Disney Music se une a startup de inteligência artificial para explorar novas possibilidades na música

A Disney Music Group (DMG) anunciou uma nova parceria com a startup de inteligência artificial AudioShake, visando abrir seu extenso catálogo musical para novas oportunidades de marketing e criatividade.

De acordo com o Music Business Worldwide, a AudioShake é conhecida por usar IA para desconstruir faixas musicais em hastes, que podem ser usadas para remixes, samples e outras aplicações.

A tecnologia da AudioShake permite separar vocais ou diálogos de instrumentos, o que é especialmente útil para gravações antigas que não possuem múltiplas faixas. A startup arrecadou US$2,7 milhões em uma rodada inicial no ano passado, elevando seu total de fundos para mais de US$5 milhões.

O catálogo da Disney Music inclui desde as primeiras gravações do Mickey Mouse até clássicos contemporâneos de diversos gêneros. No entanto, muitas dessas gravações não possuem hastes, o que limita seu uso em licenciamento, remasterização e novos formatos como áudio imersivo e vídeos com letras.

Com o novo acordo, a Disney Music utilizará a tecnologia de separação de hastes da AudioShake para abrir essas gravações para novos usos. Além da separação de hastes, a DMG também usará a ferramenta de transcrição de letras automatizada da AudioShake, melhorando os metadados de seu catálogo e expandindo formatos como vídeos de letras.

David Abdo, vice-presidente sênior e gerente geral do Disney Music Group, expressou entusiasmo pela parceria: “Estamos entusiasmados em expandir nosso trabalho existente de separação de hastes, bem como integrar o sistema de transcrição de letras do AudioShake. A AudioShake é um ótimo exemplo de tecnologia de ponta que pode beneficiar nossos artistas e compositores, e a equipe da AudioShake tem sido parceira fantástica.”

Foto; divulgação_Disney

Instituições de Renome e Líderes em Tecnologia Oferecem Cursos Gratuitos em IA

O cenário da Inteligência Artificial (IA) se encontra em franca expansão, abrindo um leque de oportunidades para profissionais qualificados. Para atender a essa crescente demanda, diversas instituições de ensino e empresas de tecnologia estão disponibilizando cursos gratuitos em IA, visando democratizar o acesso ao conhecimento e impulsionar o desenvolvimento de habilidades nessa área crucial.

Nesta seleção cuidadosamente elaborada, destacamos cursos oferecidos por instituições de renome internacional, como Harvard University e Google AI, além de empresas líderes em tecnologia como Microsoft.

Os cursos abordam uma ampla gama de tópicos, desde conceitos básicos até técnicas avançadas, permitindo que você aprimore suas habilidades e se especialize em áreas de interesse específico.

 

Confira alguns dos cursos disponíveis:

Essa lista representa apenas uma seleção dos diversos cursos gratuitos disponíveis em IA. Com uma pesquisa mais aprofundada, você encontrará ainda mais opções para se especializar nessa área promissora e impulsionar sua carreira.  Compartilhe essa notícia com seus colegas, amigos e familiares que também se interessam por IA!

Estudo Aponta que Melodias de Músicas Populares Estão se Tornando Mais Simples desde 1950

Um novo estudo da Universidade Queen Mary de Londres, publicado na revista Scientific Reports, aponta que as melodias das músicas mais populares têm se tornado mais simples desde 1950.

Os pesquisadores Madeline Hamilton e Marcus Pearce analisaram as melodias das canções que ficaram no top 5 da parada de sucessos da Billboard dos EUA de cada ano, entre 1950 e 2023.

A Super Interessante explicou que para realizar a análise, as melodias foram transcritas manualmente e processadas por um programa de computador que avaliou a complexidade percebida das notas e ritmos usados. A complexidade foi medida pelo número de notas diferentes e pela maneira como essas notas se combinam.

A pesquisa sugere que a simplificação das melodias pode estar ligada a mudanças nos gêneros musicais dominantes. Em 1975, a ascensão de gêneros como o rock de estádio, disco e new wave coincidiu com uma das quedas na complexidade melódica. Em 2000, outro declínio foi associado ao crescimento do hip-hop e ao uso de estações de trabalho de áudio digitais (DAWs).

