Latin GRAMMY anuncia Bolsa de Estudo com apoio da Warner Music Latina

A Fundação Cultural Latin GRAMMY® anunciou a abertura das inscrições para suas bolsas de estudo de 2025, incluindo a Bolsa Prodígio, patrocinada pela Warner Music Latina. Essa oportunidade cobre integralmente os custos de um bacharelado na Berklee College of Music, abrangendo mensalidades, hospedagem, alimentação e serviços complementares.

Para se candidatar, os interessados precisam ter entre 17 e 25 anos, demonstrar paixão pela música latina e apresentar limitações financeiras. O processo de inscrição exige o envio de dois vídeos de audição mostrando suas habilidades musicais, duas cartas de recomendação de professores ou profissionais da área, duas redações que descrevam seus objetivos na carreira musical e o impacto da música latina em sua trajetória, além de uma carta de aceitação de uma universidade credenciada.

Os documentos podem ser enviados em inglês, espanhol ou português até o dia 10 de abril de 2025, às 23h59 (horário da costa leste dos EUA). Outras bolsas também estão disponíveis para estudantes em diferentes instituições, com apoio da Frost School of Music, Gil Family Foundation e Gibson Gives.

Mais informações sobre as bolsas e o processo de inscrição podem ser encontradas no site oficial da Fundação Cultural Latin GRAMMY: latingrammyculturalfoundation.org.

 

Foto; reprodução

Suspeita de Falsificação em Caso de Plágio Entre Toninho Geraes e Adele Levanta Novas Dúvidas

O processo de plágio entre *Million Years Ago*, de Adele, e *Mulheres*, de Toninho Geraes, ganhou um novo desdobramento. A defesa do compositor brasileiro levantou suspeitas de falsificação de documentos e assinaturas, o que coloca em dúvida o envolvimento direto da cantora no caso.

De acordo com o Correio Braziliense, o advogado Fredímio Biasotto Trotta, que representa Geraes, afirma ter encontrado indícios de adulteração nas assinaturas dos documentos apresentados. Segundo ele, há marcas de rabiscos e inconsistências que sugerem que os papéis possam ter sido manipulados. Além disso, os documentos indicam São Paulo como local de emissão, mas não há registros de que Adele tenha estado no Brasil recentemente.

Uma análise comparativa das assinaturas da cantora revelou diferenças significativas em relação a outros documentos oficiais e autógrafos, reforçando as suspeitas de que os papéis não tenham sido assinados por ela.

Caso as irregularidades sejam confirmadas, o processo pode ser anulado, levantando questões sobre a real consciência de Adele e de sua equipe sobre o caso. Se não estavam cientes, podem ser considerados vítimas de uma possível fraude; se estavam, podem ser vistos como cúmplices.

O caso segue sem uma conclusão definitiva, e as investigações continuam. Este é mais um capítulo de um embate que tem atraído atenção no cenário musical e jurídico internacional.

Foto: TMJBrazil

Nvidia apresenta Fugatto, IA que cria sons nunca ouvidos antes

A Nvidia, gigante da tecnologia conhecida por seus chips avançados, apresentou uma novidade no campo da inteligência artificial: o modelo de áudio generativo chamado Fugatto. Capaz de produzir sons inéditos, o Fugatto promete transformar a forma como música, efeitos sonoros e vozes são criados e manipulados.

De acordo com o Music Business Worlwide, entre os recursos anunciados, o modelo pode gerar músicas a partir de descrições em texto, modificar faixas existentes e criar sons inusitados, como o “miado de um saxofone”. A tecnologia permite até transformar a emoção e o sotaque de vozes. Segundo a Nvidia, trata-se de um “canivete suíço para som”.

Um destaque no desenvolvimento do Fugatto é a colaboração de pesquisadores de diversos países, incluindo o Brasil. Rafael Valle, gerente de pesquisa aplicada de áudio da Nvidia, explica que o objetivo era criar um modelo que entendesse o som como os humanos.

A ferramenta já desperta interesse na indústria musical e em áreas como videogames e publicidade, sendo vista como um marco no uso de IA para a criação sonora.

Foto; Possessed Photography/Unsplash

 

JUSTIÇA RECONHECE PECUARISTA COMO AUTOR DE CANÇÃO INFANTIL GRAVADA POR ELIANA EM 1990

A Justiça de São Paulo reconheceu Cesar Borges Barbosa, um pecuarista do interior do Rio de Janeiro, como o verdadeiro autor da canção infantil “A Janelinha”, gravada nos anos 1990 pela apresentadora Eliana.

