Universal Music Group e Deezer se unem para revolucionar modelo de pagamento à aristas no streaming

A maior gravadora do mundo, a Universal Music Group (UMG) e a Deezer anunciaram uma iniciativa conjunta para investigar novos modelos econômicos para o streaming que reconheçam o valor real do trabalho dos artistas e compositores.

Por meio dessa colaboração, a UMG e a Deezer pretendem desenvolver novos métodos que recompensem holisticamente os artistas e compositores pelo valor de suas obras, atualizando também, o modelo de engajamento para os usuários da plataforma. A Deezer foi uma das primeiras plataformas a se comprometer a explorar modelos alternativos de pagamento para ajudar a garantir que os artistas sejam compensados ​​de maneira justa.

A parceria será baseada em análises de dados profundas e avaliará a viabilidade de diferentes modelos econômicos, visando impulsionar o crescimento de assinantes, estabelecer laços mais fortes com os fãs de música na plataforma e desenvolver oportunidades comerciais que beneficiem os artistas e a comunidade musical em geral.

O CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, enfatizou que o sistema atual de streaming apresenta problemas claros que precisam ser abordados, e que o objetivo da parceria é encontrar maneiras de melhorar o modelo para benefício de todos. Ele também destacou que a música é extremamente subvalorizada e que o objetivo é encontrar maneiras adicionais de aumentar a monetização em benefício dos artistas, das gravadoras e das plataformas de streaming como a Deezer.

 

ASSINATURAS PAGAS GERARAM US$10 BILHÕES EM RECEITAS DE MÚSICA GRAVADA PELA PRIMEIRA VEZ NOS EUA

A Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou hoje (9 de março) seu relatório anual sobre as receitas de música gravada nos EUA. Considerado o mais importe para os americanos, o relatório indicou que 2022 foi mais um ano de alta, com a geração de US$15,9 bilhões em receitas para a indústria.

Conforme analisado pelo musicbusinessworldwide.com, o streaming (incluindo assinaturas pagas, serviços com suporte de anúncios, rádio digital, plataformas de mídia social, aplicativos fitness e outros) gerou a maior parte dessa receita geral, crescendo 7,3% e quebrando um recorde de US$13,3 bilhões em receita. Isso que dizer que agora streaming representa 84% da receita total de música gravada nos EUA.

A análise dos dados da RIAA também revelou que as receitas chamadas de ‘varejo’ – que considerados os serviços de assinatura paga, como Spotify Premium e Apple Music – cresceram 8%, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$10 bilhões anualmente. As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming, e quase dois terços das receitas totais.

As receitas com discos de vinil também foram um grande destaque chegando a marca de US$1,2 bilhão, um crescimento de 17,2%. Vale notar que 2022 foi o 16º ano consecutivo de crescimento do formato, que representou 71% das receitas físicas.

Foi também pela primeira vez, desde 1987, que os álbuns de vinil venderam mais que os CDs em unidades (foram 41 milhões contra 33 milhões). Após uma recuperação em 2021, em relação ao impacto da Covid em 2020, as receitas de CDs caíram 17,6%, e chegaram a US$483 milhões em 2022.

 

Gráfico:musicbusinesswordwide.com via RIAA

Prêmio United Earth Amazônia une música e iniciativas de preservação ambiental

No próximo dia 27 de fevereiro acontece a premiação Earth Amazonia, uma iniciativa criada por grandes executivos da indústria fonográfica, para reconhecer ações que unem arte e a música na preservação da floresta.

Sérgio Lopes, Claudio Condé, Alberto Traiger e Maria Creuza Meza, são grandes nomes do mercado fonográfico que estão por trás do lançamento da premiação criada por Claes Nobel, descendente da família Nobel (a mesma que criou o reconhecido prêmio internacional).

Lopes contou ao gazetadasemana.com.br, que foi procurado por Claes Nobel para ouvir a respeito do United Earth – uma organização inspirada nos mesmos princípios da Fundação Nobel, e que “visa unir as pessoas e nações da Terra pensando num futuro coletivo e sustentável, que promovesse o bem-estar da humanidade”.

