ROBERTO E ERASMO CARLOS PERDEM MAIS UMA DISPUTA POR DIREITOS AUTORAIS DE QUASE 30 COMPOSIÇÕES

Roberto Carlos e Erasmo Carlos perderam mais uma disputa judicial pelos direitos de suas obras. O caso se iniciou em 2018 como uma tentativa de recuperar 100% dos direitos de 27 canções que eles escreveram nos anos 1960, incluindo “Quero que vá tudo pro inferno” e “Parei na contramão”. As informações são da noticias.uol.com.br.

No processo, a defesa dos compositores alegou que os contratos realizados com a editora Irmãos Vitale S/A nos anos 1964, 1965 e 1966 tinham como objetivo permitir que a editora apenas explorasse comercialmente as canções, e não “vender” os direitos sobre elas.

Além disso, os advogados lembraram que a dupla era muito nova na época. Aos 23 anos, não tinham “a mínima noção da grandiosidade de seu legado”. E por isso, solicitaram a rescisão do contrato de cessão dos direitos das obras.

“Mas a intenção deles, assim como de qualquer compositor brasileiro, jamais foi a cessão perpétua e irrestrita de seu legado”, lembrou os advogados no processo.

Mesmo assim, nesta terça-feira (07/06), em uma nova audiência, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter a decisão de primeira instância segundo a qual “todos os instrumentos contratuais estabeleceram o caráter definitivo e irrevogável das cessões realizadas”. Roberto e Erasmo podem recorrer novamente da decisão, mantendo seus direitos morais como compositores.

Vale notar, que em novembro do ano passado os Roberto Carlos e Erasmo Carlos perderam outra disputa judicial, envolvendo outra editora, a Femata. Eles também buscavam interromper o contrato que dava parte dos direitos de cerca de 70 composições.

 

Foto: Rafael França/TV Globo/VEJA

 

SUCESSO DE CANÇÃO DE KATE BUSH EM STRANGER THINGS MOSTRA IMPORTÂNCIA DA SINCRONIZAÇÃO

O PODER DA SINCRONIZAÇÃO. O sucesso da nova temporada da série Stranger Things, da Netflix, trouxe de volta às paradas a música “Running up that hill”, da cantora britânica Kate Bush.  Entretanto, colocar o hit na trilha sonora da série não foi nada fácil, e precisou de muito esforço da equipe de sincronização.

De acordo com informações do Tenho Mais Discos Que Amigos, Nora Felder, supervisora musical de Stranger Things, foi quem escolheu a canção de 1985 para a cena no filme, e também ficou responsável por buscar autorização para incluí-la na produção.

Felder contou à Variety que precisou entrar em contato com a gravadora Sony para pedir autorização da cantora para a sincronização – termo usado quando uma canção é usada em alguma cena de uma produção audiovisual. Uma tarefa praticamente impossível, já que Kate Bush não concorda com este tipo de uso de suas músicas. Foi o que Wende Crowley, vice-presidente sênior do departamento de marketing, cinema e TV da Sony, explicou:

“Kate Bush é bastante seletiva quando se trata de licenciar músicas. E, por causa disso, nos certificamos de obter páginas de roteiro e gravações para ela revisar, para que pudesse ver exatamente como a música seria usada”.

Após negociações, representantes da cantora receberam a equipe da série e gravadora, até que por fim, Kate liberou o uso de sua canção e disse que era fã de Stranger Things.

A parceria deu tão certo que hoje a música já está na 8ª posição das mais tocadas nas paradas americanas. Um grande marco, pois na época em que foi lançada, “Running up that hill”, ficou apenas na 30ª posição no ranking da Billboard.