Receitas de artistas brasileiros no Spotify quadruplicam desde 2018, atingindo R$1,2 bilhão em 2023

As receitas geradas por artistas brasileiros no Spotify mais que quadruplicaram desde 2018, alcançando um valor impressionante de R$1,2 bilhão em 2023. De acordo com Roberta Pate, líder de negócios do Spotify Brasil, o país experimentou um crescimento acima do esperado, com um aumento de 27% nas receitas em comparação com o ano anterior.

De acordo com o Uol , esse crescimento foi impulsionado pelo retorno das atividades musicais sem restrições causadas pela pandemia, resultando em um ano próspero para toda a indústria musical. Em 2023, o Spotify pagou US$ 9 bilhões à indústria musical globalmente, sendo que mais de 70% das receitas geradas por artistas brasileiros foram para artistas ou gravadoras independentes.

O aumento nas reproduções das músicas de artistas brasileiros na plataforma contribuiu para um ciclo positivo, aumentando a qualidade das entregas musicais e proporcionando mais recursos para novas produções. O Spotify repassa cerca de dois terços de sua receita para os detentores de direitos, sendo que 70% desse valor vai para artistas independentes.

Apesar dos resultados positivos em 2023, o Spotify enfrentou desafios em 2024, com demissões de colaboradores impactando suas operações. O CEO Daniel Ek destacou que a empresa não alcançou suas metas de lucratividade e crescimento de usuários ativos, apesar de registrar um lucro líquido de 197 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024. O número de usuários cresceu 19% em comparação anual, mas ficou abaixo das projeções dos analistas.

Em meio a esses desafios, o Spotify continua sendo uma plataforma vital para artistas brasileiros, proporcionando oportunidades de alcance global e contribuindo significativamente para o panorama musical do país.

 

Foto: Guetty Images

TikTok e DistroKid Estendem Parceria Global para Impulsionar Artistas Independentes

TikTok e DistroKid anunciaram um novo acordo global com o objetivo de abrir “novas oportunidades de receita para artistas independentes”. Segundo a declaração conjunta, essa colaboração visa permitir que artistas independentes promovam suas músicas, construam seus públicos e alcancem milhões de criadores de vídeo e ouvintes na plataforma.

De acordo com o Music Business Worldwide, a DistroKid, que se autodenomina o maior distribuidor global de música independente, distribui uma impressionante parcela de “30-40% de toda a música do mundo”. Desde 2019, a parceria entre as duas empresas permitiu que artistas independentes enviassem suas músicas para a plataforma, tornando-as acessíveis aos usuários.

Além disso, as músicas de artistas do DistroKid também foram incorporadas à Biblioteca Comercial de Música do TikTok, que disponibiliza músicas para marcas utilizarem em seus anúncios. Em maio, o TikTok expandiu seus acordos de distribuição global para aprimorar sua Biblioteca de Música Comercial, incluindo parceiros como Believe, Vydia e outros.

Agora, o acordo mais recente estende a parceria para incluir o CapCut e o TikTok Music, o novo serviço de streaming de música premium da plataforma, atualmente disponível em cinco países, incluindo o Brasil. Ambas as empresas planejam continuar explorando oportunidades para criar valor para os criadores independentes.

Philip Kaplan, fundador e CEO da DistroKid, comentou: “O TikTok é uma das plataformas de descoberta de música mais poderosas do mundo. A expansão desta parceria torna mais fácil para milhões de músicos disponibilizarem suas músicas em diversos lugares, enquanto o novo serviço de streaming de música do TikTok expande seu alcance à medida que se torna disponível em mais países.”

 

 

foto: reprodução

Spotify gerou R$1 bilhão de receita a artistas brasileiros em 2022

De acordo com dados revelados no mais recente relatório Loud & Clear, o Spotify gerou uma receita de quase R$1 bilhão para artistas brasileiros ao longo do ano de 2022. Essa marca representa um crescimento de 27% em relação ao ano anterior, superando em quase o dobro o aumento geral da indústria musical no país.

