Riachuelo terá que pagar multa de R$269 mil por violar direitos autorais

A loja de departamentos Riachuelo foi condenada em mais de R$269 mil por violar direitos autorais. A marca terá que indenizar ainda em R$30 mil a autora da ação por danos morais.

De acordo com o portal Migalhas, a autora da ação alegou que é criadora da imagem de uma lhama rosa associada ao nome “Lhamastê” e que a empresa estava usando sua marca para vender e produzir peças de roupas sem sua autorização.

Em contestação, a Riachuelo defendeu que a autora não poderia provar a propriedade da marca uma vez que não há registros públicos. Além disso, as imagens usadas nos produtos são diferentes das apresentadas pela autora e que não possui condições de investigar a existência de direitos autorais de todos os produtos que compra para expor em seus estabelecimentos, sejam físicos ou virtuais.

Apesar de não haver registros públicos da propriedade, a juíza de Direito substituta da 14ª vara Cível de Brasília/DF, Thaís Araújo Correia,  favoreceu a autora da ação após avaliar seu  arquivo em um programa de computador.

“Por fim, a requerida não traz qualquer argumento plausível para afastar a autoria da obra, nem para comprovar que pediu autorização à autora para sua utilização no produto. Desse modo, mostra-se imperativo o acolhimento da alegação de que a autora é a criadora da imagem reivindicada na inicial e vendida pela ré. Portanto, é de se concluir que houve a contrafação prevista no art. 5º da lei 9.610/98, consistente na reprodução não autorizada da imagem descrita na inicial”, afirmou a juíza em sua decisão.

Além de ser condenada, a Riachuelo não poderá mais produzir ou comercializar os produtos dessa marca, sob pena de multa de R$100 mil por descumprimento. A empresa terá ainda que veicular, em jornais de grande circulação na cidade de São Paulo, que violou os direitos autorais que praticou.

Foto: Reprodução

 

Covid-19: Para cobrir receita, músicos pedem ao Spotify aumento dos pagamentos de royalties

Impedidos de fazer shows devido a pandemia do coronavírus, artistas estão pedido ao Spotify para aumentar suas taxas de royalties em uma petição.

Postada pelo músico Evan Greer na semana passada, a petição pede ao Spotify para triplicar as taxas de royalties e uma doação de US$500.000 ao fundo Covid-19 da Sweet Relief, uma instituição da Califórnia que dá assistência financeira à músicos e trabalhadores da indústria.

Em resposta ao pedido, um porta-voz do serviço de streaming disse ao The Guardian: “Não há dúvida de que este é um momento desafiador para a nossa comunidade de criadores e estamos trabalhando para ajudá-los através do fundo de ajuda Covid-19 do MusiCares para fornecer a assistência necessária”.

Foi informado ainda que o serviço deixou a disposição dos governos e instituições um espaço na plataforma para anúncios sobre segurança durante a pandemia.

A petição de Greer surgiu após o Bandcamp anunciar que a partir do dia 20 de março não iria cobrar sua parte na taxa de participação nos lucros por 24 horas.

Fundada em 2008, a Bandcamp é uma plataforma de streaming digital, compras e merchandising para artistas independentes. Sua proposta é oferecer maior transparência do que as tradicionais plataformas de streaming.

Vale lembrar que os serviços de streaming também estão sofrendo um pouco do impacto  causado pela pandemia. Analistas da Quartz descobriram que na Itália, um dos países mais atingidos pelo Covid-19, as 200 principais músicas mais ouvidas no Spotify apresentaram uma queda de 23% nas transmissões. De 18,3 milhões de transmissões por dia em fevereiro de 2019 para 14,4m em 9 de março, data do bloqueio de circulação no país.

Resultados semelhantes foram apresentados em outros países que também foram afetados pelo vírus como EUA, Reino Unido, França e Espanha.

Foto: Dado Ruvić/Reuters

Arnaldo Antunes aciona Justiça por música usada em convocação de ato pró-Bolsonaro

Nesta terça-feira (25) de Carnaval, o cantor e compositor Arnaldo Antunes publicou um vídeo em seu Instagram para informar que sua música foi usada de forma indevida na divulgação do ato contra o Congresso Nacional.

De acordo com a Folha de São Paulo, a música “O Pulso” serviu de trilha sonora de um vídeo amplamente compartilhado, no qual convocava a população para um protesto pró-Bolsonaro contra o Congresso Nacional no dia 15 de março.

