ver vários conteúdos envolvendo música, desde dublagem até danças de músicas.

Basicamente, se a música tiver uma batida empolgante com um trecho bem grudento, combinado com coreografias, desafios e influenciadores, temos a fórmula de um “viral” no TikTok –  vídeo que se espalha pela plataforma facilmente.

Não faltam exemplos de vídeos virais que se tornaram grandes hits graças ao TikTok. Quem lembra do Hit do Carnaval, “Tudo ok”? A parceria de Thiaguinho MT, Mila e JS O Mão de Ouro redeu vários vídeos de dublagem de maquiagens com a música.

Nos EUA, o maior exemplo é do viral “Old town road”, sucesso do rapper americano Lil Nas X. O game “Red Dead Redemption II” foi a inspiração para o clipe que logo ganhou um desafio no app, onde jovens faziam dancinhas como caubóis ou cowgirls.

“Old town road” se tornou recordista em número de semanas seguidas em primeiro lugar no ranking de músicas mais tocadas no Estados Unidos, da revista “Billboard”.

Casos de sucesso como esses tem inspirado muitos compositores a criarem músicas pensando no TikTok. A estratégia ganhou ainda mais força neste momento da pandemia do coronavírus, onde a plataforma se tornou uma grande forma de entretenimento dos jovens.

“Com certeza essa onda acabou mexendo na forma de fazer música aqui no Brasil”, revelou MC Zaac ao portal. O MC está lançando um hit com todos os elementos para viralizar na plataforma, embora ele e seu produtor musical neguem isso. “Desce pro play” é uma colaboração entre o artista com Anitta e o rapper americano Tyga.

Para o produtor musical Pablo Bispo, autor de vários hits de grandes artistas como Anitta, Pabllo Vittar, Iza, e inclusive, a nova música de MC Zaac,  a estratégia pode dar certo, mas não deve algo “forçado”:

“As plataformas tem particularidades. No YouTube, por exemplo, o visual é importante. O TikTok é mais dinâmico porque convida as pessoas a entrarem na música”, explicou o produtor musical ao portal.

Ele completa que o TikTok “não tem que ser prioridade”, mas “fazer parte do planejamento” dos músicos.

Sua afirmativa faz todo o sentido, visto que manter uma carreira após um hit viral requer muito mais trabalho. Tanto que após o sucesso de “Old town road”, Lil Nas conseguiu emplacar apenas outras duas músicas no ranking da “Billboard” até julho do ano passado, que segundo o G1, não tiveram o mesmo desempenho de Old Town.

“Fazer uma música estourar é difícil, mas possível. Muito mais complicado é sustentar esse sucesso”, conclui Bispo.

 

Foto: Reprodução / Tik Tok

Ecad revela que R$140 milhões em direitos autorais deixarão de ser arrecadados por conta do coronavírus

A superintendente executiva do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) Isabel Amorim, contou nesta semana à Veja que se a quarentena por conta do coronavírus se estender por mais quatro meses, cerca de 140 milhões de reais deixarão de ser arrecadados.

“É um dinheiro que não será recuperado nunca mais”, disse Isabel ao portal. “No caso dos shows, alguns serão remarcados para outras datas. Porém, não haverá uma nova reprodução pública da música em outra data. Se não tocou, não tem direito autoral para pagar”, afirmou.

É como disse o portal, a perda causada pelo cancelamento de shows, também afeta aqueles que têm como fonte de renda bares e casas de eventos.

Enquanto isso, outras fontes como rádio, tv e plataformas digitais nunca foram tão necessárias para os compositores e artistas: “Esse pagamento nunca foi tão importante para a música, já que quase todas as outras fontes de renda dos artistas foram comprometidas.”, avaliou a executiva

Para apoiar os compositores, a entidade já confirmou que vai adiantar pagamento de direitos autorais para evitar descapitalizar os músicos e compositores. Como não há como fiscalizar estabelecimentos, a empresa colocou 300 funcionários de férias. O Ecad espera que o mercado de shows se estabilize ainda este ano.

 

Foto: A cantora sertaneja Marília Mendonça – uma das maiores compositoras do Brasil/Divulgação

 

Labsônica abre inscrições para programa de aceleração musical em parceria com a Toca do Bandido

Estão abertas as inscrições para o programa de aceleração musical Labsônica – Edição Toca do Bandido. Podem participar artistas solo, bandas e coletivos com trabalho autoral e composições próprias, com pelo menos 2 anos de existência comprovada e de todos os estilos musicais.

Serão escolhidos 6 artistas que passarão por um processo de aceleração de carreiras através do desenvolvimento de conhecimentos estratégicos com workshops, songcamp, mentorias, pitchings.

Os participantes selecionados ganharão produção musical da Toca do Bandido em três singles, e orientação por uma série de especialistas como Guta Braga, fundadora do Música, Copyright e Tecnologia e Fábio Silveira, editor chefe do FastForward Podcast entre outros grandes nomes do mercado musical nacional.

