Deezer Renova Marca e Apresenta Aplicativo Repaginado

A plataforma francesa de streaming de música, Deezer, revelou sua nova identidade de marca e um aplicativo totalmente redesenhado. A mudança foi anunciada durante um evento em Paris na última terça-feira, 7 de novembro, marcando um momento significativo na evolução da empresa.

De acordo com o Music Business Worldwide, a Deezer afirma estar se reinventando como uma “plataforma de serviços de experiência” e busca destacar sua transformação e fortalecer a conexão emocional das pessoas com a marca por meio de uma atualização na identidade visual.

O portal lembrou que o streaming introduziu recentemente um novo modelo de pagamento “centrado no artista”. Nesse novo modelo, os artistas que alcançam um mínimo de 1.000 streams por mês, com um mínimo de 500 ouvintes únicos, recebem um impulso significativo em seus pagamentos de royalties. Isso visa apoiar os artistas profissionais e reconhecer o valor de seu trabalho.

Além disso, a Deezer também está tomando medidas para desmonetizar “áudio com ruído não artístico”, como ruído branco e sons do oceano, substituindo-os por seu próprio conteúdo musical funcional.

Essas mudanças vêm após um trimestre de sucesso para a plataforma, que adicionou 600.000 novos assinantes e viu suas receitas crescerem 5,5% em relação ao ano anterior, atingindo €120,7 milhões (US$ 131,36 milhões) nos três meses até o final de setembro.

A Deezer está empenhada em proporcionar uma experiência musical única e reforçar sua posição como uma plataforma de streaming de destaque.

 

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Como um selo usa versões de hits de sucesso com artistas falsos para faturar no streaming

Nesta semana um artigo publicado pela Folha de S.Paulo revelou uma prática intrigante no mundo da música: um selo está criando perfis de artistas supostamente “fantasmas” para faturar com regravações de sucessos do pop, rock e reggae em plataformas de streaming.

De acordo com o portal, ao vasculhar as playlists, os ouvintes podem se deparar com nomes como Cassandra Beck e Jamie Lancaster cantando hits clássicos em versões como a Bossa Nova, mas, estranhamente, esses artistas virtuais carecem de presença real nas redes sociais ou em qualquer meio de comunicação convencional.

Esses perfis possuem centenas de milhares de ouvintes mensais, e parecem ser estrategicamente projetados para dominar e manipular algoritmos de streaming e as playlists populares, potencializando assim o alcance e o número de reproduções.

O portal identificou que o selo chamado de Music Brokers, trabalha com artistas e produtores do mundo todo, em sua maioria anônimos, e que atuam como músicos de estúdio. Eles são pagos por sessão de gravação, mas não recebem os lucros que suas versões geram de maneira justa.

Karen Souza, uma cantora que já trabalhou com o selo, afirmou à Folha que esses artistas “não existem” e que alguns dos cantores parecem ser os mesmos, com nomes diferentes. Ela deixou o selo, buscando uma carreira independente.

O portal contou que o Music Brokers começou como um selo tradicional em 1997, em Buenos Aires, mas ganhou notoriedade com compilações de regravações de sucessos, adaptando-se posteriormente ao modelo de streaming. A empresa se espalhou por dez países e manteve o segredo sobre esses perfis fantasmas, mantendo o mistério em torno de seus artistas inventados.

A prática levanta questões sobre a transparência e ética na indústria da música, onde os artistas ‘fantasmas’ parecem ser um componente essencial na busca pelo sucesso no streaming.

 

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Gangues Suecas Utilizam o Spotify para Lavagem de Dinheiro

Grupos criminosos na Suécia, responsáveis por uma série de incidentes violentos nos últimos anos, estão empregando o serviço de streaming de música Spotify como um meio para lavar dinheiro, de acordo com um relatório divulgado pelo jornal local Svenska Dagbladet (SvD).

Conforme explico O Globo, essas gangues têm utilizado os lucros provenientes de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, roubos, fraudes e homicídios, para financiar downloads falsos de músicas lançadas por artistas afiliados aos criminosos. Isso lhes permite receber pagamentos do Spotify como uma forma de camuflar o dinheiro obtido de suas ações ilegais.

A SvD alega que a veracidade dessa informação foi confirmada por membros de quatro gangues diferentes que operam em Estocolmo, além de dados fornecidos por um investigador da polícia. Um dos membros de gangue, que solicitou anonimato, afirmou: “Posso dizer com 100% de certeza que isso acontece. Eu mesmo estive envolvido. Nós pagamos sistematicamente pessoas para fazer isso por nós.”

