AUTORIDADES EUROPEIAS CHEGAM A UM ACORDO SOBRE O ARTIGO 13

Depois de muito debate e de outras alterações sobre o Artigo 13, das Novas Diretiva de Direitos Autorais Europeia, as autoridades em Estrasburgo, na França, chegaram a um acordo na noite de quarta-feira (13), e agora poderão prosseguir para as fases finais do processo legislativo.

O Artigo 13 era um grande impasse para a aprovação das novas regras. Ele define que empresas, como o Youtube, que hospedam conteúdo gerado pelo usuário  sejam responsabilizadas pelas violações de direitos autorais em suas plataformas.

“Precisamos ver o texto final, mas essa legislação será a primeira vez em qualquer lugar do mundo que há confirmação absoluta de que os serviços de upload de usuário estão cobertos por direitos autorais e precisam de uma licença. Em linha com a declaração de negócios digitais da feira WIN adotada há mais de três anos, a IMPALA também apoia as disposições da diretiva sobre transparência e remuneração para autores e artistas.”, disse Helen Smith, Presidente Executiva da IMPALA em um comunicado.

O texto também incluiu regras especiais para start-ups e certos operadores não comerciais. Assim, os cidadãos estarão mais protegidos, uma vez que as exceções existentes continuarão a ser aplicáveis ​​e as plataformas não poderão decidir reduzir o material arbitrariamente.

Um dos objetivos originais da legislação é reequilibrar o mundo on-line e garantir que criadores possam opinar sobre como seus trabalhos são usados na internet. Cabe agora aos estados membros e ao parlamento europeu dar o seu selo final de aprovação. As mudanças realizadas serão publicadas em breve.

Apple Music oficialmente atinge 50 milhões de assinantes

O Financial Times divulgou nesta semana o relatório financeiro da Apple, onde confirmou que seu serviço de streaming de músicas, Apple Music, chegou aos 50 milhões de assinantes.

Segundo o portal sobre finanças, o movimento das festas de fim de ano contribuiu para que a empresa chegasse ao número.

Segundo o Digital Music News, além de ser lançado em tablets Android, o Apple Music também anunciou uma grande parceria com a American Airlines. A partir de sexta-feira, os assinantes da Apple Music podem acessar sua biblioteca em vôos domésticos da companhia aérea com o Wi-Fi, via satélite da Viasat.

Outra novidade anunciada são as parcerias com a Amazon e a Verizon Wireless.

Falando sobre os resultados financeiros da Apple, sua receita do último trimestre ficou em US$84,3 bilhões, um declínio de 5% ano a ano.

Ressaltando o enfraquecimento das vendas do smartphone, a receita do iPhone caiu 15%. Enquanto isso, a receita de todos os outros produtos e serviços cresceu 19%.

A receita de serviços – Apple Music, iTunes, iCloud, etc. – atingiu o recorde histórico de US$10,9 bilhões, um aumento de 9% ano a ano.

O preço, custo e valor da música digital

O portal Downbeat trouxe algumas histórias de artistas que perceberam esse novo modelo de distribuição de música pouco sustentável, e descobriram outros meios para divulgar sua música, como o modelo de planos de assinaturas e o site Bandcamp – plataforma para artistas independentes conseguirem divulgar e vender a sua música autonomamente.

William Brittelle viu nesses sites de compartilhamento e planos de assinatura um meio de ajudar outros artistas a serem ouvidos. Brittelle é co-fundador e também um artista da New Amsterdam Records, uma gravadora sem fins lucrativos especializada em trabalhos de compositores e artistas com gêneros musicais diversificados.

“Precisamos tentar ajudar nosso público a entender que o principal ciclo de geração de receita de um projeto precisa ser no período que antecede o lançamento, e não após o lançamento”, disse Brittelle.

Gravadoras independentes como a New Amsterdam estão experimentando algo como um “modelo de clientelismo”, através de serviços de assinatura: US$75 para downloads digitais de novos lançamentos do selo, lançamentos do catálogo anterior, além de gravações exclusivas para assinantes, durante um ano.

“Os custos que nossos artistas incorrem – o custo de produção, o custo de comissão – tudo é adiantado. É aí que eles precisam de ajuda, e não há renda suficiente orientada pelo mestre do outro lado para compensar isso. É aí que entra o patrocínio”, explicou Britelle.

New Amsterdam, como outras marcas iniciantes e muitos músicos criativos, está apostando em um público diferenciado. O trompetista e compositor Dave Douglas também adotou o modelo de assinatura, assim como a plataforma Bandcamp. Douglas fundou a Greenleaf em 2006, após concluir seu contrato com a RCA, durante um período perigoso para a indústria da música.