“A intenção do Claes era criar uma conexão com os mais jovens por meio da música para que o planeta fosse preservado. Ele percebeu que o mundo estava mudando e queria acompanhar a mudança. Pensou então em criar um prêmio no qual a música fosse o principal canal para difundir suas ideias e valores de proteger o planeta”, disse o executivo.

O cantor brasileiro Roberto Carlos será o primeiro premiado ao United Earth Amazonia. De acordo com a organização, sua música ‘Amazonia’, escrita em parceria com Erasmo Carlos, se tornou “uma contribuição significativa para conscientizar sobre a importância de preservar nosso planeta!”.

 

foto: divulgação

SPOTIFY ANUNCIA QUE VAI DIMINUIR EM 6% SUA FORÇA DE TRABALHO

O Spotify anunciou nesta segunda-feira que vai demitir 6% de sua força de trabalho, ou cerca de 600 funcionários. A empresa espera que despesas relacionadas às demissões incorram de 25 a 45 milhões de euros.

De acordo com o G1, além das demissões, o vice-presidente de conteúdo e publicidade, Dawn Ostroff, revelou que está deixando a empresa como parte da reorganização.

Desta forma, o Spotify segue como mais uma Big Tech que está sendo impactada pela alta taxa de juros para conter a inflação dos Estados Unidos. Mesmo sendo a empresa com maior participação de mercado entre as plataformas de streaming, o Spotify já estava reduzindo suas contratações. Além disso, as ações da empresa acumularam queda de mais de 50% em 2022.

No início de janeiro, empresas do setor tecnológico como Alphabet e Microsoft também anunciaram a demissão de milhares de colaboradores pelo mundo. Especialistas estimam que 200 mil pessoas foram demitidas pelas Big Techs nos últimos três meses.

Foto: Christian Hartmann/Reuters

Geração Z e Millenials dizem que ouvir música é o que os mantém sãos

Uma nova pesquisa realizada pela YPulse em parceria com o Spotify identificou que jovens da Geração Z e Y (ou Millennials) estão usando música como ferramenta de auto-cuidado.

Não é de hoje que as pessoas usam música para se sentir bem, ou entender seus sentimentos, mas parece que a geração mais jovem está usando música de uma forma ainda mais intensa.

Conforme dados revelados pela YPulse, 82% dos jovens de 13 a 39 anos dizem que usam a música para alterar seu humor. Quer estejam se empolgando, relaxando ou tentando se concentrar, os jovens buscam os serviços de streaming para buscar músicas que estão de acordo com seus sentimentos naquele momento.

Além disso, 79% dos jovens afirmaram que ouvem música para manter sua sanidade. Com tanta coisa acontecendo no mundo ao seu redor, uma fuga musical às vezes é exatamente o que eles precisam. Os dados do YPulse também mostram que, durante o auge da pandemia, a música foi a única coisa que a geração Z e os Millenials usaram como uma forma de terapia.

Outra questão apontada no relatório, é que um terço destes jovens dizem que fazem parte de algum fandom, sendo 34% de algum artista/banda. A empresa de pesquisa destacou que esta é uma maneira que os jovens encontrarem de se sentir em uma comunidade e fugir um pouco do stress.

Não é à toa que cerca de metade dos jovens (49%) já criou alguma playlist para ouvir quando está estressado/triste, e mais 28% tem interesse em criar. Entretanto, a pesquisadora observou que os jovens não estão somente criando playlists com músicas animadas como se fosse um antídoto para a tristeza. “Seu relacionamento emocional com a mídia pode ser mais complexo do que isso, e muitas vezes os jovens recorrem à mídia que ajudará a ampliar seus sentimentos para ajudá-los a trabalhar por meio deles”, concluiu o YPulse.

 

Foto: Reprodução via YPULSE

 

VYBBE MUSIC: PRODUTORA NORDESTINA QUE SE TORNAR UMAS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DE ENTRETENIMENTO NO PAÍS

Na última semana a produtora independente nordestina Vybbe Music ganhou destaque em uma coluna do portal Music Business Worldwide, dedicada à profissionais que estão fazendo sucesso em seus mercados locais, e que têm potencial para se tornarem grandes players globais.

