Warner Music Group Revela que pretende lançar um aplicativo voltado para os Superfãs

Na terça-feira, 27 de fevereiro, o CEO do Warner Music Group (WMG), Robert Kyncl, surpreendeu a plateia da Web Summit em Doha ao anunciar o desenvolvimento de um aplicativo superfã pela gravadora.

De acordo com informações do Music Business Worldwide, o CEO destacou a importância de superfãs na indústria, revelando planos para artistas se conectarem diretamente com seus admiradores por meio do aplicativo. Kyncl afirmou: “Acreditamos no poder dos superfãs”, acrescentando que a Warner Music está focada em fornecer dados aos artistas sobre esses fãs dedicados.

A iniciativa surge em um momento em que líderes da indústria, como Sir Lucian Grainge da Universal Music Group, buscam monetizar relações entre artistas e fãs. Grainge, em nota anterior, delineou uma estratégia centrada no artista e em experiências de superfãs.

Kyncl, em sua nota de Ano Novo para a equipe do WMG, declarou 2024 como “O Ano dos Próximos 10”, destacando a necessidade de desenvolver produtos e experiências diretas para artistas-superfãs. Ele revelou que o aplicativo está em estágio avançado de desenvolvimento e será lançado ainda este ano.

O mercado de superfãs está em ascensão, com 18% dos ouvintes de música nos EUA sendo superfãs, de acordo com o relatório Luminate. Estes superfãs gastam significativamente mais em música, representando uma oportunidade de receita inexplorada estimada em US$ 4,2 bilhões para a indústria fonográfica, conforme apontado pelo relatório da Goldman Sachs.

A revelação do WMG aponta para uma mudança na indústria musical, priorizando relações mais profundas entre artistas e seus fãs dedicados. O aplicativo superfã promete ser uma solução multiplataforma, permitindo aos artistas alcançarem seu público em diversas plataformas de maneira inédita.

 

Foto: divulgação

Spotify e Mercado Livre Expressam Preocupações em Audiência sobre Regulamentação Digital

Representantes do Spotify e do Mercado Livre compartilharam suas perspectivas durante uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico sobre o Projeto de Lei 2768/22, que visa regulamentar as atividades de plataformas digitais. O debate, realizado na última quinta-feira (24), destacou as preocupações dessas empresas em relação às práticas atuais do mercado.

De acordo com o Money Times, o consultor de relações governamentais do Spotify, Luizio Felipe Rocha, enfatizou a importância de uma regulamentação eficaz para evitar abusos por parte das principais empresas que dominam o mercado de dispositivos móveis. Rocha apontou que, em seu entendimento, a Apple coloca o Spotify em desvantagem ao exigir uma taxa de 30% sobre as transações na App Store, enquanto não impõe a mesma taxa à Apple Music. Ele observou que essa disparidade impacta a concorrência no setor de streaming de música.

Rocha também levantou a questão de que a base de taxação proposta na nova legislação, vinculada às receitas das plataformas, poderia favorecer determinadas empresas, como a Google e a Apple, que possuem modelos de negócios distintos. Ele apontou que essas empresas podem se beneficiar de formas não diretamente relacionadas às transações em suas plataformas, o que tornaria o critério de taxação menos equitativo.

Por outro lado, a diretora de Enhanced Marketplace do Mercado Livre, Adriana Cardinali, expressou a opinião de que o Brasil deveria evitar a adoção direta de modelos regulatórios estrangeiros. Cardinali argumentou que critérios baseados em faturamento e número de inscritos podem não refletir adequadamente a dinâmica competitiva dos mercados locais. Ela enfatizou que o tamanho da plataforma por si só não é um indicador suficiente para medir a eficácia da concorrência.

 

 

(Imagem: Shutterstock/Primakov)

NETFLIX DÁ INÍCIO A TESTES DE JOGOS VIA STREAMING NA TV

A Netflix deu início aos primeiros testes de sua incursão no mundo dos jogos. A partir desta segunda-feira, assinantes no Canadá e no Reino Unido têm a oportunidade de explorar jogos selecionados da Netflix diretamente em suas TVs, dispositivos de TV conectados e na Netflix.com.

