KONDZILLA AFIRMA QUE “NUNCA MAIS” FARÁ PARCERIA COM NETFLIX

Recentemente, Konrad Dantas, criador do maior canal do YouTube na América Latina, declarou que mesmo com o sucesso da série “Sintonia”, não trabalhará mais com a Netflix.

“Se esse tipo de negócio fosse o mesmo da música, eu participaria dos resultados, dos royalties de “Sintonia”. Mas agora eu trabalho com outros canais e estou feliz de ter reconhecimento. Eu não quero nunca mais trabalhar com o Netflix”, disse o empresário durante uma conferência em Lisboa.

Conforme noticiado pelo o Globo, Konrad não explicou o motivo pelo qual cortou laços com a plataforma de streaming, mas citou que houve uma “falta de alinhamento de interesse” entre ele e a Netflix:

“Não recebi nem e-mail de agradecimento deles sobre “Sintonia”. A série segue, mas não estou mais envolvido com ela” — explicou KondZilla.

Apesar da declaração, parece que a situação não fez o empresário desistir de fazer parcerias com outras plataformas de streaming. Tanto que agora, Kond está por trás da produção de “Escola da Quebrada”, um longa-metragem com lançamento previsto pela Paramount+, para o início de 2023.

“É minha primeira experiência como produtor, não apenas como produto executivo. É algo diferente para mim”, disse ao portal.

 

Foto: Divulgação

CEO da Universal Music diz que “100.000 novas faixas por dia” em plataformas de streaming é um caso “pouco sustentável”

Sir Lucian Grainge, o CEO e presidente da Universal Music, considerada a maior gravadora do mundo, disse que “quando 100.000 faixas por dia estão sendo adicionadas nas plataformas de streaming, o resultado é uma experiência confusa para todos nós consumidores”.

Grainge fez uma série de declarações sobre o mercado musical nesta semana, durante uma reunião para mostrar os resultados da empresa no último trimestre, e disse que o grande volume de músicas, não é sinônimo de qualidade, e esta situação é pouco sustentável financeiramente para todos, artistas e fãs.

[Os consumidores] são “cada vez mais guiados para conteúdo de baixa qualidade por um algoritmo”, e “não achamos que isso seja sustentável para as plataformas, nem para os fãs de música”, acrescentou.

“Temos dados amplos que mostram exatamente porque os consumidores se inscrevem nesses serviços, e são em grande parte, para ouvir ótimas músicas”.

A Universal Music registrou receita de €2,664 bilhões (US$2,68 bilhões) no último trimestre, em todas as suas divisões. Um aumento de 13,3% ao ano, impulsionado principalmente, pelo crescimento nos seguimentos de música gravada e edição.

Foto: Guetty Images

 

CISAC: ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES NO DIGITAL ULTRAPASSA €3 BILHÕES GLOBALMENTE

Recentemente, a CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) anunciou que a arrecadação de royalties de música se recuperou no ano passado no mundo todo, sendo o digital a principal fonte de renda dos criadores de música, em mais de 29 países.

De acordo com análise do relatório feita pelo musicweek.com, a arrecadação de royalties de música alcançou a marca de €8,48 bilhões globalmente, um aumento de 7,2%. Os EUA ficou em primeiro lugar entre os países mais arrecadadores, com um pouco mais de €2 bilhões (23,6% do total global) em receitas, seguido respectivamente por França, Japão, e Reino Unido.

Representando 36,1% da receita global de música, o digital se tornou a maior fonte de receitas, e pela primeira, vez ultrapassou €3 bilhões globalmente. O crescimento da receita digital de 27,5% foi quase o dobro do ano anterior, com as arrecadações digitais subindo 48,2%, acima do nível pré-pandemia.

Além disso, o digital também está sendo considerado como a principal fonte de renda entre os criadores de música em mais de 29 países. O crescimento do número de assinantes em plataformas de streaming, bem como a ampla variedade de plataformas e novos acordos de licenciamento, em particular com o TikTok e o YouTube, foram fatores que mais influenciam nesta questão.

O diretor-geral da CISAC, Gadi Oron, lembrou que esses resultados foram obtidos durante um período pandêmico, e por isso, o mercado musical anda possui grande potencial de crescimento: “Após a queda de 10% [em todo o repertório] experimentada em 2020, o retorno de nossas sociedades ao crescimento no ano passado é uma conquista impressionante. Tendo em mente que a receita de shows ao vivo e locais públicos era praticamente inexistente, a aceleração do licenciamento digital por muitos de nossos membros para compensar o declínio em outras áreas é uma verdadeira história de sucesso. A recuperação é apenas metade feita, no entanto. Há, sem dúvida, muito mais espaço para crescimento e, para isso, precisamos agregar mais valor aos trabalhos criativos no mercado digital e promover um ecossistema mais justo para os criadores.”

