Ranked Music quer Inovar no Marketing Musical com Conexão Direta entre Artistas e Fãs

A Ranked Music, fundada em 2019 por Thiago Machado, vem se destacando no cenário musical por trazer uma nova abordagem ao marketing digital para a música. Recentemente, a Istoé revelou como a empresa, que tem como a missão de fortalecer a conexão entre artistas e fãs, utiliza estratégias inovadoras baseadas em inteligência de dados e novas tecnologias.

De acordo com o portal, a empresa possui sede em Miami e presença em sete países, incluindo Brasil, Estados Unidos e Espanha. A Ranked Music tem se especializado em campanhas globais que respeitam as particularidades culturais de cada região. A empresa já trabalhou com grandes nomes da música, como Anitta, Ludmilla, J Balvin e Alicia Keys, desenvolvendo projetos que aumentam a visibilidade dos artistas e aprimoram a comunicação com seus públicos.

Um dos destaques da empresa é a plataforma FanConnect 360, que permite uma interação direta e personalizada entre artistas e fãs. Utilizando dados para segmentar a comunicação, a ferramenta possibilita campanhas de marketing mais eficazes e personalizadas. Segundo Thiago Machado, esse tipo de interação cria uma experiência única para o fã, fortalecendo o vínculo com o artista.

A Ranked Music também esteve por trás de estratégias inovadoras, como a ação de J Balvin, que utilizou o WhatsApp e o SuperBowl para se conectar diretamente com seus fãs. A empresa ainda lidera os lançamentos de Ludmilla nos últimos anos, com estratégias voltadas para influenciadores e plataformas como o TikTok.

Ainda em 2024, a empresa planeja lançar uma plataforma self-service, voltada para artistas e gravadoras independentes, que permitirá a promoção digital de suas músicas de forma mais acessível.

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Fundo Adaggio é vendido por R$150 milhões a investidor internacional

O fundo Adaggio, criado pela Arbor Capital em 2021 para comprar direitos autorais de músicas, foi vendido por R$ 150 milhões.

De acordo com o braziljournal.com, o comprador é um investidor internacional especializado no setor, marcando sua estreia no Brasil. A venda envolve 150 catálogos, com mais de 140 mil músicas, incluindo obras de Dado Villa-Lobos, Jorge Aragão, Délcio Luiz, Paulinho Rezende, Toni Garrido e Rodrigo Reys.

O valor pago é o dobro do montante investido pelo Adaggio, que comprou os catálogos a um preço médio de 4,5 vezes a geração de caixa, enquanto a venda foi fechada a 7,5 vezes. Para o novo proprietário, o negócio oferece uma plataforma pronta para expansão no mercado brasileiro de música.

Os executivos do Adaggio, incluindo o CEO João Luccas Caracas (DJ Beowulf), continuarão à frente da operação. Cotistas do fundo, como a Atmos Capital, terão um retorno de 23% ao ano, superando outros indicadores financeiros brasileiros.

A estratégia do Adaggio sempre foi adquirir catálogos de música atemporais, focados em samba, MPB, pagode e gospel.

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Warner Music fecha novo acordo com Meta, incluindo WhatsApp e expandindo uso de IA

A Warner Music Group (WMG) anunciou um novo acordo de licenciamento plurianual com a Meta, empresa controladora do Facebook. O contrato inclui as plataformas Facebook, Instagram, Messenger, Horizon e Threads, além do WhatsApp, que foi incorporado pela primeira vez nesse tipo de parceria.

De acordo com o Music Business Worldwide, um porta-voz da Warner declarou que o acordo expande as oportunidades para artistas e compositores nas plataformas da Meta, além de abrir discussões sobre o uso de IA. Essa parceria surge dois meses após a Universal Music Group (UMG) ter fechado um acordo semelhante com a Meta, também incluindo o WhatsApp.

Esse novo acordo com a Meta acontece em um momento de mudança para a WMG, após a decisão da empresa de tecnologia de não licenciar mais videoclipes premium. A Warner estima um impacto financeiro negativo de US$ 10 milhões por trimestre devido à mudança.

Além das questões de licenciamento, a Warner tem defendido a criação de proteções em torno do uso de inteligência artificial. Em abril, o CEO da WMG, Robert Kyncl, apoiou legislação para evitar falsificações de áudio geradas por IA, e a empresa afirmou que seu conteúdo só poderá ser usado para treinar IA com sua permissão.

O novo acordo com a Meta sinaliza a continuidade da colaboração entre as duas gigantes, não apenas em termos de licenciamento, mas também em relação ao uso futuro de IA em suas plataformas.

