Relatório do YouTube Revela Como os Fãs estão Moldando o Futuro da Música Digital

O YouTube lançou seu tão esperado “Relatório de Cultura e Tendências” de 2024, revelando insights valiosos sobre o comportamento dos usuários. Destinado a marcas e agências, o relatório não esconde sua mensagem central: incentivar mais investimentos em anúncios e conteúdo na plataforma.

De acordo com o MusicAlly, entre os dados destacados, 65% da Geração Z se identifica como criadores de conteúdo de vídeo, enquanto 57% de todos os entrevistados assistiram a vídeos criados por fãs de artistas e figuras públicas no último ano.

Para a indústria musical, o relatório oferece um lembrete significativo: os superfãs não são apenas consumidores passivos, mas também criadores ativos. O músico Scott Frenzel exemplifica isso, prometendo interagir com os fãs que utilizarem suas músicas em vídeos. Isso não só impulsionou sua popularidade nas paradas de Shorts, mas também ampliou sua presença em tutoriais e desafios virais.

Além disso, campanhas inovadoras como o videoclipe de K-Pop da Coca-Cola, que integra inteligência artificial permitindo aos fãs personalizar vídeos com seus próprios dados, destacam a crescente importância da interatividade e personalização na comunicação de marca.

À medida que a IA e as ferramentas de vídeo evoluem, o relatório prevê que os fandoms se tornarão cada vez mais influentes na cultura pop, não apenas como reação, mas como impulsionadores principais. Para as marcas, a mensagem é clara: adaptar-se e engajar-se com os fãs de maneiras autênticas e criativas é essencial para não ficar para trás na era digital.

Essas tendências não só moldam o futuro do marketing digital, mas também redefinem a dinâmica entre artistas, fãs e marcas na indústria musical contemporânea.

Foto; reprodução

YouTube em negociações com gravadoras sobre acordo musical com IA

O YouTube está em discussões com grandes gravadoras para licenciar músicas para ferramentas de inteligência artificial que clonam músicas de artistas populares. O objetivo é atrair a indústria com pagamentos adiantados, de acordo com fontes próximas às negociações.

De acordo com o Financial Times, para treinar legalmente seus geradores de músicas com IA, o YouTube precisa do conteúdo das gravadoras. Recentemente, a empresa ofereceu quantias em dinheiro às grandes gravadoras — Sony, Warner e Universal — para persuadir mais artistas a permitir o uso de suas músicas nesses treinamentos.

Contudo, muitos artistas se opõem à geração musical por IA, temendo a desvalorização de seu trabalho. Um executivo de uma grande gravadora comentou que, apesar das empresas deterem os direitos autorais, é crucial considerar a reação dos artistas, evitando ser visto como resistente à tecnologia.

No ano passado, o YouTube testou uma ferramenta de IA chamada “Dream Track”, que permite a criação de clipes musicais com prompts de texto, imitando o som e letras de artistas conhecidos. Apenas 10 artistas participaram da fase de testes, e a ferramenta foi disponibilizada a um grupo restrito de criadores.

O YouTube pretende expandir o uso de ferramentas de IA para gerar músicas este ano e está em busca de novos acordos com gravadoras, em um contexto onde outras empresas de IA, como a OpenAI, já estão fechando acordos de licenciamento valiosos com grupos de mídia.

Os acordos propostos pelo YouTube não seriam licenças gerais, mas aplicadas a um grupo seleto de artistas, com pagamentos únicos, similares aos realizados por empresas de mídia social para acesso a músicas. Esses termos ainda estão em negociação e podem mudar.

A Sony Music, que não participou da primeira fase de testes, está em negociações para disponibilizar suas músicas nas novas ferramentas, enquanto Warner e Universal, cujos artistas participaram da fase de testes, também estão considerando expandir o produto.

Enquanto isso, mais de 200 músicos, incluindo Billie Eilish e o espólio de Frank Sinatra, assinaram uma carta aberta expressando preocupação com o impacto da IA no valor de seu trabalho. O YouTube afirmou que continuará a testar novas ideias e aprender com os experimentos, mantendo a inovação como parte central de seu processo.