De acordo com o colunista Rogério Gentile, a música foi incluída no álbum “Eliana 1994”, lançado pela EMB Produções e pela gravadora Sony Music (que sucedeu a BMG Ariola), mas foi atribuída como sendo de domínio público, com uma adaptação assinada por João Plinta. No processo, Barbosa afirmou que compôs a canção ainda na infância e que a publicou no livro “Música para Escola Elementar” em 1962.

Cesar Barbosa, hoje com 71 anos, só descobriu recentemente que a apresentadora havia gravado a música sem autorização, com a mesma melodia e pequenas adaptações na letra. A canção continua a ser vendida em plataformas digitais, mas sem qualquer crédito ao autor.

Na sentença, a juíza Isabela Costa ressaltou que a obra não poderia ser considerada de domínio público, pois uma música só adquire esse status 70 anos após a morte do autor.

A decisão determinou que a EMB Produções e a Sony Music indenizem o autor por danos materiais, em valores ainda a serem calculados, e por danos morais, no valor de R$ 8 mil.

Barbosa, filho da compositora Cacilda Borges Barbosa, que colaborou com o maestro Heitor Villa-Lobos, declarou que vive em Valença, no interior do Rio, em uma casa sem acesso à internet, o que dificultou sua descoberta sobre a gravação de Eliana.

A defesa de Eliana alegou que ela atuou apenas como intérprete, não sendo responsável pelas autorizações da obra, enquanto a Sony Music declarou ter agido de boa-fé, pagando direitos a uma editora musical que afirmava ser a proprietária da adaptação. Ambas as partes ainda podem recorrer da decisão judicial.

 

YouTube Vozes Negras promove painéis para impulsionar talentos na Bahia

Nos dias 6 e 7 de novembro, Salvador recebe o “Future Insiders”, uma série de painéis e workshops promovidos pelo YouTube Vozes Negras. A iniciativa, organizada em parceria com a Prefeitura de Salvador e o Ministério da Cultura, visa incentivar e promover o desenvolvimento de talentos negros na Bahia.

Com curadoria de Evandro Fióti — músico, produtor e empresário —, o projeto busca fortalecer a cena cultural baiana. Conforme o Portal Sotero Preta, durante os dois dias de evento, artistas e especialistas renomados discutirão temas como produção musical, monetização, inteligência artificial e empreendedorismo criativo. A ideia é que novos artistas e criadores de conteúdo tenham acesso a ferramentas e conhecimentos essenciais para suas carreiras.

Fióti ressalta a importância de iniciativas como essa, lembrando que mais de 56% da população brasileira é negra, mas menos de 5% ocupa posições de liderança na indústria musical. “O ‘Future Insiders’ contribui para gerar oportunidades de crescimento, diversidade e inclusão, e fortalecer o ecossistema criativo do Brasil, promovendo um caminho mais justo socialmente”, comenta.

Além do Future Insiders, o YouTube realiza ações no “Festival Salvador Capital Afro”, que celebra a cultura negra em paralelo ao encontro de Ministros da Cultura do G20. Para Sandra Jimenez, diretora de Parcerias de Música do YouTube para América Latina, o evento reforça o compromisso da plataforma com a inclusão: “Ficamos muito felizes em oferecer a esses talentos um espaço que promova o desenvolvimento de suas habilidades e alavanque o sucesso no YouTube e em suas carreiras”, afirma.

Foto; Lana Pinho

Sony Music cresce 10% impulsionada por álbuns de sucesso e eventos ao vivo

A Sony Music registrou um crescimento de 10% na receita no segundo trimestre fiscal, encerrado em setembro, totalizando 448,2 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões). Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos lançamentos de artistas populares como SZA, David Gilmour e Travis Scott, além do fortalecimento nas vendas de shows ao vivo e produtos de merchandise.

De acordo com a Billboard, a receita da empresa incluiu um lucro operacional de 90 bilhões de ienes (US$589 milhões), que representa um acréscimo de 12% em relação ao mesmo período de 2022. Outro destaque foi o lucro operacional ajustado, antes da depreciação e amortização (OIBDA), que cresceu 15%, alcançando 112 bilhões de ienes (US$ 733 milhões).

No setor de música gravada, a receita subiu 14%, somando 290 bilhões de ienes (US$ 1,9 bilhão). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas plataformas de streaming, que aumentaram 9% e somaram 189 bilhões de ienes (US$ 1,2 bilhão). As vendas físicas também apresentaram crescimento, com alta de 22%, além de um aumento de 33% nas receitas de mercadorias e eventos ao vivo.

Entre os destaques do trimestre, o álbum *SOS*, de SZA, liderou como o mais vendido, seguido por *Luck and Strange* de David Gilmour, além de *UTOPIA* de Travis Scott. Clássicos como *Thriller* de Michael Jackson também se destacaram entre os sucessos da empresa.

