Warner Bros pode vender direitos de trilhas de filmes e séries clássicas por U$500 milhões

A Warner Bros está em negociações para vender parte do seu catálogo musical de filmes e séries por aproximadamente US$500 milhões. A notícia foi divulgada inicialmente pelo site Hits Daily Double e confirmada pela Variety.

De acordo com O Globo, o catálogo musical do estúdio é um dos mais impressionantes de Hollywood, reunindo clássicos como “Casablanca”, “E o vento levou” e “Batman”, além de musicais como “Purple Rain”, e “Evita”.

A venda de 50% do acervo seria mais uma tentativa do CEO David Zaslav para tentar pagar a dívida da companhia, que atualmente está em torno de US$49,5 bilhões.

Analistas da indústria, no entanto, não acreditam que a venda do catálogo será um negócio fácil, uma vez que boa parte dele tem mais de meio século de idade e, portanto, está desvalorizando a cada ano que passa, correndo o risco de entrar em domínio público.

A Sony vem sendo apontada como possível destino do catálogo da Warner, que atualmente é administrado por meio de um acordo comercial com a Universal Music. Warner, Sony e Universal ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.

 

Foto: Batman 1989_divulgação

O reinado da Netflix pode estar ameaçado

Após a Netflix ter conseguido sucesso com sua plataforma de streaming, várias outras empresas de entretenimento começaram a entrar no mercado e ter sua própria plataforma. Em breve a Disney, Warner e Fox entrarão em cena e as famílias terão que decidir entre pagar mais ou deixar de assistir um determinado filme ou uma série.

Segundo o SFGate, as empresas de mídia estão buscando capitalizar a popularidade e a rentabilidade do streaming, fragmentando o mercado.

O grupo de pesquisa TDG prevê que todas as grandes redes de TV lançarão um serviço de streaming próprio nos próximos cinco anos. Isso significa que a Netflix, Hulu e outros podem ficar sem programas e filmes licenciados de seus futuros rivais. E a briga já começou, em dezembro, a Netflix pagou US$100 milhões para continuar licenciando “Friends” da Warner. Muitos fãs ficaram preocupados em não poder assistir a série no serviço.

O motivo principal para tanto interesse pelas plataformas de streaming são os dados. Apesar de ganharem muito dinheiro com os licenciamentos para a Netflix, com seu próprio serviço, essas empresas terão dados valiosos sobre quem está consumindo seus programas.

Além dos dados, ainda há muito lucro pelo caminho. Para serviços com opções baseadas em anúncios, esses dados se traduzem em mais dólares dos anunciantes. E os serviços que dependem apenas de receita de assinatura, as empresas de mídia podem usar os dados para adequar melhor suas ofertas aos gostos individuais, ajudando a atrair mais assinantes.

A existência de muitas opções de serviços de streaming nem sempre significa benefícios para o consumidor. Para obter uma programação completa, os telespectadores podem ter que assinar vários serviços, em vez de apenas um ou dois, gerando uma grande confusão.

O consumidor deve ficar atento ao bolso, pois ter vários assinaturas de serviços de streaming pode sair mais caro que um plano de TV a cabo. Cerca de US$107 por mês, segundo o Leichtman Research Group.

De olho nesse mercado, novos serviços estão surgindo na tentativa de agrupar as plataformas. Os clientes da Amazon Prime podem adicionar assinaturas da HBO, Showtime ou Starz. Os espectadores do Roku e do Chromecast podem acessar seus diferentes serviços a partir de um local central.

Para lidar com tantas mudanças, o consumidor deve ser paciente: “Estamos em uma época de mudanças dramáticas para os negócios de TV e vídeo. Haverá grandes benefícios e pontos de interrogação e consequências.”, afirmou o presidente do grupo de pesquisa TDG, Michael Greeson.