MTGs Ganham Espaço no Streaming e Reacendem Debate Sobre Direitos Autorais na Música Brasileira

Como o estilo, que envolve a combinação de trechos de músicas antigas com batidas de funk, está ganhando destaque nas paradas de sucesso, e a importância de respeitar os direitos autorais nesse contexto.

As MTGs, ou montagens musicais, estão ganhando espaço nas listas de músicas mais tocadas no Brasil, trazendo à tona uma técnica que remonta aos anos 1990. Nesta semana, o jornal O Globo pulicou uma matéria sobre como a reinvenção desse estilo pelos DJs de funk de Belo Horizonte, tem lançado novas estrelas no cenário musica.

DJ Topo, por exemplo, tem feito sucesso com a MTG “Quem não quer sou eu,” que combina a voz de Seu Jorge com elementos de funk e rap, acumulando mais de 113 milhões de streams no Spotify. A novidade não só revitalizou o catálogo original de Seu Jorge, como também chamou a atenção da indústria musical para as possibilidades comerciais das MTGs.

Guta Braga, criadora e coordenadora do curso Música Copyright e Tecnologia, em entrevista para o jornal, destaca a importância de entender os direitos autorais nesse novo contexto. Ela observa que, embora muitos na indústria tenham inicialmente visto as MTGs com desconfiança, o impacto positivo sobre os catálogos de música é inegável. “Todo mundo ganha com isso, desde que haja autorização e uma divisão justa da receita,” ressalta Guta.

Por outro lado, Luan Gomes, que também tem se destacado no cenário, começou a lançar suas MTGs sem as devidas autorizações, mas conseguiu regularizar a situação com o tempo. Agora, ele trabalha em estreita colaboração com empresas como a MusicPro para garantir que todos os envolvidos sejam devidamente creditados e remunerados.

A tendência das MTGs ainda está em crescimento, com muitas dessas montagens aparecendo em playlists populares de funk e MPB, e se expandindo para outros estilos. No entanto, a questão dos direitos autorais continua sendo um ponto crucial para o desenvolvimento sustentável dessa nova onda musical.

Foto; DJ Topo

Resumo:

Como o estilo, que envolve a combinação de trechos de músicas antigas com batidas de funk, está ganhando destaque nas paradas de sucesso, e a importância de respeitar os direitos autorais nesse contexto.
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