JUSTIÇA RECONHECE PECUARISTA COMO AUTOR DE CANÇÃO INFANTIL GRAVADA POR ELIANA EM 1990

A Justiça de São Paulo reconheceu Cesar Borges Barbosa, um pecuarista do interior do Rio de Janeiro, como o verdadeiro autor da canção infantil “A Janelinha”, gravada nos anos 1990 pela apresentadora Eliana.

De acordo com o colunista Rogério Gentile, a música foi incluída no álbum “Eliana 1994”, lançado pela EMB Produções e pela gravadora Sony Music (que sucedeu a BMG Ariola), mas foi atribuída como sendo de domínio público, com uma adaptação assinada por João Plinta. No processo, Barbosa afirmou que compôs a canção ainda na infância e que a publicou no livro “Música para Escola Elementar” em 1962.

Cesar Barbosa, hoje com 71 anos, só descobriu recentemente que a apresentadora havia gravado a música sem autorização, com a mesma melodia e pequenas adaptações na letra. A canção continua a ser vendida em plataformas digitais, mas sem qualquer crédito ao autor.

Na sentença, a juíza Isabela Costa ressaltou que a obra não poderia ser considerada de domínio público, pois uma música só adquire esse status 70 anos após a morte do autor.

A decisão determinou que a EMB Produções e a Sony Music indenizem o autor por danos materiais, em valores ainda a serem calculados, e por danos morais, no valor de R$ 8 mil.

Barbosa, filho da compositora Cacilda Borges Barbosa, que colaborou com o maestro Heitor Villa-Lobos, declarou que vive em Valença, no interior do Rio, em uma casa sem acesso à internet, o que dificultou sua descoberta sobre a gravação de Eliana.

A defesa de Eliana alegou que ela atuou apenas como intérprete, não sendo responsável pelas autorizações da obra, enquanto a Sony Music declarou ter agido de boa-fé, pagando direitos a uma editora musical que afirmava ser a proprietária da adaptação. Ambas as partes ainda podem recorrer da decisão judicial.

 

YouTube Vozes Negras promove painéis para impulsionar talentos na Bahia

Nos dias 6 e 7 de novembro, Salvador recebe o “Future Insiders”, uma série de painéis e workshops promovidos pelo YouTube Vozes Negras. A iniciativa, organizada em parceria com a Prefeitura de Salvador e o Ministério da Cultura, visa incentivar e promover o desenvolvimento de talentos negros na Bahia.

Com curadoria de Evandro Fióti — músico, produtor e empresário —, o projeto busca fortalecer a cena cultural baiana. Conforme o Portal Sotero Preta, durante os dois dias de evento, artistas e especialistas renomados discutirão temas como produção musical, monetização, inteligência artificial e empreendedorismo criativo. A ideia é que novos artistas e criadores de conteúdo tenham acesso a ferramentas e conhecimentos essenciais para suas carreiras.

Fióti ressalta a importância de iniciativas como essa, lembrando que mais de 56% da população brasileira é negra, mas menos de 5% ocupa posições de liderança na indústria musical. “O ‘Future Insiders’ contribui para gerar oportunidades de crescimento, diversidade e inclusão, e fortalecer o ecossistema criativo do Brasil, promovendo um caminho mais justo socialmente”, comenta.

Além do Future Insiders, o YouTube realiza ações no “Festival Salvador Capital Afro”, que celebra a cultura negra em paralelo ao encontro de Ministros da Cultura do G20. Para Sandra Jimenez, diretora de Parcerias de Música do YouTube para América Latina, o evento reforça o compromisso da plataforma com a inclusão: “Ficamos muito felizes em oferecer a esses talentos um espaço que promova o desenvolvimento de suas habilidades e alavanque o sucesso no YouTube e em suas carreiras”, afirma.

Foto; Lana Pinho

Sony Music cresce 10% impulsionada por álbuns de sucesso e eventos ao vivo

A Sony Music registrou um crescimento de 10% na receita no segundo trimestre fiscal, encerrado em setembro, totalizando 448,2 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões). Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos lançamentos de artistas populares como SZA, David Gilmour e Travis Scott, além do fortalecimento nas vendas de shows ao vivo e produtos de merchandise.

