Apple Music oficialmente atinge 50 milhões de assinantes

O Financial Times divulgou nesta semana o relatório financeiro da Apple, onde confirmou que seu serviço de streaming de músicas, Apple Music, chegou aos 50 milhões de assinantes.

Segundo o portal sobre finanças, o movimento das festas de fim de ano contribuiu para que a empresa chegasse ao número.

Segundo o Digital Music News, além de ser lançado em tablets Android, o Apple Music também anunciou uma grande parceria com a American Airlines. A partir de sexta-feira, os assinantes da Apple Music podem acessar sua biblioteca em vôos domésticos da companhia aérea com o Wi-Fi, via satélite da Viasat.

Outra novidade anunciada são as parcerias com a Amazon e a Verizon Wireless.

Falando sobre os resultados financeiros da Apple, sua receita do último trimestre ficou em US$84,3 bilhões, um declínio de 5% ano a ano.

Ressaltando o enfraquecimento das vendas do smartphone, a receita do iPhone caiu 15%. Enquanto isso, a receita de todos os outros produtos e serviços cresceu 19%.

A receita de serviços – Apple Music, iTunes, iCloud, etc. – atingiu o recorde histórico de US$10,9 bilhões, um aumento de 9% ano a ano.

Soundclound se renova em 2017 e arrecada US$102 milhões.

As receitas globais do SoundCloud, em 2017, atingiram 90,7 milhões de euros (US$102 milhões), aumentando 80% em relação aos 50,3 milhões de euros em 2016. Dentro desse valor, as receitas de assinaturas quase dobraram para €72,6m, um amento de 89% com relação a 2016, €38,4m em 2016.

O Soundcloud conseguiu reduzir o prejuízo em suas contas em 27%, um total de €51,4 milhões (US$58 milhões). No mesmo período, em 2016, o tamanho do prejuízo chegou a €70,5 milhões.

Segundo o MBW, esses números refletem um ano de transformação na empresa. No verão de 2017, o SoundCloud recebeu US$170 milhões em uma rodada de financiamento por duas empresas, a Temasek, de Cingapura, e a The Raine Group, dos EUA.

2017 também foi o ano em que Kerry trainor, ex-executivo do Vimeo foi escolhido como novo CEO da plataforma. A empresa teve que fechar escritórios em Londres e São Francisco e eliminar 40% de sua mão de obra.

“Desde o financiamento de agosto de 2017 e ao longo de 2018, o SoundCloud tomou medidas significativas para melhorar sua saúde financeira, incluindo a retirada de todas as dívidas pendentes, reduzindo certas despesas operacionais fixas e fluxo de caixa, melhorando seus processos de recebimento e renegociação, contratos de titulares de direitos”, informou o relatório.

Essas mudanças melhoram a situação financeira da empresa que agora possui novas estratégias como continuar crescendo, criando novas ferramentas para que os criadores possam compartilhar e promover seu conteúdo e criar melhores experiências para os usuários.

A SoundCloud terminou o ano de 2017 com 214 funcionários e já informou que bateu a meta de seu plano de crescimento em 2018. Além disso, já foram divulgadas parcerias importantes com o Pandora nos EUA e a Global Radio/DAX, no Reino Unido.  

O preço, custo e valor da música digital

O portal Downbeat trouxe algumas histórias de artistas que perceberam esse novo modelo de distribuição de música pouco sustentável, e descobriram outros meios para divulgar sua música, como o modelo de planos de assinaturas e o site Bandcamp – plataforma para artistas independentes conseguirem divulgar e vender a sua música autonomamente.

William Brittelle viu nesses sites de compartilhamento e planos de assinatura um meio de ajudar outros artistas a serem ouvidos. Brittelle é co-fundador e também um artista da New Amsterdam Records, uma gravadora sem fins lucrativos especializada em trabalhos de compositores e artistas com gêneros musicais diversificados.

“Precisamos tentar ajudar nosso público a entender que o principal ciclo de geração de receita de um projeto precisa ser no período que antecede o lançamento, e não após o lançamento”, disse Brittelle.

Gravadoras independentes como a New Amsterdam estão experimentando algo como um “modelo de clientelismo”, através de serviços de assinatura: US$75 para downloads digitais de novos lançamentos do selo, lançamentos do catálogo anterior, além de gravações exclusivas para assinantes, durante um ano.

“Os custos que nossos artistas incorrem – o custo de produção, o custo de comissão – tudo é adiantado. É aí que eles precisam de ajuda, e não há renda suficiente orientada pelo mestre do outro lado para compensar isso. É aí que entra o patrocínio”, explicou Britelle.

New Amsterdam, como outras marcas iniciantes e muitos músicos criativos, está apostando em um público diferenciado. O trompetista e compositor Dave Douglas também adotou o modelo de assinatura, assim como a plataforma Bandcamp. Douglas fundou a Greenleaf em 2006, após concluir seu contrato com a RCA, durante um período perigoso para a indústria da música.

“Todo mundo dizia: ‘Ah, a indústria está morrendo agora e você acabou de começar sua gravadora'”, lembrou Douglas. “Para mim, parecia mais um momento de oportunidade para artistas.”

Com a Greenleaf lançou, Douglas ajudou outros artistas e também conquistou a liberdade para si. Em dezembro de 2006, a independência (e distribuição online) lhe ofereceu a chance de disponibilizar todos os sets que seu quinteto de longa data tocou durante uma semana no Jazz Standard, mais de 12 horas de música.

“Meu quinteto estava tocando 50 músicas que eu escrevi ao longo dos anos; a maioria tocou apenas uma vez no decorrer da semana. Depois da primeira noite, eu cheguei em casa e fiquei tipo: ‘Eu não acho que posso fazer isso, é uma péssima idéia’, mas eu levantei no dia seguinte e as pessoas ao redor do mundo já começaram a baixá-lo.”, contou Douglas.

São 100 dólares para fazer o streaming ou o download de todas as 79 faixas de Douglas, via Bandcamp. Porém, com o plano de assinaturas de 75 dólares, o fã poderá  fazer o mesmo download, além de mais de 60 lançamentos. Assim, com seu modelo de assinatura, Douglas conquistou mais que fãs: parceiros.

 

Foto: Ingrid Laubrock, instrumentista, aproveitando a liberdade que conquistou com o apoio de seus fãs em seu site.