PELA 1ª VEZ UMA MULHER GANHA SOZINHA O GLOBO DE OURO DE TRILHA SONORA

Neste domingo (5) aconteceu a cerimônia do Globo de Ouro, e pela primeira vez uma mulher ganhou sozinha como Melhor Trilha Sonora.

Segundo a Variety, a compositora islandesa Hildur Guðnadóttir, além de fazer história com sua conquista pelo filme Coringa, também  foi a segunda compositora  a ser premiada no Globo de Ouro. A primeira foi Lisa Gerrard, em 2000, como Melhor Trilha Sonora pelo filme Gladiador, uma composição em parceria com Hans Zimmer.

De acordo com o MulhernoCinema.com, desde 2009 uma mulher não era indicada na categoria.

A conquista da compositora é de relevância tanto para o mercado musical quanto para o cinematográfico, visto que em um estudo de 2018, a San Diego State University revelou que mulheres representaram apenas 6% dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos.

Além da trilha sonora para o Coringa, Guðnadóttir também fez trilhas sonoras de filmes como Maria Madalena (2018) e de séries como Trapped e Chernobyl, pela qual ganhou o Emmy. A compositora também deve ser indicada ao Oscar.

Foto: reprodução

Especialistas apontam as principais tendências para o mercado musical em 2020

Com o fim do ano, sites especializados no mercado musical tentam prever as tendências para o mercado musical em 2020. O portal Synchtank.com chamou alguns do nomes mais brilhantes da indústria da música internacional para fazer essa tarefa.

Cherie Hu – Jornalista e Autora do Water & Music Newsletter

Para Cherie é difícil prever o futuro da indústria da música, é mais fácil acompanhar os assuntos atuais, pois eles estão influenciando as estratégias para o futuro do mercado.  Entretanto, a jornalista afirma que há três questões principais a serem pensadas como tendências para o mercado musical:

  1. Relacionamento com o cliente/fãs (CRM): Artistas devem saber qual o seu público. Cada vez mais os artistas querem ter informações sobre quem são seus fãs e como centralizar esses dados em um local centralizado, em vez de fragmentado em vários intermediários. Cherie conta que há grandes celebridades que chegam a compartilhar números de telefone nas mídias sociais para pedir aos fãs que enviem mensagens de texto para elas.
  2. Fontes alternativas e sustentáveis ​​de capital para artistas: A queda da PledgeMusic, revelou uma nova lacuna de mercado nas ferramentas de financiamento e marketing direto aos fãs. Ela acredita que o surgimento de novas startups de financiamentos coletivos podem transformar os fãs em investidores de álbuns de artistas em troca de uma parcela dos royalties o que tornará a indústria mais democrática.
  3. Ainda não sabemos quem é o “dono” da indústria da música –   O atual entendimento sobre quem detém o poder da indústria da música será constantemente “distorcido” e “desafiado” em 2020, uma vez que a todo momento aquisições, fusões e parcerias estão acontecendo no mundo e transformando o mercado musical.

Mark Mulligan – Diretor Gerente da MIDiA Research

Mark Mulligan afirma que as maiores mudanças serão notadas apenas a longo prazo, e por isso prefere prever as tendências para o mercado musical, mas pensando na próxima década:

  1. A década do empoderamento do criador: Assim como Cherie Hu, Mulligan destacou o artista independente: “A década de 2020 será a década do criador independente”, afirmou o executivo.

Como a maioria dos artistas independentes também são compositores, surgirão mais serviços para atender suas necessidades, como CD Baby e Tunecore. Além disso, com o aumento dos podcasts, mais artistas se tornarão criadores de áudio em um sentido mais amplo. A independência está se tornando um estado de espírito. Empresas de música tradicional já estão tendo que adaptar seus modelos de negócios às necessidades desses artistas.