Conforme análise da Exame, o que se destaca nesse avanço é a participação fundamental dos artistas independentes nesse sucesso. Com seu papel cada vez mais relevante, esses artistas têm contribuído significativamente para a elevação dos ganhos na plataforma. No intervalo de cinco anos, o montante gerado por artistas brasileiros no Spotify cresceu cinco vezes.

A executiva Carolina Alzuguir, Head de parcerias com artistas, gravadoras, selos e distribuidoras no Spotify Brasil, comentou que essa ascensão nos ganhos é resultado de uma combinação de fatores. O aumento da dimensão da plataforma, o número crescente de usuários pagantes e anunciantes têm sido peças-chave nesse sucesso. Além disso, a empresa está investindo na expansão das fontes de receita para músicos, incluindo a venda de mercadorias e a promoção de shows.

Uma tendência interessante também apontada pelo relatório é o foco do Spotify em estreitar laços com artistas independentes. O número de artistas recebendo royalties anuais na faixa entre R$ 50 mil e R$ 500 mil quadruplicou desde 2017. O acesso a dados detalhados sobre o consumo de música tem proporcionado a esses artistas uma compreensão mais profunda do comportamento de seu público, auxiliando em decisões estratégicas como a montagem de setlists para shows.

Carolina Alzuguir reforça que esse avanço não apenas beneficia os músicos, mas também influencia todo o mercado musical. Contratantes de shows, programas de TV e até os fãs se beneficiam do acesso a esses dados, tornando a relação entre os artistas e seu público mais dinâmica e interativa.

Além dos dados internos, o Loud & Clear utiliza informações da International Federation of the Phonographic Industry para avaliar o impacto econômico da plataforma.

 

Foto: Daniel Ek: CEO do Spotify (Ilya S. Savenok/Getty Images)

O estudo revela que músicos independentes estão envolvidos, mas também cientes das preocupações em relação à IA na Indústria musical

Em uma pesquisa recente conduzida pela TuneCore, plataforma de distribuição digital de música, foi constatado que a Inteligência Artificial (IA) está ganhando a atenção dos músicos independentes, com uma percepção positiva sobre os benefícios, mas também gerando medos e preocupações.

De acordo com o MusicAlly, a pesquisa feita com 1.558 artistas independentes descobriu que aproximadamente 50% dos músicos independentes estão “conscientes e engajados em IA”, enxergando os avanços tecnológicos como uma oportunidade para aprimorar sua música e alcance de público.

Entretanto, 39% dos artistas mostraram-se “desconhecidos e apáticos em relação à IA”, preocupados com os impactos da tecnologia em suas carreiras. As principais preocupações relatadas incluem o temor de serem substituídos por IA na criação musical, possíveis casos de plágio envolvendo algoritmos e a correta atribuição de entradas criativas durante o processo de geração musical.

Uma parcela significativa, 35% dos entrevistados, demonstrou interesse em utilizar IA generativa em seu processo criativo, especialmente para fins de marketing e promoção. A possibilidade de otimizar campanhas publicitárias e atrair novos fãs por meio da IA tem despertado o interesse desses músicos.

O estudo revelou também que metade dos músicos entrevistados, ou seja, 50%, estão dispostos a oferecer suas músicas para treinar IAs, mas sob certas condições.

Para o portal, essa pesquisa mostra que a indústria da música está em um momento de transição, com músicos adotando uma atitude matizada em relação à IA. Eles reconhecem as oportunidades e vantagens oferecidas pela tecnologia, mas também são cautelosos em relação aos desafios e dilemas éticos associados ao uso da IA no campo musical.

 

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Mercado de streaming atinge 20 milhões de assinantes no Brasil, aponta estudo da ABMI

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) revelou que o número de assinantes de streaming de áudio no país superou a marca dos 20 milhões em 2022.

De acordo a análise feita pela UBC, o estudo apresentado previamente durante o Rio2C, em abril, revelou dados exclusivos obtidos por um serviço de monitoramento digital internacional. O relatório aponta para uma perspectiva de expansão contínua nos próximos anos, indicando o poder crescente dos serviços de streaming como uma forma popular de consumir música no Brasil.