O presidente da CISAC, Bjorn Ulvaeus citou a importância de se manter os dados nas plataformas de streaming sempre atualizados, para que o dinheiro fique na mão de quem cria a música: “Os royalties digitais coletados pelas sociedades da CISAC estão crescendo de forma impressionante, mas o mundo do streaming ainda é um negócio inacabado quando se trata de garantir um ambiente justo para ganhar a vida. Muitos dos dados necessários para identificar e remunerar os criadores estão incompletos ou ausentes quando as obras são ingeridas em serviços de streaming. O resultado é muito dinheiro que fica na mesa quando deveria ir para os bolsos dos criadores”.

Marcelo Castello Branco, presidente do conselho do CISAC, observou que os preços das assinaturas de música precisam de um reajuste para que compositores possam ser remunerados justamente: “Valor justo e prazos justos são essenciais para não comprometer a remuneração dos titulares de direitos”, acrescentou.

NETFLIX SE RECUPERA E ACRESCENTA 2,4 MILHÕES DE NOVOS CLIENTES NO MUNDO

A Netflix conseguiu se recuperar da grande perda de assinantes no 1º semestre, ao anunciar que acrescentou 2,4 milhões de novos clientes no mundo todo no ultimo trimestre.

De acordo com a Veja, o serviço de streaming de vídeo reportou aos acionistas que apresentou crescimento de assinantes em todas as regiões do mundo, e espera fechar o ano com 4,5 milhões de assinantes.

O aumento do número de assinantes impactou no crescimento da receita em 5,9%, para 7,93 bilhões de dólares, superando as projeções dos analistas. Além disso, o número de clientes pagantes aumentou para 223,1 milhões.

A notícia, claro, deixou o mercado financeiro animado, e as ações da Netflix subiram 13% antes da abertura das bolsas de Nova York na quarta-feira, 19.

Desde que a perda de 1,2 milhão de assinantes foi anunciada no último trimestre, o streaming tem apostado no lançamento de grandes séries de sucesso, como os novos episódios de “Stranger Things”, a série coreana “Uma Advogada Extraordinária” e o mais recente “Dahmer: Um Canibal Americano”.

Como parte da estratégia de crescimento, a Netflix deverá lançar no próximo mês uma nova versão de seu serviço, com suporte para publicidade, e passará a cobrar pelo compartilhamento de senhas no próximo ano.

“Se há uma narrativa unificadora para a Netflix no terceiro trimestre, é que o pior aparece ter ficado para trás”, diz o Wells Fargo em nota aos clientes.

MET DE NOVA YORK LANÇA NOVO SERVIÇO PARA TRANSMITIR ESPETÁCULOS DE ÓPERA AO VIVO

Aqui vai uma boa notícia para quem é fã de Ópera. O Metropolitan Opera de Nova York vai começar a transmitir ao vivo seus espetáculos para 170 países, incluindo o Brasil.

Conforme noticiado pelo O Globo, O Met passará a transmitir seus espetáculos para além dos cinema, através de seu próprio serviço de streaming, “The Met: Live at Home” (“O Met: ao vivo em casa”, em tradução livre). A proposta é trazer o público que não tem acesso à tradicional casa ou ir assistir nos cinemas, ao mesmo tempo em que equilibra a perda de bilheteria, que já vem muito antes da pandemia.

O The Met: Live at Home ficará disponível a partir do dia 22 de outubro, com vendas no site www.metopera.org antecipadas no dia 17, com valores (dependendo do local) que variam entre US$ 10 a US$20.

As transmissões ficarão disponíveis por sete dias e poderão ser assistidas em computadores, celulares e smart TVs, via Chromecast ou AirPlay ou de um computador com cabo HDMI.

“[Nossa intenção é] disponibilizar nossas apresentações ao vivo para pessoas que não têm acesso imediato aos cinemas que transportam o Met, quer você resida nas montanhas de Montana ou esteja em missão na Antártida.”, disse o Gerente-geral do Met, Peter Gelb em um comunicado.

 

Foto: J. Emilio Flores/The New York Times

 

DIARIMENTE 100.000 MÚSICAS SÃO ADICIONADAS NOS SERVIÇOS DE STREAMING

Todos os dias 100.000 músicas são adicionadas nos serviços de streaming. É o que os CEOs das maiores gravadoras do mundo, Sir Lucian Grainge (Universal Music Group) e Steve Cooper (Warner Music) disseram.