  1. Distribuição versus direitos: A medida que serviços de streaming como o Spotify avançam progressivamente na cadeia de valor, a relação selo/distribuição terá sido redefinida. “Por bem ou por mal…”.
  2. Principais empresas de tecnologia se tornarão potências: Empresas como Amazon e a Apple se tornarão grandes “salas de máquinas do conteúdo digital”, agregando serviços de conteúdo a outros produtos. Ambos já estão em fase experimental oferecendo pacotes de dispositivos. A música se tornará apenas um componente dos pacotes de assinatura com vários conteúdos. “Por exemplo. o iPhone 12 Premium Edition pode vir com música, TV +, Arcade, Notícias + e mais por 18 meses incluídos”.
  3. Crise de descoberta…e solução: Mulligan conta que estamos ouvindo muito mais música. Entretanto, descobrindo pouca coisa nova. O envolvimento com artistas também está caindo. “O streaming está se tornando um beco sem saída para o envolvimento de artistas e fãs. Essa crise vai piorar antes de melhorar. Mas vai melhorar.”, afirma. Com isso, novas ferramentas e insumos serão usados ​​para direcionar a personalização.
  4. Avaliações de catálogos reinventadas: A atual corrida do ouro no catálogo de músicas baseia-se fortemente nas visões tradicionais de como avaliar a música. Mas com o streaming transformando como a música é consumida, as antigas metodologias de avaliação logo se dobrarão. “O dinheiro inteligente funcionará com formas radicalmente novas de definir valor”.
  5. O fandom se tornará a nova moeda: À medida que o crescimento da receita de streaming diminui, crescerá a procura por serviços de música vindos do Oriente, como os oferecidos pela chinês Tencent. Estes monetizam os fãs. Assim, no Ocidente, esse serviços gerarão novas receitas vindas especialmente do público mais jovem. Os serviços de música seguirão o exemplo de games como o Fortnite. O Facebook espera ser o criador de mercado para os fãs do Ocidente, mas a Bytedance pode ser a ponte entre o Oriente e o Ocidente, no consumo e fãs.

Dan Runcie – Jornalista e autor do Trapital, the Hip Hop Business & Strategy Newsletter

Para o Runcie, a saúde mental terá um papel importante na maneira de como os artistas abordarão seus negócios em 2020. Avanços na tecnologia como VR, AR e realidade mista trarão novas alternativas de envolvimento em ambientes mais controlados e mais criativos para o artista e os fãs.

Artistas poderão criar novos negócios em espaços de mídia, focar em venda de mercadorias e muito mais. Além disso, artistas poderão fazer apresentações ocasionais em line-ups de  festivais, sem serem submetidos a turnês que exigem tanto desgaste mental quanto físico.

“Pode ser desanimador ouvir sobre a ansiedade que nossos artistas favoritos têm em suas turnês. Mas também devemos nos sentir encorajados por haver mais opções hoje do que nunca”, afirma o jornalista.

Michael Donaldson – fundador do 8DSync & 8sided.blog

Michael fez previsões com relação aos artistas independentes. Ele afirma que mídias sociais abriram muitas portas para esses artistas: “O marketing independente caiu no cavalo de tróia das mídias sociais, com muitos artistas contando exclusivamente com os gostos do Facebook para divulgar a mensagem”, afirmou.

“Assim, artistas independentes estão cada vez mais introduzindo estratégias domésticas que estão inteiramente sob seu controle. Vemos isso na conversa crescente sobre recuperar fãs, apoio direto de artistas e a importância de “histórias” individuais. E vemos novas reviravoltas nos conceitos antigos. Listas de e-mail, sites de artistas criativos, blogs, divulgação de base localizada – táticas que antecederam as mídias sociais, agora reunidas com as mais recentes inovações tecnológicas”, contou ao portal.

Para Michael, no futuro, as redes sociais continuarac sendo uma ferramenta importante, mas não a única. “Artistas independentes entenderão que, junto com o crescente interesse em possuir mestres e administrar direitos, o controle sobre como alcançam e interagem com seu público é igualmente vital”, prevê.

 

Foto: Reprodução/Synchtank.com/blog

 

PROPRIETÁRIA DO TIKTOK LANÇARÁ NOVO SERVIÇO DE STREAMING

O Financial Times informou hoje (18) que a ByteDance, proprietária do Tik Tok, lançará seu serviço de streaming de músicas.

De acordo com o portal, a startup mais valiosa do mundo está realizando acordos de licenciamento com algumas gravadoras, principalmente  Universal Music, Sony Music e Warner Music.

A previsão é de que se esses acordos forem fechados, logo em dezembro o novo serviço – ainda sem nome – poderá chegar em países como Índia, Indonésia e Brasil, antes de chegar aos EUA.

Além disso, já foi anunciado que o novo serviço terá uma biblioteca de vídeos curtos que podem ser sincronizados com músicas à medida que os usuários ouvem.

Vale notar que as notícias sobre a novidade podem coincidir com um relatório da Sensor Tower afirmando que o TikTok ultrapassou a marca de 1,5 bilhão de downloads na App Store e no Google Play.

Em 2019, o TikTok foi baixado 614 milhões de vezes, sendo o terceiro aplicativo não relacionado a jogos mais baixado no mundo.