“Todo mundo dizia: ‘Ah, a indústria está morrendo agora e você acabou de começar sua gravadora'”, lembrou Douglas. “Para mim, parecia mais um momento de oportunidade para artistas.”

Com a Greenleaf lançou, Douglas ajudou outros artistas e também conquistou a liberdade para si. Em dezembro de 2006, a independência (e distribuição online) lhe ofereceu a chance de disponibilizar todos os sets que seu quinteto de longa data tocou durante uma semana no Jazz Standard, mais de 12 horas de música.

“Meu quinteto estava tocando 50 músicas que eu escrevi ao longo dos anos; a maioria tocou apenas uma vez no decorrer da semana. Depois da primeira noite, eu cheguei em casa e fiquei tipo: ‘Eu não acho que posso fazer isso, é uma péssima idéia’, mas eu levantei no dia seguinte e as pessoas ao redor do mundo já começaram a baixá-lo.”, contou Douglas.

São 100 dólares para fazer o streaming ou o download de todas as 79 faixas de Douglas, via Bandcamp. Porém, com o plano de assinaturas de 75 dólares, o fã poderá  fazer o mesmo download, além de mais de 60 lançamentos. Assim, com seu modelo de assinatura, Douglas conquistou mais que fãs: parceiros.

 

Foto: Ingrid Laubrock, instrumentista, aproveitando a liberdade que conquistou com o apoio de seus fãs em seu site.

Facebook quer unificar Instagram, WhatsApp e Messenger

Segundo o portal Ubergizmo.com, o New York Times divulgou um relatório onde o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que pretende unificar seus serviços, como o Instagram, WhatsApp e Facebook Messenger.

Não, isso não significa que os serviços do Facebook serão todos mesclados. Zuckerberg estava se referindo a infraestrutura dos aplicativos, principalmente com relação a segurança. Uma das coisas que o CEO  espera ver é a inclusão de criptografia de ponta a ponta nos serviços.

De acordo com o portal, especula-se que o objetivo das mudanças seria interligar os serviços do Facebook para que seja mais difícil para os usuários abandonarem a plataforma. Um bom exemplo seria o WhatsApp, que não exige do usuário se conectar ao Facebook para utilizá-lo.

O Facebook planeja concluir as mudanças até o final do ano ou início de 2020.

Artistas desconhecidos surgem misteriosamente em playlists no Spotify

Nesta sexta-feira, 25, o portal O Globo publicou um a notícia chamando a atenção para uma fraude que está acontecendo dentro da plataforma de streaming Spotify: Artistas desconhecidos ganhando vários streamings.

Segundo O Globo, a fraude de artistas desconhecidos começou a ser percebida pelos próprios usuários do Spotify na comunidade de música Last.fm. Em fóruns, os usuários discutiram sobre esse tipo de ‘spam’ em suas playlists:

“Na última semana eu não usei o Spotify e quando vi minha conta no Last.fm percebi que a minha conta estava tocando algo chamado Bergenulo Five. Ao ouvir, parecem apenas sons gerados por um bot ou algo assim”, afirmou um usuário no Reddit. “De qualquer forma, eu mudei os detalhes da minha conta e quando abri o Spotify no meu telefone, o aplicativo disse que estava tocando em outro dispositivo chamado ‘iPhone’”, continuou o usuário.

No Last.fm, foi detectado que esse grupo estranho, Bergenulo Five, tinha sido ouvido por 366 usuários 57,2 mil vezes. Tudo indica que não se trata de uma banda indie, mas sim, uma fraude criada com a ajuda de bots e hackers.

Mark Mulligan, especialista da Midia Research, contou à BBC que provavelmente esse grupo deve ter recebido valores em torno de US$500 e US$600 pelos streaming no Spotify. Outros especialistas afirmaram que os hackers se aproveitaram de uma falha de segurança no Facebook que ocorreu em setembro do ano passado, onde tokens – dispositivos que geram senhas – de segurança de 50 milhões de usuários foram afetados.

Apesar de o Facebook afirmar que todos os tokens afetados fora cancelados e que não há evidências que eles tenham sido usados para acessar o Spotify, vale lembrar que esses artistas desconhecidos começaram a surgir logo em outubro do ano passado, logo após os vazamentos de dados.

“Nós levamos a manipulação artificial das atividades de streaming no nosso serviço extremamente a sério”, informou o Spotify sobre o caso em um comunicado. “O Spotify tem múltiplas medidas de detecção monitorando o consumo no serviço para detectar, investigar e resolver tais atividades. Esses artistas foram removidos porque detectamos atividade de streaming anormal em relação ao seu conteúdo”.

 

Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Após acordo com Samsung, Apple passa a concorrer com Netflix e Amazon Prime

Em breve, o iTunes da Apple estará em aparelhos de TV da Samsung. Segundo a notícia, publicada no portal do O Globo, esta será mais uma parceria das empresas que já trabalham juntas há algum tempo. Apesar de ser rival no mercado de tablets, smatphones e computadores, a Samsung também fornece alguns componentes para a maçã.