De acordo com o The Verge.com, os jogos disponíveis para teste incluem “Oxenfree” e o “Molehew’s Mining Adventure”, que se assemelha a um jogo de arcade. Durante o jogo em uma TV, os controles são realizados através do smartphone do jogador. Os usuários Android acessam os controles pelo aplicativo da Netflix, enquanto os usuários iOS precisam baixar um aplicativo de controle específico

Mike Verdu, o vice-presidente de jogos da Netflix, descreveu essa etapa como um “teste beta”, inicialmente disponível para um “pequeno número de membros”, indicando que nem todos os assinantes nessas regiões terão acesso imediato. Apesar de  modesta, essa iniciativa pode ser um marco nas ambições da Netflix no mundo dos jogos.

Vale notar que empresa introduziu inicialmente jogos para dispositivos móveis como um benefício adicional para seus assinantes em novembro de 2021. Ao expandir para a transmissão de jogos em TVs, a plataforma possibilita que seus assinantes desfrutem dos jogos em uma gama ainda maior de plataformas. Além disso, essa mudança também abre a porta para a competição por tempo de jogo em TVs e PCs.

Foto: Night School Studio

O estudo revela que músicos independentes estão envolvidos, mas também cientes das preocupações em relação à IA na Indústria musical

Em uma pesquisa recente conduzida pela TuneCore, plataforma de distribuição digital de música, foi constatado que a Inteligência Artificial (IA) está ganhando a atenção dos músicos independentes, com uma percepção positiva sobre os benefícios, mas também gerando medos e preocupações.

De acordo com o MusicAlly, a pesquisa feita com 1.558 artistas independentes descobriu que aproximadamente 50% dos músicos independentes estão “conscientes e engajados em IA”, enxergando os avanços tecnológicos como uma oportunidade para aprimorar sua música e alcance de público.

Entretanto, 39% dos artistas mostraram-se “desconhecidos e apáticos em relação à IA”, preocupados com os impactos da tecnologia em suas carreiras. As principais preocupações relatadas incluem o temor de serem substituídos por IA na criação musical, possíveis casos de plágio envolvendo algoritmos e a correta atribuição de entradas criativas durante o processo de geração musical.

Uma parcela significativa, 35% dos entrevistados, demonstrou interesse em utilizar IA generativa em seu processo criativo, especialmente para fins de marketing e promoção. A possibilidade de otimizar campanhas publicitárias e atrair novos fãs por meio da IA tem despertado o interesse desses músicos.

O estudo revelou também que metade dos músicos entrevistados, ou seja, 50%, estão dispostos a oferecer suas músicas para treinar IAs, mas sob certas condições.

Para o portal, essa pesquisa mostra que a indústria da música está em um momento de transição, com músicos adotando uma atitude matizada em relação à IA. Eles reconhecem as oportunidades e vantagens oferecidas pela tecnologia, mas também são cautelosos em relação aos desafios e dilemas éticos associados ao uso da IA no campo musical.

 

Foto: reprodução

 

Elis Regina retorna em dueto emocionante com Maria Rita em campanha da Volkswagen utilizando inteligência artificial

Elis Regina cantou ao lado de sua filha Maria Rita em uma campanha emocionante! A Volkswagen está celebrando seus 70 anos no Brasil com um vídeo que utiliza a técnica de “deepfake”, permitindo a montagem realista de rostos através da inteligência artificial.

Conforme o G1, no vídeo Maria Rita dirige a moderna Kombi elétrica ID.Buzz enquanto entoa o clássico “Como nossos pais”, imortalizado na voz de sua mãe. Surpreendentemente, uma Kombi antiga, dirigida por uma atriz dublê, se aproxima e Elis Regina, virtualmente recriada, se une à filha em um dueto emocionante.