Foto: Reuters

STJ ANULA CONDENAÇÃO DE TIRIRICA POR USAR MÚSICA DE ROBERTO CARLOS EM CAMPANHA ELEITORAL

O STJ anulou a condenação de Tiririca por usar uma música de Roberto Carlos em sua campanha eleitoral.

Nesta terça-feira, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aceitou o recurso do deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, revertendo sua condenação por parodiar a música ‘O Portal’, de Roberto Carlos, em sua campanha eleitoral de 2014.

Segundo o JOTA, em sua campanha eleitoral de 2014, Tiririca apareceu vestido de terno branco e peruca, com uma porção de bifes, imitando gestos do cantor e cantando uma versão de sua música.

Em 1ª instância,  o deputado foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a pagar indenização por danos materiais à EMI Songs do Brasil, detentora dos direitos autorais da música. Entretanto, nesta terça-feira, o STJ aceitou o argumento de que o parlamentar apenas realizou uma paródia da propaganda da indústria de carnes Friboi. Portanto, não há vedação de paráfrases e paródias em campanhas eleitorais.

Além disso, o deputado defendeu que fez uma imitação cômica, assegurada pelo direito constitucional de liberdade de expressão.

“Esse caso é um caso clássico de liberdade de expressão. A lei dos direitos autorais, quando o Congresso editou esse artigo 47, já fez uma ponderação entre os interesses do autor e da coletividade em função da liberdade de expressão. Neste caso, esse balanço dos interesses, ela prestigiou a liberdade de expressão”, afirmou o advogado de Tiririca, Flávio Jardim após o resultado do julgamento.

Imagem: YouTube/Reprodução

 

O SEGREDO DE UM HIT ESTÁ NA COMBINAÇÃO DE CERTEZA E SURPRESA DE ACORDES, DIZ ESTUDO

Um novo estudo realizado pelo Instituto Max Planck de Cognição Humana e Ciência Cerebral, descobriu o que torna as músicas agradáveis. Para os cientistas, o segredo de um hit está em uma combinação de incerteza e surpresa de acordes.

De acordo com a IstoÉ, 80 indivíduos ouviram vários acordes em hits clássicos da Billboard dos EUA incluindo “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, dos Beatles, “Red red wine”, da UB40, e “Knowing me, knowing you”, do ABBA.

A partir de um modelo de aprendizado de máquina capaz de quantificar matematicamente o nível de incerteza e surpresa, conectados a scanners cerebrais de ressonância magnética funcional (fMRI), os cientistas chegaram a conclusão de que os voluntários gostaram mais de músicas que têm progressões de acorde inesperadas do que aquelas que são previsíveis.

Os maiores beneficiados pelo estudo são os compositores em suas criações. Apesar de saberem de forma intuitiva que a expectativa é importante para que uma música seja mais agradável, agora temos a confirmação de que o prazer musical tem associação com a amígdala, hipocampo e córtex auditivo do cérebro – “regiões associadas ao processamento de emoções, aprendizado e memória, e processamento de sons, respectivamente”, informou a IstoÉ.

Segundo o portal, o estudo está ligado à musicologia computacional, um novo campo que estuda a ciência e a arte. Vicent Cheung, coordenador do estudo disse que quer ir além e investigar melodias.

Resta saber se os novos dados poderiam ajudar na fórmula mágica para a criação de músicas perfeitas: “É uma característica importante que pode ser explorada, mas não seria a única coisa que pode ser usada para criar uma música pop”, disse Vicent Cheung.

O top três das progressões de acordes mais bem avaliadas pelos participantes são “Invisible Touch”, da banda inglesa Genesis , o hit “Hooked On A Feeling”, de BJ Thomas, e o clássico dos Beatles “Ob-La-Di, Ob-La-Da “.

 

Foto: Canva

FAST FORWARD PODCAST É INDICADO AO PRÊMIO SIM

Nesta segunda-feira (4) o Prêmio SIM, da Sim São Paulo, anunciou os indicados na categoria Projeto do Ano e ficamos muito felizes em saber que o Fast Forward Podcast tenha sido um dos indicados.

A categoria reconhece as iniciativas do mercado musical que mais se destacaram ao longo do ano.

O Fast Forward, ou FF, é um podcast semanal de temas que evidenciam o mercado da música, sempre com convidados. O podcast é uma parceria entre Milk, Música Copyright e Tecnologia, U.Got Studios e Tenho Mais Discos que Amigos. Ouça Aqui!

