Governo vai revogar medida que tirava do MEI ocupações como músico e DJ

O governo decidiu revogar a resolução que exclui várias ocupações e atividades ligadas à cultura da categoria de microempreendedor individual (MEI).

Nesta sexta-feira (6), foi publicado pelo Diário Oficial da União uma medida para eliminar da classificação de MEI uma série de categorias ligadas à cultura, incluindo músico e DJ.

A notícia ganhou repercussão negativa pelas redes sociais. Segundo O Globo, rapidamente, milhares de pessoas começaram a assinar os abaixos-assinados digitais criados contra a medida. Além disso, um protesto foi marcado para hoje (9), em frente ao Palácio Capanema.

De acordo com o portal, a Secretaria-Executiva do Simples Nacional informou que encaminhará uma proposta para revisão da lista das atividades ao Comitê Gestor do Simples Nacional.

“Sou contra esta resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional. A cultura — e todos que trabalham com ela — é um patrimônio do país (…) Essa é uma decisão que não faz sentido. A cultura é a alma da nossa democracia”, criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

A medida previa excluir do MEI atividades como cantor e músico independente, produção teatral, ensino de arte e cultura, atividades de sonorização e iluminação, ensino de música, produção musical, produção teatral e instrutor de artes cênicas.

Caso entrasse em vigor a partir de Janeiro de 2020, a medida poderia fazer com que muitos profissionais do mercado, que hoje atuam como MEI, voltassem à informalidade.

Atualmente, podem aderir ao MEI, negócios que faturam até R$81 mil por ano (ou R$6,7 mil por mês) e têm no máximo um funcionário. A formalização permite emitir notas fiscais e contribuir para o INSS, além de direito a auxílio maternidade e auxílio doença.

Foto: André Coelho

CONHEÇA A FERRAMENTA CAPAZ DE SEPARAR MÚSICAS EM FAIXAS DE VOZ E INSTRUMENTOS

Um brasileiro criou uma ferramenta com inteligência artificial capaz de separar voz e instrumentos de uma música para facilitar a criação de samples e versões de karaokês.

De acordo como G1, o “Moises” – referência ao personagem bíblico que dividiu o Mar Vermelho – consegue separar os instrumentos a partir das frequências identificadas por um algoritmo que usa inteligência artificial.

A ferramenta está disponível gratuitamente e para usar, basta se cadastrar com o e-mail. É possível enviar a música em MP3 ou ainda por um link do Youtube.

O criador do Moises, Geraldo Ramos, é desenvolvedor de software e revelou que o projeto foi feito em uma semana, em sua casa.

“Muitos usuários cadastrados são DJs, que fazem beats ou mashups utilizando o sistema, mas também tem muita gente usando para fazer versões karaokê que não existem oficialmente. A separação das pistas da música não é perfeita, mas o resultado varia de acordo com a qualidade do material enviado e o sistema usa o aprendizado de máquina para se aprimorar a cada faixa nova enviada”, explica Geraldo.

Segundo Geraldo, a ideia surgiu a partir de um algoritmo de código aberto desenvolvido por pesquisadores do serviço de streaming de áudio Deezer, chamado Spleeter, e que permite fazer a separação dos instrumentos de uma música.

“O único problema é que [a ferramenta] não foi feita para ser usada por pessoas que não sejam da área de tecnologia, já que para funcionar, o usuário precisa instalar várias bibliotecas da linguagem de programação Python e outros programas. Com isso em mente, eu tive a ideia de criar um serviço simples que faz esse trabalho de processar os dados do algoritmo do Deezer remotamente, por meio da nuvem. O resultado foi esse projeto, feito em um fim de semana”, explica o desenvolvedor.

Apesar da facilidade, Geraldo lembrou que para utilizar o sistema o usuário deve ter autorização prévia dos autores das músicas.

 

Foto: Reprodução/Moises

Presidente da Funarte afirma que rock leva ao aborto e ao satanismo

Nesta semana, um vídeo do novo presidente da Funarte ganhou grande repercussão pelo país. Isso porque Dante Mantovani afirmou que o rock leva ao aborto e ao satanismo!

Dante Mantovani foi nomeado como novo presidente da Funarte nesta segunda-feira (2). Mantovani possui um canal no Youtube onde discute temas relativos à cultura. Segundo o G1, seu canal possui apenas 6,88 mil inscritos.

No vídeo, o presidente da Funarte fala sobre o surgimento de Elvis Presley: “Na década de 50 apareceu um tal de Elvis Presley com o rock lá que fazia todo mundo sacolejar, balançar o quadril. Todo mundo ama esses caras e começam a ser introduzidos certos comportamentos. O Elvis Presley, por exemplo, morreu de overdose”, afirmou.

O festival de Woodstock, famoso símbolo da contracultura, também foi citado: “Woodstock aquele festival da década de 60 que juntou um monte de gente, os hippies fazendo uso de drogas, LSD. Inclusive existem certos indícios que a distribuição em larga escala de drogas, LSD, foi feita pela própria CIA.”

e continuou: “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto”.

