MASTERCARD CRIA PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DE ARTISTAS VOLTADO PARA A WEB 3.0

Na última sexta-feira a Mastercard anunciou um novo programa de aceleração de artistas emergentes para impulsionar suas carreiras na Web3.0.

Conforme noticiado pelo TheDrum.com, a Mastercard anunciou o programa Mastercard Artist Accelerator, que vai ajudar cinco artistas emergentes a alavancar suas carreiras através de tecnologias e experiências da Web3.0 , como o blockchain.

“A música é uma paixão global e conectar as pessoas às suas paixões tem sido nossa missão há anos, então escolher investir neste programa foi uma maneira natural de avançarmos neste objetivo”, diz Raja Rajamannar, diretor de marketing e comunicações da Mastercard.

A iniciativa criada em parceria com a plataforma especializada em blockchain Polygon Studios, também gerou o lançamento de uma coleção de tokens não fungíveis (NFT), o “Mastercard Music Pass”. Com os NFTs, artistas emergentes que não foram selecionados no programa poderão aprender a como usar os recursos das novas tecnologias, como metaverso e NFTs, e criarem sua marca por meio de experiências e construção de uma comunidade de fãs.

“Vemos que o web3 é uma grande promessa para artistas e criadores criarem, possuírem e monetizarem seu conteúdo, mas apenas se souberem como aproveitá-lo. Veja os NFTs, por exemplo – uma chave para o potencial monetário desbloqueado. Se os artistas emergentes tiverem as habilidades e conhecimentos sobre como criar NFTs, eles serão capazes de sustentar sua carreira… sentimos que AR, NFTs e blockchain são tecnologias que continuarão a ganhar terreno – quando efetivamente executadas.”, complementou Rajamannar.

 

Foto: Divulgação

Coletivo de arte resolve queimar rascunho original de Picasso para eternizá-lo em NFT

Parece que o ser humano está indo longe demais com os NFTs. Recentemente um coletivo artístico resolveu queimar um rascunho original de Pablo Picasso, para transformá-la em um token não-fungível (NFT).

De acordo com o Tecnoblog.com, a ideia do coletivo Unique One era eternizar a arte chamada de “Fumeur V”, de 1964:

“A ideia é preservar a peça transformando-a em algo imutável e transferindo o valor do mundo real para o NFT”, contou o curador de arte da Unique One Network, Pandu Sastrowardoyo.

O resultado da “destruição” acabou possibilitando a criação de dois NFTs, já que os restos queimados do rascunho mantiveram o desenho de Picasso.

Assim, foram criados os “The Burned Picasso 1” e “The Burned Picasso 2”, um representando a versão original e o outro, a versão queimada.

Por enquanto, a versão queimada não recebeu nenhum lance e estará em leilão por 10 dias no valor de 0,25 ether (ETH), ou US$450. A obra original ainda não está disponível para a venda.

O caso está gerando muita polêmica na internet, já que por muitas vezes o ato de queimar uma arte está ligado á censura. Em entrevista Knew Amsterdam Radio, Sastrowardoyo, afirmou que no mundo dos blockchains há a chamada “destruição criativa”, onde se pode eternizar uma peça física ao atribuir valor a essas criações digitais.

(Imagem: Reprodução/YouTube)

Painel especial Música, Copyright e Tecnologia: NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música

Amanhã, às 19h, acontece o segundo painel do Curso Música Copyright e Tecnologia, ‘NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música’. Atendendo à pedidos vamos transmitir ao vivo no YouTube!

O que são os NFTs? Qual é a ligação com as criptomoedas? E a tecnologia Blockchain? Entenda porque o surgimento desse novo modelo de negócios está movimentando o mercado da música e saiba como pequenos e grandes artistas podem aproveitar as novas tecnologias para alavancar sua carreira.

Guta Braga, coordenadora do Música, Copyright e Tecnologia, recebe especialistas e artistas que já mergulharam no universo das NFTs e das criptomoedas para debater o tema e apresentar casos reais.

PARTICIPE DO PAINEL AO VIVO AQUI

Quando: 26/3

Horário: 19h

Plataforma: Zoom para alunos matriculados no curso MCT EAD, com transmissão ao vivo gratuita pelo canal no YouTube do Música e Negócios Puc Rio

Informações: leofeijo@esp.puc-rio.br

Quem vai participar do Painel?