A votação para o Prêmio SIM está aberta para quem é credenciado para a SIM 2019.

Foto: Divulgação

ISABEL AMORIM É NOVA SUPERINTENDENTE DO ECAD

O Ecad, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, anunciou nesta segunda-feira (4) Isabel Amorim  como sua nova Superintendente.

Segundo o portal da entidade, a atual Superintendente, Glória Braga, ficará no cargo até o dia 14/11, e então, deixará o escritório para trabalhar como consultora.

O portal informou que para a escolha de sua nova representante houve um processo seletivo rigoroso. Isabel terá como principal missão  tornar o Ecad cada vez mias digital e tecnológico, além de dar continuidade ao trabalho de Glória, trabalhando para o desenvolvimento da cadeia produtiva da música através da valorização dos direitos autorais.

“Estou muito feliz com o desafio e tenho certeza que, com o apoio de toda a equipe do Ecad e das associações, seguiremos inovando e acompanhando as mudanças do mundo digital para que a música esteja sempre viva, gerando cada vez mais renda e contribuindo para a indústria criativa do país”, disse a nova superintendente ao portal.

Foto: Reprodução

Podcasts geraram US$15,9 milhões para o Spotify no Q3

Ao publicar seus balanços financeiros para o terceiro trimestre de 2019, o Spotify informou que alcançou a marca de 113 milhões de assinantes pagos em seu serviço. Entretanto, todos os olhos estão voltados para a grande aposta do ano: o Podcast!

Em seu blog da Midia Research, Mark Mulligan realizou uma análise detalhada sobre os números dos podcasts para o Spotify no Q3.

5 motivos que levaram o Spotify a investir em Podcasts

Antes de entender os números é preciso entender um pouco sobre as razões que levaram o Spotify a inserir podcasts como uma estratégia de crescimento. Para o Mulligan, há cinco motivos:

1- Criação de conteúdo original em grande escala a médio prazo;

2- Criação de receitas para além da música a longo prazo;

3- Podcasts permitirão ao Spotify cumprir sua ambição: permitir que um milhão de criadores ganhem a vida de sua arte;

4- Diversificação de oferta de conteúdo;

5 – Oportunidade de crescimento de margens.

Além desses motivos, Mulligan apontou o rádio como um novo mercado a ser explorado pelo serviço: “O mercado de rádio comercial é um lago maior para se pescar do que o mercado de música gravada e representa uma oportunidade para impulsionar o crescimento contínuo dos investidores, de modo que anseiam que o crescimento de assinantes diminua”, analisou o executivo.

Analisando os números

Segundo os números do Spotify para o terceiro trimestre de 2019, 33,7 milhões de usuários geraram uma receita de US$15,9 milhões para o serviço. Durante o período, 14% dos usuários médios mensais (MAUs, sigla em inglês) transmitiram podcasts na plataforma.

Apesar do serviço de streaming ter conseguido se estabelecer como um player significativo no mercado global de podcasts, ainda está longe de se tornar o principal. Isso porque, segundo Mulligan, o Spotify terá apenas 5,5% da participação no mercado global de podcasts ao fim de 2019. Todavia, os movimentos da plataforma fazem parte de uma “estratégia defensiva” para despertar o interesse dos usuários.

Ainda há um longo caminho a ser explorado no mundo dos podcasts, e nós do MCT, temos certeza que muitas novidades surgirão. O Blog da MIDia Research informou que em breve será lançado um novo relatório ainda mais específico sobre o assunto.

Vale lembrar que nesta semana, o Spotify está realizando o Spotify for Podcasters Summit no Brasil, um evento com workshops e painéis para criadores de podcasts. Fábio Silveira, esteve presente e representou o Fast Forward Podcast no painel Música e Podcasts – SALA PRINCIPAL. E para quem não conseguiu comparecer, todos os painéis estão disponíveis no podcast do evento. Para conferir clique aqui.

Imagem: Canva

USUÁRIOS CRIAM PODCASTS DE MÚSICAS NÃO AUTORIZADAS E ENTRAM NAS PARADAS DO SPOTIFY

O G1 publicou uma denúncia sobre uma nova prática de violação de direitos autorais que está acontecendo no Spotify. DJ’s e fãs têm usado Podcasts para liberar versões de músicas que não foram lançadas oficialmente por grandes artistas como Lana Del Rey, Ariana Grande e Pabllo Vittar.

Quem segue nosso blog, com certeza percebeu o quanto falamos sobre Podcasts, e como esse novo formato tem sido uma grande aposta para tornar os serviços de streaming de música mais rentáveis.