Conforme o Music Business Worldwide,  no dia 27 de setembro, os CEOs afirmaram durante a conferência Music Matters em Cingapura, que 100.000 faixas estão sendo “adicionadas às plataformas de música todos os dias”. Mas isso não quer dizer que mais músicas estão chegando aos ouvidos dos fãs desses artistas.

Para Grainge, presidente e CEO da maior gravadora do mundo, a Universal Music, esse vasto volume de música, além do conteúdo das redes sociais, está tornando cada vez mais difícil para os artistas alcançar um público substancial online, e claro, a gravadora tem um papel fundamental neste momento, pela sua capacidade de comercializar, promover e desenvolver artistas.

Cooper, CEO da Warner Music, considerada a terceira maior gravadora do mundo, disse na conferência que a Warner já está se preparando para as oportunidades que também surgirão, com o avanço de novas tecnologias e a chegada da Web 3.0, para ajudar artistas a chegarem mais perto de seus fãs:

“A maioria dos criadores não tem o capital, níveis de habilidade [ou] experiência para fazer tudo isso ter sucesso. A Warner está olhando para a Web3 como uma tremenda oportunidade, para afirmar ainda mais seu papel em ajudar os artistas a serem notados”, disse Cooper.

Vale notar que a notícia do volume de músicas nos serviços de streaming chegou logo após a Apple Music confirmar que atualmente, sua plataforma conta com um catálogo de 100 milhões de faixas no mundo todo.

“Todos os dias, mais de 20.000 cantores e compositores estão entregando novas músicas para a Apple Music – músicas que tornam nosso catálogo ainda melhor do que no dia anterior.”, disse a chefe editorial global da Apple, Rachel Newman.

 

 

 

Netflix anuncia lançamento de seu próprio estúdio de games

Tecnologia. A Netflix anunciou que está lançando o seu primeiro estúdio para criação de games baseados em seus filmes e séries.

Com base em Helsinque, na Finlândia, o novo estúdio será comandando por Marko Lastikka, nome conhecido no mercado por estar por trás de grandes jogos como o FarmVille 3.

Conforme explicou O Globo, a ideia do serviço de streaming é ser menos dependente de criadores terceiros e expandir suas ofertas de jogos. Atualmente, a Netflix possui investimentos em quatro estúdios, e já lançou mais de 30 jogos. A meta é ampliar este catálogo para 50 até o fim de 2022.

– Este é mais um passo em nossa visão de construir um estúdio de jogos de nível mundial que trará uma variedade de jogos originais deliciosos e profundamente envolventes – sem anúncios e sem compras no aplicativo – para nossas centenas de milhões de membros em todo o mundo – disse Amir Rahimi, vice-presidente de estúdios de jogos da Netflix.

Rahimi, complementou que os trabalhos no estúdio ainda não começaram, mas vem muita novidade por aí:

“Ainda é cedo e temos muito mais trabalho a fazer para oferecer uma ótima experiência de jogos na Netflix” – disse Rahimi. – “Esses quatro estúdios, cada um com diferentes pontos fortes e áreas de foco, desenvolverão jogos que atenderão aos diversos gostos de nossos membros”, concluiu.

 

Foto: Jogo da série  Stranger Things, da Netflix – divulgação

Twitch anuncia redução de 20% sobre a remuneração de seus principais influenciadores

O Twitch anunciou que vai fazer uma atualização sobre o percentual de remuneração para seus maiores criadores de conteúdo, reduzindo 20% o valor de suas comissões.

Conforme explicou o Tecmasters, atualmente a plataforma adota um formato de remuneração no qual os streamers de maior audiência (os chamados streamers premium) recebem 70-30, onde 70% do faturamento com inscrições ficam com o streamer, e 30% fica com o Twitch. Com a mudança que será implementada a partir de Julho de 2023, quando esses “streamers premium” atingirem uma receita de US$100 mil, passarão a receber igual ao modelo oferecido aos criadores de conteúdo menores, 50-50.

Para a plataforma, a mudança deve padronizar um formato de pagamento entre todos os streamings, já que o esquema 70-30 não era universal, e beneficiava apenas os streamers de maior fama.

