Compositores se adaptam para agradar usuários do TikTok

Nesta terça-feira saiu uma matéria muito bacana no G1, sobre como o TikTok está começando a influenciar até no jeito de ser fazer música no Brasil.

Como uma plataforma que possibilita aos usuários criarem vídeos, é comum na plataforma ver vários conteúdos envolvendo música, desde dublagem até danças de músicas.

Basicamente, se a música tiver uma batida empolgante com um trecho bem grudento, combinado com coreografias, desafios e influenciadores, temos a fórmula de um “viral” no TikTok –  vídeo que se espalha pela plataforma facilmente.

Não faltam exemplos de vídeos virais que se tornaram grandes hits graças ao TikTok. Quem lembra do Hit do Carnaval, “Tudo ok”? A parceria de Thiaguinho MT, Mila e JS O Mão de Ouro redeu vários vídeos de dublagem de maquiagens com a música.

Nos EUA, o maior exemplo é do viral “Old town road”, sucesso do rapper americano Lil Nas X. O game “Red Dead Redemption II” foi a inspiração para o clipe que logo ganhou um desafio no app, onde jovens faziam dancinhas como caubóis ou cowgirls.

“Old town road” se tornou recordista em número de semanas seguidas em primeiro lugar no ranking de músicas mais tocadas no Estados Unidos, da revista “Billboard”.

Casos de sucesso como esses tem inspirado muitos compositores a criarem músicas pensando no TikTok. A estratégia ganhou ainda mais força neste momento da pandemia do coronavírus, onde a plataforma se tornou uma grande forma de entretenimento dos jovens.

“Com certeza essa onda acabou mexendo na forma de fazer música aqui no Brasil”, revelou MC Zaac ao portal. O MC está lançando um hit com todos os elementos para viralizar na plataforma, embora ele e seu produtor musical neguem isso. “Desce pro play” é uma colaboração entre o artista com Anitta e o rapper americano Tyga.

Para o produtor musical Pablo Bispo, autor de vários hits de grandes artistas como Anitta, Pabllo Vittar, Iza, e inclusive, a nova música de MC Zaac,  a estratégia pode dar certo, mas não deve algo “forçado”:

“As plataformas tem particularidades. No YouTube, por exemplo, o visual é importante. O TikTok é mais dinâmico porque convida as pessoas a entrarem na música”, explicou o produtor musical ao portal.

Ele completa que o TikTok “não tem que ser prioridade”, mas “fazer parte do planejamento” dos músicos.

Sua afirmativa faz todo o sentido, visto que manter uma carreira após um hit viral requer muito mais trabalho. Tanto que após o sucesso de “Old town road”, Lil Nas conseguiu emplacar apenas outras duas músicas no ranking da “Billboard” até julho do ano passado, que segundo o G1, não tiveram o mesmo desempenho de Old Town.

“Fazer uma música estourar é difícil, mas possível. Muito mais complicado é sustentar esse sucesso”, conclui Bispo.

 

Foto: Reprodução / Tik Tok

Governo Britânico anuncia pacote de US$2 bilhões para ajudar setor cultural durante a pandemia

Na noite de domingo (5), o governo do Reino Unido anunciou um pacote emergencial de 1,57 bilhão de libras (1,96 bilhão de dólares) para beneficiar o setor de artes, música e cultura na Grã-Bretanha.

O pacote inclui financiamentos destinados à resgatar museus, galerias, teatros, cinemas independentes, locais históricos e de música da Grã-Bretanha.

De acordo com o Music Business Worldwide, a decisão veio em resposta à várias campanhas como a #saveourlives do Music Venues Trust (MVT), que vem pedindo ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson e seu governo, garantias para que locais culturais que estão fechados por conta da pandemia possam sobreviver durante a crise.

Anteriormente, na quinta-feira (2 de julho), o movimento ganhou ainda mais força com o apoio de vários artistas como Sir Paul McCartney, Rolling Stones, Ed Sheeran, Dua Lipa e Liam Gallagher. Eles se juntaram a mais de 1.500 artistas para divulgar a petição #LetTheMusicPlay  e cobrar incentivos do governo para o mercado musical.