Na entrevista, o empresário e fundador Carlos Aristides, falou sobre o mercado e como a produtora que surgiu durante a pandemia da Covid-19, tem ajudado a impulsionar carreiras dos maiores nomes do forró e piseiro atualmente, incluindo Mari Fernandez, NATTAN, Felipe Amorim e Xand Avião

“Estamos conseguindo manter nossos artistas no topo das paradas nas plataformas brasileiras. Este ano, tivemos dois No.1s [com] No Ouvidinho (de Felipe Amorim) e Balanço da Rede (de Xand Avião e Matheus Fernandes)”, disse Aristides ao portal.

“Além disso, Mari Fernandez, NATTAN, Felipe Amorim e Xand Avião sempre figuram entre os 50 artistas mais ouvidos no Spotify Brasil, mostrando o quanto o gênero cresceu desde 2018 e como o gênero se fortaleceu em todo o Brasil”, acrescentou o empresário.

Aristides também falou sobre os principais desafios do mercado brasileiro independente. Para ele há duas grandes questões que impedem que a música alcance seu maior potencial: Pirataria e escassez de internet.

“O Brasil é um país de dimensões continentais, extraordinariamente diverso e culturalmente rico. Mesmo assim, na grande maioria do país, ainda não há acesso à internet banda larga; portanto, temos uma taxa ínfima de penetração do streaming de vídeo e áudio”, afirmou.

“Longe das grandes capitais, ainda é muito difundido o consumo de música por meio de CDs, pen-drives, o que também favorece dramaticamente a pirataria. Acredito que nosso maior desafio ainda é democratizar o acesso à Internet em alta velocidade e educar a população em massa para usar aplicativos como Spotify, Apple Music, Deezer, YouTube e outros.”, concluiu.

Com relação ao futuro, Aristides contou que a Vybbe quer continuar abrindo caminhos no mercado de música independente no Brasil, principalmente para o forró:

“Espero que o Vybbe se torne um celeiro de novos talentos na indústria da música, desde o estágio embrionário até a profissionalização, lançando e incentivando o desenvolvimento de novos talentos. Essa premissa vai além de um desejo. Nosso sonho é que a Vybbe se torne uma das principais empresas de entretenimento do Brasil, gerando novas oportunidades, criando novos selos, novos produtos, tudo isso somado ao nosso gênero original, que é o forró”.

 

Foto: Nara Fassi

EX-DIRETOR DA WARNER MUSIC ANUNCIA STARTUP DE ROYALTIES MUSICAIS

Scott Cohen, ex-executivo da WMG, está lançando uma startup de royalties de música. O empreendedor quer usar sua experiência e contatos para fazer o novo negócio dar certo, e em larga escala.

“Sei que algumas pessoas já tentaram, mas isso é algo diferente. Algo em escala. Acesso aos principais catálogos de música e artistas do mundo.”, disse Scott Cohen ao MusicAlly.

Em setembro, Cohen anunciou que estava deixando o cargo de Diretor de Inovação da Warner Music “para buscar novas aventuras das quais ouviremos falar em breve”. Agora, o executivo voltou em uma publicação em seu LinkedIn para avisar que está abrindo um novo negócio envolvendo propriedades de royalties musicais.

Sem dar detalhes, Cohen apenas disse que passou o mês passado “montando uma equipe de especialistas apaixonados, e fechando negócios exclusivos com os principais catálogos”. Ao olharmos pelo seu histórico como co-fundador da The Orchard e seu trabalho na própria Warner Music, com certeza já podemos dizer que vem coisa grande por aí. Estamos acompanhando!

Foto: reprodução

CEO da Universal Music diz que “100.000 novas faixas por dia” em plataformas de streaming é um caso “pouco sustentável”

Sir Lucian Grainge, o CEO e presidente da Universal Music, considerada a maior gravadora do mundo, disse que “quando 100.000 faixas por dia estão sendo adicionadas nas plataformas de streaming, o resultado é uma experiência confusa para todos nós consumidores”.