Composta por Arnaldo em parceria com Marcelo Fromer e Tony Belotto, a canção foi gravada pelos Titãs para o álbum “Õ Blésq Blom”, de 1989.

Em seu perfil nas redes sociais, Antunes declarou que ficou insatisfeito com o uso de sua música no vídeo, uma vez que o conteúdo não condiz com seus valores. Ele informou ainda que entrou na Justiça para penalizar os responsáveis.

“Acabei de ver que a música ‘O Pulso’, de minha autoria com Marcelo Fromer e Tony Bellotto, […] foi usada em um post de Olavo de Carvalho e compartilhado por outros perfis da extrema-direita para divulgar essa manifestação de 15 de março”, afirmou.

“Eu queria dizer que esse uso é indevido, não autorizado e vai contra tudo aquilo que eu prezo, defendo e acredito”, disse o músico.

O músico também saiu em defesa do Congresso e do STF: “Creio que as instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal preservam aquilo que nos resta ainda de democracia e elas têm que ser defendidas”.

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

Gusttavo Lima poderá pagar R$20 milhões por infringir Direitos Autorais

O compositor André Luiz Gonçalves abriu um processo contra Gusttavo Lima por uso indevido de direitos autorais da música ‘Fora do Comum’.

No processo aberto na 30ª vara Cível de Goiânia, o compositor André Luis afirma que aceitou de “boa fé” a proposta de Gusttavo Lima por uma sociedade, após o envio da gravação de sua música. Porém, André descobriu que o sertanejo editou e registrou a mesma com 50% de autoria.

“Para não perder tudo eu fui em outra editora pra registrar os meus 50% e não deixar de receber, porque quando eu fui registrar 100% da música no meu nome ele já havia feito o registro de metade. Ganhou esses anos todos com execuções nas rádios, plataformas digitais, além das vendas de CD’s e DVD’s”, declarou André ao jornal O Dia.

A reportagem afirma que Gusttavo Lima teria se comprometido a lançar outras canções e acrescentar o nome do compositor. “Ele disse que as músicas eram sucesso e que eu não precisava me preocupar porque eu teria retorno. (…) Disse que eu podia confiar nele e dar a parceria pra ele porque depois ele iria me devolver a minha parte através de outras músicas”. Porém essa parte nunca aconteceu, segundo o compositor.

De acordo com o Jornal Opção, Lima chegou a propor um acordo de R$50 mil parcelados em 10 vezes de R$5 mil, além da gravação de um disco. Entretanto, André recusou a oferta, já que a causa está estimada em R$20 milhões. O sertanejo ainda não se pronunciou sobre o assunto até o momento.

Foto: Reprodução

Escola é cobrada por exibir ‘O Rei Leão’ em evento beneficente

Na Califórnia, uma escola foi cobrada por exibir o remake de O Rei Leão durante um evento beneficente.

De acordo com o Observatório do Cinema, a Emerson Elementary School de Berkeley, recebeu uma cobrança por uma empresa que administra os direitos da Disney, de US$250 pela exibição do filme durante um evento para alunos e pais.

A cópia do filme foi adquirida pelo pai de um aluno que queria contribuir com o evento que teria a finalidade de levantar fundos para a escola. Com a notícia da notificação, as pessoas ficaram revoltadas.

Com a repercussão, a notícia chegou até o CEO da Disney, Bob Iger. Em seguida, uma mensagem no Twitter pedia desculpas pelo ocorrido, já que era para um boa causa. O CEO fez questão de doar dinheiro do próprio bolso para a escola:

“A Disney pede desculpas para a Emerson Elementary School PTA e eu vou doar pessoalmente para a campanha de doação da escola”, disse o CEO da Disney.

O Rei Leão já chegou no Disney+, que será lançado no Brasil ainda neste ano.

Foto: Reprodução

A Revolta dos Artistas na Alemanha por melhores remunerações em serviços de streaming

Enquanto o assunto do fim de semana no mercado musical era a cerimônia do Grammy 2020, na Alemanha, as principais gravadoras recebiam uma carta de convocação para uma reunião a fim de discutir melhores remunerações para artistas em serviços de streaming.

Segundo o Music Business Worldwide (MBW), a carta publicada no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (F.A.S), ganhou uma manchete intitulada como ‘Der Aufstand der Stars’ – ‘A Revolta das Estrelas’- e foi assinada por representantes dos maiores artistas da Alemanha, como a banda Rammstein e Helene Fischer (foto) – artista da Universal Music, que vendeu mais de 15 milhões de discos em todo o mundo.