Conforme divulgado pelo The Guardian, o pacote emergencial de apoio à cultura no Reino Unido inclui:

– 1,15 bilhão de libras para organizações culturais na Inglaterra, consistindo em 270 milhões de libras em empréstimos e 880 milhões de libras em doações.

– 100 milhões de libras em apoio direcionado às instituições culturais nacionais da Inglaterra e ao patrimônio inglês.

– Investimentos de capital de £120 milhões para reiniciar a construção de infraestrutura cultural e para projetos de construção de patrimônio na Inglaterra que foram interrompidos por causa da pandemia.

Geoff Taylor, diretor executivo da BPI – British Phonographic Industry– entidade que representa a indústria fonográfica britânica disse: “Estamos muito satisfeitos que o governo tenha reconhecido a importância especial das artes e da criatividade – incluindo música – para a nossa vida nacional. Saudamos calorosamente a menção específica de nossos queridos locais de música e o apoio às artes, que também devem ajudar nosso setor de música clássica”.

Edital Natura Musical confirma abertura para segundo semestre de 2020

O Edital Natura Musical 2020 confirmou que em breve abrirá inscrições, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. A notícia veio através da coluna da incrível jornalista Fabiane Pereira para o portal Veja Rio.

Com data prevista para o segundo semestre, o processo atenderá novas demandas para se adequar ao novo contexto da COVID-19:

“São curadores, produtores musicais e gestores com bastante vivência no mercado. Queremos ter a garantia que o processo deste ano vai ressoar uma série de demandas específicas do contexto atual e, claro, expandir e multiplicar os recursos que vamos colocar dentro dessa rede”, explicou a Head of Global Cultural Branding Natura Musical, Fernanda Paiva.

Segundo Fernanda, o programa que completa 15 anos, já investiu R$159 milhões no patrocínio de 467 projetos, impactando diretamente 1,8 milhão de pessoas. O valor de investimento de 2019, para projetos com atuação em 2020, é de R$14 milhões. Não foi revelado o valor para o novo edital.

Considerado um dos principais editais de fomento voltado para a cena musical brasileira, o Natura Musical já beneficiou grandes artistas como Lenine, Elza Soares e Ney Matogrosso. Além de apoiar nomes como O Terno, Saulo Duarte e a Unidade, Xênia França, Letrux, Emicida e Rubel.

“Muito do que vi emergir, eu conheci através de uma proposta de patrocínio ou uma intenção de apoio. Eu digo isso porque acredito que quando a gente tem uma ambição de mudar o mundo, de tornar o mundo mais bonito, temos que saber que essa mudança não vai acontecer do dia pra noite. Essa mudança vai acontecer numa perspectiva de médio e longo prazo. Então ao olhar a trajetória do Natura Musical é um motivo de orgulho porque materializa o que foi definido há 15 anos”, relembra Fernanda.

Foto: Divulgação

Brazil Music Conference promove série de lives para debater o futuro da música eletrônica

A partir desta semana acontece uma nova edição do Brazil Music Conference. Neste ano, o evento será realizado através de lives com participações de nomes como Marcelo Castello Branco, CEO da União Brasileira de Compositores e  Coy Freitas, diretor da Twitch no Brasil.

Segundo coluna de Lauro Jardim no O Globo, os rumos do mercado de música eletrônica em tempos de Covid-19 será o principal assunto dos debates. Serão abordados ainda outros temas como o cenário da música eletrônica, tendências para o futuro e inclusão social dos trabalhadores do setor.

A live completa do Brazil Music Conference com Marcelo Castello Branco já está disponível no Canal do evento no YouTube.

 

Foto: Reprodução

Spotify disponibiliza letras de música em tempo real para seus usuários

A partir de hoje (30), usuários do Spotify poderão ouvir músicas e acompanhar as letras em tempo real na plataforma.

O recurso só foi possível graças à parceria entre o serviço de streaming e a Musixmatch, considerada a maior plataforma de letras de músicas do mundo.

Segundo o Olhar Digital, países como o Brasil, Argentina, Colombia,Chile,México, Peru, Bolívia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Honduras, Índia, Nicarágua, Panamá, e Hong Kong já estavam há algum tempo em fase de testes.