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UNIVERSAL MUSIC CONCLUI AQUISIÇÃO TOTAL DA PIAS E AMPLIA PRESENÇA NO MERCADO INDEPENDENTE

A Universal Music Group (UMG) finalizou a aquisição completa da distribuidora e gravadora independente PIAS. Em 2022, a UMG havia adquirido 49% da PIAS como parte de uma aliança estratégica firmada no ano anterior. Agora, a Universal adquiriu os 51% restantes das ações dos cofundadores Kenny Gates e Michel Lambot, em um acordo financeiro não divulgado.

De acordo com o Music Business Worldwide, a aquisição inclui duas divisões principais do Grupo PIAS: a Integral, que oferece serviços de distribuição digital e física para selos independentes, e o PIAS Label Group, que abrange gravadoras próprias e parceiras. A Integral será integrada ao Virgin Music Group, enquanto o PIAS Label Group continuará operando de forma autônoma.

Kenny Gates permanecerá como CEO do PIAS Label Group e integrará o conselho do Virgin Music Group. Michel Lambot deixará seu cargo atual, mas continuará como consultor.

Segundo Gates, a parceria com a UMG desde 2021 foi positiva e possibilitará que a PIAS ofereça uma plataforma de distribuição global para a música independente. O PIAS seguirá com os mesmos valores e estrutura de liderança.

Foto; divulgação

Lançamento de Músicas Completas nas Redes Sociais Transforma Consumo Musical

Nos últimos anos, a prática de lançar músicas inteiras diretamente em redes sociais tem se tornado cada vez mais comum. Artistas como Kendrick Lamar e Drake são exemplos recentes dessa tendência, que está mudando a forma como o público consome música. O MIDia Reasearch falou sobre esse assunto recentemente em um artigo.

No caso de Lamar, que lançou seu novo single completo no Instagram Reels antes de disponibilizá-lo em plataformas de streaming, chamou a atenção do público e da crítica. Sua música, ainda fora das principais plataformas de streaming, já conta com milhões de visualizações e curtidas, o que reforça o impacto das redes sociais como uma plataforma independente de consumo musical.

Para o portal, essa estratégia reflete um fenômeno crescente, em que aplicativos como TikTok e Instagram Reels se consolidam não só como ferramentas de marketing, mas como meios próprios de consumo musical. Como apontado pela pesquisa da MIDiA de 2024, cerca de 25% dos novos artistas estão lançando suas músicas diretamente em plataformas de conteúdo gerado por usuários, sem intermediários como gravadoras ou distribuidores.

No entanto, essa abordagem não está isenta de desafios. Embora o alcance e a visibilidade das redes sociais sejam enormes, a monetização nessas plataformas ainda é inferior em comparação ao streaming. Além disso, o sucesso nas redes tende a ser efêmero, com músicas que viralizam rapidamente, mas muitas vezes desaparecem com a mesma velocidade.

O portal explicou que com o tempo, o dilema para os artistas será equilibrar a visibilidade imediata que as redes sociais oferecem com a sustentabilidade e longevidade que as plataformas de streaming ainda garantem. Enquanto isso, o streaming puro continua a tentar se reinventar, incorporando elementos das redes sociais para não perder espaço nesse novo cenário.

 Foto; Rob Hampson

TikTok Anuncia o Fim do TikTok Music para Focar em Parcerias com Plataformas de Streaming

O TikTok anunciou o encerramento global do serviço TikTok Music, marcado para o dia 28 de novembro. Lançado inicialmente na Indonésia e no Brasil no ano passado, o serviço estava disponível em cinco regiões, incluindo Austrália, Cingapura e México. 

De acordo com o Music Business Worldwide, a decisão faz parte de uma estratégia da empresa de concentrar seus esforços no recurso “Adicionar ao aplicativo de música”, que permite aos usuários salvar músicas descobertas no TikTok em plataformas de streaming como Spotify e Apple Music.

Ole Obermann, chefe de desenvolvimento de negócios musicais do TikTok, explicou que o foco agora é fortalecer o papel do TikTok na promoção da música em serviços de streaming parceiros, beneficiando artistas, compositores e a indústria musical. Esse recurso, já disponível em mais de 180 países, está em negociação com outras plataformas de streaming para novas parcerias.

O TikTok, que já contribuiu para o sucesso de muitos hits, continuará usando seu alcance para impulsionar o consumo de música nas plataformas externas, como demonstrado na Alemanha, onde 27% dos 100 maiores sucessos virais do TikTok se tornaram sucessos nas paradas locais.

