PESQUISA MOSTRA GOSTO MUSICAL DE CADA REGIÃO DO BRASIL

Nesta semana, o projeto Hello Monitor Brasil divulgou o resultado de sua pesquisa sobre o gosto musical da população de cada região no Brasil. No país, o consumo de música brasileira é maior do que as de línguas estrangeiras. Sem grandes novidades, o sertanejo é o gênero preferido dos brasileiros.

De acordo com os dados da pesquisa no portal Adnews, o sertanejo é o gênero mais ouvido no país em 2019. A cada dez pessoas, seis possuem gosto musical pelo gênero. Além do sertanejo,  a MPB (46%) e o gospel (43%) seguem como os gêneros mais ouvidos pela população.

Quando cada região é analisada, algumas diferenças são notadas. No Centro-Oeste, 87% dos ouvintes ouvem sertanejo, sendo que destes 60% são mulheres. Já no Norte, o Gospel Domina (52%), metade dos ouvintes são do sexo feminino. Enquanto isso, a MPB reina no Nordeste com 68% dos ouvintes preferindo o gênero, sendo 46% mulheres.

Outro dado interessante revelado na pesquisa é que a música pop costuma ser mais ouvida por pessoas de até 34 anos e depois volta a ser relevante para pessoas com 45 anos ou mais. Entretanto, pessoas com baixa escolaridade e que ouvem música pelo celular através dos serviços de streaming de música, o consumo do gênero é menor (o portal não revelou a porcentagem exata).

A música eletrônica mostrou ser mais popular entre homens, com formação profissional superior através de aplicativos como Spotify.

Foram entrevistadas 1230 entrevistas pessoas em 75 municípios das cinco regiões no país. os resultados possuem uma margem de erro de 3% para mais ou menos.

 

A disputa judicial pelos direitos autorais da vinheta “Brasil-sil-sil”

Há oito anos a Globo está em uma disputa judicial pelos direitos autorais da clássica vinheta dos jogos da seleção de futebol: “Brasil-sil-sil”.

De acordo com o Na Telinha, enquanto o ex-sonoplasta da Rádio Globo, José Cláudio Barbedo, afirma ser o autor da vinheta, por outro a emissora afirma que os direitos são dela e do locutor Edmo Zarife (1940-1999).

Em entrevista para o portal, José Cláudio Barbedo, o Formiga, revelou que trabalhou como sonoplasta por 30 anos no Sistema Globo de Rádio. Ele disse que criou a vinheta em uma tarde de domingo a pedido da rádio para as Eliminatórias da Copa de 70.

“A vinheta é uma criação minha. O que você tem na vinheta é um sinal eletrônico misturado com a voz do locutor da época, chamado Edmo Zarife. Quem criou o sinal eletrônico, quem dirigiu o Zarife na locução, quem fez todo o processo da vinheta foi eu. Quando eu entrei com um processo contra a Globo, em 2011, eu descobri que a Globo registrou a vinheta em nome dela”, contou Formiga.

“O meu processo é para que eles reconheçam meus direitos, por eles terem registrado, ilegalmente e injustamente, a Rádio Globo e o Edmo Zarife como criadores da vinheta. Ele foi apenas o locutor e teria o direito de receber o direito de voz dele, mas não a criação da vinheta. A criação é minha”, completou.

Segundo o portal, o processo está em discussão na 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sob número 0165135-08.2013.8.19.0001 e tem como alicerce a Lei 9.610/98 (Lei de Direito Autoral).

A advogada de Formiga, Lígia Valeria Bonfim Saraiva, explicou como está a situação judicial do caso: “O processo se encontra em fase de conhecimento, sendo alvo de diversos recursos protelatórios das Rés. Todos os recursos até então promovidos pela Globo Comunicação e participações S.A e pela Rádio Globo não tiveram sucesso e esperamos em breve que seja designada a audiência para colheita da prova testemunhal, bem como seja realizada a perícia técnica requerida”.

Lígia também explicou o motivo da não suspensão sobre o uso da vinheta: “Enquanto não for encerrada a instrução entendemos não ser prudente requerer a suspensão da vinheta, em que pese não haver notícias nos autos da ação quanto a renovação do contrato de cessão de direitos que foi assinado em 01/06/1998 com vigência de 20 anos para a veiculação da vinheta na grade de programação do conglomerado Globo. Destacamos que o contrato expirou em 01/06/2018 e foi assinado entre as empresas Globo e o locutor Edmo Zarife, tendo injustiçadamente sido excluído o criador da combinação dos efeitos sonoros – radialista Formiga”.