Os representantes dos artistas querem alterar e reestruturar o modelo de cobrança e remuneração na área de streaming. Para o MBW, pode-se sugerir que há uma busca por mudanças no estilo de pagamento “centrado no usuário” dos serviços de streaming, que até o momento foram reticentes em adotar esse modelo.

Vale lembrar que no ano passado, a Deezer anunciou que planejava lançar um piloto de um sistema de pagamento ‘centrado no usuário’ em 2020, se pudesse obter o suporte necessário das principais gravadoras.

Além do apelo, a carta convoca as gravadoras para uma reunião em Berlim em fevereiro para discutir o assunto.

Em resposta,  a Warner Music afirmou que não participará da reunião devido a “preocupações antitruste que seriam criadas por poderosas empresas de música e muitos representantes de estrelas se reunindo para discutir acordos coletivos de negócios”. Em vez disso, a Warner diz que “conversas bilaterais” estão sendo realizadas.

A BMG, publicou uma nota afirmando que o debate é necessário: “Congratulamo-nos com essa tentativa de destacar algumas das iniquidades do contrato tradicional de gravação. Esta carta é assinada por alguns dos mais respeitados gerentes musicais da Alemanha e deve ser levada a sério.

“Precisamos de um debate sensível e adulto. Não achamos justificável em um mundo em que as gravadoras não tenham mais os custos de pressionar, manipular e fornecer produtos físicos para tentarem manter a maior parte da receita de streaming. O mundo mudou. Está na hora das gravadoras mudarem também.”

A Sony e a Universal ainda não responderam publicamente. No primeiro semestre de 2019, a indústria musical alemã teve sua maior taxa de crescimento de receita desde 1993. Um crescimento de 7,9%, de acordo com a Associação Alemã da Indústria Musical (BVMI).

Foto: Reprodução

O FastForward Podcast voltou, após uma pausa para as comemorações de fim de ano. Então, vamos falar sobre “Músicas do Verão e do Carnaval? APERTA O PLAY!

ARIANA GRANDE É ACUSADA NOVAMENTE DE PLÁGIO POR “7 RINGS”

Um dos grandes hits da cantora Ariana Grande, “7 Rings”, foi novamente acusado de plágio. Desta vez, o rapper Josh Stone, também conhecido pelo nome DOT, afirma que o sucesso de Ariana possui elementos de sua música “You Need It, I Got It”, de 2017.

De acordo com o Music Business WorldWide, no processo aberto na semana passada no Distrito Sul de Nova York do Tribunal Distrital dos EUA, Stone alega que se encontrou com o produtor de Ariana, Tommy Brown, antes da música ter sido lançada.

Josh diz que “literalmente, cada uma das 39 notas respectivas de” 7 Rings” é idêntica às 39 notas de “I Got It” do ponto de vista da localização métrica”. A Universal Music e vários outros nomes também foram envolvidos.

Anteriormente, a música que possui a melodia de “My Favorite Things”, do musical “A Noviça Rebelde”, também já foi contestada pelo rapper 2 Chainz. Mas o caso foi resolvido amigavelmente.

Nos últimos meses estamos acompanhando uma série de casos de violação de direitos autorais em grandes hits, como Dark Horse de Katy Perry – sucesso de 2013 que está em fase de recursos onde a cantora terá que pagar quase US$3 milhões por indenização ao compositor Lizzo.

ECAD ARRECADA R$1 BI EM 2019

O Ecad anunciou que arrecadou mais de R$1 Bilhão em 2019, com média de repasse foi de R$2.570 para cada titular.

A superintendente do Ecad, Isabel Amorim, revelou ao Estadão que em 2019 o Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – arrecadou o valor de R$1.121 bilhão.

Segundo o portal, Isabel afirma que a entidade tem cada vez mais investido em tecnologia para trazer maior agilidade nos processos de suas equipes. Uma delas permite “a leitura de fonogramas numa média de 67 segundos”, providência essencial “na hora em que novos players, tipo Amazon ou Netflix, ampliam o serviço de forma gigantesca”.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal Isabel Amorim

 

Já ouviu o último episódio de 2019 do Fast Forward Podcast? “2010’s: Retrospectiva e Melhores da Década” teve como convidado Lucas Lopes, Label Manager Internacional da Warner. OUÇA AQUI!