“A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente, mais de uma vez, que ele fez um pacto com o diabo, com o satanás para ter fama, sucesso”, concluiu.

A Fundação Nacional de Artes é responsável pelo desenvolvimento de políticas ligadas a artes visuais, música, circo, dança e teatro. Atualmente, a instituição está subordinada à Secretaria da Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo.

De acordo com o portal, Mantovani assumiu o cargo depois de Miguel Proença, que foi exonerado da presidência da instituição em novembro.

 

Foto: Reprodução/Youtube

COMPOSITORES CRIAM PETIÇÃO CONTRA MEDIDA PROVISÓRIA QUE BENEFICIA SETOR HOTELEIRO

O Música Copyright e Tecnologia apóia a petição “Contra a medida provisória que extingue taxas do Ecad sobre direito Autoral em quartos de Hotel”.

Publicada no final de Novembro, a MP 907/19 prevê uma série de alterações relacionadas ao setor do turismo, entre elas a extinção da taxa cobrada pelo Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – sobre direitos autorais pela retransmissão radiofônica em quartos de hotéis e em cabines de embarcações turísticas, como navios de cruzeiros.

Segundo a  Superintendente do Ecad, Isabel Amorim, a MP trará um prejuízo de R$110 milhões aos compositores brasileiros: “Apoiamos reformas que beneficiem o desenvolvimento do turismo e a economia do País, mas não é necessário que isso seja feito à custa dos artistas. Esta proposta de isenção é temerária e prejudicial para toda a classe artística. A música disponibilizada nos quartos, seja na programação musical de rádio ou televisiva, é um atributo importante para o maior conforto dos clientes, agregando valor ao negócio”, afirmou a Superintendente em entrevista ao O Estado de S. Paulo.

Para assinar a petição CLIQUE AQUI.

FAST FORWARD PODCAST GRAVARÁ EPISÓDIO AO VIVO NA SIM SP

A Sim São Paulo acontece este ano entre os dias  4 a 8 de dezembro e o Fast Forward Podcast estará na conferência gravando um podcast ao vivo para a platéia.

O momento mais que especial será no dia 5/12 às 15:30h, e ainda contará com a presença do  pernambucano Alceu Valença.

Então se você já possui a sua pro-badge para o evento fique ligado, pois serão apenas 95 lugares disponíveis.

O Fast Forward Podcast é indicado na categoria Projeto do Ano do Prêmio SIM, categoria que reconhece as iniciativas do mercado musical que mais se destacaram no ano.

Foto: Divulgação

MEDIDA PROVISÓRIA TRARÁ PREJUÍZO DE R$110 MILHÕES A COMPOSITORES

O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma entrevista com a nova superintendente do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Isabel Amorim. A pauta principal foi a medida provisória “A Hora do Turismo”, que embora tenha sido criada para incentivar o setor hoteleiro no país, pode tirar cerca de R$110 milhões da classe artística por ano.

Embora tenha o objetivo de incentivar a criação de empregos e o crescimento do setor hoteleiro no Brasil, a medida provisória pode prejudicar os compositores, uma vez que entre as mudanças previstas está a isenção de pagamento de direitos autorais por músicas executadas em quartos de estabelecimentos hoteleiros.

De acordo com a notícia, a MP proposta pelo Ministério do Turismo está sob análise da equipe econômica. “A proposta mantém a cobrança dos direitos autorais de canções executadas em áreas comuns dos hotéis, como recepção e restaurantes, mas a retira dos espaços privados”, informou o portal.

Ela disse que a expectativa é a de que “a medida não seja assinada pelo presidente da República”.

“Apoiamos reformas que beneficiem o desenvolvimento do turismo e a economia do País, mas não é necessário que isso seja feito à custa dos artistas. Esta proposta de isenção é temerária e prejudicial para toda a classe artística. A música disponibilizada nos quartos, seja na programação musical de rádio ou televisiva, é um atributo importante para o maior conforto dos clientes, agregando valor ao negócio”, disse Isabel Amorim.

Segundo a Superintendente, a medida trará um prejuízo de R$110 milhões anuais para mais de 100 mil compositores, intérpretes e músicos.

Foto: Canva

Após negociações, Doria deixa TV Cultura e Netflix em saia justa

Na semana passada, o governo de São Paulo envolveu a Netflix e a TV Cultura em um grande climão. Isso porque, após uma visita à sede da Netflix, o governador João Doria (PSDB) anunciou que a TV Cultura havia feito uma parceria com o serviço de streaming, a fim de viabilizar estúdios para que a meta de 30 produções brasileiras fossem realizadas em 2020.

Segundo a Folha de São Paulo, em seguida,  a Netflix divulgou uma nota na quinta-feira (21), afirmando apenas que a reunião foi realizada, mas nada foi fechado, pois não possui interesse em realizar acordos no momento.