 

Foto: Globo/Divulgação

150BPM: O PRIMEIRO PRODUTO CRIADO POR ANITTA EM PARCERIA COM A SKOL BEATS

A cantora Anitta anunciou em seu Instagram o resultado do o 150 BPM, seu produto criado em colaboração com a Skol Beats.

De acordo com o Geek Publicitário, ainda não foram divulgadas maiores informações sobre o 150 BPM, apenas foi anunciado que a bebida possui um teor alcóolico de 13,9%, maior que as tradicionais da mesma categoria.

Vale lembrar que o nome 150BPM faz referência a velocidade de batidas conhecida no Funk. Segundo Lauro jardim, do Globo, a embalagem é de apenas 100ml e por isso a própria cantora vem chamando a bebida de “shot”.

“Eu queria dizer que aqui em casa já tem lançamento “Skol Beats” no meu lar. […] Logo, logo no mercado vocês terão este novo shot “Beats”, que deixa você muito… Fes… Festejante.”, disse Anitta em um vídeo nas redes sociais.

Ainda de acordo com o portal, o público associou a embalagem com a de uma droga chamada “poppers”,  para pacientes cardíacos, mas que acabou ficando popular entre adolescentes nos EUA e Europa.

Em um release divulgado pela Ambev, a Skol Beats 150BPM deve chegar às lojas até o fim e outubro. Como Chefe de criatividade e inovação da Skol Beats, Anitta deve criar pelo menos um novo produto ao ano.

O Episódio 10 do FF Podcast está imperdível. Com participação de Clarisse Falcão e o psicanalista Paulo Próspero, falamos sobre saúde mental na música, um assunto considerado um grande tabu no Music Business. OUÇA AQUI!

FESTIVAIS DOBRAM O FATURAMENTO APOSTANDO EM ARTISTAS NACIONAIS

A Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre como os festivais de música como o Meca, Rock the Mountain e Queremos! estão crescendo cada vez mais apostando em artistas nacionais.

O portal explicou que ao contrário do que acontecia no início dos anos 2010, onde os principais line-ups dos festivais no Brasil eram formados por artistas indie internacionais, hoje o que chama o público são os novos artistas brasileiros.

Meca: Segundo o diretor de novos negócios do Meca, Piti Vieira, no início o festival estava focado na cena internacional, mas há três anos, a edição em Inhotim, museu de arte contemporânea em Brumadinho (MG), fez muito sucesso com um line up liderado por Caetano Veloso e outros artistas brasileiros.

O festival teve sua primeira edição em 2010, na cidade de Atlântida (RS). Nos últimos anos, seu faturamento cresceu em 30% graças ao novo formato, há pretensão de levar o conceito para o exterior como os Estados Unidos e Europa.

Rock the Mountain: Festival que acontece em Itaipava, no Rio de Janeiro, desde 2013 vinha apostando em atrações internacionais. Entretanto, o aumento do dólar inviabilizou o evento em 2016/2017. No ano passado, uma nova produtora entrou para o time, e agora intenção é criar mais festivais até 2020.

“Com novo enfoque em artistas nacionais, o Rock the Mountain reuniu 7.000 pessoas em 2018. Neste ano, já ultrapassou o número de vendas do ano passado, e a expectativa é chegar a 12.000 ingressos vendidos até dezembro, quando acontece a próxima edição. No 4º lote, a entrada custa R$192 para os dois dias”, afirmou a folha.

Queremos!: A plataforma que realiza show de vários gêneros, confiou nos pedidos de seus usuários para montar o line-up de sua primeira edição em 2018. O festival apenas de artistas nacionais contou com um público de 5.500 pessoas e, em 2019, 8.000.

Felipe Continentino, diretor-executivo do Queremos! disse que além da curadoria, deve-se investir em infraestrutura adequada: “Havia restrição do público, que associava festival a perrengue, a um serviço não necessariamente bom. Nosso desafio é conseguir crescer a bilheteria sem perder uma boa entrega”, disse.

Vale lembrar que Pedro Seiler, um dos fundadores do Queremos participou do FF Podcast no Episódio “#8: Pop vs Indie”, e explicou mais sobre a plataforma e o processo de escolha das atrações para o festival. Confira AQUI!   