Os podcasts funcionam como programas em que as pessoas podem falar sobre vários assuntos. Entretanto, alguns usuários descobriram uma brecha para inserir músicas raras e em versões que não foram lançadas oficialmente por artistas nas plataformas.

Parece que a coisa está fora de controle. Tanto que há podcasts com músicas em versões de brega-funk de músicas de Billie Eilish, Pabllo Vittar, Selena Gomes, Ariana Grande. Todas entraram no top 200 do Brasil. Os fãs fazem até montagens de capas, com as cantoras usando óculos “Juliet”, muito popular nos bailes.

De acordo com o portal, a “desculpa” para a prática está apenas na intenção de compartilhar as músicas com outros fãs. Só para se ter uma ideia, existe um podcast em que o conteúdo é apenas uma música, “Chapadinha”, versão criada pela cantora brasileira Duda Beat, de uma música da Lana Del Rey. A mesma não foi lançada, pois não foi autorizada por Lana, mas nesta quarta-feira (24) alcançou a posição 122º entre os podcasts mais ouvidos no país.

Não são só os fãs que andam espalhando músicas ilegalmente em podcasts. A prática também é feita por muitos Dj’s que usam o formato para divulgar seu trabalho. Este é o caso do DJ paulista Léo Alves. Ele contou ao G1 que usa seu podcast, “Só toca Funk”, para inserir músicas de funk-rave – uma mistura de batidas e vocais de funk com bases eletrônicas de Alok e Liu.

Apesar de saber que seu Podcast pode ser removido pelo Spotify, ele afirma que não se importa: “Estou divulgando as músicas, e nem fui eu que fiz. No YouTube você acha cada faixa dessa em uns 50 canais.” Nesta semana, o  “Só toca funk” chegou a 6a posição no Spotify Brasil.

Nessa história, os prejudicados são o compositores e artistas, que criam as músicas, mas não recebem os royalties.

A pedido do portal, o Spotify emitiu um comunicado explicando que tomará medidas para remover o conteúdo ilegal de sua plataforma: “O Spotify tem uma política de tolerância zero para conteúdo que viola direitos autorais em podcasts e, a partir do momento que tomamos conhecimento de um conteúdo potencialmente infrator, removemos do serviço. Isso inclui qualquer uso não autorizado de músicas protegidas por direitos autorais em podcasts.”

Foto: Divulgação/Billie Eilish

Dia do Podcast: Consumo de podcast no Brasil cresce 67%

No Brasil, nesta segunda-feira (21), é comemorado o Dia do Podcast. Para celebrar a data, o portal de tecnologia da Uol, Tilt, publicou uma pesquisa sobre o consumo de podcasts no país.

A pesquisa elaborada pela Deezer revelou que o consumo de podcasts no país cresceu 67%, em 2019. Além disso, 25% dos ouvintes no país, consome mais de uma hora de podcasts diariamente.

Houve aumento também no tempo de escuta na plataforma da Deezer. O índice em 2018, apresentava alta de 130%. De janeiro a setembro deste ano, este índice aumentou para mais 40% .

Segundo o portal, para mensurar todos os dados, foram avaliadas todas as plataformas de streaming de podcasts como Spotify, Apple e Gooogle.

O serviço de streaming notou ainda que a audiência de podcasts na plataforma aumentou em 117% nos últimos 12 meses.

“Existe uma gama imensa de criatividade e conteúdo feitos por produtores que vêm se profissionalizando, além de grandes veículos de comunicação estreando podcasts de peso em 2019”, disse Gabriel Lupi, chefe de conteúdo da Deezer Brasil.

De acordo com o portal, a tecnologia, como a popularização dos smartphones e o surgimento do 4G, contribuíram para o aumento no consumo de podcasts no país. Novas ferramentas e gadgets como o Echo, da Amazon, e o Nest Mini, do Google, estão criando bases para melhorar a experiência de consumo desse formato.

Vale lembrar que no início do mês rolou uma live super bacana com Pedro Bontorim da ClavMusic em nosso grupo do Facebook, ele nos explicou tudo sobre o mercado e as oportunidades dos Podcast. Confira AQUI!

Imagem: Getty Images/iStockphoto

 

O Episódio 12 do FF Podcast está no ar e o tema é: “E o vídeo na era do streaming?”. Com participação de Guilherme Figueiredo, Diretor de Marketing e Digital da gravadora Som Livre, e o diretor e editor de vídeos Pedro Magalhães. OUÇA AQUI!