Estudo da IPFI mostra os hábitos de consumo de música no mundo

Em novo estudo realizado ao redor do mundo, incluindo o Brasil, fãs de música estão descobrindo novas maneiras de consumir e se envolver com a música. Cerca de 68% do tempo dos usuários em plataformas de vídeo curtos, foram gastos consumindo vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança.

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), lançou nesta manhã (21) o resultado de seu estudo “Engaging with Music 2021” para descobrir os hábitos de consumo de música no mundo.

Para chegar aos resultados, a organização entrevistou 43.000 usuários de internet, de 16 a 64 anos, em vários territórios ao redor do mundo, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e outros.

No geral, a pesquisa identificou que os fãs não estão apenas ouvindo mais música, mas também, aproveitando para descobrir novas experiências e maneiras de se envolverem.

Graças ao streaming, fãs podem ouvir o que quiserem. Conforme a pesquisa 68% dos entrevistaram disseram que usam o streaming para pesquisar músicas específicas, enquanto 62% ouviram playlists mais de uma vez por semana, em alguma plataforma de streaming.

Em todo o mundo, os fãs de música estão tendo maior acesso a diferentes gêneros. Além dos estilos de músicas mais populares, foram citados mais de 300 gêneros, como o gqom, o axé e até o hokkien. Isso reflete que o cenário musical está cada vez mais rico, diverso e competitivo.

A música está impulsionando novas formas de envolvimento, gerando inovações, como vídeos curtos em aplicativos como o Tiktok, transmissões ao vivo e em games. O estudo da IFPI afirmou que 68% do tempo dos usuários em aplicativos de vídeo curtos, foram gastos em consumo de vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança. Além disso, um em cada três (29%) usuários afirmou ter assistido a uma transmissão ao vivo de música, como um show, nos últimos 12 meses.

O tempo gasto ouvindo música aumentou, mas nem tanto. Usuários de internet estão consumindo em média 18,4 horas ouvindo música (contra 18 horas em 2019), ou seja, uma pessoa pode ouvir cerca de 368 faixas de três minutos por semana.

Durante a pandemia a música contribuiu para o bem-estar das pessoas, proporcionando conforto e cura para muitos, especialmente para os mais jovens. 87% dos entrevistados disseram que a música proporcionou diversão e felicidade durante este momento. Enquanto 68% dos jovens de 16-19 anos disseram que os lançamentos de seus artistas favoritos os ajudaram neste período.

Apesar do aumento do consumo de música, a disponibilidade de música não licenciada continua sendo um problema para o ecossistema musical e continua impactando sua evolução. Quase um em cada três (29%) pessoas disseram usar métodos ou plataformas que não licenciam músicas, e 14,4% usaram plataformas de mídia social não licenciadas para fins musicais.

A CEO da IFPI, Frances Moore, disse que o “Engaging with Music 2021” mostra como os fãs ao redor do mundo estão se conectando com os artistas e a música. Agora as gravadoras precisam trabalhar em conjunto com as plataformas para criar experiências e garantir que artistas recebam de forma justa por seus trabalhos:

“A liberdade das gravadoras de licenciar música para essas experiências novas e envolventes é crucial para o crescimento futuro de todo o ecossistema musical. Estamos fazendo campanha em todo o mundo para garantir que os governos implementem um ambiente justo no qual esses acordos comerciais possam ser feitos.”, concluiu a CEO.

Resumo:

Em novo estudo realizado ao redor do mundo, incluindo o Brasil, fãs de música estão descobrindo novas maneiras de consumir e se envolver com a música. Cerca de 68% do tempo dos usuários em plataformas de vídeo curtos, foram gastos consumindo vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança.

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