De acordo com a Billboard, a receita da empresa incluiu um lucro operacional de 90 bilhões de ienes (US$589 milhões), que representa um acréscimo de 12% em relação ao mesmo período de 2022. Outro destaque foi o lucro operacional ajustado, antes da depreciação e amortização (OIBDA), que cresceu 15%, alcançando 112 bilhões de ienes (US$ 733 milhões).

No setor de música gravada, a receita subiu 14%, somando 290 bilhões de ienes (US$ 1,9 bilhão). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas plataformas de streaming, que aumentaram 9% e somaram 189 bilhões de ienes (US$ 1,2 bilhão). As vendas físicas também apresentaram crescimento, com alta de 22%, além de um aumento de 33% nas receitas de mercadorias e eventos ao vivo.

Entre os destaques do trimestre, o álbum *SOS*, de SZA, liderou como o mais vendido, seguido por *Luck and Strange* de David Gilmour, além de *UTOPIA* de Travis Scott. Clássicos como *Thriller* de Michael Jackson também se destacaram entre os sucessos da empresa.

No ramo de edição musical, a receita alcançou 92 bilhões de ienes (US$ 604 milhões), crescendo 11% em relação ao ano anterior, com o streaming representando boa parte desse aumento. Entretanto, as vendas de mídia visual e plataformas (incluindo títulos de animação e aplicativos de jogos) caíram levemente, com uma baixa de 1%, somando 62 bilhões de ienes (US$ 407 milhões).

A Sony Music mantém sua previsão de receita anual em 1,74 trilhão de ienes (US$ 11,4 bilhões), com uma expectativa de lucro operacional de 330 bilhões de ienes (US$ 2,2 bilhões), evidenciando o momento positivo da companhia no mercado musical.

Foto; A cantora SZA/RCA Records

MERCADO FOFOGRÁFICO BATE RECORDES NO PAÍS

Um pequeno resumo sobre o mercado fonográfico que saiu hoje, no jornal O Globo. O mercado Brasileiro registrou crescimento de 21% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período no ano anterior.

1. Crescimento do Mercado Fonográfico: O mercado fonográfico brasileiro está em expansão contínua, impulsionado principalmente pelas plataformas digitais de streaming. Esse crescimento beneficia diretamente os artistas e profissionais da música.
2. Impacto das Plataformas de Streaming: As principais plataformas como Spotify, Deezer e Amazon Music têm papel central na receita do setor, tanto através de assinaturas quanto da publicidade. O acesso gratuito com anúncios também amplia o alcance das plataformas.
3. Desafios e Fraudes: A indústria enfrenta desafios como a manipulação de dados e o problema dos “streams falsos”, que precisam ser combatidos para manter a integridade do mercado.
4. Liderança do Streaming no Setor: As receitas de streaming dominam o mercado fonográfico, mas formatos físicos, como discos de vinil e CDs, também têm se mostrado resilientes, com crescimento significativo.
5. Profissionalização dos Artistas: O sucesso para os artistas independentes depende de uma estrutura profissional sólida, que inclui parcerias e gerenciamento estratégico.
6. Relevância da Assinatura Digital: A Altafonte que atende um seleto grupo de artistas, aponta que o mercado brasileiro vem crescendo há alguns anos chegando ao pico ocorrido na década de 1990, graças às assinaturas digitais, redes sociais, trilhas e séries.
7. Crescimento na arrecadação de Direitos Autorais: Segundo Marcelo Castello Branco, CEO da UBC, o mercado está mais democrático na era digital. Entretanto, aponta a necessidade da contratação das agências especializadas no monitoramento dos dados.

Esses pontos destacam como o setor fonográfico brasileiro está se adaptando e prosperando no cenário digital, ao mesmo tempo que enfrenta desafios como a profissionalização dos artistas independentes.