Para nossa fundadora, Guta Braga, a parceria representa um impacto positivo nas receitas para autores e editores.

Foto: Divulgação

JOTA QUEST FAZ SHOW EM DRIVE-IN PARA 250 CARROS

Durante o sábado (27) aconteceu o primeiro show do projeto drive-in, no Allianz Parque, com a banda Jota Quest.

Segundo o Uol, o evento reuniu 250 carros com ingressos na faixa de R$450 a R$550.

“Esta é a primeira vez que fazemos um show assim e, sem dúvida nenhuma, vocês são a melhor platéia de drive-in que já tocamos na vida”, disse o vocalista do Jota Quest, Rogério Flausino.

Ao invés de barulho de palmas, a comoção do público foi percebida por buzinaços e acende e apaga dos faróis (via Veja.com).

Desde o início da quarentena, foi a primeira vez em 90 dias que o estádio do Palmeiras voltou a abrir suas portas para um show.

Ainda segundo o portal, todos os carros foram acomodados em apenas 15 minutos no estádio. As vagas eram separadas por grades com caixas de som acopladas na altura da janela de cada veículo, com no máximo quatro pessoas em seu interior (todas deveriam usar máscaras). Além disso, o palco não tinha teto, para uma melhor visualização do palco.

Vale lembrar que na semana passada, o Memorial da América Latina também abriu suas portas, para exibir filmes clássico no formato drive-in.

Graças à pandemia, empresa especializada em lives cresce 500% em receita

A pandemia do novo coronavírus, sem dúvidas, está impactando todo o mercado musical e tem muita gente criando novas oportunidades neste momento. É o caso da ‘Clap Me’, empresa de tecnologia especializada em transmissões ao vivo pela internet.

O Terra.com publicou uma matéria sobre como a empresa conseguiu crescer 500% em receita durante a pandemia.

De acordo com o portal, a empresa conseguiu o feito graças a reestruturação de seu modelo de negócios, oferecendo dois tipos de pacotes: Um para o fornecimento de equipamentos e infraestrutura para lives; e outro através da criação de uma plataforma específica para conteúdo originais de bandas, artistas e corporações.

Criada em 2013 pelos empreendedores Celso Forster, Diego Yamaguti, Felipe Imperio e Filipe Callil, a ClapMe levou pelo menos três anos para começar a alavancar seus negócios. Isso porque, era muito difícil convencer artistas e produtores sobre como as lives poderiam beneficiar seu trabalho e impactar suas carreiras.

“Nós tínhamos que provar o valor de fazer uma live e que isso não faria os fãs desistirem de ir a um show.”, contou Callil ao portal.

Com a pandemia o cenário mudou completamente, para muitos artistas as lives se tornaram a única maneira de entrar em contato com o fã. Com tanta procura pelos serviços,  a empresa tem uma demanda média de produção de 8 e 15 transmissões por dia e sua receita cresceu cinco vezes. Parece que o jogo virou não é mesmo?

 

Foto: Divulgação

Ecad passa a cobrar taxas por direitos autorais em lives e produtores se irritam

Como já era de se esperar, o Ecad começou a regulamentar as taxas de direito autoral em lives. A notícia agradou compositores, mas nem tanto os produtores, segundo matéria publicada pelo G1.

Mediante a crise provocada pela pandemia do coronavírus, o mercado musical se voltou para a internet. Impedidos de fazer shows e festivais, artistas começaram a se apresentar em lives.

Com grande audiência, as lives ganharam patrocínio de marcas. Assim, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e a Ubem (União Brasileira de Editoras de Música) procuraram o YouTube para entender como funciona o processo remuneração neste formato de transmissão, principalmente para os compositores.

O YouTube alegou que já paga ao Ecad os direitos autorais devidos e que todos os patrocínios das lives são pagos diretamente aos produtores dos artistas, sem passar pela plataforma.

Desta maneira, as entidades chegaram a decisão de uma cobrança de taxas que somam 10% por direitos autorais das músicas tocadas nas lives patrocinadas no YouTube (5% para o Ecad e 5% para a Ubem). A cobrança se estende para as transmissões que também já aconteceram.