Foto – T Schneider/Shutterstock

Músico alega inocência e deve pagar fiança de US$500 mil após fraude de US$10 milhões com músicas criadas por IA

Recentemente o músico Michael Smith, de 52 anos, foi acusado nos Estados Unidos de fraudar a indústria musical ao usar inteligência artificial para criar músicas e bots para gerar bilhões de streams artificiais. Ele teria arrecadado mais de US$10 milhões em royalties de 2017 a 2024. 

De acordo com o Music Business Worldwide, Smith enfrenta acusações de fraude eletrônica, conspiração para fraude e lavagem de dinheiro, que podem levar a até 20 anos de prisão. Entretanto, na última quinta-feira, o juiz John Koeltl fixou a fiança de Smith em (apenas) US$500.000 durante uma breve audiência em Manhattan. 

Na acusação, Smith utilizou e-mails falsos e planos familiares em plataformas de streaming para aumentar os números de reprodução. O Spotify informou que apenas US$60.000 do total arrecadado por Smith vieram de sua plataforma, reforçando a eficácia de suas medidas de combate ao streaming artificial. 

 A acusação também revelou que, em 2019, o Spotify identificou atividades fraudulentas e impediu Smith de continuar recebendo pagamentos. Além disso, a The Mechanical Licensing Collective (MLC) reteve os royalties de Smith após identificar irregularidades em seus dados de streaming. 

Foto –   Evgeny Drablenkov/Shutterstock

Justiça permite que ex-integrantes do Charlie Brown Jr. usem o nome da banda em shows

A Justiça de São Paulo decidiu que Thiago Castanho e Marco Britto, o “Marcão”, ex-integrantes da formação original da banda Charlie Brown Jr., podem continuar utilizando o nome da banda em suas apresentações. A ação havia sido movida por Alexandre Lima Abrão, filho do vocalista Chorão, que faleceu em 2013. A decisão, que ocorreu em primeira instância, ainda cabe recurso.

De acordo com o G1 Santos, Alexandre registrou a marca Charlie Brown Jr. no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2022 e acusou os músicos de quebra de contrato por usarem o nome em shows. Segundo ele, um acordo firmado em 2021 estabelecia que a titularidade das marcas Charlie Brown Jr., La Família CBJR e La Família Charlie Brown Jr. pertencia a ele, e os músicos não poderiam usá-las sem autorização.

Por outro lado, o juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes entendeu que os músicos contribuíram significativamente para o sucesso da banda e não seria justo impedi-los de usar algo que ajudaram a construir. Além disso, o juiz declarou que os ex-integrantes agiram de acordo com o contrato, respeitando os limites estabelecidos para o uso das marcas.

O magistrado também decidiu que Alexandre deverá regularizar a titularidade conjunta das marcas La Família Charlie Brown Jr. e La Família CBJR, dividindo 33,3% para cada um dos três – ele, Marcão e Thiago. Alexandre ainda foi condenado a pagar as custas do processo e honorários advocatícios.

Graziela Gonçalves, viúva de Chorão, que possui 45% dos direitos sobre a imagem e produtos relacionados ao cantor e à banda, não se opôs à utilização das músicas pelos ex-integrantes.

Foto; reprodução/redes sociais

Spotify Alega Ter Minimizado Fraude em Caso de Americano que Criou Bandas e Fãs com IA para Arrecadar US$ 10 Milhões

O Spotify afirmou que apenas 0,6% do valor supostamente obtido em um caso de fraude de streaming de música nos EUA veio da sua plataforma. De acordo com a empresa, suas medidas preventivas limitaram os ganhos do acusado Michael Smith a cerca de US$60 mil, em comparação com os US$10 milhões apontados na acusação.

Conforme o Music Business Worldwide, o caso envolve Smith, que, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, criou músicas com inteligência artificial e usou bots para gerar bilhões de streams entre 2017 e 2024. Ele enfrenta acusações que podem levar a até 20 anos de prisão.

Em 2019, o Spotify detectou as atividades de Smith e o cortou de pagamentos ao identificar sua participação em fraude de streaming. A empresa informou uma distribuidora de música associada a Smith sobre a suspeita e, posteriormente, Smith tentou negar as acusações e exigiu que suas músicas fossem restabelecidas na plataforma, sem sucesso.

Esse caso destaca como o Spotify tem agido para combater fraudes. No ano passado, a plataforma bloqueou faixas criadas com a ferramenta de IA Boomy e implementou mudanças no pagamento de royalties, penalizando distribuidores envolvidos em atividades fraudulentas.

Além disso, formou a aliança Music Fights Fraud para combater o problema, que, segundo estimativas, custa à indústria cerca de US$ 2 bilhões por ano.

Foto; Diego Thomazini/Shutterstock

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