De acordo com esse informante, os grupos criminosos convertem dinheiro obtido ilegalmente em criptomoedas bitcoin para remunerar as pessoas que geram os downloads falsos.

O jornal também informou que na Suécia, um milhão de downloads falsos gera entre 40.000 e 60.000 coroas suecas (equivalente a 3.600 a 5.400 dólares ou 17.891 a 26.837 reais na cotação atual). Um inspetor de polícia citado na reportagem afirmou que entrou em contato com o Spotify em 2021 para denunciar essa prática, mas a empresa nunca respondeu.

Em resposta às alegações, o Spotify declarou em comunicado à AFP que os downloads manipulados representam “um desafio para toda a indústria” e que a empresa está “trabalhando arduamente para resolver esse problema”.

 

Foto: Bloomberg

Universal Music e Deezer Anunciam Modelo de Pagamento de Streaming “Centrado no Artista”

No início deste ano, a Universal Music Group (UMG) e o serviço de streaming Deezer uniram forças para explorar novos modelos econômicos no mundo do streaming de música, visando reconhecer de forma mais abrangente o valor gerado pelos artistas. Nesta semana, essas empresas compartilharam detalhes do primeiro desses modelos, que se concentra no apoio direto aos artistas.

Conforme explicou o MusicAlly, o novo modelo “centrado no artista” se baseia em quatro pilares:

  1. A Deezer dobrará os pagamentos para “artistas profissionais”, definidos como músicos que acumulam pelo menos 1.000 reproduções mensais de pelo menos 500 ouvintes únicos.
  2. A plataforma também aumentará os pagamentos para músicas que os fãs escolhem ativamente, reduzindo a influência da programação algorítmica. Isso significa que as faixas escolhidas pelos ouvintes receberão mais atenção.
  3. A Deezer substituirá “conteúdo de ruído não artístico” (aquelas músicas para relaxar, sons de água e afins) por seu próprio “conteúdo no espaço musical funcional”, que não entrará no cálculo dos royalties. Isso permitirá uma distribuição mais justa dos ganhos.
  4. Além disso, está prometida uma atualização no “sistema proprietário de detecção de fraudes” para identificar e remover “maus atores” que tentam enganar o sistema.

Segundo Michael Nash, vice-presidente executivo e diretor digital da UMG, o objetivo deste modelo é evitar que a música se perca em um mar de informações e garantir um melhor suporte e recompensa aos artistas, independentemente do tamanho de sua base de fãs. Jerónimo Folgueira, CEO da Deezer, acrescenta que essa mudança é a mais ambiciosa no modelo econômico desde o início do streaming de música e apoiará a criação de conteúdo de alta qualidade nos próximos anos.

Juntamente com o anúncio, UMG e Deezer compartilharam algumas estatísticas reveladoras sobre a economia de streaming. Apenas 2% dos artistas no Deezer têm mais de 1.000 ouvintes únicos mensais, enquanto os 3% principais respondem por 98% dos streams, deixando os outros 97% com apenas 2%.

Além disso, a Deezer identificou que aproximadamente 7% das transmissões em 2022 foram consideradas “fraudulentas”. Isso contrasta com uma estimativa anterior de 1% a 3%, tornando a detecção de fraudes um foco importante.

Spotify e Mercado Livre Expressam Preocupações em Audiência sobre Regulamentação Digital

Representantes do Spotify e do Mercado Livre compartilharam suas perspectivas durante uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico sobre o Projeto de Lei 2768/22, que visa regulamentar as atividades de plataformas digitais. O debate, realizado na última quinta-feira (24), destacou as preocupações dessas empresas em relação às práticas atuais do mercado.

De acordo com o Money Times, o consultor de relações governamentais do Spotify, Luizio Felipe Rocha, enfatizou a importância de uma regulamentação eficaz para evitar abusos por parte das principais empresas que dominam o mercado de dispositivos móveis. Rocha apontou que, em seu entendimento, a Apple coloca o Spotify em desvantagem ao exigir uma taxa de 30% sobre as transações na App Store, enquanto não impõe a mesma taxa à Apple Music. Ele observou que essa disparidade impacta a concorrência no setor de streaming de música.