Foto: Mc Thaa, no Festival Meca Inhotim 2019/ Fernanda Tiné/ Divulgação

Vem aí o Spotify for Podcasters Summit

Na sexta-feira (4) rolou uma live especial para os membros do grupo do Música, Copyright e Tecnologia no Facebook. Pedro Bontorim, da Clav Music, falou sobre o mercado de podcasts e como este novo formato de conteúdo pode gerar grandes oportunidades.

Durante a live ficamos sabendo sobre um evento super bacana que o Spotify está promovendo, o Spotify for Podcasters Summit. Evento gratuito entre os dias 1 e 2 de novembro com palestras e workshops na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Os interessados em participar devem confirmar presença no evento no Facebook. Maiores informações ainda serão divulgadas!

SKOL BEATS ANUNCIA ANITTA COMO HEAD DE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

Nesta segunda-feira a Skol Beats anunciou que a cantora Anitta é a nova líder de criatividade e inovação da marca.

Segundo o Propmark, Anitta terá a missão de discutir novas estratégias de marketing, negócios e futuras novidades da Skol Beats. Além disso, a meta será lançar pelo menos um novo produto autoral por ano.

O primeiro deles já está confirmado para este mês. Será uma novidade inspirada, claro, no funk carioca.

“Gosto de ampliar todas as possibilidades da minha carreira e poder co-criar uma marca como Beats, que sempre fui apaixonada, é algo que me deixa cheia de orgulho. Adoro desafios que me forcem a fazer coisas novas, sair do meu quadrado e Beats me deu essa liberdade. Estou muito feliz”, disse Anitta.

“Anitta e Beats sempre quebram padrões. E agora, ela vai participar de todo o processo de criação com a gente, contribuindo para a evolução de Beats nos próximos anos”, completa Ricardo Dias, vice-presidente de marketing da Ambev.

“Agora, chegou o meu momento de dar um passo ainda maior e pensar a marca desde o planejamento até o lançamento de cada produto”, completa a cantora.

 

Foto: Fernando Souza

DIVAS POP LATINAS ESTÃO POR TODA PARTE, MENOS NAS COMPOSIÇÕES

A Billboard publicou um artigo sobre a queda do número de compositoras de músicas latinas. Apesar dos esforços feitos por gravadoras e serviços de streaming para aumentar este índice, em 2019 o número de compositoras nas paradas voltou a cair.

Segundo o portal, entre 2015 e 2016, a presença de mulheres compositoras na parada da Billboard “Hot Latin Songs” era de apenas 8%. A partir de 2017, diante deste cenário, várias iniciativas começaram a impulsionar a presença de mulheres compositoras, até que em 2018 o índice aumentou para 15%, com 36 músicas na parada escritas por mulheres.

Apesar disso, em 2019 o número músicas compostas por mulheres voltou a cair, com apenas quatro músicas no Top 10. Dessas quatro, as duas que chegaram a primeira colocação, “Chantaje” de Shakira (com Maluma) e “Dame Tu Cosita”, de Pitbull, El Chombo e Karol G, apresentavam homens.

Para o portal, a maior questão é que o raggaeton e a música urbana são os subgêneros mais dominantes nas paradas latinas, e historicamente favorecem os cantores do sexo masculino. Becky G, Karol G e Natti Natasha, que passaram do pop para a música urbana, são exceções por escreverem a maioria de suas próprias músicas.

A maioria das canções do estilo de música urbana são escritas sob uma perspectiva masculina porque todos os produtores, engenheiros, DJs e compositores latinos são homens. “A falta de mulheres no espaço criativo [é preocupante]”, diz Nir Seroussi, vice-presidente executivo da Interscope Geffen A&M. “Não há uma produtora feminina que eu conheça.”, afirmou.

A fim de mudar essa dinâmica, algumas iniciativas já estão em andamento. Como os esforços das gravadoras como a Sony Latin, em promover mais artistas femininas. Além disso, premiações como o “Premios lo Nuestro”, da Univision e o “Latin American Music Awards”, da Telemundo, pela primeira vez tiveram todas as apresentadoras femininas.

