MinC e OEI Lançam Editais para Consultores no Setor Audiovisual

O Ministério da Cultura (MinC) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) abriram editais para contratar consultores e fortalecer a cultura audiovisual no Brasil. As inscrições encerram-se na semana que antecede o Natal.

Conforme informou o portal do Ministério da Cultura, a contratação visa aprofundar programas na preservação e streaming, conforme explica Daniela Santana Fernandes, diretora de Preservação e Difusão Audiovisual.

Uma das consultorias foca na proposta de um modelo de governança para a Rede Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais (RNAA), uma iniciativa do MinC para criar uma rede de preservação audiovisual. Outra busca subsidiar a SAV na concepção, acompanhamento e implementação da Plataforma de Difusão de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros Sob Demanda (VOD).

Perfil dos Consultores:

Consultor para a RNAA: Formação superior em cultura, comunicação, gestão pública ou áreas afins, com experiência mínima de 7 anos em preservação audiovisual. Especialização em políticas culturais é um diferencial.

Consultor para a Plataforma VOD: Formação superior em comunicação, audiovisual ou tecnologia da informação, com experiência em desenvolvimento de plataformas digitais e gestão de projetos.

Principais Atribuições:

Consultor para a RNAA: Propor um modelo de governança descentralizado, participativo e eficaz; identificar benefícios para os participantes; definir a implementação da rede; criar formulário de adesão.

Consultor para a Plataforma VOD: Elaborar um modelo de governança para a plataforma; garantir o funcionamento adequado e acesso a conteúdos de qualidade.

A contratação destes consultores destaca-se como uma iniciativa crucial do MinC e da OEI para fortalecer a cultura audiovisual no Brasil, buscando eficácia e eficiência nos modelos de governança das redes e plataformas.

Para maiores informações acesse: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/minc-e-oei-lancam-editais-de-contratacao-de-consultores-para-setor-audiovisua

Foto: redes sociais

ANCINE ABRE VAGAS PARA CURSOS GRATUITOS NO AUDIOVISUAL

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) está com matrículas abertas para três cursos voltados às finanças e projetos de audiovisual, que buscam recursos públicos.

Os cursos possuem certificação e duração de até 30hrs, e não há requisitos para a inscrição, ou seja, qualquer um pode aprender!

Veja abaixo a lista de cursos, e clique nos links para saber detalhes e fazer sua matrícula:

Execução Financeira e Prestação de Contas Referentes aos Projetos Audiovisuais (clique aqui)

Gestão de Direitos no Processo de Financiamento de Projetos Audiovisuais Com Recursos Públicos(clique aqui)

Concepção de projetos audiovisuais e fontes de financiamento(clique aqui)

 

ROTEIRISTAS ACIONAM MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO POR FALTA DE DIÁLOGO COM PLATAFORMAS DE STREAMING

Se um por um lado as plataformas de streaming de música tem aberto portas para novos artistas, por outro ainda é preciso pensar em maneiras mais justas de remuneração para os detentores de direitos autorais. Na indústria audiovisual, roteiristas tem enfrentado questão parecida através de contratos abusivos e falta de diálogo com plataformas de streaming de vídeo.

Conforme relatado pelo NaTelinha.com.br, a Associação Brasileira de Autores e Roteiristas (ABRA) decidiu acionar o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro e de São Paulo para denunciar práticas abusivas que plataformas de streaming tem adotado na contratação de roteiristas para séries e filmes.

Paula Vergueiro, advogada da associação disse à Folha de S. Paulo que tem recebido cada vez mais reclamações dos associados por conta das cláusulas abusivas em contratos, e a falta de diálogo com as plataformas para negociação. Por isso, a ABRA decidiu acionar o Ministério Público do Trabalho para que uma conversa seja iniciada urgentemente:

“Os roteiristas recebem os contratos [por meio das produtoras realizadoras do projeto] e a gente não consegue negociar nenhuma cláusula. São contratos impostos”, explicou ao portal.

Uma das práticas mais comuns apontada pela advogada, é que ao contratar roteiristas para projetos, plataformas impõem seus próprios modelos de contratos, com versões traduzidas de documentos elaborados por suas matrizes no exterior, sem seguir o que dizem as leis brasileiras:

“E existem cláusulas muito desequilibradas em favor das plataformas. Por exemplo, há contratos que exigem exclusividade do autor, que ele fique disponível para uma possível segunda ou terceira temporada de uma série, mas sem remunerá-lo por essa exclusividade.”, exemplificou Vergueiro.