Os trabalhos criados ao longo do processo serão lançados e promovidos pelo selo Toca Discos. E ainda, uma das melhores agências do país irá promover suas carreiras com gestão estratégica de comunicação e marketing digital.

Para participar, é necessário preencher o Formulário de Inscrição do Programa e um vídeo de até 3 minutos com apresentação do projeto musical e uma perspectiva de como poderá crescer em sua carreira participando do Programa.

Confira todas as informações em https://www.tocadobandido.com.br/aceleracaolabsonica/

Foto: Divulgação/Labsônica

A Revolta dos Artistas na Alemanha por melhores remunerações em serviços de streaming

Enquanto o assunto do fim de semana no mercado musical era a cerimônia do Grammy 2020, na Alemanha, as principais gravadoras recebiam uma carta de convocação para uma reunião a fim de discutir melhores remunerações para artistas em serviços de streaming.

Segundo o Music Business Worldwide (MBW), a carta publicada no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (F.A.S), ganhou uma manchete intitulada como ‘Der Aufstand der Stars’ – ‘A Revolta das Estrelas’- e foi assinada por representantes dos maiores artistas da Alemanha, como a banda Rammstein e Helene Fischer (foto) – artista da Universal Music, que vendeu mais de 15 milhões de discos em todo o mundo.

Os representantes dos artistas querem alterar e reestruturar o modelo de cobrança e remuneração na área de streaming. Para o MBW, pode-se sugerir que há uma busca por mudanças no estilo de pagamento “centrado no usuário” dos serviços de streaming, que até o momento foram reticentes em adotar esse modelo.

Vale lembrar que no ano passado, a Deezer anunciou que planejava lançar um piloto de um sistema de pagamento ‘centrado no usuário’ em 2020, se pudesse obter o suporte necessário das principais gravadoras.

Além do apelo, a carta convoca as gravadoras para uma reunião em Berlim em fevereiro para discutir o assunto.

Em resposta,  a Warner Music afirmou que não participará da reunião devido a “preocupações antitruste que seriam criadas por poderosas empresas de música e muitos representantes de estrelas se reunindo para discutir acordos coletivos de negócios”. Em vez disso, a Warner diz que “conversas bilaterais” estão sendo realizadas.

A BMG, publicou uma nota afirmando que o debate é necessário: “Congratulamo-nos com essa tentativa de destacar algumas das iniquidades do contrato tradicional de gravação. Esta carta é assinada por alguns dos mais respeitados gerentes musicais da Alemanha e deve ser levada a sério.

“Precisamos de um debate sensível e adulto. Não achamos justificável em um mundo em que as gravadoras não tenham mais os custos de pressionar, manipular e fornecer produtos físicos para tentarem manter a maior parte da receita de streaming. O mundo mudou. Está na hora das gravadoras mudarem também.”

A Sony e a Universal ainda não responderam publicamente. No primeiro semestre de 2019, a indústria musical alemã teve sua maior taxa de crescimento de receita desde 1993. Um crescimento de 7,9%, de acordo com a Associação Alemã da Indústria Musical (BVMI).

Foto: Reprodução

O FastForward Podcast voltou, após uma pausa para as comemorações de fim de ano. Então, vamos falar sobre “Músicas do Verão e do Carnaval? APERTA O PLAY!

Governo vai revogar medida que tirava do MEI ocupações como músico e DJ

O governo decidiu revogar a resolução que exclui várias ocupações e atividades ligadas à cultura da categoria de microempreendedor individual (MEI).

Nesta sexta-feira (6), foi publicado pelo Diário Oficial da União uma medida para eliminar da classificação de MEI uma série de categorias ligadas à cultura, incluindo músico e DJ.

A notícia ganhou repercussão negativa pelas redes sociais. Segundo O Globo, rapidamente, milhares de pessoas começaram a assinar os abaixos-assinados digitais criados contra a medida. Além disso, um protesto foi marcado para hoje (9), em frente ao Palácio Capanema.

De acordo com o portal, a Secretaria-Executiva do Simples Nacional informou que encaminhará uma proposta para revisão da lista das atividades ao Comitê Gestor do Simples Nacional.

“Sou contra esta resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional. A cultura — e todos que trabalham com ela — é um patrimônio do país (…) Essa é uma decisão que não faz sentido. A cultura é a alma da nossa democracia”, criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

A medida previa excluir do MEI atividades como cantor e músico independente, produção teatral, ensino de arte e cultura, atividades de sonorização e iluminação, ensino de música, produção musical, produção teatral e instrutor de artes cênicas.

Caso entrasse em vigor a partir de Janeiro de 2020, a medida poderia fazer com que muitos profissionais do mercado, que hoje atuam como MEI, voltassem à informalidade.

Atualmente, podem aderir ao MEI, negócios que faturam até R$81 mil por ano (ou R$6,7 mil por mês) e têm no máximo um funcionário. A formalização permite emitir notas fiscais e contribuir para o INSS, além de direito a auxílio maternidade e auxílio doença.