Rocha também levantou a questão de que a base de taxação proposta na nova legislação, vinculada às receitas das plataformas, poderia favorecer determinadas empresas, como a Google e a Apple, que possuem modelos de negócios distintos. Ele apontou que essas empresas podem se beneficiar de formas não diretamente relacionadas às transações em suas plataformas, o que tornaria o critério de taxação menos equitativo.

Por outro lado, a diretora de Enhanced Marketplace do Mercado Livre, Adriana Cardinali, expressou a opinião de que o Brasil deveria evitar a adoção direta de modelos regulatórios estrangeiros. Cardinali argumentou que critérios baseados em faturamento e número de inscritos podem não refletir adequadamente a dinâmica competitiva dos mercados locais. Ela enfatizou que o tamanho da plataforma por si só não é um indicador suficiente para medir a eficácia da concorrência.

 

 

(Imagem: Shutterstock/Primakov)

Hip-Hop 50 anos: gênero domina Spotify com um Quarto de Todos os Streams

Para celebrar os 50 anos do Hip-Hop, recentemente divulgou alguns dados globais importantes sobre o desempenho do gênero no cenário musical.

De acordo com o Spotify o Hip Hop continua a reinar. Em 2023, aproximadamente 25% de todos os streams globais na plataforma foram dedicados a músicas do gênero, com ícones como Drake, Nicki Minaj, 21 Savage e Ice Spice liderando o caminho.

Além disso, o Hip Hop é o segundo gênero mais popular globalmente no Spotify, registrando mais de 400 milhões de ouvintes únicos até o momento deste ano. A influência do gênero também é evidente nas playlists do Spotify: a “RapCaviar” é a segunda playlist mais seguida, destacando a demanda contínua por novas faixas de Hip Hop. Nos últimos três anos, quase metade dos 50 artistas mais ouvidos globalmente no Spotify são representantes do Hip Hop ou Rap.

Enquanto o Hip Hop continua a evoluir, não são apenas as raízes nos Estados Unidos que moldam seu curso. Artistas e fãs em diversos países estão deixando sua marca no gênero, influenciados por pioneiros americanos e acrescentando toques únicos às músicas e à cultura.

Em 2023, os dez principais mercados para streams de Hip Hop no Spotify são:

  1. Estados Unidos
  2. México
  3. Brasil
  4. Alemanha
  5. França
  6. Reino Unido
  7. Espanha
  8. Índia
  9. Canadá
  10. Itália

Foto: divulgação Spotify

NETFLIX DÁ INÍCIO A TESTES DE JOGOS VIA STREAMING NA TV

A Netflix deu início aos primeiros testes de sua incursão no mundo dos jogos. A partir desta segunda-feira, assinantes no Canadá e no Reino Unido têm a oportunidade de explorar jogos selecionados da Netflix diretamente em suas TVs, dispositivos de TV conectados e na Netflix.com.

De acordo com o The Verge.com, os jogos disponíveis para teste incluem “Oxenfree” e o “Molehew’s Mining Adventure”, que se assemelha a um jogo de arcade. Durante o jogo em uma TV, os controles são realizados através do smartphone do jogador. Os usuários Android acessam os controles pelo aplicativo da Netflix, enquanto os usuários iOS precisam baixar um aplicativo de controle específico

Mike Verdu, o vice-presidente de jogos da Netflix, descreveu essa etapa como um “teste beta”, inicialmente disponível para um “pequeno número de membros”, indicando que nem todos os assinantes nessas regiões terão acesso imediato. Apesar de  modesta, essa iniciativa pode ser um marco nas ambições da Netflix no mundo dos jogos.

Vale notar que empresa introduziu inicialmente jogos para dispositivos móveis como um benefício adicional para seus assinantes em novembro de 2021. Ao expandir para a transmissão de jogos em TVs, a plataforma possibilita que seus assinantes desfrutem dos jogos em uma gama ainda maior de plataformas. Além disso, essa mudança também abre a porta para a competição por tempo de jogo em TVs e PCs.

Foto: Night School Studio

Rapper Afirma que “Ouvintes Mensais” no Spotify são ‘Enganosos’

O rapper Russ recentemente expressou suas preocupações sobre a estatística de “ouvintes mensais” do Spotify, referindo-se a ela como uma “farsa”. Durante uma entrevista recente o rapper perguntou diretamente ao Spotify sobre a métrica de ouvintes mensais, que não reflete verdadeiramente o engajamento ativo.

Conforme relatou o Rap+, Russ apontou que dos seus 14 milhões de ouvintes mensais, apenas 10 milhões são ouvintes ativos engajados. Ele enfatizou que os outros quatro milhões de ouvintes podem ter encontrado suas músicas por acaso, em playlists ou outros recursos da plataforma.