Foto; Chris Ratcliffe/Bloomberg

‘Dream Track’:Youtube lança recurso com vozes de artistas geradas por IA para serem usadas no Shorts

O YouTube está explorando novos horizontes na interseção entre música e inteligência artificial (IA) com seu mais recente projeto, ‘Music AI Incubator’ e como parte da novidade a plataforma anunciou o recurso ‘Dream Track in YouTube Shorts’, que possibilita aos criadores de conteúdo a oportunidade de incorporar vozes geradas por IA de artistas selecionados em seus vídeos curtos.

Conforme explicou o MusicAlly, neste experimento, artistas como Charlie Puth, Demi Lovato e Sia estão disponibilizando versões de suas vozes criadas pela subsidiária DeepMind do Google, especializada em IA.

O processo é simples: os criadores inserem uma ideia no prompt de criação, escolhem um artista participante e recebem uma trilha sonora original do Shorts com a voz gerada por IA desse artista.

O YouTube também revelou que está desenvolvendo ferramentas de IA musical em colaboração com artistas parceiros da ‘Music AI Incubator’. Essas ferramentas, programadas para serem lançadas ainda este ano, buscam transformar pensamentos e ideias em música de maneira mais integrada, oferecendo aos criadores uma abordagem única no processo de criação musical.

O chefe da Universal Music Group, Sir Lucian Grainge, enfatizou a importância desse projeto como um passo ativo em direção à proteção dos artistas contra exploração não autorizada. Ele destacou a responsabilidade fundamental da UMG em garantir que o ecossistema digital evolua de maneira responsável, enquanto proporciona aos artistas acesso a oportunidades e ferramentas criativas avançadas oferecidas pela IA.

Vale notar que a plataforma de vídeos anunciou ontem que está tomando medidas proativas relacionadas à deepfakes musicais, permitindo que parceiros musicais solicitem a remoção de conteúdo deepfake baseado nas vozes de canto ou rap de seus artistas. Inicialmente, essa opção estará disponível para gravadoras ou distribuidores representando artistas envolvidos nos primeiros experimentos musicais de IA do YouTube.

 

Foto:divulgação

YouTube Revela Detalhes do Algoritmo do YouTube Shorts para Criadores de Conteúdo

O YouTube lançou luz sobre o funcionamento do algoritmo por trás do YouTube Shorts, durante uma entrevista exclusiva com Todd Sherman, líder de produtos do Shorts. O principal objetivo da conversa foi dissipar dúvidas frequentes entre os criadores de conteúdo, proporcionando insights cruciais sobre como esse algoritmo se diferencia daquele aplicado a vídeos de maior duração.

De acordo com o googlediscovery.com, Sherman afirmou que o cerne do YouTube Shorts é estabelecer uma ligação entre os espectadores e conteúdos de valor, com um enfoque particular na compreensão da audiência. O algoritmo funciona de maneira distinta em relação aos vídeos longos, devido à natureza singular do formato de curta duração.

Enquanto nos vídeos longos, os espectadores fazem escolhas ativas sobre o que assistir, no Shorts eles são apresentados ao conteúdo ao deslizarem pela feed. Sherman ressalta que o propósito é proporcionar vídeos que genuinamente interessem aos espectadores, e o algoritmo trabalha incansavelmente para encontrar a audiência mais adequada para cada obra.

Um ponto crucial delineado por Sherman é que nem todo vídeo exibido na feed do Shorts é considerado uma visualização válida. O YouTube estipula que uma visualização ocorre quando o espectador assiste ao vídeo intencionalmente, evitando assim contabilizar visualizações casuais. Detalhes precisos sobre os critérios de contagem não foram divulgados para evitar manipulações do sistema.

Quando questionado sobre a duração ideal para os vídeos curtos, Sherman é enfático ao afirmar que não existe um tempo específico que garanta o sucesso. Ele sustenta que o foco deve permanecer na construção de uma narrativa envolvente, capaz de manter os espectadores cativados.

No âmbito das hashtags, Sherman esclarece que não são obrigatórias, mas sua relevância varia de acordo com as necessidades e contexto de cada criador.

