Compositor de “Mulheres” Inicia Processo de Plágio Musical contra Adele

Esta semana marcou o início da ação movida pelo músico e compositor brasileiro Toninho Gerais contra a cantora britânica Adele, alegando plágio. A controvérsia gira em torno da música “Million Years Ago”, lançada por Adele em 2020.

De acordo com a Coluna de Ancelmo Góes para O Globo, Gerais e sua equipe legal argumentam que há uma clara semelhança entre “Million Years Ago” e a canção “Mulheres”, composta pelo próprio artista e a versão gravada pela cantora brasileira Simone. Eles buscam não apenas a proibição da reprodução da música de Adele, com a retirada de todas as gravações de plataformas de reprodução, mas também uma compensação financeira de R$200 mil por danos morais e materiais, incluindo receitas recebidas nos últimos anos.

O caso promete acender o debate sobre direitos autorais na indústria musical, enquanto os representantes de ambas as partes se preparam para uma batalha legal em torno dessa questão de plágio.

Foto: divulgação

Toninho Geraes Persiste na Disputa com Adele por Suposto Plágio

O compositor mineiro, Toninho Geraes, conhecido por sucessos como “Seu Balancê” e “Mulheres”, reafirma sua determinação em buscar justiça no caso de suposto plágio envolvendo a cantora britânica Adele.

Segundo uma matéria da Folha de S. Paulo, apesar do sucesso estrondoso de “Mulheres”, interpretada por Martinho da Vila e outros grandes nomes da música brasileira, a canção se tornou centro de uma contenda judicial com Adele. Em 2015, a música “Million Years Ago” da cantora britânica foi alvo de acusação de plágio, devido à semelhança melódica com “Mulheres”.

O advogado Fredímio Trotta, responsável pelo caso, destaca que, tecnicamente, 87% da produção de Adele se assemelha à de Toninho Geraes. O compositor busca não apenas ser creditado como autor da canção, mas também receber a justa compensação pelos lucros obtidos pela cantora.

Sem dar detalhes sobre a situação do caso, Toninho, enfatiza ao portal que sua motivação não é financeira, mas sim a preservação de seu legado artístico. O compositor reafirma seu compromisso em assegurar o reconhecimento de sua contribuição para a música, buscando um desfecho que respeite sua trajetória e criatividade.

 

Foto: reprodução/instagram

Favela Talks Promove Debates sobre Participação de Jovens da Periferia na Cultura do DF

Nesta sexta-feira (1º), o Complexo Cultura Samambaia será palco do Favela Talks, um evento gratuito que busca ampliar as oportunidades para jovens da periferia do Distrito Federal no cenário cultural. O evento é uma extensão do renomado festival de música Favela Sounds, que em 2022 realizou sua primeira edição independente focada em impulsionar a cultura periférica da capital.

Conforme informações do G1, o Favela Talks, que teve sua primeira experiência em 2019, busca fortalecer o caminho desses jovens em busca de carreiras criativas como artistas e produtores culturais. O objetivo é criar uma rede de apoio e capacitação na indústria musical, conectando-os a produtores de grandes festivais, especialistas em comunicação, setor financeiro, direitos autorais e outras áreas relevantes.

Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de ouvir as trajetórias e visões de especialistas, além de esclarecer dúvidas e receber orientações para quem está começando nessa jornada. O foco está em proporcionar um ambiente de aprendizado e networking para os jovens talentos da periferia.

Além do Favela Talks, o Favela Sounds promoverá “O Baile”, com shows na área externa do Museu Nacional da República, também nesta sexta-feira (1º) e sábado (2). O evento contará com a presença de artistas que representam a comunidade periférica de todo o Brasil, incluindo Tasha & Tracie, Lia Clark, UMiranda e Toninho Geraes.

Para participar do Favela Sounds, é necessário retirar os ingressos NO SITE. A iniciativa busca não apenas celebrar a riqueza da cultura periférica, mas também oferecer oportunidades concretas para os jovens que desejam fazer parte desse cenário criativo e diversificado do Distrito Federal.

