Spotify realiza demissões significativas em equipe de podcasts para ajustar estratégia de áudio digital

Em uma decisão surpreendente, o grupo sueco Spotify, líder global em streaming de áudio, anunciou nesta segunda-feira (5) a demissão de 200 funcionários que desempenhavam funções relacionadas aos podcasts. Essa medida ocorre em menos de seis meses após um corte inicial de 600 empregos, demonstrando uma nova fase na estratégia da empresa.

De acordo com a Folha de S. Paulo, por meio de um comunicado oficial, a plataforma de streaming esclareceu que a demissão faz parte de uma reestruturação em andamento na “estratégia podcast”, após ter realizado grandes investimentos nesse segmento nos últimos anos. O Spotify, que historicamente lidera o mercado de streaming de música, apostou milhões de dólares no serviço de podcast, buscando se consolidar como a principal plataforma mundial.

No entanto, embora a plataforma tenha obtido sucesso em conquistar uma ampla base de usuários e tenha registrado um aumento de 22% no número de usuários ativos no primeiro trimestre, a rentabilidade do setor de podcasts ainda não foi comprovada, conforme observam analistas do mercado.

Apesar das demissões, o mercado reagiu de forma positiva à notícia. Por volta das 14h30 GMT em Wall Street (11h30 no horário de Brasília), as ações do Spotify apresentaram uma alta de 2,70%, chegando a US$ 115,83 (R$ 570).

Foto: Dado Ruvic/Reuters

Impacto da Inteligência Artificial na Indústria Musical e Direitos Autorais: Desafios e Transformações

(#VALEALEITURA) Especialistas estão comparando o impacto da inteligência artificial (IA) na indústria musical ao do site de compartilhamento Napster nos anos 2000. É o que diz um recente artigo publicado pelo Financial Times (via Folha de São Paulo)

Para o portal, o uso da IA para criar música está causando preocupação no setor, tornando a produção musical ainda mais acessível e permitindo a fácil adição de músicas ao Spotify.

Um exemplo recente é o DJ francês David Guetta, que usou IA para gerar letras e recriar a voz do rapper Eminem, surpreendendo o público durante uma apresentação. Essa facilidade em criar músicas levanta questões sobre direitos autorais, já que músicas geradas por IA podem ser semelhantes às de artistas famosos, levando à necessidade de divisão de royalties e licenciamento.

Outra preocupação é a diminuição da participação de mercado das grandes gravadoras nas plataformas de streaming. Músicas de artistas independentes e produções de IA estão ganhando espaço. As gravadoras estão preocupadas com a redução de seus royalties e com a mudança na forma como a música é consumida.

Essas transformações também afetam o futuro do Spotify, que está se tornando uma plataforma que combina conteúdo profissional e gerado pelo usuário. Alguns especialistas sugerem que músicas geradas por usuários sejam direcionadas para uma plataforma separada, enquanto a música profissional permaneça nos serviços premium.

O setor musical enfrenta desafios significativos com a expansão da IA na produção musical. É necessário resolver questões de direitos autorais e repensar o modelo econômico do streaming para lidar com a diversidade de conteúdo gerado por IA. O futuro da indústria musical certamente será moldado por essas mudanças, com mais transformações ainda por vir.

Foto: AFP_O Dj David Guetta

Spotify remove milhares de músicas criadas por IA por suspeitas de fraude

O Spotify removeu milhares de músicas geradas pela startup de inteligência artificial Boomy, depois que a Universal Music sinalizou as músicas como atividades suspeitas de streaming.

De acordo com o mashable.com, uma relatório emitido pelo Financial Times indicou que as músicas foram retiradas da plataforma por suspeita de uso de bots para inflar streams, uma prática conhecida como ‘streaming artificial’.

Embora a ansiedade da IA na indústria da música tenha aumentado principalmente por questões de direitos autorais, essas remoções não estavam diretamente relacionadas aos métodos usados para gerar as músicas, mas sim como elas obtiveram suas contagens de streaming.

O Boomy é uma plataforma criada há dois anos e permite que os usuários produzam música gerada por IA conforme seus comandos. Em seu site oficial, a plataforma indica que 14,5 milhões de músicas já foram criadas usando sua tecnologia, o que representa quase 14% da música gravada no mundo. Entretanto, o Spotify supostamente removeu apenas 7% das faixas criadas pelo Boomy.

