Spotify anuncia ajuda de US$10M para amenizar impacto do Covid-19 na música

Nesta terça-feira (24) publicamos uma notícia sobre uma petição para pedir que o Spotify aumentasse a porcentagem de royalties pagos à artistas, já que os mesmos estão sem renda e impedidos de fazer shows devido a pandemia do coronavírus.

Pois bem, acontece que hoje (25) o Spotify anunciou que fará uma contribuição financeira de US$10 milhões para ajudar artistas e outros membros do mercado musical durante a pandemia.

De acordo com o Music Business Worldwide, parte da ajuda será dividida a três importantes entidades nos EUA e no Reino Unido: MusiCares (EUA), PRS Foundation (Reino Unido) e Help Musicians (Reino Unido).

O serviço de streaming criou um site exclusivo para incentivar seus usuários a também contribuírem com doações para estes fundos. Sempre que uma doação for recebida, o serviço fará outra (equivalente a um dólar por dólar), até atingir o valor total de US$10 milhões, como prometido.

Além disso, um novo recurso será adicionado ao Spotify for Artists que permitirá aos artistas arrecadar fundos diretamente de seus fãs.

“Combater o impacto dessa pandemia na indústria da música exigirá um enorme esforço global, e estamos trabalhando para montar e otimizar esses novos recursos”, informou o serviço.

NA SEMANA DA MPB, MILTON NASCIMENTO RECEBE PRÊMIO UBC 2019

A Música Popular Brasileira está em festa! Não apenas pelo seu dia, comemorado nesta quinta-feira (17), mas também pela homenagem a Milton Nascimento durante a entrega do Prêmio UBC 2019.

A cerimônia aconteceu nesta terça-feira (15), e contou com homenagens de vários artistas consagrados da música brasileira como Maria Rita, Elba Ramalho, Chico César e João Bosco, cantando suas melhores versões das canções de Milton.

“Milton não é só daqui, ele é de outros planos, é de mil planos. Cantar qualquer coisa na frente dele me deixa nervoso e emocionado”, disse Chico César.

De acordo com a UBC, são mais de 400 obras de Milton Nascimento registradas na entidade. “Todas as músicas que componho são para Elis Regina cantar!”, diz uma referência do compositor que se tornou amplamente popular em sites de citações na internet.

Além de Milton, Glória Braga, superintendente executiva do Ecad, recebeu o Troféu Fernando Brant por sua trajetória e contribuição da gestão coletiva de direitos autorais no Brasil.

Foto: Gabriela Azevedo/Redes Sociais

DIVAS POP LATINAS ESTÃO POR TODA PARTE, MENOS NAS COMPOSIÇÕES

A Billboard publicou um artigo sobre a queda do número de compositoras de músicas latinas. Apesar dos esforços feitos por gravadoras e serviços de streaming para aumentar este índice, em 2019 o número de compositoras nas paradas voltou a cair.

Segundo o portal, entre 2015 e 2016, a presença de mulheres compositoras na parada da Billboard “Hot Latin Songs” era de apenas 8%. A partir de 2017, diante deste cenário, várias iniciativas começaram a impulsionar a presença de mulheres compositoras, até que em 2018 o índice aumentou para 15%, com 36 músicas na parada escritas por mulheres.

Apesar disso, em 2019 o número músicas compostas por mulheres voltou a cair, com apenas quatro músicas no Top 10. Dessas quatro, as duas que chegaram a primeira colocação, “Chantaje” de Shakira (com Maluma) e “Dame Tu Cosita”, de Pitbull, El Chombo e Karol G, apresentavam homens.

Para o portal, a maior questão é que o raggaeton e a música urbana são os subgêneros mais dominantes nas paradas latinas, e historicamente favorecem os cantores do sexo masculino. Becky G, Karol G e Natti Natasha, que passaram do pop para a música urbana, são exceções por escreverem a maioria de suas próprias músicas.

A maioria das canções do estilo de música urbana são escritas sob uma perspectiva masculina porque todos os produtores, engenheiros, DJs e compositores latinos são homens. “A falta de mulheres no espaço criativo [é preocupante]”, diz Nir Seroussi, vice-presidente executivo da Interscope Geffen A&M. “Não há uma produtora feminina que eu conheça.”, afirmou.

A fim de mudar essa dinâmica, algumas iniciativas já estão em andamento. Como os esforços das gravadoras como a Sony Latin, em promover mais artistas femininas. Além disso, premiações como o “Premios lo Nuestro”, da Univision e o “Latin American Music Awards”, da Telemundo, pela primeira vez tiveram todas as apresentadoras femininas.

Aqui no Brasil, a matéria citou ainda a iniciativa Casa de Música – Escuta as Minas, um estúdio de gravação em São Paulo. “O objetivo era criar um espaço e ambiente seguros em um estúdio liderado por mulheres”, diz Mia Nygren, diretora administrativa do Spotify para a América Latina. A Casa de Música faz parte da iniciativa Listen to Women que o Spotify estreou no Brasil em 2018.