“Não se trata de uma competição da Apple com a Samsung no mercado de televisores, mas a união do conteúdo da Apple com o hardware da Samsung”, analisou Celso Fortes, diretor executivo da agência digital Novos Elementos. “O usuário às vezes imagina a disputa entre as duas no mercado de smartphones, mas a verdade é que as empresas precisam gerar lucro e buscam oferecer a melhor experiência para o consumidor”, explicou.

Com previsão abaixo do faturamento, a empresa fundada por Steve Jobs, parece está mudando sua abordagem com foco em hardware e está começando a trabalhar com terceiros:

“Em vez de criar softwares para tornar seu hardware mais atraente, como tem sido o status quo, a Apple agora está permitindo seus serviços de software em hardwares de competidores”, afirmou Gene Munster, da Loop Ventures, um dos principais analistas da companhia de Cupertino. “Outros exemplos recentes disso incluem o Apple Music na loja de aplicativos Google Play, anunciado em novembro de 2015, e o suporte do Amazon Echo ao Apple Music, de dezembro de 2018”.

De acordo com o Globo, haverá novas parcerias. Uma delas já está confirmada, como o suporte ao AirPlay em televisores da LG, permitindo a transmissão de vídeos, músicas e jogos de aparelhos Apple para a TV.

Jorge Banda, especialista em efeitos especiais e estudante de pós-graduação em Gestão de Entretenimento na ESPM, disse ao portal que a decisão da Apple de trabalhar com terceiros está relacionada ao streaming de vídeo: “A Apple se viu obrigada a abrir, todos os concorrentes já estão com aplicativos nativos nos televisores. O serviço da Apple precisava de um acessório extra para funcionar, enquanto os outros [Netflix, Amazon Prime] já estavam dentro das TVs […] Agora que abriu, ela deve explorar o lado on-demand em todos os televisores. Talvez com o sistema da Google seja mais difícil, mas podem liberar o Apple Music, por exemplo”.

 

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Foto: Thomas Peter/Reuters

O reinado da Netflix pode estar ameaçado

Após a Netflix ter conseguido sucesso com sua plataforma de streaming, várias outras empresas de entretenimento começaram a entrar no mercado e ter sua própria plataforma. Em breve a Disney, Warner e Fox entrarão em cena e as famílias terão que decidir entre pagar mais ou deixar de assistir um determinado filme ou uma série.

Segundo o SFGate, as empresas de mídia estão buscando capitalizar a popularidade e a rentabilidade do streaming, fragmentando o mercado.

O grupo de pesquisa TDG prevê que todas as grandes redes de TV lançarão um serviço de streaming próprio nos próximos cinco anos. Isso significa que a Netflix, Hulu e outros podem ficar sem programas e filmes licenciados de seus futuros rivais. E a briga já começou, em dezembro, a Netflix pagou US$100 milhões para continuar licenciando “Friends” da Warner. Muitos fãs ficaram preocupados em não poder assistir a série no serviço.

O motivo principal para tanto interesse pelas plataformas de streaming são os dados. Apesar de ganharem muito dinheiro com os licenciamentos para a Netflix, com seu próprio serviço, essas empresas terão dados valiosos sobre quem está consumindo seus programas.

Além dos dados, ainda há muito lucro pelo caminho. Para serviços com opções baseadas em anúncios, esses dados se traduzem em mais dólares dos anunciantes. E os serviços que dependem apenas de receita de assinatura, as empresas de mídia podem usar os dados para adequar melhor suas ofertas aos gostos individuais, ajudando a atrair mais assinantes.

A existência de muitas opções de serviços de streaming nem sempre significa benefícios para o consumidor. Para obter uma programação completa, os telespectadores podem ter que assinar vários serviços, em vez de apenas um ou dois, gerando uma grande confusão.

O consumidor deve ficar atento ao bolso, pois ter vários assinaturas de serviços de streaming pode sair mais caro que um plano de TV a cabo. Cerca de US$107 por mês, segundo o Leichtman Research Group.

De olho nesse mercado, novos serviços estão surgindo na tentativa de agrupar as plataformas. Os clientes da Amazon Prime podem adicionar assinaturas da HBO, Showtime ou Starz. Os espectadores do Roku e do Chromecast podem acessar seus diferentes serviços a partir de um local central.

Para lidar com tantas mudanças, o consumidor deve ser paciente: “Estamos em uma época de mudanças dramáticas para os negócios de TV e vídeo. Haverá grandes benefícios e pontos de interrogação e consequências.”, afirmou o presidente do grupo de pesquisa TDG, Michael Greeson.