Finalmente, o líder de produtos do Shorts incentiva os criadores a valorizarem a qualidade em detrimento da quantidade de publicações. Ele também esclarece que os primeiros espectadores de um Shorts representam uma fase exploratória, na qual o YouTube busca identificar o público-alvo mais adequado para o conteúdo.

Essas revelações oferecem aos criadores de conteúdo uma perspectiva mais clara sobre como otimizar suas criações no ecossistema do YouTube Shorts, enfatizando a conexão genuína com os espectadores e aprimorando a experiência de todos os envolvidos.

82% das pessoas de 18 a 44 anos postaram um vídeo online no último ano, revela relatório do YouTube

No YouTube Culture and Trends Report de 2023, divulgado durante a conferência VidCon 2023, o serviço de streaming de vídeo da Alphabet revelou insights sobre o mercado musical e as tendências de consumo de conteúdo. Com base em uma pesquisa realizada em 14 países, envolvendo 25.892 entrevistados, o relatório ofereceu uma visão abrangente sobre a relação entre os fãs, a mídia e a indústria do entretenimento.

Conforme o Music Business Worldwide, uma das principais descobertas da pesquisa é que 82% dos entrevistados de 18 a 44 anos enviaram conteúdo de vídeo para algum serviço nos últimos 12 meses. Essa estatística demonstra a crescente participação dos usuários como criadores de conteúdo, com 40% das pessoas pesquisadas se descrevendo como tal.

Os fãs estão se tornando mediadores cada vez mais influentes entre os eventos de mídia e o público. Surpreendentemente, 54% dos entrevistados afirmaram preferir assistir a criadores de conteúdo comentando sobre um grande evento de mídia do que o próprio evento em si. Um exemplo citado no relatório é o canal brasileiro CazéTV, que atraiu mais de 6 milhões de espectadores para sua transmissão ao vivo da Copa do Mundo da FIFA em 2022.

Além disso, o relatório abordou o surgimento da IA generativa como uma tendência promissora. De acordo com a pesquisa do YouTube, 60% dos entrevistados estão abertos a assistir a conteúdo gerado por IA, enquanto 52% afirmaram ter assistido a um Vtuber (YouTube virtual ou artista virtual) no ano passado.

 

Foto: Chubo / Shutterstock

SUPREMA CORTE AMERICANA AVALIA SE DEVE RESPONSABILIZAR PLATAFORMAS POR CONTEÚDO GERADO PELOS SEUS USUÁRIOS

[TECNOLOGIA] A Suprema Corte dos EUA voltou a analisar se redes sociais, e plataformas como o YouTube, podem ser responsabilizadas pelo conteúdo gerado por seus usuários.

Conforme noticiado pelo O Globo, a Suprema Corte Americana está analisando o caso de Nohemi Gonzalez, uma universitária de 23 anos que morreu no ataque terrorista na casa de shows Bataclan, em 2015. Os pais de Gonzalez estão processando o YouTube por recomendar vídeos produzidos pelo Estado Islâmico (EI), e influenciar os três responsáveis pelo ataque a serem radicalizados.

Segundo o que consta na Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, aprovada em 1996, pelo presidente Bill Clinton, empresas com presença na web não podem ser responsabilizadas legalmente pelo que dizem os usuários que publicam em seus sites. Entretanto, na época em que foi sancionada a lei, a internet era outra. Não existiam redes sociais ou tecnologias (algoritmos) capazes de recomendar conteúdos baseados nos gostos dos usuários.

A família Gonzales alega que a lei está defasada, pois a partir do momento em que o YouTube recomenda um vídeo específico dentre milhões ao usuário, a plataforma passa a se responsabilizar pelo conteúdo que foi replicado.

O caso é delicado, os ministros devem analisar o processo e tomar uma decisão ainda neste ano. Se os argumentos da família Gonzalez foram aceitos, o caso vai abrir precedente para outros processos, impactar questões econômicas e gerar alteração na Lei.

