GESTÃO COLETIVA: CISAC DESTACA AVANÇOS DE AÇÕES PARA PROTEGER DIREITO DOS AUTORES

Nesta manhã, a CISAC – Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores – publicou seu relatório anual para divulgar as atividades que tem realizado para proteger os criadores e ajudar a impulsionar suas receitas.

Entre os destaques do relatório, a CISAC falou sobre sua iniciativa global Creators for Ukraine, para ajudar criadores e refugiados ucranianos na Guerra contra a Rússia. As sociedades da CISAC contribuíram com 1,4 milhão de euros, que foram distribuídos a criadores individuais e instituições de caridade que ajudam as vítimas da guerra.

Além disso, a entidade citou questões importantes que envolvem compositores no mundo, como o impacto da inteligência Artificial nos Direitos Autorais, a campanha internacional ‘Your Music Your Future’ contra buyouts, e estudo de casos com foco em quatro territórios desenvolvendo sistemas de apoios aos direitos de roteiristas e diretores de audiovisual.

“Sempre uma excelente publicação para entender as movimentações da gestão coletiva global. Desafios imensos, muito trabalho pela frente em um mundo em aceleração intensa e de difícil compreensão”, pontuou Peter Strauss em nosso grupo no Facebook.

Pra Marcelo Castello Branco, o Presidente do conselho da CISAC, apesar dos grandes desafios, a associação continua construindo uma rede de apoio para os compositores:

“Os últimos dois anos foram muito exigentes, com desafios sem precedentes, reduções de custos e um constante redirecionamento de nossas prioridades. No entanto, a organização sempre enfrentou esses desafios. É por isso que estou esperançoso de que iremos, como rede, continuar a fornecer um alto nível de serviços e orientação, num momento em que a rápida evolução requer flexibilidade e visão. Isto é a CISAC que estamos construindo hoje”.

CLIQUE AQUI  e confira na íntegra o relatório da CISAC

MÚSICOS E INTÉRPRETES PASSARÃO A RECEBER DIREITOS CONEXOS NA FRANÇA

Nesta semana sindicatos e entidades ligadas à música na França realizaram um acordo, junto aos produtores fonográficos, para que intérpretes e músicos também recebam direitos conexos em plataformas de streaming. As informações são da ubc.org.br.

De acordo com o portal da associação brasileira, os produtores fonográficos concordaram em ceder parte (até 11%) das receitas que recebem por execuções de músicas nas plataformas de streaming, para que músicos e intérpretes recebam os direitos conexos.

A mudança se mostra mais do que necessária, já que anteriormente, os profissionais recebiam receitas conforme o que era estabelecido em contratos individuais assinados diretamente com produtores/gravadoras/selos.

Além disso, o movimento pode influenciar para que o mesmo ocorra em outros países, como Brasil. É o que explicou Ana Zan Mosca, advogada paulistana especialista em direitos autorais, à UBC:

“É uma mudança completa de lógica. Uma decisão como essa abre as portas para acordos similares em outros países, como o nosso. As entidades que representam os músicos e intérpretes no Brasil agora têm um caso simbólico no qual se amparar para exigir o mesmo por aqui”.

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