Foto: André Coelho

MEDIDA PROVISÓRIA TRARÁ PREJUÍZO DE R$110 MILHÕES A COMPOSITORES

O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma entrevista com a nova superintendente do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Isabel Amorim. A pauta principal foi a medida provisória “A Hora do Turismo”, que embora tenha sido criada para incentivar o setor hoteleiro no país, pode tirar cerca de R$110 milhões da classe artística por ano.

Embora tenha o objetivo de incentivar a criação de empregos e o crescimento do setor hoteleiro no Brasil, a medida provisória pode prejudicar os compositores, uma vez que entre as mudanças previstas está a isenção de pagamento de direitos autorais por músicas executadas em quartos de estabelecimentos hoteleiros.

De acordo com a notícia, a MP proposta pelo Ministério do Turismo está sob análise da equipe econômica. “A proposta mantém a cobrança dos direitos autorais de canções executadas em áreas comuns dos hotéis, como recepção e restaurantes, mas a retira dos espaços privados”, informou o portal.

Ela disse que a expectativa é a de que “a medida não seja assinada pelo presidente da República”.

“Apoiamos reformas que beneficiem o desenvolvimento do turismo e a economia do País, mas não é necessário que isso seja feito à custa dos artistas. Esta proposta de isenção é temerária e prejudicial para toda a classe artística. A música disponibilizada nos quartos, seja na programação musical de rádio ou televisiva, é um atributo importante para o maior conforto dos clientes, agregando valor ao negócio”, disse Isabel Amorim.

Segundo a Superintendente, a medida trará um prejuízo de R$110 milhões anuais para mais de 100 mil compositores, intérpretes e músicos.

Foto: Canva

O SEGREDO DE UM HIT ESTÁ NA COMBINAÇÃO DE CERTEZA E SURPRESA DE ACORDES, DIZ ESTUDO

Um novo estudo realizado pelo Instituto Max Planck de Cognição Humana e Ciência Cerebral, descobriu o que torna as músicas agradáveis. Para os cientistas, o segredo de um hit está em uma combinação de incerteza e surpresa de acordes.

De acordo com a IstoÉ, 80 indivíduos ouviram vários acordes em hits clássicos da Billboard dos EUA incluindo “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, dos Beatles, “Red red wine”, da UB40, e “Knowing me, knowing you”, do ABBA.

A partir de um modelo de aprendizado de máquina capaz de quantificar matematicamente o nível de incerteza e surpresa, conectados a scanners cerebrais de ressonância magnética funcional (fMRI), os cientistas chegaram a conclusão de que os voluntários gostaram mais de músicas que têm progressões de acorde inesperadas do que aquelas que são previsíveis.

Os maiores beneficiados pelo estudo são os compositores em suas criações. Apesar de saberem de forma intuitiva que a expectativa é importante para que uma música seja mais agradável, agora temos a confirmação de que o prazer musical tem associação com a amígdala, hipocampo e córtex auditivo do cérebro – “regiões associadas ao processamento de emoções, aprendizado e memória, e processamento de sons, respectivamente”, informou a IstoÉ.

Segundo o portal, o estudo está ligado à musicologia computacional, um novo campo que estuda a ciência e a arte. Vicent Cheung, coordenador do estudo disse que quer ir além e investigar melodias.

Resta saber se os novos dados poderiam ajudar na fórmula mágica para a criação de músicas perfeitas: “É uma característica importante que pode ser explorada, mas não seria a única coisa que pode ser usada para criar uma música pop”, disse Vicent Cheung.

O top três das progressões de acordes mais bem avaliadas pelos participantes são “Invisible Touch”, da banda inglesa Genesis , o hit “Hooked On A Feeling”, de BJ Thomas, e o clássico dos Beatles “Ob-La-Di, Ob-La-Da “.

 

Foto: Canva

NA SEMANA DA MPB, MILTON NASCIMENTO RECEBE PRÊMIO UBC 2019

A Música Popular Brasileira está em festa! Não apenas pelo seu dia, comemorado nesta quinta-feira (17), mas também pela homenagem a Milton Nascimento durante a entrega do Prêmio UBC 2019.

A cerimônia aconteceu nesta terça-feira (15), e contou com homenagens de vários artistas consagrados da música brasileira como Maria Rita, Elba Ramalho, Chico César e João Bosco, cantando suas melhores versões das canções de Milton.

“Milton não é só daqui, ele é de outros planos, é de mil planos. Cantar qualquer coisa na frente dele me deixa nervoso e emocionado”, disse Chico César.

De acordo com a UBC, são mais de 400 obras de Milton Nascimento registradas na entidade. “Todas as músicas que componho são para Elis Regina cantar!”, diz uma referência do compositor que se tornou amplamente popular em sites de citações na internet.

Além de Milton, Glória Braga, superintendente executiva do Ecad, recebeu o Troféu Fernando Brant por sua trajetória e contribuição da gestão coletiva de direitos autorais no Brasil.

Foto: Gabriela Azevedo/Redes Sociais