O produtor musical Felipe Vassão, que já trabalhou com o rapper Emicida, comentou que a simplificação das melodias pode refletir tanto as preferências do público quanto as estratégias da indústria musical para criar hits. Ele destaca que a qualidade das músicas não depende apenas da complexidade melódica, mas também de outros fatores como a letra e a produção sonora.

Em resumo, o estudo indica uma tendência de simplificação das melodias das músicas populares, mas também destaca que a música é um fenômeno complexo e multifacetado, influenciado por diversas forças culturais e tecnológicas.

Foto; Gareth Cattermole/TAS24 / Getty Images/Reprodução

 

Novo Imposto no Canadá é contestado pelos maiores serviços streaming de música

Três dos maiores serviços de streaming de música do mundo – Amazon, Apple e Spotify – estão enfrentando um embate legal no Canadá. Eles entraram com ações judiciais contra uma nova regulamentação que impõe um imposto de 5% sobre suas receitas canadenses. Ao mesmo tempo, a Motion Picture Association (MPA)–Canadá, representando gigantes de Hollywood como Netflix, Disney e Warner Bros., também contestou um imposto semelhante sobre serviços de streaming de vídeo.

De acordo com o Music Business Worldwide as contestações foram apresentadas separadamente ao Tribunal Federal de Apelações do Canadá na última quinta-feira (4 de julho). Os serviços de streaming argumentam que o regulamento ultrapassa a autoridade do regulador CRTC (Conselho de Radiodifusão e Telecomunicações do Canadá). Graham Davies, da Digital Media Association (DiMA), criticou a medida como uma política retrógrada que não reconhece as contribuições dos serviços de streaming para a produção musical.

A nova Lei de Streaming Online do Canadá, aprovada em 2023, expandiu o poder do CRTC para incluir conteúdo online. A partir deste outono, serviços de streaming de música não afiliados a emissoras canadenses e com receitas anuais superiores a US$ 25 milhões no Canadá devem contribuir com 5% de suas receitas para fundos que apoiam criadores e emissoras musicais locais.

Tanto os serviços de streaming de música quanto os de vídeo contestam que financiar a produção de notícias local vai além da intenção legislativa e viola acordos de livre comércio, como o USMCA e o CETA. A MPA-Canadá destacou que essa medida discriminatória não reconhece o papel dos serviços globais na economia cultural do Canadá.

Essa saga legal pode redefinir as obrigações financeiras e culturais das plataformas globais de entretenimento no Canadá, levando a consequências de longo alcance para o futuro da indústria de mídia digital no país e no mundo.

Foto; Shubham Sharan via Unsplash

Ricardo Mello da Abramus fala sobre Fenômeno das MTGs na Música Brasileira

Recentemente, Ricardo Mello, gerente de Relações Institucionais da Abramus, compartilhou importantes insights em uma entrevista exclusiva à Billboard sobre as Montagens, conhecidas como MTGs, que estão agitando a música brasileira.

As Montagens, ou MTGs, são um fenômeno recente na música brasileira. Elas consistem na combinação de melodias conhecidas com batidas e letras de funk, criando novas versões de músicas já existentes. Canções como “Quem Não Quer Sou Eu”, de Seu Jorge, e a interpretação de Caetano Veloso para “Você Não Me Ensinou A Te Esquecer” exemplificam essa tendência, lembrando os remixes que marcaram décadas passadas.

Contudo, essa inovação não está isenta de debates. O principal desafio das MTGs reside na falta de autorização dos detentores originais dos direitos autorais das músicas usadas. Muitas vezes, esses criadores não são consultados, o que não apenas infringe a legislação brasileira, mas também prejudica financeiramente os autores das obras originais.

Recentemente, plataformas como Spotify e Deezer removeram várias dessas músicas devido à sua ilegalidade, provocando um intenso debate sobre os aspectos legais e éticos das MTGs. Empresas de gestão de direitos autorais já se manifestaram contra o fenômeno, algumas propondo medidas mais rigorosas para combater essas práticas.

Em resposta, a Abramus adota uma abordagem equilibrada, reconhecendo a criatividade dos artistas brasileiros enquanto educa seus membros sobre os procedimentos legais corretos para o uso de obras de terceiros. Medidas preventivas incluem o bloqueio de conteúdos suspeitos até que as autorizações necessárias sejam obtidas, protegendo tanto os criadores das novas músicas quanto os autores originais.

