DEEZER INICIA CAMPANHA PARA REMUNERAR ARTISTAS DE FORMA MAIS JUSTA

A Deezer quer remunerar os artistas de forma mais justa. Para isso, foi iniciada uma campanha para incentivar o sistema de pagamentos de royalties centrado no usuário (UCPS, sigla em inglês), que remunera artistas conforme o número de plays por usuário.

Segundo o Music Week, a partir de 2020, a Deezer adotará um modelo piloto que se baseia conforme a música que cada usuário ouve, deixando para trás o modelo que atualmente está em vigor, onde a remuneração é feita com base na porcentagem de participação geral de músicas reproduzidas.

O chefe de conteúdo e estratégia da Deezer, Alexander Holland, disse em uma coletiva de imprensa que este modelo deveria ser adotado por todos os players: “Acho que é uma maneira melhor e que todo mundo deveria adotá-la. Mas não me reservo para dizer a outras empresas de streaming o que elas devem ou não fazer.”

Segundo o CEO Amexis De Gemini, atualmente o sistema de pagamentos adotado pela indústria de streaming é desproporcional, pois gera mais receitas para artistas de gêneros mais populares entre os jovens. Enquanto isso, os artistas de nichos menores ficam para trás.

“Apenas na França, o UCPS fará com que os principais artistas de streaming gerem, talvez, 10% menos receita. E, por outro lado, aqueles que estão gerando receitas muito fracas, talvez, 30% a mais. Acreditamos que o reajuste seja pequeno, mas pode ajudar muitos artistas que hoje não estão recebendo nenhum centavo do negócio de streaming”, disse De Gemini.

“No momento, o que acontecer no próximo ano será 30% maior que este ano em termos de receita”, afirmou ele. “Então, mesmo que [um artista] esteja perdendo 10% de sua receita, no próximo ano ele ganhará ainda 25% a mais, ou seja, ganhará mais dinheiro. Se fizermos isso quando o mercado estiver vazio, os artistas ficarão bravos e não mudaremos mais. Portanto, temos essa janela de oportunidade”, continuou o CEO.

Holland sugeriu que o UCPS poderia ajudar a criar uma conexão mais próxima entre artistas e fãs, além de evitar fraudes pelo uso de bots:

“Se você usa o Deezer com freqüência e sabe que todo o dinheiro que você gasta vai para os artistas que você ama, acho que isso lhe dá uma sensação muito melhor”, disse.

O serviço de streaming iniciou uma campanha para divulgar o modelo de remuneração, incluindo um site com informações sobre como o UCPS pode beneficiar os artistas. Nas mídias sociais, os usuários poderão usar a hashtag #MakeStreamingFair para espalhar a ideia. Além disso, está liberada para assinantes premium do serviço, uma ferramenta que possibilita o usuário visualizar e compartilhar os valores que eles geram para seus artistas favoritos.

Foto: Reprodução

Pesquisa aponta maior interesse dos jovens por marcas envolvidas à música

O portal B9 publicou uma pesquisa realizada pela startup FLOW Creative Core, em parceria com o pesquisador americano Derek Derzevic (Estados Unidos), sobre o consumo de música e a relação entre marcas e público.

Na pesquisa, os 46% dos jovens demonstraram ter maior interesse por marcas que estão envolvidas a eventos e produtos ligados à música.

Além disso, foram abordados outros temas interessantes como Consumo, Formato, Pesquisa e Compartilhamento. Segundo o portal, foram avaliados 500 jovens, com idade entre 25 a 30 anos, em 14 cidades brasileiras.

Relação ao consumo: 43% dos jovens afirmaram que pagariam entre R$20,00 e R$40,00 para assistir a um show de algum artista novo nacional. Enquanto 29% disseram gastar menos de R$50,00 por mês com música, incluindo os serviços de streaming.

Compartilhamento de música: Quase metade (48%) dos jovens confirmaram o interesse por pesquisar sobre novas bandas e 43% compartilham suas descobertas com os amigos, sendo que 52% dos participantes, usam o Whatsapp para compartilhar músicas com os amigos.

Shows mais intimistas: A pesquisa indicou que 36% dos jovens preferem shows mais intimistas do que os grandes festivais, talvez essa seja uma nova tendência.

Para as marcas, além de ser um bom investimento, a música é uma forma de se comunicar mais profundamente com o consumidor, de transmitir seu posicionamento, identidade e se conectar com o público. Do ponto de vista do consumidor, as marcas que apoiam e se expressam através da arte e da música acabam passando uma mensagem mais autêntica e valorizando os assets que o consumidor se identifica e respeita”, afirmou Juliana Laguna da FLOW Creative Core.

Foto: Reprodução

 

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