Grainge fez uma série de declarações sobre o mercado musical nesta semana, durante uma reunião para mostrar os resultados da empresa no último trimestre, e disse que o grande volume de músicas, não é sinônimo de qualidade, e esta situação é pouco sustentável financeiramente para todos, artistas e fãs.

[Os consumidores] são “cada vez mais guiados para conteúdo de baixa qualidade por um algoritmo”, e “não achamos que isso seja sustentável para as plataformas, nem para os fãs de música”, acrescentou.

“Temos dados amplos que mostram exatamente porque os consumidores se inscrevem nesses serviços, e são em grande parte, para ouvir ótimas músicas”.

A Universal Music registrou receita de €2,664 bilhões (US$2,68 bilhões) no último trimestre, em todas as suas divisões. Um aumento de 13,3% ao ano, impulsionado principalmente, pelo crescimento nos seguimentos de música gravada e edição.

Foto: Guetty Images

 

TUM FESTIVAL ABRE INSCRIÇÕES PARA RODADA DE NEGÓCIOS DO MERCADO MUSICAL

[OPORTUNIDADE] Estão abertas as inscrições para a rodada de negócios do TUM Festival, um projeto catarinense que reúne conferência de música, negócios, economia criativa e sustentabilidade.

Esta é uma grande oportunidade para que artistas possam apresentar seus trabalhos para os principais nomes do mercado musical. Para a rodada de negócios serão selecionados 21 empreendedores musicais de todo o país, que irão se apresentar para 20 profissionais representantes de festivais, casas de shows, produtoras, feiras e fundações de músicas. Esses profissionais vão discutir oportunidades, projetos e fechar negócios como turnês, agendas para shows e convites para festivais.

Fique atento: artistas e bandas interessados em participar da rodada de negócios devem ter 70% de presença na programação e capacitações da Conferência TUM, podendo ser um representante por artista ou banda, informou a organização ao nsctotal.com.br.

Além disso, artista ou banda que tiver 100% de presença concorrerá a uma bolsa de estudos integral da próxima edição do Curso de Música e-Negócios da PUC/RJ.

A 5ª edição do TUM Festival  acontece entre os dias 10 a 15 de novembro em Florianópolis, com shows confirmados da banda Patu Fu, João Bosco, Mart’nália junto com a Camerata Florianópolis, da cantora francesa Camille Bertaut, do músico britânico Zalon Thompson.

Foto: reprodução/instagram

RIAA 2022: Receita de música cresce 9% e chega a US$7,7 bilhões nos EUA

[RIAA 2022] Nesta quarta-feira, a Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou seu relatório anual contendo novos dados sobre o mercado da música nos EUA.

No relatório, a associação indicou que as receitas de música gravada no país cresceram 9% no primeiro semestre de 2022, e chegaram a US$7,7 bilhões.

Esse crescimento foi, mais uma vez estimulado pelo streaming, que ainda responde por 84% de todas as receitas de música, equivalendo a US$6,5 bilhões. Um aumento de 10% em comparação aos US$5,9 bilhões em 2021.

Continuando a tendência dos últimos anos, as assinaturas de serviços de streaming impulsionaram os aumentos nas receitas, representando 78% de todas as receitas de música. O número de assinantes de serviços pagos chegou a uma média de 90 milhões nos EUA, oito milhões a mais que o mesmo período em 2021.

Ainda falando sobre receitas no streaming, os serviços que são suportados por anúncios viram suas receitas aumentarem 16%, para US$871 milhões; enquanto as receitas de rádio digital e distribuições SoundExchange (de fonogramas) caíram ligeiramente (3%) para US$566 milhões.

VENDAS FÍSICAS

As vendas físicas estão em recuperação graças ao aumento de consumo de discos de vinil, que agora representam 73% destas receitas. Nos EUA as vendas de vinil cresceram 22% e chegaram a US$570 milhões. Enquanto isso, as vendas de CDs caíram apenas 2%, gerando US$200 milhões em pleno 2022.  No geral, as receitas de formatos físicos tiveram um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado, respondendo por US$781 milhões e 10% da receita geral.

DOWNLOADS

As receitas com downloads digitais caíram 19,1%, e ficaram na margem de US$256 milhões, ou 3% da receita geral de música gravada.