Vale notar que a remoção ocorreu um mês depois que a Universal pediu que os serviços de streaming reprimissem a música gerada por IA devido a questões de direitos autorais.

Foto: Getty Images / NurPhoto / Contributor

Hit de Miley Cyrus, “Flowers”, faz história no Spotify ao alcançar 1 bilhão de streams em tempo recorde

O hit de Miley Cyrus, “Flowers”, fez história no Spotify durante a última sexta-feira (5), atingindo um bilhão de streams em tempo recorde. Lançada em 12 de janeiro deste ano, a música alcançou essa impressionante marca em apenas 112 dias, tornando-se a música mais rápida a chegar ao Billions Club na história da plataforma de streaming.

Conforme o próprio Spotify, esta é a segunda vez que uma música de Miley Cyrus alcança essa marca, a primeira foi com “Party In The U.S.A.” A cantora agora se junta a um grupo seleto de artistas que já conseguiram tal feito, como Rihanna com “Diamonds”, Doja Cat com “Need to Know” e Bruno Mars com “Talking to the Moon”.

Além de ser a música mais rápida a alcançar um bilhão de streams, “Flowers” também detém o recorde de música mais tocada em uma única semana.

Com sua melodia envolvente e letra poderosa, é fácil entender por que a música conquistou tantos ouvintes em tão pouco tempo.

 

Foto: Reprodução YouTube

 

 

CERCA DE 38 MILHÕES DE FAIXAS EM SERVIÇOS DE STREAMING NÃO FORAM TOCADAS NENHUMA VEZ EM 2022

Erramos! Recentemente publicamos em nosso blog uma notícia que gerou bastante repercussão no Twitter, sobre uma possível cobrança pelo Spotify por hospedagem de músicas não ouvidas na plataforma.

Erramos ao afirmar que Rob Jonas, CEO da Luminate – uma empresa voltada para monitoramento do mercado do entretenimento – havia dito que o Spotify PODERIA passar a fazer a cobrança por hospedagem de músicas. Mas tudo, na verdade foi uma hipótese gerada pelo portal Music business Worldwide (MBW) a partir de uma análise. Lamentamos muito o ocorrido, e como sempre tentamos ao máximo ser transparentes em nossos conteúdos, decidimos reescrever a notícia com mais detalhes.

De acordo com o MBW, o painel de Jonas durante o SXSW se mostrou muito relevante, pois nele, o executivo apresentou dados que comprovam que nem tudo o que está nas plataformas de streaming é ouvido:

– Existem 67,1 milhões de faixas de áudio em serviços de streaming de música hoje que, no ano civil de 2022, atraíram 10 ou menos streams cada, globalmente.

– Esse número de 67,1 milhões representa pouco menos da metade (42%) de todo o catálogo de faixas disponíveis em serviços de streaming de música em todo o mundo (com base em ISRCs).

– Quase um quarto (24%) das 158 milhões de faixas de áudio em serviços de streaming de música monitorados pelo Luminate em 2022 atraíram ZERO reproduções naquele ano, ou seja cerca de 38 milhões de músicas.

Para o portal, essa quantidade de ‘conteúdo’ não ouvido e armazenado está gerando um custo gigante para o Spotify. O MBW estima que a plataforma gaste em torno de nove dígitos com os serviços de hospedagem em nuvem do Google, e esses altos custos estão desagradando os investidores.  Ele sugere que uma boa saída para aumentar as margens de lucro seria fazer como o Twitter, e começar a cobrar por serviços essenciais. No caso, por esse armazenamento de músicas.

Se isso acontecesse, artistas que não possuem visibilidade seriam os mais afetados, por não terem condições de manter suas músicas no streaming. Mas podem ficar tranquilos, isso não vai acontecer, pelo menos por agora. Isto porque, o portal explicou que o modelo de negócios do Spotify é diferente do Twitter e que sua relação monetária só pode ocorrer através de intermediários como distribuidoras e gravadoras.

O texto ainda ressaltou que os artistas independentes são responsáveis por gerar a maioria das novas músicas enviadas para o vasto catálogo dos serviços de streaming e que, mesmo que o Spotify quisesse oferecer esse serviço de distribuição e cobrar os artistas, ele já tentou em 2019, mas o serviço foi encerrado por conta da pressão das principais gravadoras.