Foto: Divulgação_MC N.I.N.A

Versão feminista de ‘Mulheres’ pode ser retirada das plataformas de streaming, após pedido de compositor original

A cantora Doralyce revelou em suas redes sociais que sua versão de “Mulheres”, originalmente interpretada por Martinho da Vila, pode ser retirada das plataformas de streaming a pedido do compositor original e a Universal Publishing.

Conforme noticiado pelo O Globo, a versão feminista, intitulada “Nós somos mulheres”, traz versos empoderados que enaltecem as mulheres de todas as cores, idades e amores, fazendo referências a figuras femininas icônicas como Dandara e Elza Soares.

Doralyce e Silvia Duffrayer, integrante do grupo Samba Que Elas Querem, são as autoras da letra e disseram que buscaram um acordo para que a música continuasse disponível nas plataformas, mas foram surpreendidas com a ordem de retirada nesta semana.

Em suas redes sociais, Doralyce afirmou que no ano passado a dupla havia aberto mão dos direitos de versionistas em favor de Toninho Geraes, autor da obra, permitindo que ele ficasse com 100% da arrecadação de sua versão.

Por sua vez, Toninho alegou que o acordo foi feito sem sua anuência e que não recebeu um pedido de autorização para a versão entrar nas plataformas digitais. Ele reconheceu o talento das autoras, mas ressaltou que os direitos do autor precisam ser avaliados:

“Eu vi essa versão no Samba Que Elas Querem, fiquei emocionado. Não tenho nada contra a música, nunca pedi que tirassem do YouTube, por exemplo. Só que existe o direito do autor, que não pode ser atropelado”.

Prestes a lançar um novo disco, Doralyce também expressou sua esperança de que a questão seja resolvida de forma amigável. Até o momento, a Universal Publishing não se pronunciou sobre o assunto.

 

ADELE É ACUSADA DE PLÁGIO EM MÚSICA DO MARTINHO DA VILA

Nesta sexta-feira, 10, repercutiu na internet que a cantora Adele está sendo acusada de plágio pelo autor de “Mulheres”, clássico de Martinho da Vila.

Conforme a Veja, o autor Toninho Geraes afirmou que a cantora britânica plagiou sua música na faixa “Million Years Ago”, lançada em 2015 no álbum “25”.

Nas notificações enviadas em maio deste ano, os advogados de Geraes alegaram que Adele e o produtor Greg Kurtin se apropriaram de trechos idênticos, “substancialmente semelhantes” e “imitativos” de “Mulheres. No total, foi identificado que 87% da canção contêm compassos com indícios de cópia. A gravadora XL Recordings/Beggars Group e o grupo Sony Music também receberam a notificação.

Por enquanto, apenas a Sony Brasil respondeu à acusação e informou que o caso está nas mãos da gravadora inglesa e da própria Adele.

“Nossa intenção era tentar um acordo, mas, diante do silêncio, recorreremos à Justiça”, afirmou o advogado Fredímio Biasotto Trotta.

“Fiquei estarrecido quando me dei conta. A melodia e a harmonia são iguais. É uma cópia escancarada”, revoltou-se o compositor que também revelou ter conhecido a música através do tecladista Misael Hora, filho do maestro Roldo Hora no qual foi responsável pela orquestração da música. Após ouvir a música durante uma festa, o tecladista notificou Toninho: “Primeiro achei que era uma versão, mas fui pesquisar e vi que o crédito não aparecia”.

Vale notar que para comprovar plágio não é uma tarefa fácil: “Além de provar a semelhança, é preciso mostrar que o plagiador teve contato com a obra e agiu intencionalmente”, disse o advogado Cláudio Lins Vasconcelos, da Comissão de Direitos Autorais da OAB-RJ ao portal.

Para tanto, a defesa de Geraes pretende mostrar que o produtor Kurstin é pesquisador da música nacional e Adele possui uma amiga brasileira.

O caso pode envolver outros artistas e compositores, já que por muitas vezes ‘Million Years Ago’ foi acusada de ser parecida com uma composição do turco Ahmet Kaya e com Hay Amores, lançada em 2007 pela Shakira.

 

Foto: Yui Mok/PA Wire/AP/Image Plus