A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês) publicou seu relatório anual, o “Global Music Report”, sobre o desempenho da indústria fonográfica no mundo. A Chefe Executida da IFPI, Frances Moore, revelou ao portal Music Business Worldwide, cinco pontos no relatório em que ela considerou mais importantes para ficar de olho.
- CRESCIMENTO DAS RECEITAS DE MÚSICAS CONDUZIDAS PELAS ASSINATURAS DE STREAMING:
O Global Music Report revelou que em 2018, o mercado global de música gravada cresceu 9,7% com receita de US$19,1 bilhões. O principal impulsionador para este crescimento é o streaming. Suas receitas cresceram 34% em 2018, representando quase metade (47%) do total de receitas de música gravada. No final do ano passado, haviam 255 milhões de usuários de contas de assinaturas pagas no mundo todo.
- UMA INDÚSTRIA DE MÚSICA GLOBAL
A China, estreante no Top 10 mundial no ano passado, agora está como o sétimo maior mercado. A Coréia do Sul, no sexto lugar, viu uma das maiores taxas de crescimento (17,9%) e o Brasil ficou na décima posição (15,4%).
Os artistas desses mercados estão aproveitando as oportunidades para chegar a um público global, trabalhando em parceria com gravadoras e compreendendo as diferentes paisagens musicais.
- MERCADOS DE ALTO POTENCIAL
Segundo Moore, um dos aspectos mais empolgantes no relatório deste ano são as regiões responsáveis por impulsionar o crescimento, como Ásia e a Australásia (11,7%). Pelo quarto ano consecutivo, a América Latina registrou a maior taxa de crescimento global (+16,8%).
Recorde de investimentos, parcerias locais e aumento da disponibilidade de dados móveis abriram esses mercados, tornando-os cada vez mais conectados e cada vez mais digitais. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, já que o consumo de música, particularmente o consumo legítimo e monetarizado é menor em comparação com outros territórios mais desenvolvidos.
“Portanto, é vital que a indústria continue a estabelecer as bases certas para apoiar seu desenvolvimento sustentável e de longo prazo – e garantir que seu potencial seja realizado para o benefício de todos”, afirmou Moore para o Music Business Worldwide.
- MAIOR INVESTIMENTO DAS GRAVADORES EM ARTISTAS, PESSOAS E EMPRESAS
Foi possível ver como gravadoras têm aumentado o investimento no lançamento de novos artistas, profissionais e presença global. As gravadoras estão investindo mais de um terço de suas receitas globais, ou US$5,8 bilhões, em Artists & Repertoire (A&R) e marketing.
- VALORIZAÇÃO DA MÚSICA
A medida que o mercado cresce, é imperativo que o direito autoral seja reconhecido e respeitado, e que a música seja desfrutada de forma justa. Nota-se que a indústria vem trabalhado para a resolução da lacuna de valor, estabelecendo condições equitativas para negociar acordos mais justos para aqueles que criam música. “Acima de tudo, devemos garantir que a música continue nesta jornada emocionante”, disse Moore.