Vale notar que desde o início deste ano, o jornalista e escritor João Ximenes Braga, vencedor do 41º Emmy Internacional pela novela Lado a Lado (2012-2013), exibida na TV Globo, já havia desabafado sobre a crise enfrentada pelos roteiristas na indústria audiovisual.

“Se as coisas continuarem como estão, esse mercado vai entrar em colapso, e não vai demorar, pois não é só o fim do contrato longo. Isso vem junto com uma nova visão de produção em que o roteirista é apenas um técnico e não mais pode almejar a posição de autor/criador. Tudo ao mesmo tempo, e de propósito, para baratear a mão de obra”, alertou o escritor.

Porta dos Fundos e Netflix vence processo contra seu polêmico Especial de Natal

Na última sexta-feira o Porta dos Fundos e a Netflix ganharam a ação em que religiosos pediam a retirada da plataforma o polêmico ‘Especial de Natal’. Conforme o Veja Rio, a juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, da 16ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, decidiu que o pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura em Ação Civil Pública era improcedente ao direito de liberdade de expressão e a vedação à censura.

No caso, as entidades religiosas pediram a remoção do filme “Especial de Natal do Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo” da Netflix, e ainda pediram uma indenização de 2.000.000 de reais por ‘supostos danos morais coletivos sofridos pela exibição do Especial’, informou o portal.

Para a juíza, cabe ao usuário escolher se deve ou não assistir ao conteúdo, que está dentro dos limites de liberdade de expressão: “não há exposição a seu conteúdo a não ser por opção daqueles que desejam vê-lo. Resta assim assegurada a plena liberdade de escolha de cada um de assistir ou não ao filme e mesmo de permanecer ou não como assinante da plataforma”.

Além disso, a juíza não considerou o conteúdo como intolerância religiosa, mas sim uma “crítica religiosa, realizada por meio de sátira, a elementos caros ao Cristianismo”.

 

Foto:

Reprodução

 

Netflix e Globo podem se unir para lançar novela de produção milionária

Está circulando pela internet que a Netflix e o grupo Globo estariam colaborando em uma parceria para lançar a novela mais cara do Brasil.

De acordo informações dadas pelo NaTelinha,  a Netflix acredita que as novelas de sucesso podem abrir espaço para publicidade e merchandising, convertendo em altos lucros. Mas para conseguir fazer este tipo de conteúdo, precisa da expertise da Globo.

Até agora, nenhuma das empresas confirmaram oficialmente sobre o acordo. Todavia, colaboradores informaram ao portal que a iniciativa foi da Netflix e a intenção é realizar uma produção de 60 capítulos, com um investimento que pode chegar a quase R$5 milhões por capítulo, ou seja, um total de R$288 milhões. Valor muito maior do que os R$800 mil que a Globo investe em suas próprias novelas.

Toda a produção deve ser realizada pelo streaming americano, e não haverá equipes brasileiras na operação. As negociações estariam ocorrendo em sigilo nos Estados Unidos pelo CEO da Netflix, Reed Hastings, e pelo diretor do Globoplay, Erick Brêtas.

O portal informa ainda, que a Netflix estaria contratando a Globo para desenhar todo o projeto e o Globoplay teria os direitos de exibir a novela em primeira mão. Após um determinado tempo a novela entraria no catálogo da Netflix, e assim passaria a ter os direitos mundiais da obra, podendo exibi-la em todo o mundo.

Vale lembrar que em recente entrevista, o vice-presidente de conteúdo da Netflix para a América Latina, Francisco Santos, confirmou o interesse do serviço de streaming de produzir novelas.

 

Imagem: reprodução

VIACOM CONFIRMA LANÇAMENTO DE STREAMING GRATUITO VOLTADO PARA A COMUNIDADE NEGRA

Nesta semana a Viacom CBS confirmou a chegada do serviço de streaming BET (Black Entertainment Television, canal com produções realizadas pela e para a comunidade negra.

De acordo com o Splash da Uol, o serviço vai chegar como um canal gratuito da Pluto TV no dia 26 de março.