Ainda como parte da regra, não haverá cobrança em lives sem patrocínio ou renda. Além de um desconto de 50% em lives beneficentes para o mercado da música ou com verba que cubra só montagem e cachê.

A superintendente do Ecad, Isabel Amorim, conversou com o portal sobre as mudanças: “Nesse mundo novo das lives, se a gente não fosse em frente com essa cobrança, os compositores não receberiam nada, só os intérpretes”.

Isabel disse que a cobrança não será o bastante para recuperar a crise no mercado: “O Ecad recebe direitos por quase 6 mil shows por mês. Não tem tudo isso de live. A execução pública perdeu 50% de faturamento nos últimos meses. As lives não vão cobrir nem um pequeno percentual disso”, diz Isabel.

Diante das mudanças, alguns produtores de artistas do sertanejo e pagode, responsáveis pelas maiores lives no país, declararam ao portal que as medidas podem prejudicá-los:

“Achamos uma cobrança indevida, pois é nosso canal de divulgação. É injusto ele cobrar muitas vezes do próprio autor da música”, afirmou um produtor que não revelou sua identidade.

“A gente que corre atrás do patrocínio e eles querem uma fatia”, disse outro produtor de pagode sem identidade revelada.

Apesar da reação negativa por parte dos produtores, muitos compositores comemoraram a cobrança. Como a associação Procure Saber, representante de diversos autores da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Erasmo Carlos.

A presidente da associação e empresária de Caetano Veloso, Paula Lavigne, defendeu a nova norma: “É normal que esse tipo de novidade desperte algumas dúvidas, mas na verdade o pagamento ao Ecad dos direitos de execução pública pelas lives é devido”.

“O Ecad está cumprindo a sua obrigação de arrecadar em nome dos autores das músicas que são apresentadas nesses espetáculos ao vivo, que em muitos casos não foram compostas pelos artistas que estão se apresentando na plataforma”, afirmou Paula.

 

Foto: Reprodução

DicaMCT: FastForward Podcast: Produção Musical e processo criativo com Adriana Calcanhoto. OUÇA AQUI!

 

Spotify, Warner Bros e DC Comics anunciam parceria para a produção de podcasts originais

Nesta semana o Spotify anunciou que fez uma grande parceria com a Warner Bros e DC Comics para o lançamento de uma série de podcasts narrativos.

De acordo com o Indian Television, o objetivo do Spotify é oferecer aos assinantes Premium, podcasts originais e inéditos a partir dos clássicos do mundo da DC Comics (Superman, Batman, Mulher Maravilha, Arlequina, Coringa entre outros), com produção da Warner Bros.

Vale lembrar que ainda em janeiro deste ano a Warner Bros também realizou um acordo com a Rainy Day Podcasts – empresa formada por Mick Jagger & Victoria Pearman (“Shine a Light”,“Get on Up”,“Vinyl”,“Enigma”), o produtor Steve Bing (“The Polar Express”,“Marley”,“Neil Young: Heart of Gold”,“Shine a Light”) e o escritor Josh Olson (“A History of Violence”) – para produzir uma série de podcasts narrativos originais.

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Warner Records EUA assina com Anitta

Nesta segunda-feira a Warner Music EUA anunciou que assinou com a artista brasileira Anitta para o lançamento de seu primeiro álbum no país confirmado para ainda este ano (Via Complete Music Update).

Em um comunicado os diretores da Warner Records EUA – Aaron Bay-Schuck e Tom Corson – declararam:

“Anitta é diferente de qualquer artista que já experimentamos. Ela não é apenas um talento musical extraordinário, mas é uma força criativa em chamas, uma artista eletrizante e um verdadeiro fenômeno cultural”, afirmaram os diretores.

Sobre a conquista a cantora também se pronunciou: “Estou muito animada por fazer parte da equipe da Warner Records dos EUA. É o momento mais importante da minha carreira. Agora, posso mostrar mais sobre minha arte e cultura ao mundo internacionalmente. Mal posso esperar para que todos ouçam todas as novas músicas em que estou trabalhando, que serão uma nova mistura de espanhol e inglês”.

A cantora assinou com a major no Brasil em 2013. O movimento vai em contramão de todos os rumores de que a cantora estaria interessada em deixar a gravadora.

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