Apenas 17% das 100 músicas mais ouvidas foram feitas por mulheres em 2018

O portal da revista Rolling Stone divulgou uma pesquisa realizada pela USC (University of Southern California) sobre o envolvimento e presença de homens e mulheres na indústria fonográfica. Mais uma vez os resultados demonstraram que ainda há grande desigualdade no meio.

A contagem revelou que na lista das músicas mais tocadas da Billboard, a “Hot 100”, apenas 1 a cada 16 músicas foram compostas por mulheres em 2018, algo em torno de 17% de toda a lista.

A pesquisa também descobriu que entre os anos 2012 e 2018, entre os compositores, as mulheres somaram um total de 12,3%, e entre produtores apenas 2,1%. Foram avaliados todos os top 100 de cada ano, resultando em 700 músicas. Além disso, dos indicados ao Grammy entre 2013 a 2019, homens representam 89,6%.

Durante a pesquisa, foram entrevistadas 75 compositoras e produtoras e descobriu-se que  43% delas se sentiram menosprezadas por suas habilidades e 39% afirmaram ter sofrido com estereótipos e sexualização.

“Ser uma mulher é, por si só, uma barreira que impede a navegação” afirmou Stacy Smith, uma das autoras do estudo e fundadora do instituto responsável. Stone EUA.

Stacy revelou que pretende expandir sua pesquisa abordando empresárias e assessoras de imprensa para entender melhor como proporcionar igualdade no meio.

Estudo analisa a duração do sucesso de artistas brasileiros

Cada vez mais novas ferramentas surgem para contribuir na promoção de música de artistas. Entretanto, é impossível criar estratégias de marketing sem mensurar o desempenho de audiência. Sabendo disso, a empresa de monitoramento e inteligência musical, Playax analisou o desempenho de audiência de artistas como MC Loma, Pabllo Vittar e Gilberto Gil e indicou índices que podem auxiliar nas estratégias de marketing.

De acordo com a análise, há vários modelos de sucesso a serem adotados para avaliar a audiência de um artista. Para  a análise foram adotados as “subidas fugazes”, “contínuas”, “irregulares”, “carreiras estáveis” e “em queda.

“Foram consideradas execuções de todas as músicas dos artistas no Spotify, no YouTube e em rádios ao longo de 2018. A empresa também criou um índice consolidado, que faz uma média da evolução das execuções nos três meios (IAM – índice de audiência musical)”, informou o G1.

MC Loma  – Modelo ‘ascensão e queda’: os gráficos indicaram que apesar do grande sucesso no Carnaval, outros lançamentos não tiveram o mesmo impacto.

“Outros lançamentos da artista até o momento não foram capazes de sustentar sua carreira. Se a meta é estar nas primeiras posições do ranking, um hit é essencial, mas sem uma estratégia de sustentação o artista pode morrer na praia”, informou o relatório da Playax.

Vale lembrar que a cantora teve problemas com seus empresários e com a Vara da Infância, o que pode ter impactado em sua carreira e audiência. Entretanto, a cantora ainda possui muitos seguidores nas redes sociais, o que contribui para que seu sucesso não termine.

Ferrugem – Modelo ‘crescimento contínuo’: este modelo parece ser bem aproveitado pelo pagodeiro Ferrugem. Os gráficos indicaram crescimento constante, porém quedas nas execuções ao longo de 2018.

“Planejamento de carreira, investimento em marketing, execução maciça em rádio, participação em programas de TV e parcerias com artistas populares são alguns dos estímulos que impulsionaram o artista”, informou o relatório. “A tendência para 2019 ainda é de crescimento”, indicou a Playax para o artista.

Mano Walter – Modelo ‘escada’: Neste modelo o artista realiza um lançamentos e faz ações para divulgar seu trabalho durante um maior período de tempo.

“Diferente do crescimento contínuo, neste modelo vemos períodos de consolidação seguidos de picos de audiência e o retorno a um patamar maior. O exemplo de 2018 é Mano Walter, que teve lançamentos bem-sucedidos e esforços de marketing coordenados desde o fim de 2017”, descreveu o relatório.

Melim –  Modelo ‘do zero ao topo’: Modelo similar ao crescimento contínuo, porém os gráficos indicam que o grupo alcançou o seu limite de audiência.

“Nos serviços de streaming, passou de uma média mensal de 2 milhões de plays em janeiro para 89 milhões em novembro e, desde então, mantém essa média”, analisou a empresa.

Gilberto Gil – Modelo ‘estável’:  “Este movimento é mais fácil de ser explicado e previsto: são artistas com carreiras consolidadas e repertório já bem conhecido e grande. Gilberto Gil , mesmo tendo lançado um novo disco em agosto de 2018, apresenta um gráfico linear, descreve a Playax. A execução não chega a picos como o dos outros artistas aqui, mas também é mais garantida que a dos colegas”, informou o gráfico.

Pabllo Vittar – Modelo ‘queda contínua’: este modelo indica um saldo negativo, porém com quedas menores que os outros modelos.

“Queda na popularidade é comum aos artistas em momentos de poucos shows ou nenhum lançamento, mas é um ponto de atenção quando essa queda se repete por meses consecutivos”, indicou a Playax.

O G1 lembrou que nesta semana, Vittar lançou um novo clipe para a música “Seu Crime”, que logo ganhou 500 mil views em 3 horas. Com certeza, o gráfico apresentou alterações no nível de audiência da artista.

Todos os gráficos estão disponíveis na matéria do G1.

Foto: MC Loma (divulgação)