Entre as plataformas de streaming, o Spotify continua liderando o mercado, ampliando sua participação no último ano. A gigante sueca alcançou quase 70% de participação, enquanto o Deezer e o YouTube Music registraram pequenas quedas percentuais nos últimos dois anos. Por outro lado, a Apple Music e a Amazon Music se mantêm estáveis em suas fatias de mercado.

No entanto, um dado preocupante revelado pela ABMI é a queda na participação da música independente no mercado, especialmente em 2021. Segundo a associação, a aquisição da Som Livre pela Sony teve um impacto significativo nesse resultado, pois as compras agressivas de catálogos acabam prejudicando o desempenho orgânico dos artistas independentes.

Carlos Mills, presidente da ABMI, destacou a importância da preservação do ecossistema independente da música. Ele ressaltou que os independentes são responsáveis pelo desenvolvimento de novos talentos e pela manutenção da diversidade musical, e, portanto, pediu a implementação de políticas públicas que impeçam a concentração excessiva no mercado musical.

 

Foto: reprodução_ABMI

MASTERCARD CRIA PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DE ARTISTAS VOLTADO PARA A WEB 3.0

Na última sexta-feira a Mastercard anunciou um novo programa de aceleração de artistas emergentes para impulsionar suas carreiras na Web3.0.

Conforme noticiado pelo TheDrum.com, a Mastercard anunciou o programa Mastercard Artist Accelerator, que vai ajudar cinco artistas emergentes a alavancar suas carreiras através de tecnologias e experiências da Web3.0 , como o blockchain.

“A música é uma paixão global e conectar as pessoas às suas paixões tem sido nossa missão há anos, então escolher investir neste programa foi uma maneira natural de avançarmos neste objetivo”, diz Raja Rajamannar, diretor de marketing e comunicações da Mastercard.

A iniciativa criada em parceria com a plataforma especializada em blockchain Polygon Studios, também gerou o lançamento de uma coleção de tokens não fungíveis (NFT), o “Mastercard Music Pass”. Com os NFTs, artistas emergentes que não foram selecionados no programa poderão aprender a como usar os recursos das novas tecnologias, como metaverso e NFTs, e criarem sua marca por meio de experiências e construção de uma comunidade de fãs.

“Vemos que o web3 é uma grande promessa para artistas e criadores criarem, possuírem e monetizarem seu conteúdo, mas apenas se souberem como aproveitá-lo. Veja os NFTs, por exemplo – uma chave para o potencial monetário desbloqueado. Se os artistas emergentes tiverem as habilidades e conhecimentos sobre como criar NFTs, eles serão capazes de sustentar sua carreira… sentimos que AR, NFTs e blockchain são tecnologias que continuarão a ganhar terreno – quando efetivamente executadas.”, complementou Rajamannar.

 

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ABMI LANÇA ‘PLAY DE OURO’ PARA CERTICAR ARTISTAS INDEPENDENTES COM GRANDES HITS EM PLATAFORMAS DE STREAMING

Artistas independentes de todo o país que possuem 20 milhões de plays em seus vídeos nas plataformas de streaming, já podem separar um espaço especial na sua parede para guardar a mais recente certificação ‘Play de Ouro’.

Conforme explicou a coluna de Lauro Jardim para O Globo, a ABMI  (Associação Brasileira da Música Independente) está lançando uma nova certificação baseada em performances musicais em plataformas digitais.

O Play de Ouro é uma atualização do antigo Disco de Ouro, uma certificação dada pelas vendas de discos físicos. Agora artistas independentes que alcançarem a marca de 20 mil downloads, ou 4 milhões de streams em plataformas de áudio, ou 20 milhões de views em vídeos devem receber a placa!

UNIVERSAL MUSIC ADQUIRE QUASE METADE DA PARTICIPAÇÃO DE GRANDE GRAVADORA INDEPENDENTE BRITÂNICA

Nesta quarta-feira, 30, a Universal Music anunciou a aquisição de quase metade da participação minoritária, da gravadora independente americana Pias Group.