As plataformas digitais também têm um papel crucial, sendo incentivadas a implementar mecanismos eficazes para identificar e bloquear conteúdos não autorizados, promovendo um ambiente musical mais justo e sustentável.

Em síntese, enquanto as MTGs representam uma expressão vibrante da criatividade musical brasileira, é essencial que todos os envolvidos no processo respeitem e cumpram a legislação de direitos autorais. Somente assim será possível construir um mercado musical mais justo e equilibrado, onde a originalidade e a criatividade sejam valorizadas, ao mesmo tempo em que se protegem os direitos dos artistas e autores de música.

Foto; Marcela Maciel/Divulgação

Universal Music Group busca patente para integrar batidas neurais em músicas populares

A Universal Music Group (UMG) está na vanguarda da convergência entre música e bem-estar, com o recente desenvolvimento de uma tecnologia inovadora. Em um pedido de patente recentemente a UMG detalha um processo para integrar batidas neurais em músicas já existentes.

De acordo com o Music Business Worldwide, essa tecnologia, concebida pelo vice-presidente de Inteligência Artificial da UMG, Elio Quinton, visa sincronizar batidas neurais com frequências específicas para induzir estados mentais desejados, como foco aprimorado, relaxamento e até mesmo melhorias no sono. Essas batidas, aplicadas em frequências mono ou binaurais, são projetadas para complementar músicas populares sem comprometer sua integridade artística.

Isso poderia potencialmente revolucionar o mercado, permitindo aos usuários desfrutar de seus gêneros musicais favoritos enquanto experimentam os benefícios adicionais das batidas neurais.

O pedido de patente, atualmente pendente em vários mercados globais, incluindo os EUA, Canadá e Austrália, promete abrir novos caminhos no campo do bem-estar digital e da experiência musical personalizada.

Este avanço da Universal Music Group sugere um futuro onde a música não apenas entretem, mas também eleva o bem-estar mental dos ouvintes de maneiras inovadoras e acessíveis.

Foto; fizkes/Shutterstock

Ecad Processa Prefeitura do Recife por Direitos Autorais de Festas Populares

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) entrou com uma ação judicial contra a Prefeitura do Recife. A entidade busca receber cerca de R$5 milhões pelo uso de músicas durante as festas de Réveillon e Carnaval deste ano. Segundo o Ecad, a gestão do prefeito João Campos (PSB) também foi notificada extrajudicialmente pelo São João, que terminou no último domingo (30).

De acordo com a Folha de S.Paulo, a Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, argumenta que os eventos têm fins sociais, culturais e simbólicos, sem objetivo de lucro, e por isso não recolhe os direitos autorais. Essa postura é comum entre as administrações municipais de Pernambuco.

Contudo, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, no final do ano passado, que a cobrança de direitos autorais não depende da obtenção de lucro pelos eventos públicos.

Diferentemente do Recife, a Prefeitura de Caruaru firmou um acordo com o Ecad para pagar pelos direitos autorais das músicas tocadas durante o São João deste ano. 

O valor exato a ser cobrado da Prefeitura do Recife será definido judicialmente, considerando gastos como montagem de palcos e cachês de artistas, já que a gestão não forneceu essas informações ao Ecad.

Foto; reprodução

Relatório do YouTube Revela Como os Fãs estão Moldando o Futuro da Música Digital

O YouTube lançou seu tão esperado “Relatório de Cultura e Tendências” de 2024, revelando insights valiosos sobre o comportamento dos usuários. Destinado a marcas e agências, o relatório não esconde sua mensagem central: incentivar mais investimentos em anúncios e conteúdo na plataforma.

De acordo com o MusicAlly, entre os dados destacados, 65% da Geração Z se identifica como criadores de conteúdo de vídeo, enquanto 57% de todos os entrevistados assistiram a vídeos criados por fãs de artistas e figuras públicas no último ano.

Para a indústria musical, o relatório oferece um lembrete significativo: os superfãs não são apenas consumidores passivos, mas também criadores ativos. O músico Scott Frenzel exemplifica isso, prometendo interagir com os fãs que utilizarem suas músicas em vídeos. Isso não só impulsionou sua popularidade nas paradas de Shorts, mas também ampliou sua presença em tutoriais e desafios virais.