Mesmo com a baixa presença das mulheres nas composições, a compositora Erika Ender, que co-escreveu o megahit “Despacito”, está animada ao ver mais colegas em sessões de redação. Mas, diz ela, “minha percepção pessoal é que ainda não está sendo refletida nas tabelas. Talvez seja uma questão de tempo”.

Foto: Ilustração de Max-o-matic

Spotify for Artists mostrará o número de ouvintes de artistas em tempo real

O Spotify anunciou que a nova atualização do Spotify for Artists possibilitará a visualização do número de ouvintes que estão dando o play em suas músicas em tempo real.

Segundo o The Verge, a nova versão do aplicativo, voltado para os artistas que possuem músicas no catálogo do serviço de streaming, será lançada nesta semana com versões para iOS e Android.

Nesta versão, além do contador de plays em tempo real, os artistas poderão ter acesso a outras informações valiosas sobre sua audiência e insights de como conquistar novos seguidores e ser adicionados em várias playlists, aumentando alcance dos plays.

Há ainda um guia com informações sobre como aproveitar ao máximo o lançamento de músicas no serviço, incluindo o Co.Lab do Spotify, uma ferramenta com workshops e mentoria para artistas musicais.

O portal lembrou que há pouco tempo a Apple Music disponibilizou a plataforma Apple Music for Artists, após o lançamento da versão beta no início de 2018. Fornecendo dados de audiência  dos ouvintes baseados como localização geográfica, o serviço está integrado ao  Shazam, mais uma maneira em que os artistas podem rastrear quando as pessoas estão usando o serviço para identificar suas músicas.

Os dados fornecidos por essas plataformas como o Spotify for Artists, são de extrema relevância para que os artistas entendam cada vez mais sobre o seu público, e devem influenciar não apenas na produção de músicas, mas também nos planejamentos e estratégias de divulgação de seus trabalhos.

Foto: Spotify

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COM BASE NO CLIMA, SITE CRIA PLAYLIST DE MÚSICAS PERSONALIZADAS

Para lançar seu novo album, “Weather”, o músico Tycho criou um site capaz de gerar playlists personalizadas com base no clima da localização dos visitantes.

Para criar o site, tycho contou com a ajuda de Lee Martin. Segunto o B9.com, Martin é ex-vice-presidente de design da Songkick, uma empresa de tecnologia americana com foco na venda de ingressos de shows.

O portal explica que o site usa além dos dados meteorológicos, recursos de áudio dos serviços de streaming:  “Nós analisamos vários recursos de áudio e simplesmente escolhemos quais medidas de meteorologia podem se relacionar simbolicamente”, explicou Martin.

Qual o melhor? Apple Music for Artists vs. Spotify for Artists

No início do mês, saiu da versão beta a Apple Music For Artists, a plataforma de gerenciamento da Apple Music voltada para artistas. A Apple Music for Artists chegou para concorrer com a plataforma de seu rival Spotify, Spotify for Artists.

As duas plataformas oferecem aos artistas, acesso a dados estatísticos sobre os ouvintes (idade, sexo, localização), possibilitando um maior controle sobre o desempenho de seu trabalho.

O portal Hypebot, convidou o veterano no mercado Jay Gilbert, co-fundador da Label Logic, para fazer uma comparação entre as duas plataformas. A seguir, os principais pontos detalhados por Gilbert:

– Tanto o Spotify For Artists, quanto o Apple Music For Artists podem ser gerenciados pelos próprios artistas e suas equipes, não apenas pelos selos.

– Apenas selos e seus associados podem ter acesso ao Spotify Analytics.

– Enquanto o Spotify For Artists possui métricas “mais individuais”, o Apple Music For Artists tem o maior flexibilidade para gerar relatórios e comparações por usuários.

– O Spotify For Artists suporta maior personalização da página do artista.

– O Spotify envia notificações regulares sobre as listas de reprodução e audiência.

Para conferir a comparação de todos os recursos das plataformas CLIQUE AQUI.

 

Corra lá para o nosso Instagram @mct.mus e comente em nosso post qual a sua plataforma de gestão de audiência preferida. 

Foto: Hypebot

CEO do Spotify afirma que mais de 30.000 artistas no mundo vivem hoje do Spotify

Recentemente, o CEO do Spotify participou de um podcast para falar sobre seu serviço de streaming e como tem impactado o mercado da música. Ele afirmou que atualmente há mais artistas conseguindo viver de música através de seu serviço do que em comparação a era do CD.

De acordo com o Digital Music News, as estimativas de Ek concluem que o número de artistas vivendo dos serviços de streaming podem chegar a 30 mil, somente na plataforma:

“Em 2000, 2001, no pico da indústria da música, o pico do CD… havia cerca de 20 a talvez 30.000 artistas que poderiam viver sendo artistas de música gravada. […]  Eu não sei qual é o número agora, mas é muito maior. Mesmo no Spotify, é muito maior que isso”, afirmou o CEO do Spotify.

