Estudo afirma que 73% dos músicos têm problemas de saúde mental

Um estudo descobriu que quase três quartos dos músicos independentes já experimentaram problemas como estresse, ansiedade e/ou depressão” em relação ao seu trabalho.

O “73 Percent Report” foi um estudo encomendado pela plataforma de distribuição digital Record Union. Os resultados foram baseados em uma pesquisa online com cerca de 1.500 músicos independentes.

O estudo constatou que 73% dos músicos independentes enfrentam algum transtorno mental. Questões como ansiedade e depressão apareceram no topo da lista. Foi constatado ainda que o índice é maior entre os jovens com idade entre 18 e 25 anos. Destes, 80% enfrentam efeitos negativos na saúde mental decorrentes de suas carreiras musicais.

“Nosso estudo está nos dizendo que algo precisa mudar”, afirmou Johan Svanberg , diretor-geral da Record Union.“É hora de colocar o estado da saúde mental de nossos artistas na agenda, antes dos fluxos e do sucesso comercial. Nós, como uma indústria, devemos despertar e nos perguntar: qual é a nossa responsabilidade nisso e o que podemos fazer para criar um clima de música mais saudável? ”, acrescentou.

­­Segundo a Billboard, fatores que podem contribuir para os sintomas incluem medo do fracasso, instabilidade financeira, avaliação dos outros e a “pressão para entregar”.

A pesquisa também descobriu que apenas 39% dos músicos que afirmaram ter algum sintoma de distúrbio emocional (e apenas 33% daqueles com idade entre 18 e 25 anos) procuraram tratamento. Do mesmo grupo, 51% afirmaram ter se automedicado, a maioria com álcool e drogas.

Para incentivar a prevenção de transtornos mentais em músicos, a Record Union lançou uma iniciativa que doará US$30.000 para projetos de prevenção e tratamento sobre o assunto. As inscrições poderão ser realizadas pelo site 73percent.com.

“A indústria da música tem tradicionalmente definido o sucesso em termos comerciais”, disse Svanberg. “Para ser visto como um sucesso, você precisa atingir metas de vendas e turnês altas. É sempre dinheiro primeiro. Para criar um clima musical mais sustentável com artistas mais saudáveis, acreditamos que isso precisa mudar e que os artistas precisam começar a pensar em sua saúde mental como parte do sucesso”.

Estamos no Instagram! @mct.mus

Foto: kmlmtz66/Getty Images

Rolling Stone terá sua própria parada de sucessos para competir com a Billboard

A Rolling Stone anunciou que terá suas próprias paradas musicais para competir com a Billboard.

Segundo a Variety, a partir da próxima segunda-feira veremos quais hits estarão no “Rolling Stone Charts”. Farão parte da parada de hits da revista os 100 melhores singles e os 200 principais álbuns nos EUA. Além disso, o gráfico de singles será atualizado diariamente, em vez de semanalmente, destacando também informações sobre os dados de streaming para oferecer maior transparência sobre como os rankings são derivados.

O objetivo da parada de hits é conquistar maior espaço em um território que a Billboard dominou por décadas.

“O que é imperativo e empolgante em nossos novos gráficos da Rolling Stone é que ele apresentará uma quantificação transparente, granular e em tempo real para refletir com precisão os interesses em evolução dos ouvintes e fornecer informações sobre as tendências mundiais.”, afirmou Jay Penske, CEO da PMC, proprietária da revista.

Está previsto ainda, na semana que vem, o lançamento de outros três gráficos semanais: o “Rolling Stone Artist 500”, que será o ranking dos artistas com maior reprodução nas plataformas de streaming; o “Rolling Stone Trending 25”, uma lista das músicas baseada em várias métricas; e o “Rolling Stone Breakthrough 25”, com artistas que entraram no gráfico pela primeira vez.

Estamos no intagram! @mct.mus

Assine nossa  newsletter mensal com as notícias mais lidas do blog!

 

Foto: Variety

Disney vende canais de esporte nos EUA por US$ 10 bilhões

A Disney vendeu seus canais regionais de esporte para que sua aquisição da 20th Century Fox seja concluída.