 

André Abujamra:  Filho de um dos grandes atores do teatro brasileiro Antônio Abujamra, André Abujamra, de origem libanesa e italiana, herdou do pai o talento e a necessidade em provocar a ordem vigente, em mais de 40 anos de carreira se firmou como um dos grandes artistas criativos do Brasil. Multi artista André é cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema.

Ao lado de Maurício Pereira, André também fez parte nos anos 1980 da dupla Os Mulheres Negras. Em 1994 estreou como líder, guitarrista e vocalista da banda Karnak, onde seu disco de estréia foi considerado pela revista americana Rolling Stones entre os melhores lançamentos da década de 1990.

Seus projetos de discos solo incluem O Infinito de Pé (2004), Mafaro (2010), O Homem Bruxa (2015), Omindá (2018) e Emidoinã (2020). Também arruma tempo para seus projetos experimentais como AbcyÇwÖk, Fat Marley e Turk André compôs trilhas sonoras para cerca de 70 filmes brasileiros, alguns consagrados como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Castelo Ratimbum e 2 Coelhos. Como ator já
participou de vários longas, entre eles Sábado (Ugo Georgetti), Durval Discos e Proibido Fumar (Anna Muylaert).

IMDB: http://www.imdb.com/name/nm0009494/
Facebook: https://www.facebook.com/andreabujamraoficial
Youtube: https://www.youtube.com/user/xirian2006
Soundcloud: https://soundcloud.com/andre-abujamra
Site: http://www.andreabujamra.com.b

Anne Chang: especialista em fusões, aquisições e investimentos, é formada pelo Largo São Francisco – USP, é mestre pela Universidade da Califórnia – Berkeley e especialização pela London School of Economics – LSE em mercados financeiros. É sócia de HCO Law | eAdvisor, Diretora Executiva de Tecnologia e Inovação e Board Members da Berkeley Global Society. Professora do Insper no curso de direito das Startups.

Em 2016, foi co-autora de um paper premiado pelo governo federal norte americano sobre blockchain em saúde.

 

Igor Bonatto: (@igorbonatto) é fundador da noodle (noodle.cx), o primeiro banco para artistas e empresas musicais. Antes, Igor fundou a produtora audiovisual Claraluz Filmes, a agência de inovação criativa THT, dirigiu e produziu filmes publicitários, vídeo clipes, curtas e longas.

Sobre o Noodle: É o primeiro banco digital para artistas e empresas culturais, oferecendo dinheiro e inteligência para acelerar carreiras e expandir negócios. Com a missão de conectar a indústria global da música através de uma rede dinâmica de recursos, informações, pessoas e ideias — busca contribuir para que a indústria cresça de forma mais simples, diversificada, justa e acessível.

 

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Lalai Persson é publicitária e trabalha com Comunicação Digital há 15 anos e foi fundadora da agência Remix Social Ideas, uma das primeiras agências de Social Media do Brasil, onde trabalhou com ativações de marcas em festivais como Lollapalooza, Rock in Rio, Skol Sensation e Tomorrowland.

Produziu festas de música eletrônica por 8 anos nos principais clubs de São Paulo. É criadora do site de lifestyle de viagens Chicken or Pasta, que a levou a rodar o mundo por cinco anos visitando festivais de música para pesquisar tendências e ativações de marcas no segmento. Foi a responsável pelas ativações de marcas na primeira edição brasileira do festival Dekmantel e atuou como consultora da ativação do Itaú no Rock in Rio 2018.

Em 2018 e 2019, ao lado da jornalista Claudia Assef, criou o conceito e produziu o Dia Música Eletrônica de São Paulo, uma semana de eventos espalhados por aparelhos culturais na capital paulista para fomentar a cultura da música eletrônica.

Atualmente mora em Berlim, se formou recentemente na 18ª edição do curso Música e Negócios EAD, estuda produção de música eletrônica e tem se aprofundado nos estudos de blockchain & NFTs dentro da  área de música.

É colunista mensal do site Music Non Stop e é autora da newsletter Espiral, um mix de relatos pessoais e notícias sobre música com foco em experiências, festivais e tecnologia.