Foto; reprodução

SBT leva denúncia contra UBEM ao Cade, acusando práticas anticompetitivas

O SBT apresentou nesta semana uma denúncia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a União Brasileira de Editoras de Música (UBEM). A emissora acusa a entidade de dificultar o acesso a obras musicais e de prejudicar a produção audiovisual ao impor práticas que considera anticompetitivas. Segundo o SBT, a UBEM, que reúne algumas das maiores editoras de música do Brasil, abusa de sua posição dominante no mercado ao definir preços mínimos e ao limitar a possibilidade de negociação direta com as editoras.

De acordo com o Tela Viva, a emissora alega que a UBEM age como um cartel ao tabelar preços e condições para licenciamento musical, impedindo que emissoras negociem individualmente e forçando-as a contratar seus serviços com valores fixos. Além disso, o SBT aponta que a UBEM discrimina concorrentes, o que estaria dificultando o acesso a músicas essenciais para produções audiovisuais.

Diante disso, o SBT pede que o Cade intervenha, considerando essas práticas como infrações à ordem econômica. A emissora solicita que o Cade impeça a UBEM de realizar negociações em nome das editoras enquanto o processo estiver em andamento. O desfecho do caso pode representar uma mudança importante para o mercado de licenciamento musical no Brasil, afetando não apenas o SBT, mas também outras emissoras e produtoras audiovisuais que acompanham o processo de perto.

Caso o Cade julgue procedente a denúncia, o impacto pode ir além da relação entre emissoras e editoras, estimulando uma regulação mais rigorosa no setor de direitos autorais. Com essa medida, o mercado poderia exigir mais transparência e melhores condições de negociação para o uso de obras musicais. A disputa também chama atenção para o contraste entre empresas brasileiras e estrangeiras no setor, já que parte do poder da UBEM se concentra em editoras ligadas a grandes grupos internacionais, como Warner, Sony e Universal.

Foto: Pixabay

BELIEVE RESPONDE A PROCESSO BILIONÁRIO POR SUPOSTA VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS MOVIDO PELA UNIVERSAL MUSIC GROUP E OUTROS

Nesta semana, a Believe, empresa de distribuição digital, e sua subsidiária TuneCore estão no centro de um grande processo de violação de direitos autorais. A ação foi movida pelas gravadoras Universal Music Group (UMG), ABKCO e Concord Music Group no Tribunal Distrital do Sul de Nova York, que acusa a Believe de construir seu negócio por meio de uma “violação de direitos autorais em escala industrial”.

De acordo com o Music Business Worldwide, as gravadoras alegam que a Believe distribui cópias não autorizadas de gravações protegidas, incluindo versões “aceleradas” e “remixadas” de músicas populares, para plataformas como TikTok, YouTube, Spotify e Instagram.

Segundo o processo, a Believe teria disponibilizado versões “manipuladas” de músicas de artistas famosos, alterando ligeiramente os nomes dos artistas para evitar detecção. Entre os exemplos citados, estão faixas creditadas a nomes como “Kendrik Laamar” e “Arriana Grande”, que se assemelham a nomes de artistas populares.

A Universal Music e as outras empresas buscam uma indenização de pelo menos 500 milhões de dólares. Em resposta, a Believe emitiu um comunicado, rejeitando as acusações e afirmando que “respeita profundamente os direitos autorais” e que implementa “ferramentas e processos robustos” para enfrentar desafios como esse. “Refutamos veementemente essas alegações e vamos combatê-las”, declarou a empresa.

O caso também lança luz sobre a questão de músicas “modificadas” e o papel dos distribuidores no ambiente digital. A Universal Music tem intensificado esforços para proteger seus direitos, tendo solicitado recentemente a remoção de milhares de vídeos do TikTok com conteúdo não autorizado.

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TIKTOK APOSTA EM RECURSO DE PRÉ-SALVAMENTO DE ÁLBUNS PARA FORTALECER SUA ESTRATÉGIA MUSICAL

O TikTok está expandindo suas ferramentas de integração com serviços de música, dessa vez testando a opção de pré-salvamento de álbuns diretamente em seu aplicativo.