No ramo de edição musical, a receita alcançou 92 bilhões de ienes (US$ 604 milhões), crescendo 11% em relação ao ano anterior, com o streaming representando boa parte desse aumento. Entretanto, as vendas de mídia visual e plataformas (incluindo títulos de animação e aplicativos de jogos) caíram levemente, com uma baixa de 1%, somando 62 bilhões de ienes (US$ 407 milhões).

A Sony Music mantém sua previsão de receita anual em 1,74 trilhão de ienes (US$ 11,4 bilhões), com uma expectativa de lucro operacional de 330 bilhões de ienes (US$ 2,2 bilhões), evidenciando o momento positivo da companhia no mercado musical.

Foto; A cantora SZA/RCA Records

MERCADO FOFOGRÁFICO BATE RECORDES NO PAÍS

Um pequeno resumo sobre o mercado fonográfico que saiu hoje, no jornal O Globo. O mercado Brasileiro registrou crescimento de 21% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período no ano anterior.

1. Crescimento do Mercado Fonográfico: O mercado fonográfico brasileiro está em expansão contínua, impulsionado principalmente pelas plataformas digitais de streaming. Esse crescimento beneficia diretamente os artistas e profissionais da música.
2. Impacto das Plataformas de Streaming: As principais plataformas como Spotify, Deezer e Amazon Music têm papel central na receita do setor, tanto através de assinaturas quanto da publicidade. O acesso gratuito com anúncios também amplia o alcance das plataformas.
3. Desafios e Fraudes: A indústria enfrenta desafios como a manipulação de dados e o problema dos “streams falsos”, que precisam ser combatidos para manter a integridade do mercado.
4. Liderança do Streaming no Setor: As receitas de streaming dominam o mercado fonográfico, mas formatos físicos, como discos de vinil e CDs, também têm se mostrado resilientes, com crescimento significativo.
5. Profissionalização dos Artistas: O sucesso para os artistas independentes depende de uma estrutura profissional sólida, que inclui parcerias e gerenciamento estratégico.
6. Relevância da Assinatura Digital: A Altafonte que atende um seleto grupo de artistas, aponta que o mercado brasileiro vem crescendo há alguns anos chegando ao pico ocorrido na década de 1990, graças às assinaturas digitais, redes sociais, trilhas e séries.
7. Crescimento na arrecadação de Direitos Autorais: Segundo Marcelo Castello Branco, CEO da UBC, o mercado está mais democrático na era digital. Entretanto, aponta a necessidade da contratação das agências especializadas no monitoramento dos dados.

Esses pontos destacam como o setor fonográfico brasileiro está se adaptando e prosperando no cenário digital, ao mesmo tempo que enfrenta desafios como a profissionalização dos artistas independentes.

Foto; reprodução

SBT leva denúncia contra UBEM ao Cade, acusando práticas anticompetitivas

O SBT apresentou nesta semana uma denúncia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a União Brasileira de Editoras de Música (UBEM). A emissora acusa a entidade de dificultar o acesso a obras musicais e de prejudicar a produção audiovisual ao impor práticas que considera anticompetitivas. Segundo o SBT, a UBEM, que reúne algumas das maiores editoras de música do Brasil, abusa de sua posição dominante no mercado ao definir preços mínimos e ao limitar a possibilidade de negociação direta com as editoras.

De acordo com o Tela Viva, a emissora alega que a UBEM age como um cartel ao tabelar preços e condições para licenciamento musical, impedindo que emissoras negociem individualmente e forçando-as a contratar seus serviços com valores fixos. Além disso, o SBT aponta que a UBEM discrimina concorrentes, o que estaria dificultando o acesso a músicas essenciais para produções audiovisuais.

Diante disso, o SBT pede que o Cade intervenha, considerando essas práticas como infrações à ordem econômica. A emissora solicita que o Cade impeça a UBEM de realizar negociações em nome das editoras enquanto o processo estiver em andamento. O desfecho do caso pode representar uma mudança importante para o mercado de licenciamento musical no Brasil, afetando não apenas o SBT, mas também outras emissoras e produtoras audiovisuais que acompanham o processo de perto.

Caso o Cade julgue procedente a denúncia, o impacto pode ir além da relação entre emissoras e editoras, estimulando uma regulação mais rigorosa no setor de direitos autorais. Com essa medida, o mercado poderia exigir mais transparência e melhores condições de negociação para o uso de obras musicais. A disputa também chama atenção para o contraste entre empresas brasileiras e estrangeiras no setor, já que parte do poder da UBEM se concentra em editoras ligadas a grandes grupos internacionais, como Warner, Sony e Universal.

Foto: Pixabay

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