 

Foto: Spotify_Guetty Images

SPOTIFY ANUNCIA QUE VAI DIMINUIR EM 6% SUA FORÇA DE TRABALHO

O Spotify anunciou nesta segunda-feira que vai demitir 6% de sua força de trabalho, ou cerca de 600 funcionários. A empresa espera que despesas relacionadas às demissões incorram de 25 a 45 milhões de euros.

De acordo com o G1, além das demissões, o vice-presidente de conteúdo e publicidade, Dawn Ostroff, revelou que está deixando a empresa como parte da reorganização.

Desta forma, o Spotify segue como mais uma Big Tech que está sendo impactada pela alta taxa de juros para conter a inflação dos Estados Unidos. Mesmo sendo a empresa com maior participação de mercado entre as plataformas de streaming, o Spotify já estava reduzindo suas contratações. Além disso, as ações da empresa acumularam queda de mais de 50% em 2022.

No início de janeiro, empresas do setor tecnológico como Alphabet e Microsoft também anunciaram a demissão de milhares de colaboradores pelo mundo. Especialistas estimam que 200 mil pessoas foram demitidas pelas Big Techs nos últimos três meses.

Foto: Christian Hartmann/Reuters

SPOTIFY MANTÉM LIDERANÇA EM MARKET SHARE DOS SERVIÇOS DE STREAMING

Os serviços de streaming contam com 616 milhões de assinantes pagos. É o que disse o mais recente relatório divulgado pela Mídia Research, um dos mais importantes do mundo.

Conforme análise publicada pelo Music Business Wordwilde, os principais serviços de streaming adicionaram 92,3 milhões de assinantes pagos globalmente, um aumento de 17,6%.

Apesar do número bastante expressivo, houve uma pequena queda em comparação ao mesmo período no ano anterior, que contava com +109,5 milhões de assinantes. Além disso, especialistas já apontavam uma desaceleração do mercado de streaming devido a várias questões macroeconômicas.

A Tecent Music foi o grande destaque ao ultrapassar a Amazon Music, e se tornar o terceiro maior serviço de streaming globalmente. É claro, que o Spotify continua na liderança em participação de mercado.

Com 187,8 milhões de assinantes globais, o Spotify é o maior serviço de streaming atualmente, porém sua participação de mercado caiu. A Midia disse que a participação global do serviço no segundo trimestre de 2022 ficou em 30,5%, uma queda de quase 3%, em comparação a 2018.

O principal rival do Spotify continua sendo a Apple Music. Com sua segunda posição no ranking, o DSP registrou uma participação de mercado de 13,8%.

Como mencionando acima a Tecent Music ficou em terceiro lugar, com uma participação de 13,4%, totalizando 82,7 milhões de assinantes. A quarta posição foi ocupada pela Amazon, com seus 82,2 milhões de assinantes, enquanto o YouTube Music ficou como quinto maior DSP, com 55,1 milhões de assinantes.

 

Para o especialista em análise de mídia e tecnologia, Mark Mulligan, os mercados ocidentais estão mais maduros, e para o futuro a expectativa é de desaceleração:

“O mercado global de assinantes de música está se aproximando de um ponto crucial, com a desaceleração nos mercados ocidentais maduros contrastando com um crescimento mais dinâmico em outras regiões” […] “É realista supor que a recessão global e o amadurecimento orgânico do mercado global de assinantes resultarão em alguma desaceleração do crescimento em 2023, mesmo que o setor permaneça resiliente”.

SPOTIFY ADQUIRE JOGO DE DESCOBERTAS MUSICAIS HEARDLE

Vem novidade por aí para os usuários do Spotify. Isto porque nesta terça-feira (12) o serviço de streaming anunciou que adquiriu o jogo virtual Heardle.

O Heardle já é um jogo online popularmente conhecido por ser inspirado em outro jogo, o Wordle, uma espécie de caça palavras. Enquanto os jogadores de Wordle possuem o desafio de adivinhar palavras escolhendo letras, os jogadores de Heardle têm a tarefa de adivinhar uma música com base em suas notas de abertura.