Com esse novo recurso, usuários poderão salvar lançamentos futuros em suas bibliotecas no Apple Music ou Spotify, permitindo que os álbuns sejam automaticamente adicionados assim que estiverem disponíveis. A plataforma confirmou ao site Music Ally que essa funcionalidade ainda está em fase beta, mas promete ajudar artistas a promoverem seus novos álbuns com o apoio dos fãs.

A novidade foi identificada durante testes, ao observar o botão de pré-salvamento em uma postagem de Rosé, integrante do grupo Blackpink, promovendo seu próximo álbum “Rosie”. O TikTok já tinha implementado o botão “Adicionar ao aplicativo de música” em 2023, para que usuários pudessem transferir suas descobertas para listas de reprodução em outros serviços de streaming. Agora, com a adição do pré-salvamento, a plataforma amplia ainda mais o impacto da descoberta musical.

Esse movimento reforça a tentativa do TikTok de consolidar parcerias com o mercado musical, mesmo diante de algumas tensões. Recentemente, a empresa decidiu não renovar seu contrato com a agência Merlin, que representa gravadoras independentes. Em vez disso, optou por negociar diretamente com distribuidoras, uma decisão que gerou polêmica, mas foi apoiada por empresas como UnitedMasters e Ditto.

Com essas estratégias, o TikTok busca se posicionar não apenas como uma rede de vídeos virais, mas como um importante canal para a promoção e consumo de música nas principais plataformas de streaming.

 

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Lily Allen Revela Ganhos Maiores com OnlyFans do que com Spotify

A cantora britânica Lily Allen compartilhou em seu podcast “Miss Me” que seus ganhos mensais com fotos de seus pés no OnlyFans superam o que recebe com streams no Spotify. Segundo Allen, a ideia surgiu quando seu pedicure comentou sobre a beleza de seus pés, levando-a a iniciar uma conta na plataforma de conteúdo adulto.

De acordo com a Variety, a artista, que tem uma avaliação de cinco estrelas no site WikiFeet, revelou em tom bem-humorado que é surpreendente ganhar mais com assinantes interessados em fotos dos pés do que com quase 8 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Em sua conta no OnlyFans, Allen cobra US$ 10 por assinatura, o que renderia cerca de US$ 10.000 mensais, valor superior ao que o Spotify paga por stream – entre US$ 0,003 e US$ 0,005.

A CEO do OnlyFans, Keily Blair, reforçou recentemente o papel da plataforma na monetização de conteúdo criativo e inclusivo, destacando que ela vai além do conteúdo adulto.

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UnitedMasters e TikTok firmam parceria para ampliar oportunidades de artistas independentes

A UnitedMasters e o TikTok acabam de anunciar uma parceria que promete beneficiar artistas independentes, ampliando seu alcance e criando novas oportunidades.

De acordo com o Prnewswire.com, a colaboração permitirá que as músicas dos artistas da UnitedMasters integrem a Biblioteca Comercial de Música do TikTok, oferecendo uma plataforma global para novos talentos. Steve Stoute, fundador da UnitedMasters, destacou que essa parceria vai proporcionar aos músicos independentes um espaço único para se conectarem a um vasto público.

Entre os artistas já impulsionados pela UnitedMasters está FloyyMenor, com o sucesso “Gata Only”, que acumulou mais de um bilhão de transmissões no TikTok e foi eleita a música do verão pela plataforma. O sucesso viral de “Gata Only” exemplifica como o TikTok tem sido fundamental para transformar músicas independentes em fenômenos globais.

Ole Obermann, chefe de negócios musicais da TikTok, afirmou que o objetivo da parceria é dar visibilidade a uma gama diversificada de artistas, como FloyyMenor, cujo impacto viral no TikTok abriu novas portas no cenário musical. A colaboração reforça o compromisso de ambas as plataformas em apoiar a independência artística, permitindo que os músicos mantenham controle sobre suas carreiras e expandam suas audiências por meio da rede social.

foto; reprodução

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