No Twitter, o rapper declarou: “Conversei com o Spotify e finalmente entendi o que diabos significa ‘ouvintes mensais’.” E continuou: “Salve para todos os meus ‘ouvintes super’. Em média, os ouvintes super representam 2% dos ouvintes mensais de um artista. Vocês representam 9% dos meus.”

Em outra postagem, Russ explicou: “Tenho 10 milhões de pessoas na minha audiência ativa, de um total de 14 milhões de ouvintes mensais. Essas são pessoas dedicadas a ouvir minha música. O resto são pessoas que ouviram em uma playlist ou no rádio do Spotify, etc. Eles não estavam procurando ativamente me ouvir. É por isso que digo que o número de ouvintes mensais é uma fachada. Tenho curiosidade sobre qual é o número real de audiência ativa para outros artistas que têm muitas músicas em playlists, etc.”

Durante a entrevista, Russ também revelou que fica acordado até tarde para enviar mensagens para fãs em fusos horários diferentes, expressando sua gratidão pelo apoio: “Acho que isso reflete minha conexão com meus fãs”.

FOTO: RAIA MARIA-LAURA

TikTok expande acordo com Warner Music Group e promete ‘modelos econômicos alternativos’

O TikTok acaba de garantir uma renovação de seu acordo de licenciamento com o Warner Music Group (WMG). O anúncio foi feito em uma declaração conjunta pelas duas empresas, descrevendo a parceria como “inédita e abrangente”, representando uma expansão do acordo anterior.

Sob o novo acordo, o MusicAlly explicou que as divisões de música e edição da Warner Music irão licenciar seus catálogos para o TikTok e também para o serviço recém-lançado TikTok Music. Além disso, o acordo se estende ao aplicativo de edição de vídeo CapCut, desenvolvido pela ByteDance, empresa proprietária do TikTok, e à Biblioteca de música comercial (CML) da marca TikTok.

Uma das características interessantes deste acordo é o foco na Biblioteca de música comercial (CML). O TikTok busca resolver questões de licenciamento que têm causado atritos entre marcas e gravadoras, permitindo que as empresas acessem faixas legais e licenciadas para uso em seus vídeos. Até agora, a CML tem sido composta principalmente por músicas de artistas independentes, e a inclusão do vasto catálogo da WMG representa um significativo acréscimo ao acervo disponível.

Outra parte que merece destaque neste novo acordo é a promessa de desenvolvimento conjunto de “modelos econômicos adicionais e alternativos”. Essa abordagem parece alinhar-se com a estratégia do Universal Music Group (UMG), que tem se manifestado sobre sua busca por novos modelos econômicos em parceria com serviços de streaming. Parece que a WMG compartilha da mesma ambição ao se associar com o TikTok.

 

Foto:  Alexander Shatov no Unsplash

Música em inglês está perdendo popularidade nos serviços de streaming nos EUA e no mundo, revela relatório da Luminate

Em uma nova análise sobre o mercado musical, a Luminate revelou que a música em inglês está enfrentando uma queda estatística em sua popularidade nos serviços de streaming de música nos Estados Unidos e em todo o mundo.

De acordo com o  Music Business Worldwide, o relatório da Luminate constata que a participação da música em inglês nas 10.000 faixas totais sob demanda (áudio e vídeo) nos EUA diminuiu em 4,2% desde 2021, enquanto a participação da música em espanhol cresceu 3,6% no mesmo período.

Nos Estados Unidos, a música com seu idioma  ainda domina o mercado de streaming, representando 88,3% das 10.000 faixas sob demanda (áudio e vídeo) no primeiro semestre deste ano. No entanto, a música em espanhol ganhou mais espaço, atingindo uma participação de 7,9% na mesma métrica.

Globalmente, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas sob demanda em serviços de streaming diminuiu 62,1% em 2022 para 56,4% no primeiro semestre de 2023.

Essa tendência de queda na popularidade do idioma nos serviços de streaming não se limita apenas aos Estados Unidos, mas também pode ser observada em outros países. Por exemplo, em Portugal, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas principais caiu para 55,9% no ano fiscal de 2022 e continuou a diminuir no primeiro semestre deste ano, atingindo 51,6%. A Luminate também identificou a mesma tendência em outros países, como Portugal, Indonésia, Colômbia e Suíça.

 

Foto: reprodução

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