Os gamers recebem seis palpites, com cada dica dando mais alguns segundos de música para informar sua próxima resposta. Na última tentativa, eles têm a chance de descobrir a música em sua totalidade.

Apesar do streaming não ter revelado o valor da aquisição, algumas novidades foram anunciadas. Uma delas é que a música descoberta no jogo poderá ser ouvida direto no Spotify. Além disso, o streaming também planeja integrar o Heardle e “outras experiências interativas” de forma mais completa em sua plataforma de música.

O streaming prometeu que a aparência do jogo permanecerá a mesma, e pretende liberar o uso para outros países além dos EUA, Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Jeremy Erlich, diretor global de música do Spotify, disse: “Estamos sempre procurando maneiras inovadoras e divertidas de aprimorar a descoberta de música e ajudar os artistas a alcançar novos fãs”.

Spotify está desenvolvendo recursos com IA para que usuários criem suas próprias músicas

O Spotify está desenvolvendo em sua sede, em Paris, uma ferramenta com Inteligência Artificial para possibilitar que seus usuários ajustem o ritmo ou a melodia de uma música.

Parece estranho, mas é isso o que contou a Forbes em um artigo recente sobre música e Direito Autoral. De acordo com o artigo, a ideia é que no futuro os usuários do serviço de streaming possam, por exemplo, pegar a harmonia de uma música do Justin Bieber ou Drake e combiná-la com a melodia e o ritmo de Schubert ou Bach:

“Você poderá experimentar todos os tipos de combinações”, disse François Pachet, diretor de pesquisa e desenvolvimento de IA do Spotify.

Apesar do recurso não ter sido anunciado oficialmente, a Forbes informou que a ferramenta está sendo chamada de ‘Flow Machine’, e seu desenvolvimento tem parceria do compositor e produtor Benoit Carre.

O Spotify espera que com a ajuda do ‘Flow Machine’, os usuários possam se envolver mais com a plataforma e criar música de uma forma bem prática:

“É como a história da mistura de bolo instantânea”, disse Pachet referindo-se a uma empresa de alimentos na década de 1950 que viu suas vendas aumentarem, após remover o ovo seco de sua mistura para bolo.  Os clientes – geralmente donas de casa na época – teriam que adicionar um ovo fresco, e “foi [por conta] desse pouco de esforço”, explicou Pachet, que finalmente todas as donas de casa puderam dizer que fizeram seus próprios bolos, “e isso fez toda a diferença”.

Assim como hoje alguém que não sabe cozinhar pode fazer um bolo perfeito usando uma mistura de massa pronta, logo um usuário do Spotify que não sabe onde fica um “dó” em um teclado, poderá fazer uma música perfeita, com a ajuda de IA.

Resta saber como a questão das licenças serão resolvidas, bem como os Direitos Autorais dessas misturas musicais criadas com a ajuda de IA.

 

Foto:GETTY IMAGES

 

 

CERCA DE 20% DOS USUÁRIOS GLOBAIS DO SPOTIFY OUVEM ED SHEERAN

Um site especializado no mercado musical começou a levantar alguns dados interessantes sobre a audiência no Spotify. O levantamento feito pelo MusicBusinessWorldwide.com descobriu que atualmente Ed Sheeran e Justin Bieber sãos os mais ouvidos na plataforma atualmente.

Com pouco mais de 84 milhões de ouvintes mensais, Ed Sheeran está a frente do ranking de artistas mais ouvidos no mundo. Enquanto Justin Bieber ocupa a segunda posição com 79,66 milhões de ouvintes.

Para se ter uma ideia, o Spotify anunciou no final de março de 2022 que possui 422 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo, então isso significa que cerca de 20% de seus usuários escutam Ed Sheeran mensalmente. Vale notar ainda que o último álbum de estúdio do artista foi lançado em outubro de 2021, o que mostra a potência de Sheeran no mercado.

Completando o ranking dos artistas mais ouvidos na plataforma, The Weeknd aparece na terceira posição com 76,59 milhões de ouvintes mensais. Um fato interessante é que quatro dos principais artistas mais ouvidos no Spotify globalmente (Sheeran, Dua Lipa, Harry Styles e Coldplay) são britânicos; os outros dois (Justin Bieber e The Weeknd) são canadenses.

 

Foto: Warner Music – divulgação

 

 

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