POLÊMICA SOBRE CASO A FAVOR DA PARÓDIA DE TIRIRICA É ESCLARECIDA

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) favoreceu o humorista Tiririca, pela paródia de uma música de Roberto Carlos, feita em sua campanha política em 2014. Desta vez, o motivo da repercussão foi por uma nota do O Globo em que afirmava que a situação era um “disparate” às leis sobre Direitos Autorais.

Ao fazer uma paródia em sua campanha política em 2014, o humorista Tiririca foi acusado pela EMI (da Sony) por violar os direitos autorais da música “O Portão”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Apesar de ter sido condenado em 1ª instância a pagar indenização à EMI, o STJ anulou a condenação em novembro do ano passado e aceitou o argumento de que Tiririca teria feito uma paródia, permitida em campanhas eleitorais.

Recentemente, em um novo julgamento, o STJ favoreceu o humorista por uma decisão unânime.  A notícia ganhou uma nota no jornal O Globo, onde afirmava que a situação é um “disparate” já que Tiririca “plagiou uma música” só para ganhar votos.

Diante da polêmica, o portal “Tenho Mais Discos Que Amigos” publicou um artigo escrito pelo advogado Guilherme Coutinho para esclarecer os fatos.

Para Guilherme Coutinho, a decisão do STJ é válida: “o Superior Tribunal de Justiça teria apenas cumprido o que diz a lei, já que as paródias estão dentro das exceções dos direitos autorais no Brasil”.

A lei permite em alguns casos que uma obra protegida pode ser utilizada sem autorização. Um deles é a paródia. Seu uso é livre desde que, segundo a lei, “não forem verdadeiras reproduções da obra original nem lhe implicarem descrédito”.

“Obviamente “descrédito” é algo subjetivo, até porque geralmente paródias utilizam humor, então para caracterizar alguma desvalorização seria preciso algo mais concreto do que a mera utilização de ironia”, esclareceu Guilherme.

“A utilização de obra em propaganda política, principalmente caso o candidato defenda valores opostos ao do autor, é algo que poderia ser caracterizado com descrédito, mas a decisão do STJ aponta que a finalidade da paródia (se comercial, eleitoral, educativa, puramente artística ou qualquer outra) não deve ser levada em conta na análise, já que a legislação não diferencia o intuito da nova versão, todas seriam livres”, continuou.

Guilherme explicou que a questão dos direitos morais dos autores deveria ser discutida apenas se Roberto e Erasmo Carlos tivessem participado da ação. No caso, quem iniciou a ação foi a EMI. Vale lembrar pela legislação, os “direitos morais não podem ser transferidos, assim a editora não poderia reivindicar estes direitos”, explicou o advogado.

“Desta forma, eventualmente, o caso poderia ter uma análise diferente se os autores tivessem participado ativamente do processo. Coube à editora requerer um ressarcimento econômico de Tiririca, assim como solicitar que fosse interrompida a utilização sem autorização”, justificou o advogado.

Foto: Reprodução/YouTube

OAB vai ao STF contra MP que extingue cobrança de direitos autorais em quartos de hotéis

Na sexta-feira (20), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da medida provisória (MP) que extingue o pagamento de direitos autorais em quartos de hotéis e cabines de cruzeiros marítimos.

Segundo O Globo, a OAB considera que a MP não preenche os requisitos básicos para sua alteração. Além disso, a entidade aponta que já existem projetos de lei em tramitação avançada no Congresso Nacional, e não há justificativas que comprovem os seus efeitos para o incentivo ao turismo.

Consta ainda na ação, a informação de que isenção concedida pela MP já foi contestada pelos tribunais superiores, “pela afronta ao direito autoral, não havendo justificativa para a urgência em superar esses entendimentos”, informou o portal.

“Ao promover uma alteração unilateral e sem a devida justificativa, à revelia dos demais poderes, o presidente da República desbordou os estreitos limites constitucionais de sua atuação atípica no exercício da função legislativa”, diz o texto da ação.

Vale lembrar que no início do mês, vários artistas como Frejat e Ivan Lins entregaram ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, um manifesto para solicitar apoio para impedir a aprovação da lei. O documento foi assinado por 120 músicos entre eles, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Anitta, Milton Nascimento e Marisa Monte.

Foto: Eugênio Novaes / Divulgação