Aqui no Brasil, a matéria citou ainda a iniciativa Casa de Música – Escuta as Minas, um estúdio de gravação em São Paulo. “O objetivo era criar um espaço e ambiente seguros em um estúdio liderado por mulheres”, diz Mia Nygren, diretora administrativa do Spotify para a América Latina. A Casa de Música faz parte da iniciativa Listen to Women que o Spotify estreou no Brasil em 2018.

Mesmo com a baixa presença das mulheres nas composições, a compositora Erika Ender, que co-escreveu o megahit “Despacito”, está animada ao ver mais colegas em sessões de redação. Mas, diz ela, “minha percepção pessoal é que ainda não está sendo refletida nas tabelas. Talvez seja uma questão de tempo”.

Foto: Ilustração de Max-o-matic

OPORTUNIDADES NA INDÚSTRIA DA MÚSICA

 Quer anunciar uma vaga/workshop/evento? Envie um e-mail para gutabraga@hotmail.com; e patriciak_araujo@hotmail.com. Seu anúncio será divulgado em nossas redes sociais e newsletter. Fique atento às datas das vagas, pode ser que não estejam mais em aberto.

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Recordações do Futuro

Nesse momento de permanente transição do mercado musical, vale a pena refletir sobre os efeitos dessa nova era do streaming no imaginário das novas gerações.

Que tipos de lembranças e recordações ela irá gerar?

Andando pelas poucas livrarias que insistem em não se transformar em farmácias, é comum nos depararmos com livros narrando as trajetórias de rádios que fizeram parte da história de várias gerações de ouvintes mundo afora.

Publicações como “A Onda Maldita (Como Nasceu A Fluminense FM)” (de Luiz Antônio Mello), “A Caixa Mágica: Histórias De Vida Pelas Ondas Do Rádio” (do locutor Fernando Mansur) e “Todo Dia É Dia de Peel” (sobre o lendário John Peel, da Rádio BBC) são exemplos desse revival.

Isso tudo nos remete ao que um dia já foi o apogeu da indústria fonográfica: capas de disco conceituais (das gravadoras Blue Note e Elenco), ou eternamente pops como as do Pink Floyd e Led Zeppelin, concebidas pelos art designers da britânica Hipgnosis.

Tudo isso somado a um marketing intuitivo sem precedentes, que transformava bandas e artistas iniciantes de pequenos pubs em estrelas internacionais.

E o que nos reserva o futuro? Sobre o que versarão os novos livros ou e-books?

As playlists se tornarão inesquecíveis, ou tudo não passará apenas de uma simples comparação entre modelos de negócios dos principais players do mercado da era do streaming?

Saem de cena o vinil, as jukeboxes e os cds, e entram em campo os algoritmos e os coaches da inteligência artificial, com suas métricas digitais infalíveis!

As novas tribos se esquecerão assim daquilo que nunca lembraram: das capas dos discos que marcaram sua infância, da loja em que eles foram comprados com o dinheiro de suas mesadas, e do arranhão inesperado no disco dos Beatles em suas festas de 15 anos…

E assim então todos terão chips de memórias e recordações implantados, como em Blade Runner!

Mas, seja qual for o ritmo, seja qual for o andamento, uma única certeza ainda haveremos de ter.

Todos nós falaremos — e ouviremos! — a mesma língua. A música.

CARGO DE DIRETORIA DE PROGRAMAÇÃO DA GLOBO É OCUPADO POR UMA MULHER PELA PRIMEIRA VEZ

Na quinta-feira passada (11), a Globo anunciou que a executiva Leonora Bardini será a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora de Programação.

De acordo com o Observatório da Televisão, este cargo é de prestígio na emissora, e Leonora será subordinada a Amauri Soares, “chefão no setor desde 2013”.

Desde 2014, a executiva está na emissora, quando assumiu o cargo de supervisora executiva de Programação em São Paulo. A partir de 2016 até agora, vinha atuando como chefe da Curadoria de Conteúdo da Globo, na sede do Rio de Janeiro.

Como Diretora de Programação, Leonora terá como principal desafio reverter o avanço da concorrência em cidades como Salvador, Manaus e Goiânia, onde a Globo tem perdido a liderança das afiliadas para a Record TV e SBT.

Foto: Reprodução/Globo

Já está em dia com todos os episódios do FF Podcast? No episódio 7 o tema é: Pink Money na Música, com participação de Raquel Virgínia, cantora e compositora trans do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira, e Flávio Saturnino, fundador do portal Popline! OUÇA AQUI!