O BET já existe em 75 países ao redor do mundo e por aqui o conteúdo contará com séries, reality shows e programas que já são clássicos do canal, como o do ator Tyler Perry em “Assisted Living”, “House of Payne”, “The Oval” e “Sistas”. Além disso, o serviço contará com a série “Boomerang”, comédia produzida por Lena Waithe e Halle Berry.

Não foi informado pela Viacom se haverá produções brasileiras no serviço. Vale lembrar que em julho de 2020 foi lançado no Brasil o Trace Brazuca – canal de TV focado em cultura afro e também feito por profissionais negros.

 

Imagem: Michael Tran/FilmMagic Tyler Perry na BET

NETFLIX FAZ DOAÇÃO DE R$5 MILHÕES PARA AJUDAR TRABALHADORES DO AUDIOVISUAL NO BRASIL

Nesta semana a Netflix anunciou que realizou uma doação no valor de R$5 milhões para ajudar trabalhadores do audiovisual afetados pela pandemia de covid-19 no Brasil.

De acordo com o Uol, a doação será direcionada à um fundo administrado pelo Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB) e ajudará até 5 mil pessoas.

Profissionais do audiovisual que não possuem contratos podem receber um salário mínimo (R$ 1.045.) como benefício.

Para se inscrever, basta responder ao formulário no portal oficial do ICAB (icabrasil.org) a partir de 28 de abril. Segundo o portal, cada inscrição será revisada por um comitê composto por membros do ICAB, da BRAVI e da Netflix. As inscrições poderão ser feitas por dois meses ou até que os recursos do fundo se esgotem.

A Netflix informou em um comunicado que o valor doado é um “complemento ao pagamento de cachês que foram feitos às equipes e atores das nossas produções originais no país”.

A doação para o ICAB faz parte de um fundo de US$100 milhões criado pela Netflix em março para apoiar trabalhadores do audiovisual em países em que a empresa atua.

 

Foto: Guetty Images

Bolsonaro passa conselho audiovisual para Casa Civil e cogita fim da Ancine

Nesta quarta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro transferiu o Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil, que engloba a antiga pasta da Cultura.

Para o governo, a mudança visa “fortalecer a articulação e fomentar políticas públicas” na área. O decreto foi um dos atos assinados durante cerimônia comemorativa dos 200 dias do governo.

Segundo a Folha, o presidente está insatisfeito com a atual política de fomento ao cinema e fará alterações em sua estrutura, a fim de ter mais influência sobre ela. Além disso, o presidente está planejando extinguir a Ancine (Agência Nacional do Cinema), atualmente em crise.

Segundo o ministro da casa Civil, Onyx Lorenzoni, a atual política pública de incentivo ao cinema precisa ser mudada, pois não mede o sucesso das produções: “Política de cultura, política de cinema precisa ter apoio, sim, mas precisa ter cobrança de resultado”, disse Onyx.

“Quer produzir um filme x, y ou z, quer ir para o mercado e captar sozinho, ok. Agora, para levar recurso público tem que ter retorno, tem que ter qualidade. E uma das coisas que não faz parte da métrica hoje é se tem ou não sucesso, se tem ou não espectador dentro da sala de cinema”, continuou. Durante a cerimônia,  o ministro ainda frisou que a Ancine será transferida para Brasília.

O Conselho Superior do Cinema é de extrema importância para a política nacional de cinema, uma vez que é responsável por formular e aprovar diretrizes para o desenvolvimento da indústria audiovisual, e também tem o dever de estimular a presença do conteúdo brasileiro no mercado.

Foto: Ancine

Cobrança de direitos autorais no audiovisual é removida

A Secretaria Especial de Cultura, subpasta do Ministério da Cidadania, suspendeu o recolhimento de três taxas referentes a direitos autorais no audiovisual.

Com a decisão, as entidades Gedar (Gestão de Direitos de Autores Roteiristas), DBCA (Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual) e InterArtis (intérpretes), não poderão cobrar valores por uma exibição de obra audiovisual em TV e cinema.

De acordo com a Folha de São Paulo, os maiores beneficiados pela decisão serão as entidades que representam as salas de cinema e canais de TV, que anteriormente, já haviam entrado com recurso para reverter a autorização concedida pelo extinto Ministério da Cultura. A decisão também entrará em recurso pelas entidades que representam autores, diretores e atores, que podem à Justiça caso não sejam atendidas.

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Foto: Glória Pires, atriz e presidente da associação de atores InterArtis – Divulgação