De acordo com o Music Business Worldwide, o anúncio informou que a participação da Universal Music será de 49% na PIAS, e o controle majoritário da empresa continuará com seus fundadores Kenny Gates e Michel (foto). Além disso, a UMG não terá assentos no conselho da empresa.

Sir Lucian Grainge, presidente e CEO do Universal Music Group, disse que no passado havia grande competição entre gravadoras indie e majors, mas nos tempos atuais, o ecossistema da música precisa reconhecer as empresas que estão comprometidas com o desenvolvimento sustentável de carreiras artísticas, prezando qualidade ao invés de quantidade:

“Embora grande parte do passado tenha sido focada em ‘majors versus indies’, está claro que hoje, a divisão importante em nossa indústria é sobre aqueles comprometidos com o desenvolvimento do artista versus aqueles comprometidos com a quantidade em detrimento da qualidade”, disse o CEO.

Grainge reconheceu ainda a importância do trabalho da Pias para o mercado musical: “Compartilhamos a paixão de Kenny e Michel por desenvolver artistas e movimentar a cultura, e reconhecemos que um ecossistema musical saudável precisa de empresas como [PIAS], que estão comprometidas em amplificar as melhores vozes da música independente”, concluiu.

Vale notar que a Universal Music estava impedida por 10 anos de fazer qualquer investimento em ativos na Europa ou assinar com artistas, por conta da aquisição da EMI. O investimento de hoje marca o término da restrição.

 

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TUM FESTIVAL ABRE INSCRIÇÕES PARA RODADA DE NEGÓCIOS DO MERCADO MUSICAL

[OPORTUNIDADE] Estão abertas as inscrições para a rodada de negócios do TUM Festival, um projeto catarinense que reúne conferência de música, negócios, economia criativa e sustentabilidade.

Esta é uma grande oportunidade para que artistas possam apresentar seus trabalhos para os principais nomes do mercado musical. Para a rodada de negócios serão selecionados 21 empreendedores musicais de todo o país, que irão se apresentar para 20 profissionais representantes de festivais, casas de shows, produtoras, feiras e fundações de músicas. Esses profissionais vão discutir oportunidades, projetos e fechar negócios como turnês, agendas para shows e convites para festivais.

Fique atento: artistas e bandas interessados em participar da rodada de negócios devem ter 70% de presença na programação e capacitações da Conferência TUM, podendo ser um representante por artista ou banda, informou a organização ao nsctotal.com.br.

Além disso, artista ou banda que tiver 100% de presença concorrerá a uma bolsa de estudos integral da próxima edição do Curso de Música e-Negócios da PUC/RJ.

A 5ª edição do TUM Festival  acontece entre os dias 10 a 15 de novembro em Florianópolis, com shows confirmados da banda Patu Fu, João Bosco, Mart’nália junto com a Camerata Florianópolis, da cantora francesa Camille Bertaut, do músico britânico Zalon Thompson.

Foto: reprodução/instagram

MÚSICOS E INTÉRPRETES PASSARÃO A RECEBER DIREITOS CONEXOS NA FRANÇA

Nesta semana sindicatos e entidades ligadas à música na França realizaram um acordo, junto aos produtores fonográficos, para que intérpretes e músicos também recebam direitos conexos em plataformas de streaming. As informações são da ubc.org.br.

De acordo com o portal da associação brasileira, os produtores fonográficos concordaram em ceder parte (até 11%) das receitas que recebem por execuções de músicas nas plataformas de streaming, para que músicos e intérpretes recebam os direitos conexos.

A mudança se mostra mais do que necessária, já que anteriormente, os profissionais recebiam receitas conforme o que era estabelecido em contratos individuais assinados diretamente com produtores/gravadoras/selos.

Além disso, o movimento pode influenciar para que o mesmo ocorra em outros países, como Brasil. É o que explicou Ana Zan Mosca, advogada paulistana especialista em direitos autorais, à UBC:

“É uma mudança completa de lógica. Uma decisão como essa abre as portas para acordos similares em outros países, como o nosso. As entidades que representam os músicos e intérpretes no Brasil agora têm um caso simbólico no qual se amparar para exigir o mesmo por aqui”.