A medida, claro, não foi bem recebida pelos influenciadores maiores da plataforma. Um deles foi Eric Pointcrow. O streamer de games criticou a decisão em seu perfil no Twitter, alegando que o Twitch estaria prejudicando seus criadores, ao invés de investir em melhorar seus recursos:

“O fato de que a solução da Twitch para seus problemas monetários é cortar a remuneração dos criadores ao invés de facilitar uma plataforma melhor para que mais espectadores visitem o site é preocupante. Nos dê as ferramentas e a informação que precisamos para que possamos criar conteúdos com mais engajamento, não limite nossos ganhos.”

Foto – O Dj Marshmallo – divulgação

Creator Music: Vitrine Digital possibilita venda de músicas licenciadas para vídeos no YouTube

Na última terça-feira, 20, o YouTube anunciou uma novidade para que criadores de conteúdo possam licenciar músicas em seus vídeos de uma forma mais prática, e sem perder monetização.

De acordo com a Billboard, o Creator Music é uma espécie de loja virtual que permite aos criadores de conteúdo licenciar músicas em vídeos de duas formas bem simples: Na primeira opção o criador compra a licença de uma determinada música, e assim não terá mais de repassar a monetização inteira ao detentor dos direitos da música. Na segunda opção, o criador de conteúdo e o detentor de direitos dividem a monetização do vídeo.

Foto: divulgação

Para construir um bom catálogo na loja virtual, o Youtube fez uma série de parcerias com gravadoras e os editoras para que elas definam o preço das licenças músicas, que inicialmente variam de US$4,99 ou até mesmo de forma gratuita, dependendo da estratégia.

Por enquanto, o Creator Music ainda está na versão beta nos EUA, mas a ideia é que até 2023, o novo recurso seja disponibilizado internacionalmente.

Em um comunicado, Tracy Maddux, diretora comercial da Downtown Music, uma das editoras parceiras do Youtube fez uma boa colocação sobre o novo projeto: “O Creator Music foi uma oportunidade de “ajudar nossos compositores e artistas a encontrar novos e significativos fluxos de receita para seus trabalhos, além de possibilitar que todos os criadores do YouTube licenciem legalmente e descubram músicas originais para uso em grande escala”.

 

Foto – divulgação

ROTEIRISTAS ACIONAM MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO POR FALTA DE DIÁLOGO COM PLATAFORMAS DE STREAMING

Se um por um lado as plataformas de streaming de música tem aberto portas para novos artistas, por outro ainda é preciso pensar em maneiras mais justas de remuneração para os detentores de direitos autorais. Na indústria audiovisual, roteiristas tem enfrentado questão parecida através de contratos abusivos e falta de diálogo com plataformas de streaming de vídeo.

Conforme relatado pelo NaTelinha.com.br, a Associação Brasileira de Autores e Roteiristas (ABRA) decidiu acionar o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro e de São Paulo para denunciar práticas abusivas que plataformas de streaming tem adotado na contratação de roteiristas para séries e filmes.

Paula Vergueiro, advogada da associação disse à Folha de S. Paulo que tem recebido cada vez mais reclamações dos associados por conta das cláusulas abusivas em contratos, e a falta de diálogo com as plataformas para negociação. Por isso, a ABRA decidiu acionar o Ministério Público do Trabalho para que uma conversa seja iniciada urgentemente:

“Os roteiristas recebem os contratos [por meio das produtoras realizadoras do projeto] e a gente não consegue negociar nenhuma cláusula. São contratos impostos”, explicou ao portal.

Uma das práticas mais comuns apontada pela advogada, é que ao contratar roteiristas para projetos, plataformas impõem seus próprios modelos de contratos, com versões traduzidas de documentos elaborados por suas matrizes no exterior, sem seguir o que dizem as leis brasileiras:

“E existem cláusulas muito desequilibradas em favor das plataformas. Por exemplo, há contratos que exigem exclusividade do autor, que ele fique disponível para uma possível segunda ou terceira temporada de uma série, mas sem remunerá-lo por essa exclusividade.”, exemplificou Vergueiro.

Vale notar que desde o início deste ano, o jornalista e escritor João Ximenes Braga, vencedor do 41º Emmy Internacional pela novela Lado a Lado (2012-2013), exibida na TV Globo, já havia desabafado sobre a crise enfrentada pelos roteiristas na indústria audiovisual.

“Se as coisas continuarem como estão, esse mercado vai entrar em colapso, e não vai demorar, pois não é só o fim do contrato longo. Isso vem junto com uma nova visão de produção em que o roteirista é apenas um técnico e não mais pode almejar a posição de autor/criador. Tudo ao mesmo tempo, e de propósito, para baratear a mão de obra”, alertou o escritor.