Pena Schimidt: Trabalho para a Música desde 72, desbravei a carreira de técnico de som,  montando palcos,  construindo e operando mesas de som e ensinando o oficio. Na industria fonográfica, montei e gerencie estúdios, depois gravando e produzindo 30+ discos; contratando artistas para grandes gravadoras; ganhei discos de ouro que depois gastei no selo Tinitus, onde lancei 30 discos independentes. Cuidei de festivais desde os primeiros, lá em Iacanga 1975, dirigi os muitos palcos de  todos os Free Jazz e muitos outros, com grandes equipes. Inaugurei  e fui gestor do Auditório Ibirapuera e diretor do CCSP-Centro Cultural São Paulo. Promovi a discussão e ajudei a criar a Lei “São Paulo Cidade da Música”, aprovada em 1a. votação, aguardando a aprovação do Prefeito de SP.  Hoje descanso, produzo a #listadaslistas, faço mentorias e consultorias.

Conheça o NFT, novidade que está gerando milhões à artistas

O Tenho mais Discos que Amigos explicou os benefícios e as principais questões sobre a novidade. O NFT (non-fungible token) tem o conceito parecido com as criptomoedas e aos blockchains. Com essa tecnologia pode-se registrar, de forma segura, transações que ocorrem em moedas virtuais, como o Bitcoin.

O NFT é uma espécie de moeda/símbolo não fungível, ou seja, que não pode ser trocada por outra coisa da mesma espécie, qualidade ou quantidade. Não é como uma nota de um real ou dólar, que pode ser trocado por outra nota do mesmo valor.

Na última semana a novidade ganhou ainda mais destaque, pois vários artistas anunciaram que arrecadaram milhões ao usar o recurso. Foi o caso do DJ e produtor 3LAU, que faturou mais de 11 milhões de dólares ao vender a gravação original de seu disco Ultraviolet (2018), além de vender o direito de gravar uma música com ele por 3 milhões de dólares.

Após 3LAU, a cantora Grimes também anunciou que ganhou mais de 6 milhões de dólares em seu leilão digital. Até a banda Kings of Leon, já tem um álbum confirmado para lançar neste formato digital.

Do lado do fã, o NFT pode ser muito lucrativo. Isso porque, como a Rolling Stone explicou, o formado digital pode ser renegociado e agir como se fosse um investimento assim como uma ação da bolsa de valores.

O que muitos artistas estão fazendo na prática é tornar o seu material exclusivo, de modo que ele se torne raro para ser vendido dessa forma. Como o exemplo da cantora Yaeji, que faturou 29 mil dólares com a venda de seu ‘mascote virtual’. Com o NFT o investidor pode renegociar o item virtual e faturar ainda mais: “Essencialmente, o NFT permite que a arte seja negociada como um bem ao invés de ser (apenas) consumida e avaliada por seu valor artístico”, explica o TMDQA.

Como toda novidade, ainda não sabemos se o formato vai vingar. Mas já é possível apontar algumas questões. A primeira é que o NFT pode transformar o mercado musical no sentido de criar uma sensação de exclusividade, valorizando obras e produtos únicos de artistas:

“O fato é que usar uma tecnologia como a de criptomoedas para isso ajuda a reviver o conceito de escassez que tornou a arte “convencional” tão valiosa. Da mesma forma que um quadro de Picasso ou Van Gogh vale milhões por sua exclusividade, uma música ou uma arte exclusiva negociada como NFT pode repetir esse conceito de maneira digital graças à tecnologia que o protege e o torna único”, afirma o portal.

Em contraponto, essa exclusividade corre o risco de beneficiar apenas as pessoas mais ricas, que podem vir até a dominar algo que já é democrático e acessível a todos:

“O problema intrínseco a isso é justamente o mesmo dos quadros raríssimos: apenas pessoas muito ricas “entram na brincadeira”. Ainda assim, a ideia de que pessoas fora da indústria musical possam adquirir vídeos, fotos, entrevistas ou quaisquer outros materiais raros é definitivamente atraente e pode eventualmente ser traduzida de uma forma que a torne acessível, priorizando aqueles que chegam primeiro e não os que têm mais dinheiro”.

 

Imagem: reprodução