“Acreditamos que podemos desenvolver melhores ferramentas e tecnologias para permitir que a indústria seja mais eficiente e, assim, criar mais e melhores soluções para eles e para os artistas”, disse Ek.

O CEO do Spotify também explicou como o streaming oferece um futuro sustentável para os artistas e como a indústria da música está mais justa e igualitária. Ele esclareceu que antes do streaming de música, os preços de Cd’s eram altos, o que dificultava a compra de álbuns de artistas desconhecidos. Agora, a assinatura mensal proporciona a descoberta de novos artistas:

“Então, no mundo com streaming, o que é realmente interessante é que o custo alternativo para você ouvir algo novo é praticamente zero. É só a sua hora.”, explicou EK. “Por causa disso, você ouve muito mais música do que antes e ouve uma diversidade maior de artistas do que antes, o que, por sua vez, aumenta a indústria da música”, continuou.

Segundo o Digital Music News, pelo terceiro ano consecutivo, o Napster foi classificado como o “rei” dos pagamentos de streaming de música. Em média, o serviço paga US$0,019 por fluxo. Para atingir o valor do salário mínimo nos EUA, um artista independente precisaria de 77.474 execuções no total.

O TIDAL está em segundo lugar, pagando um valor de 0,01284 dólares por stream, seguido pela Apple Music, Google Play Music e na sequência, a Deezer.

O Spotify, infelizmente, possui uma das piores taxas por stream. O gigante da música paga US$0,00437 por peça, um pouco à frente da Amazon e muito à frente do YouTube. Os artistas precisariam de aproximadamente 336.842 streams para ganhar $1.472 na plataforma.

“Não acredito que a indústria da música tenha que ser interrompida … tem que evoluir”, afirmou Ek sobre o futuro de seu serviço de streaming de música.

 

 

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Foto: Rasmus Andersson (CC by 2.0).

Estudo no Brasil explica os efeitos da música no cérebro

O portal Nexo entrevistou a pesquisadora Patrícia Vanzella­­­. Ela é coordenadora de um projeto que estuda os efeitos da música no cérebro.

Apesar de já existirem estudos relacionados aos efeitos da música no cérebro no exterior, aqui no Brasil é a primeira vez que há um aprofundamento na área.

“É um pouco como estudar como o ser humano evoluiu e como ele funciona”, disse Vanzella ao portal.  A pesquisadora que  coordena o projeto Neurociência e Música da UFABC (Universidade Federal do ABC), explica que a música é uma base para a pesquisa de processos neurológicos, afinal “ela envolve uma série de funções mentais que a gente usa em outros domínios, como memória, atenção, planejamento motor e sincronização”, explica.

Segundo Vanzella, o projeto fundando em 2015, faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Neurociência Aplicada da UFABC. É o único do gênero no país, e desenvolve também várias atividades de ensino, pesquisa e extensão.

“A música  é uma coisa que a gente costuma pensar do ponto de vista das ciências humanas, como produto cultural. Mas o impulso de fazer música é universal, caracteriza o ser humano assim como a linguagem, o falar.”, cita a coordenadora do projeto.

Segundo o Nexo, o estudo os efeitos da música no cérebro tem sido usado para fins terapêuticos, reabilitação neurológica de certos casos de demência e doença de Parkinson. Além de auxiliar no tratamento de limitações cognitivas, motoras e sociais em crianças com dislexia ou autismo.

“A música facilita a comunicação em pacientes com transtorno do espectro autista, a música também diminui ansiedade, pois diminui o nível de cortisol [hormônio do stress], pode ajudar na recuperação de funções cognitivas e motoras em pacientes que tenham tido AVC. Tem terapias baseadas na estimulação musical, como uma chamada melodic intonation therapy. Quando há uma área danificada no cérebro, por um processo de neuroplasticidade outra área pode eventualmente assumir a função que foi prejudicada pelo AVC, por exemplo”, explicou Vanzella.

Além de descobrir como a música pode auxiliar em tratamentos terapêuticos, o estudo também revelou porque ficamos felizes ou tristes ao ouvir uma canção:

“Alguns aspectos acústicos parecem ser universais. Outros são nitidamente culturais, de acordo com a música que você escuta. Por exemplo, algo que você ouve desde pequeno você vai associar com uma determinada emoção. Entre os aspectos acústicos comuns estão o andamento da música: mais rápido, em geral, passa uma sensação de música alegre, ou mais triste quando o andamento é mais lento. Intensidade é outro aspecto: quando a música é mais forte, mais agitada, ela é percebida como alegre. Entre diferentes aspectos culturais, por exemplo, há os modos maior e menor [sistema de classificação de escalas musicais]. A gente associa normalmente o modo maior com música alegre e o menor com música triste”, revelou a pesquisadora.

 

Foto: MARKO JURICA/REUTERS

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