A Volkswagen utilizou reconhecimento facial e redes neurais artificiais para combinar o rosto da dublê com a imagem recriada de Elis Regina. A voz original da cantora foi preservada, tornando o momento ainda mais autêntico.

A campanha, criada pela agência AlmapBBDO e produzida pela Boiler Filmes, passou por uma pós-produção em uma renomada empresa especializada em projetos de Hollywood. Com essa iniciativa inovadora, a Volkswagen mostra como a inteligência artificial pode resgatar momentos marcantes do passado e emocionar o público.

Spotify pode estar se preparando para lançar videoclipes completos em sua plataforma

O Spotify pode estar preparando para oferecer vídeos musicais completos em sua plataforma. A Bloomberg informou nesta segunda-feira (3) que o Spotify “já começou a conversar com parceiros sobre o produto”, mas deu poucos detalhes sobre como o recurso será ou funcionará.

De acordo com o Digital Music News, o relatório da Bloomberg revelou que a adoção de videoclipes no Spotify seria parte de uma estratégia mais ampla para competir com o TikTok, que tem ganhado destaque no espaço musical.

Apesar das demissões anunciadas pelo serviço de streaming no início deste ano, a empresa está mostrando um forte crescimento em sua equipe de engenharia e desenvolvimento de produtos. Nas últimas semanas de junho, o Spotify postou mais de 50 listas de empregos no LinkedIn, incluindo cargos de engenharia e gerenciamento de produtos.

Além da adição de vídeos musicais, o Spotify também está se preparando para lançar um mix de lista de reprodução offline e um novo nível de assinatura chamado “Supremium”, previsto para ser lançado fora dos Estados Unidos no final de 2023.

 

Foto: Thibault Penin

 

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Dolby Atmos é a aposta da Apple que promete revolucionar forma que ouvimos música

O Dolby Atmos é o mais recente formato de audio que está prometendo sacudir a indústria musical. Desenvolvido pela empresa de áudio Dolby,  o formato é a nova aposta da Apple Music para conquistar o fãs de música. Em recente matéria, O Globo falou sobre esta nova experiência sonora, e destacamos aqui os principais pontos abordados.

Lançado em 2012 inicialmente para salas de cinema e o mercado de home theater, o Dolby Atmos oferece uma experiência sonora mais ampla que o estéreo tradicional. Por meio de uma configuração de alto-falantes específica, os engenheiros podem posicionar fontes sonoras à frente, ao lado, atrás e acima dos ouvintes, criando uma sensação de profundidade e clareza.

John Couling, vice-presidente sênior da Dolby Laboratories, afirma que a indústria fonográfica passou décadas estagnada no formato estéreo, sem avanços significativos desde a transição do mono para o estéreo. A Dolby e a Apple Music acreditam que o Atmos tem o potencial de valorizar novamente a qualidade sonora da música, que se perdeu durante a era do streaming.

Atualmente, as três maiores gravadoras e centenas de outras independentes estão produzindo música no formato Atmos. Além da Apple Music, serviços de streaming como Amazon Music, Tidal e QQ Music também oferecem suporte ao Atmos.

Embora haja opiniões divergentes entre os profissionais de gravação, a Apple Music está apostando que o público vai se apaixonar pelo Atmos. A empresa tem trabalhado para aumentar a disponibilidade de conteúdo no formato, incentivando estúdios de gravação a adotá-lo e fornecendo financiamento para acelerar a expansão da biblioteca de títulos disponíveis.

Com a Apple liderando o caminho, o Dolby Atmos tem o potencial de revolucionar a forma como ouvimos música, proporcionando uma experiência auditiva mais envolvente e imersiva. Resta saber se essa tecnologia será capaz de conquistar o público em geral e se tornar a próxima grande transformação na indústria musical.

 

Foto: Apple

Plataforma de inteligência artificial WAVs AI levanta US$20 milhões em rodada de financiamento

Em uma recente divulgação, a empresa de inteligência artificial WAVs AI anunciou uma rodada de financiamento de US$20 milhões, liderada pela Regal Investments, com sede em Nova York.