Além disso, campanhas inovadoras como o videoclipe de K-Pop da Coca-Cola, que integra inteligência artificial permitindo aos fãs personalizar vídeos com seus próprios dados, destacam a crescente importância da interatividade e personalização na comunicação de marca.

À medida que a IA e as ferramentas de vídeo evoluem, o relatório prevê que os fandoms se tornarão cada vez mais influentes na cultura pop, não apenas como reação, mas como impulsionadores principais. Para as marcas, a mensagem é clara: adaptar-se e engajar-se com os fãs de maneiras autênticas e criativas é essencial para não ficar para trás na era digital.

Essas tendências não só moldam o futuro do marketing digital, mas também redefinem a dinâmica entre artistas, fãs e marcas na indústria musical contemporânea.

Foto; reprodução

Ecad Prestes a Alcançar Marca Histórica: 7 Trilhões de Execuções Musicais Identificadas!

O Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad) está prestes a alcançar um marco histórico: a identificação de 7 trilhões de execuções musicais no streaming de música e vídeo. Esse número representa um crescimento exponencial na utilização de obras musicais no ambiente digital.

De acordo com o colunista Ancélmo Góes, nos últimos cinco anos, o Ecad identificou impressionantes 6,7 trilhões de execuções musicais, com mais de 3,2 trilhões apenas em 2023. Essa estatística não se refere ao total de músicas tocadas, mas sim à quantidade de “plays” monitorados pela instituição nesse período. A capacidade de identificar 100 mil músicas por segundo, possibilitada por tecnologias de ponta, garante que autores e artistas recebam os direitos autorais devidos por suas criações.

Esse marco é um divisor de águas para a indústria musical brasileira e reforça o compromisso do Ecad com a justiça e a transparência na distribuição de direitos autorais.

Foto: Pedro Kirilos/ Foto de arquivo

YouTube em negociações com gravadoras sobre acordo musical com IA

O YouTube está em discussões com grandes gravadoras para licenciar músicas para ferramentas de inteligência artificial que clonam músicas de artistas populares. O objetivo é atrair a indústria com pagamentos adiantados, de acordo com fontes próximas às negociações.

De acordo com o Financial Times, para treinar legalmente seus geradores de músicas com IA, o YouTube precisa do conteúdo das gravadoras. Recentemente, a empresa ofereceu quantias em dinheiro às grandes gravadoras — Sony, Warner e Universal — para persuadir mais artistas a permitir o uso de suas músicas nesses treinamentos.

Contudo, muitos artistas se opõem à geração musical por IA, temendo a desvalorização de seu trabalho. Um executivo de uma grande gravadora comentou que, apesar das empresas deterem os direitos autorais, é crucial considerar a reação dos artistas, evitando ser visto como resistente à tecnologia.

No ano passado, o YouTube testou uma ferramenta de IA chamada “Dream Track”, que permite a criação de clipes musicais com prompts de texto, imitando o som e letras de artistas conhecidos. Apenas 10 artistas participaram da fase de testes, e a ferramenta foi disponibilizada a um grupo restrito de criadores.

O YouTube pretende expandir o uso de ferramentas de IA para gerar músicas este ano e está em busca de novos acordos com gravadoras, em um contexto onde outras empresas de IA, como a OpenAI, já estão fechando acordos de licenciamento valiosos com grupos de mídia.

Os acordos propostos pelo YouTube não seriam licenças gerais, mas aplicadas a um grupo seleto de artistas, com pagamentos únicos, similares aos realizados por empresas de mídia social para acesso a músicas. Esses termos ainda estão em negociação e podem mudar.

A Sony Music, que não participou da primeira fase de testes, está em negociações para disponibilizar suas músicas nas novas ferramentas, enquanto Warner e Universal, cujos artistas participaram da fase de testes, também estão considerando expandir o produto.

Enquanto isso, mais de 200 músicos, incluindo Billie Eilish e o espólio de Frank Sinatra, assinaram uma carta aberta expressando preocupação com o impacto da IA no valor de seu trabalho. O YouTube afirmou que continuará a testar novas ideias e aprender com os experimentos, mantendo a inovação como parte central de seu processo.

Foto; Chris Ratcliffe/Bloomberg

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