De acordo com o Meio & Mensagem, a notícia publicada pelo Wall Street Journal informou que 21 dos 22 canais do gênero foram adquiridos pela Sinclair Broadcast Group por US$10 bilhões. O canal restante foi adquirido por US$ 3,5 bilhões pelo Yes Network, um conglomerado formado pelos Yankees, Amazon e a Sinclair.

Após assinar um acordo de US$71,3 bilhões para comprar a Fox em março deste ano, as entidades reguladoras antitruste determinaram a venda dos canais esportivos da Disney, como uma forma de controlar práticas anticompetitivas, como o monopólio de audiência esportiva.

 

Foto: Divulgação

Youtube deleta 10 milhões de visualizações do clipe de “ME!” da Taylor Swift

O Youtube deletou 10 milhões de visualizações da contagem total do novo clipe da cantora Taylor Swift, “ME!. De acordo com o Portal Pop Line, a plataforma identificou o uso de robôs para crescimento falso de streams.

Essa prática tem sido adotada principalmente pelos próprios fãs, de vários fandoms, com o objetivo de inflar os números de seus ídolos e ganhar destaque nas posições nas paradas. De 34 milhões de visualizações, “ME!” conseguiu 24 milhões de acessos. Mesmo com a polêmica, “ME!”, já é um grande hit em todas as plataformas.

 

Foto: divulgação

Cobrança de direitos autorais no audiovisual é removida

A Secretaria Especial de Cultura, subpasta do Ministério da Cidadania, suspendeu o recolhimento de três taxas referentes a direitos autorais no audiovisual.

Com a decisão, as entidades Gedar (Gestão de Direitos de Autores Roteiristas), DBCA (Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual) e InterArtis (intérpretes), não poderão cobrar valores por uma exibição de obra audiovisual em TV e cinema.

De acordo com a Folha de São Paulo, os maiores beneficiados pela decisão serão as entidades que representam as salas de cinema e canais de TV, que anteriormente, já haviam entrado com recurso para reverter a autorização concedida pelo extinto Ministério da Cultura. A decisão também entrará em recurso pelas entidades que representam autores, diretores e atores, que podem à Justiça caso não sejam atendidas.

Acompanhe o nosso blog também pelo Instagram! Siga nossa página @mct.mus

Foto: Glória Pires, atriz e presidente da associação de atores InterArtis – Divulgação

Durante o Rio2C, Flora Gil alertou sobre a importância de proteger a propriedade intelectual

Durante o painel “360o sobre o negócio da música”, no Rio2C, a empresária e esposa de Gilberto Gil, Flora Gil, destacou a importância de se proteger a propriedade intelectual.

Durante a conferência, Flora Gil contou sobre sua experiência na gestão da carreira de Gilberto Gil e como obteve sucesso ao resgatar os direitos sobre sua obra que estava sob o domínio de grandes gravadoras.

Segundo o Meio & Mensagem, a empresária defendeu a necessidade de mudanças no modelo de negócios do mercado da música e alertou os profissionais do audiovisual, afirmando que os criadores, principalmente os iniciantes, precisam entender a necessidade de terem a propriedade intelectual sobre suas produções. Para ela, o criador nunca deve entregar seu material, mesmo que a oferta seja valiosa.

“Não assinem nada que depois de 10, 20 anos, seus filhos pensem: minha mãe fez isso, mas eu não recebo nada”, aconselhou a empresária.

“Você faz uma série e quer entrar na Globo, Multishow, Netflix, Amazon, são muitas as possibilidades hoje em dia. Mas o pensamento que tem que ir junto é de que a propriedade tem que ser, no mínimo, dividida, nunca entregue”, alertou Flora.

Para ela, assim como a tecnologia tem se tornado cada vez mais avançada, algumas indústrias precisam acompanhar e atualizar seus modelos de negócios.

“Quero direito de ter isso com o Gil, mas multiplicamos esta ideia em outros escritórios e artistas. Fui do grupo Procure Saber, criado para discutir o direito do criador. Envolvia Caetano, Marisa, Roberto, Djavan, seus empresários, discutindo o modelo de negócio”, relembrou.