Não satisfeitos com a repercussão, Doria e seu secretário de Cultura, Sérgio Sá Leitão, realizaram nova entrevista para reafirmar que as negociações ainda estavam de pé. Para o Tucano, a Netflix não confirmou a parceria, pois está em um momento cauteloso já que em será listada na Bolsa de Valores.

A Netflix, não quis mais se pronunciar sobre o assunto. Vale lembrar que o serviço anunciou que investirá cerca de R$350 milhões em conteúdo nacional brasileiro em 2020.

Ainda de acordo com o portal, durante a coletiva posterior à reunião, Doria e Leitão, chegaram a detalhar a oferta, incluindo aluguel de equipamentos e mão de obra.

Doria e a diretoria da Confederação Nacional da Indústria estiveram na Califórnia para visitar empresas de audiovisual e tecnologia.

 

Foto: Mike Blake/Reuters

Spotify Awards vai eleger os mais ouvidos de 2019 com base em dados

A Billboard anunciou que o Spotify terá sua própria premiação, o Spotify Awards, para eleger o artistas mais ouvidos em 2019 na America Latina e México.

Segundo o portal, a cerimônia do Spotify Awards está marcada para o dia 5 de março de 2020 e será a “primeira cerimônia de premiação 100% baseada em dados gerados pelos usuários”, informou o serviço de streamig.

O Spotify assinou uma parceria com a Turner Latin America, que transmitirá a cerimônia ao vivo via TNT para o México e toda a América Latina de língua espanhola.

“Graças ao streaming e ao tamanho real da audiência do México, os usuários estão no banco da frente como nunca antes”, disse Mia Nygren, diretora administrativa do Spotify para a América Latina. “Decidimos celebrar isso reconhecendo o que os usuários amam com base inteiramente na audição deles. O Spotify Awards é tudo sobre isso, dando a todos a oportunidade de fazer parte do show”.

 

Foto: reprodução/Billboard

UNIVERSAL MUSIC LANÇA APLICATIVO DE ANÁLISES PARA ARTISTAS

Nesta quinta-feira, a Universal Music lançou um aplicativo de monitoramento de streaming e redes sociais para seus artistas, o Universal Music Artists.

Agora, artistas da Universal Music poderão ter acesso aos dados de desempenho de suas músicas nos principais serviços de streaming como Spotify, Apple Music, Amazon e Youtube,  e mídias sociais, Facebook/Instagram/Twitter.

Apesar de já existir plataformas de análises de performances semelhantes, o maior diferencial do Universal Music Artists é o monitoramento de todos os dados nas diferentes plataformas de streaming e mídias sociais em um só lugar.

De acordo com o Digital Music News, cada artista pode visualizar o desempenho de suas 40 principais faixas, discriminadas por plataforma, país e dados demográficos. Além disso, é possível enviar notificações por push de eventos importantes, e saber o envolvimento em plataformas de streaming a cada 30 minutos.

Em termos de mídia social, o aplicativo pode rastrear o número de seguidores, bem como interações como comentários, curtidas e compartilhamentos. Também pode acompanhar o desempenho com base nessas interações.

Andrew Gertler, empresário de Shawn Mendes, diz sobre o aplicativo: “É ótimo ter uma ferramenta analítica abrangente como a Universal Music Artists para acessar dados em tempo real e poder tomar decisões com as informações mais atualizadas. Sempre adotamos uma abordagem holística do sucesso da música de Shawn, o que significa garantir que tudo em todas as plataformas esteja funcionando em sincronia e ver como os fãs interagem com a música em todos os principais pontos de contato, incluindo streaming, vídeo e redes sociais. Tudo isso é realmente possível apenas com ferramentas inovadoras como essa.”

A Universal Music já confirmou que a partir de 2020 o aplicativo terá uma integração com a Deezer. Haverá ainda uma atualização com benchmarks e insights aprimorados.

APPLE MUSIC DISPONIBILIZA PLANO DE ASSINATURAS DESTINADO À EMPRESAS

A Apple lançou nesta semana, um novo plano de assinaturas que permite à empresas adquirir licença para a reprodução de músicas do serviço de streaming em estabelecimentos.

De acordo com o Macmagazine.com, com os apps para iPhone e iPad, o comerciante terá Apple Music for Business, uma plataforma diferente do Apple Music.

A novidade foi criada em parceria com a PlayNetwork – uma empresa americana que permite às marcas o engajamento do consumidor através de música e tecnologia -, e estava em fase de testes até agora.

Além do acesso às músicas, com o Apple Music for Business, empresas podem ainda reproduzir  playlists personalizadas de acordo com o tipo de ambiente da loja. A Apple também pagará uma taxa de referência para a divulgação do serviço nesses locais.

O portal notou que o uso de contas pessoais de serviços de streaming para reproduzir músicas em ambientes comerciais é ilegal.