O provedor de música de IA afirmou contar com grandes clientes, como Apple Music e Amazon Music, e de acordo com o Digital Music News, esta rodada de financiamento mostra que a empresa busca fortalecer sua posição como uma força dominante na indústria de streaming de música.

Uma característica interessante da plataforma é a possibilidade de os fãs ouvirem versões de músicas icônicas interpretadas por artistas diferentes. Com apenas um clique ou toque, é possível desfrutar de uma versão de “Imagine”, de John Lennon, na voz de “Ed Sheeran”, ou “Yellow”, do Coldplay, interpretada por “Paul McCartney”. Além disso, a WAVs AI inclui em sua plataforma recursos adicionais, como podcast e comunidade, bem como uma guia de loja. Embora esses recursos não estejam muito destacados no momento, a plataforma já está incentivando (curiosamente) os ouvintes a se inscreverem, e os artistas são encorajados a buscar a verificação para receber royalties pagos por semelhança, jogos de IA e outras oportunidades.

Tyler Herrera, porta-voz da WAVs AI, ressaltou os objetivos da empresa em seu comunicado, afirmando que a WAVs AI pretende fechar acordos com mais artistas e gravadoras.

 

Foto:  Markus Spiske

Meta apresenta modelo de Inteligência Artificial que transforma texto em composições musicais

A empresa-mãe do Facebook, Meta, revelou seu mais recente avanço no campo da inteligência artificial: o MusicGen, um gerador modelo simples de IA capaz de transformar prompts de texto em composições de música.

De acordo com o Music, Business Worldwide, esse modelo de linguagem permite que os usuários forneçam prompts como “folk acústico up-beat” ou “faixa de dança pop com melodias cativantes” assim, em questão de segundos, o MusicGen cria novas composições musicais com base nessas instruções.

Um dos pontos destacados pela Meta é a quantidade significativa de dados utilizada para treinar o MusicGen. Foram utilizadas 20.000 horas de música licenciada, incluindo 10.000 faixas de alta qualidade e 390.000 faixas compostas apenas por instrumentos da ShutterStock e Pond5, como informado pelo TechCrunch. A equipe de desenvolvedores garantiu que todos os dados utilizados no treinamento estivessem cobertos por acordos legais com os detentores dos direitos autorais, incluindo um acordo com a ShutterStock.

A empresa se junta ao Google como as gigantes da tecnologia que desenvolveram seus próprios modelos de linguagem capazes de gerar músicas originais a partir de prompts de texto.

Foto: Andrea De Santis

Moises: o aplicativo que separa voz e instrumentos em músicas alcança 30 milhões de usuários

O aplicativo Moises, que fez um barulho em nossa comunidade em 2019 por sua capacidade de separar a voz e os instrumentos de uma música usando inteligência artificial, acaba de atingir a marca de 30 milhões de usuários registrados.

De acordo com o Music Business Worldwide, a plataforma arrecadou US$10,25 milhões em investimentos até o momento e tem sede tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

O criador do Moises, o brasileiro Geraldo Ramos, revelou que o projeto foi desenvolvido em sua própria casa em apenas uma semana. Desde então, o aplicativo se tornou popular entre DJs, que usam a ferramenta para criar beats e mashups, além de outros usuários que utilizam a plataforma para criar versões de karaokê que não existem oficialmente.

Embora a separação das pistas de uma música não seja perfeita, o sistema se aprimora a cada nova faixa enviada graças ao uso do aprendizado de máquina. Agora, o objetivo do Moises é se tornar o primeiro “AI-as-a-service criativo em áudio”, criando um kit de ferramentas personalizável que permita que outras plataformas e serviços construam seus próprios produtos centrados em IA.

Ramos acredita que a IA tem um valor complementar em todos os aspectos do ecossistema musical, desde os artistas até os proprietários de conteúdo e provedores de serviços. “Estamos entusiasmados com o fato de nosso produto ser algo que tanto músicos quanto criadores adoram”, disse ele sobre os rumos da plataforma.