Flora Gil, também compartilhou o case sobre o recente lançamento do album de Gilberto Gil, OK OK OK. A empresária contou como a agregadora Alta Fonte auxiliou no desenvolvimento do trabalho:

“Eles nos deram tudo que combinaram previamente. É uma gravadora física e digital. Através deles tivemos contato com a Apple e eles se juntaram, colocaram um dinheiro grande para fazer a divulgação de um artista grande. Entenderam que poderiam fazer toda a movimentação do disco do Gil sem tocar na propriedade”, disse Flora. A parte do produto físico ficou direcionada pela Biscoito Fino, já que a Alta Fonte trabalha apenas com o formato digital no Brasil.

Estamos no Instagram!@mct.mus

Foto: divulgação

SPOTIFY AGORA POSSUI 100 MILHÕES DE ASSINANTES

Começamos a semana com a notícia de que o Spotify alcançou a marca de 100 milhões de usuários pagantes em todo o mundo.

Segundo o relatório de lucros do primeiro trimestre, publicado pela empresa nesta segunda-feira, atualmente o serviço de streaming possui 217 milhões de usuários em todo o mundo, sendo 100 milhões de assinaturas pagas. Desde que foi a público há pouco mais de um ano, o Spotify informou que o número de assinantes cresceu 32%, 75 milhões no primeiro trimestre de 2018.

Além do crescimento no número de usuários pagantes, a receita do Spotify foi de 1,5 bilhão de euros, cerca de US$1,7 bilhão. Um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, o serviço de streaming apresentou um prejuízo líquido de €142 milhões, cerca de US$158 milhões.

De acordo com o New York Times, a Índia tem sido um dos novos mercados mais cobiçados pelos serviços de streaming. Em fevereiro deste ano, o Spotify iniciou suas operações no país registrando um milhão de usuários em uma semana. A empresa confirmou que deste então, o número de usuários dobrou.

A chegada na Índia também foi marcada por um processo pela Warner/Chappell, onde a editora alegou que o serviço de streaming se estabeleceu no país de qualquer maneira, licenciando músicas apenas sob a lei de direitos autorais local, sem autorização da editora. O caso permanece ativo em um tribunal indiano. Além disso, houve outra disputa de licenciamento com a Saregama, gravadora mais antiga da Índia. Desta vez, o Spotify foi obrigado a remover todo o conteúdo da gravadora na plataforma.

Em fevereiro, houve grandes investimentos em empresas especializadas em produção e gerenciamento de podcasts. O Spotify investiu cerca de US$340 milhões na aquisição de duas empresas:  a Gimlet Media e a Anchor. Em março foi a vez da aquisição da Parcast, por US$56 milhões. Daniel Ek, executivo-chefe do Spotify, disse que “conteúdo não musical” acabará representando 20% das ofertas do serviço, uma vez que esse movimento deve contribuir para o aumento das margens de lucro.

Estamos no intagram! @mct.mus

 

Foto: Shannon Stapleton/Reuters

BM&A E FESTIVAL COMA PROCURAM BANDA COM POTENCIAL DE INTERNACIONALIZAÇÃO

A Brasil, Música & Artes (BM&A), em parceria com o Festival CoMA – Convenção de Música e Arte – está selecionando bandas brasileiras associadas que possuem potencial para o desenvolvimento de carreira internacional.

Segundo o BM&A, as bandas selecionadas pela equipe de curadores, participarão do Festival CoMA e receberão um cachê R$2 mil com todas as despesas pagas.

O Festival CoMA será realizado entre os dias 2 a 4 de agosto, no complexo da Funarte, Planetário e Clube de Choro, em Brasília. Além de shows, haverá uma conferência com palestras e debates sobre o mercado da música. Já subiram no palco do festival nomes como  Elza Soares, Emicida, Lenine, Flora Matos, Chico César, Scalene, Supercombo, Far From Alaska, Àttøøxxá, Francisco El Hombre, Rico Dalasan e Clarice Falcão.

