Consulta pública da Lei de Direitos Autorais no Brasil é prorrogada

A consulta pública sobre a reforma da Lei de Direitos Autorais (LDA) foi prorrogada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania até o dia 15 de setembro.

Segundo o portal da Secretaria, a Lei n° 9.610, de 1998 completou 20 anos, mas sofreu apenas uma alteração relacionada à gestão coletiva de direitos autorais. Em um mundo onde cada vez mais pessoas estão consumindo os serviços de streaming, compartilhando conteúdo nas redes sociais e o advento da realidade virtual, já passou da hora da lei ser atualizada.

“Com a rápida evolução tecnológica dos dias atuais, em que diariamente surgem novas plataformas e modelos de negócios que fazem uso de obras e conteúdos protegidos por direitos autorais, é necessário garantir que o sistema de direitos autorais esteja funcionando corretamente, de modo a assegurar um cenário econômico, social, cultural e jurídico propício não apenas para criadores e empreendedores, mas também para a sociedade em geral”, informou o portal.

Vale lembrar que recentemente a União Europeia aprovou a Nova Diretiva sobre Direitos Autorais.  Outros países como Canadá e Estados Unidos também têm discutido reformas sobre o tema para se adequar ao novo mundo tecnológico.

“Hoje ficou tão comum baixar uma música, um vídeo, que as pessoas não sabem que estão violando o direito autoral, cometendo um crime. Então, ao participarem da consulta pública, elas vão perceber o que é o direito autoral, o limite, até onde elas podem ir”, explicou ao portal Maurício Braga, secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual do Ministério da Cidadania. “Essa conscientização é importante para que as pessoas percebam que têm direitos, mas precisam entender, também, quais são os seus deveres”, continuou.

Para contribuir com a reforma da Lei de Direitos Autorais bastar baixar o formulário disponível no link.

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Justiça penhora direitos autorais de Belo e intima Apple

O cantor Belo terá seus direitos autorais penhorados pela Justiça por ter saído de seu antigo grupo de pagode, Soweto, sem pagar indenização ao empresário e ex-jogador de futebol Denilson.

Segundo o Uol Esporte, o Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou a penhora dos direitos autorais do cantor, após favorecer o ex-jogador Denilson, empresário do grupo na época. A dívida de Belo no processo é de R$ 4,7 milhões.

A Justiça quer ainda esclarecer sobre o recolhimento de direitos vindos de plataformas de músicas. Para isto, o Tribunal intimou a Apple a “fornecer os dados das receitas provenientes da distribuição (streaming) e execução das músicas do cantor nas mídias ligadas à empresa”, informou o portal.

A Apple informou à Justiça que não possui controle sobre como é realizada a distribuição de pagamentos ao artista e que a solicitação deve ser realizada para as empresas que recebem os valores repassados (editoras, gravadoras agregadores e associações de gestão coletiva).

Apesar da justificativa da Apple, o Tribunal manteve o pedido e determinou o pagamento integral para uma conta judicial: “Fazendo-se constar que a resposta à determinação judicial de fls. 2217 dos autos não exime a Apple de cumprir o quanto constante do ofício já expedido, portanto, os valores que seriam destinados às distribuidoras, referente ao executado Marcelo Pires Vieira (Belo) por si ou como representante das empresas as quais é sócio, deverão ser integralmente depositados em conta judicial”, comunicou o juiz Carlo Mazza Melfi.

O processo já está em fase de execução e Belo não poderá mais entrar com recursos. Não foram encontrados bens em nome do cantor e por isso, a Justiça determinou o bloqueio de cachês de seus shows. Entretanto, os valores não foram o suficientes para cobrir a dívida.

O advogado de Denilson, Marco Roberto Barreto, aguarda um posicionamento da Apple sobre o destino das receitas das músicas de Belo.

Foto: Uol/Reprodução/Instagram