As inscrições para o projeto podem ser feitas até o dia 26 de maio e o resultado da seleção sairá no dia 7 de junho. Pra maiores informações clique AQUI.

“A colaboração com o CoMA estreia uma iniciativa pioneira, que deve se estender para outros festivais. Desta forma, conseguimos divulgar não apenas as bandas e artistas, mas também os próprios eventos para formadores de opinião de diversos países”, disse o gerente do BME, Leandro Ribeiro.

Quer conhecer mais sobre a BM&A? Clique AQUI.

Foto – BM&A.

Confirmado o Montreux Jazz Festival no Rio em 2019

O Rio de Janeiro receberá neste ano o Montreux Jazz Festival, o festival de jazz mais famoso do mundo. De acordo com o Estadão, o festival será no Pier Mauá, entre 6 a 9 de junho, com 40 atrações divididas em três palcos.

O evento terá a capacidade para receber até seis mil pessoas por dia, com bares e food trucks na área de convivência. Os ingressos já estão a venda, com preços que variam de R$25 a R$187.

O produtor Marco Mazzola, informou que foram anos de negociação para trazer o evento ao Brasil, adiantando que o Rio Montreux Jazz Festival terá shows exclusivos como os guitarristas Al Di Meola, Stanley Clark, John Scofield e Steve Vai, considerado um dos maiores do mundo, que decidiu trazer a família para comemorar seu aniversário e ao mesmo tempo curtir o festival, no dia 6 de junho.

Além dos três palcos principais, nomeados com nomes de grandes compositores brasileiros –  Ary Barroso, Tom Jobim e Villa-Lobos – o Rio Montreux Jazz Festival terá apresentações gratuitas em outros cinco pontos da cidade. O Palco Pixinguinha ficará no Parque Madureira, com capacidade para receber 5 mil pessoas. Haverá ainda outros locais denominados Montreux Urbano.

Fundado em 1967, pelo trio Claude Nobs, Géo Voumard e René Langel, o Festival de Jazz de Montreux se tornou o mais famoso festival de jazz do mundo. Foram três dias de festival, durante sua primeira edição realizada no Montreux Casino. Na época, apenas músicos de jazz puro se apresentaram, até que ao longo dos anos outros estilos foram aceitos, com espaço fixo para uma noite brasileira.

Vale lembrar que o evento contou com a captação de recursos da “antiga” Lei Rouanet, e por isso, pode ser um dos últimos com custo de mais de R$1 milhão a serem contemplados, já que agora o Governo Federal não aprovará projetos acima desse valor.

 

Estamos no Instagram! @mct.mus

Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

 

Rio2c: Evandro Fióti ajuda marcas a se comunicar melhor com a periferia

De 23 a 28 de abril acontece o Rio2c, a maior conferência de criatividade  e inovação da América latina. O rapper e compositor brasileiro Evandro Fióti participou de um painel durante o Summit e falou sobre como vem contribuindo para ajudar as marcas a se comunicar melhor com a periferia.

“Procuro sempre usar dados e números para que as marcas e agências conheçam mais a realidade da periferia. Isso faz com que elas entendam melhor o potencial daquela população. E procuro sempre analisar o impacto dessas parcerias. Uma ação de comunicação não serve apenas para vender produto. Ela gera impacto e deixa um legado que permanece para sempre”, disse Fióti.

Além da música, há dez anos,Evandro Fióti vem trabalhado ao lado de seu irmão Emicida na Lab Fantasma – selo de roupas e agenciamento de artistas focado em traduzir a real essência da periferia para o universo do consumo. Segundo o Meio & Mensagem, o empresário já desenvolveu coleções e ações de comunicação para marcas como C&A, iFood, Rider e Imaginarium.

“A rua é onde tudo acontece. Enxergamos a rua como um ambiente em que a verdade está. A rua é onde aparece a grande desigualdade que temos, mas também é o lugar onde podemos fazer a diferença. É na rua que podemos construir um mundo melhor”, afirmou o rapper brasileiro durante o painel.

Estamos no Instagram! Siga o nosso perfil @mct.mus

Foto: Reprodução