 

Foto: PHILIPPE LOPEZ / AFP

YOUTUBE ANUNCIA QUE VAI MONETIZAR VÍDEOS DO SHORTS A PARTIR DE FEVEREIRO

Se você o Youtube para divulgar seu trabalho, fique ligado em algumas mudanças anunciadas para este ano.

A primeira novidade é que o YouTube anunciou que vai passar a monetizar os vídeos do Shorts, a partir do dia 1º de fevereiro.

Conforme noticiado pelo G1, criadores de conteúdo que fizerem parte do Programa de Parcerias da plataforma poderão receber uma fatia da receita que o YouTube ganha com anúncios nesse formato. Então, é importante saber que para fazer parte do programa é necessário que os youtubers aceitem o acordo sobre os novos termos de monetização até o dia 10 de julho de 2023.

Outra novidade é que agora, os youtubers também poderão escolher de que forma eles querem ser remunerados pelo seu conteúdo.

Vale notar que somente o “Shorts” gerou 30 bilhões de visualizações por dia em 2022, com 1,5 bilhão dos usuários conectados mensalmente.

APOSTANDO EM ANÚNCIOS DE AUDIO YOUTUBE QUER DOMINAR O NEGÓCIO DE PODCASTS

Na última semana, o YouTube revelou que está lançando anúncios no formato de áudio, para permitir que anunciantes possam alcançar ouvintes de podcasts.

De acordo com o tubefilter.com, anunciantes parceiros do YouTube poderão fazer suas campanhas na plataforma no formato de áudio, e redirecionar o conteúdo promocional para categorias específicas de podcasts, como comédia, notícias e esportes.

Essas campanhas direcionadas se assemelham a alguns dos outros produtos de anúncios do Google. O YouTube Select, por exemplo, conecta marcas a uma seleção de canais com curadoria.

Vale notar que desde a contratação de Kai Chuk como seu primeiro Head of Podcasts, o YouTube tem ganhado terreno sobre seus rivais, e fez um grande progresso em seus negócios de áudio, como o lançamento de um hub apenas para episódios de podcasts. Além disso, um recente estudo publicado em maio revelou que o YouTube é a plataforma mais usada para ouvir podcasts nos EUA.

 

Foto: Os meninos do Podpah, o maior podcast no Brasil/Instagram/Reprodução

Creator Music: Vitrine Digital possibilita venda de músicas licenciadas para vídeos no YouTube

Na última terça-feira, 20, o YouTube anunciou uma novidade para que criadores de conteúdo possam licenciar músicas em seus vídeos de uma forma mais prática, e sem perder monetização.

De acordo com a Billboard, o Creator Music é uma espécie de loja virtual que permite aos criadores de conteúdo licenciar músicas em vídeos de duas formas bem simples: Na primeira opção o criador compra a licença de uma determinada música, e assim não terá mais de repassar a monetização inteira ao detentor dos direitos da música. Na segunda opção, o criador de conteúdo e o detentor de direitos dividem a monetização do vídeo.

Foto: divulgação

Para construir um bom catálogo na loja virtual, o Youtube fez uma série de parcerias com gravadoras e os editoras para que elas definam o preço das licenças músicas, que inicialmente variam de US$4,99 ou até mesmo de forma gratuita, dependendo da estratégia.

Por enquanto, o Creator Music ainda está na versão beta nos EUA, mas a ideia é que até 2023, o novo recurso seja disponibilizado internacionalmente.

Em um comunicado, Tracy Maddux, diretora comercial da Downtown Music, uma das editoras parceiras do Youtube fez uma boa colocação sobre o novo projeto: “O Creator Music foi uma oportunidade de “ajudar nossos compositores e artistas a encontrar novos e significativos fluxos de receita para seus trabalhos, além de possibilitar que todos os criadores do YouTube licenciem legalmente e descubram músicas originais para uso em grande escala”.

 

Foto – divulgação

YOUTUBE PAGOU US$6 BILHÕES À INDÚSTRIA DA MÚSICA NO ÚLTIMO ANO

Nesta terça-feira o YouTube anunciou que pagou à indústria da música US$6 bilhões nos últimos seis meses, US$2 milhões a mais em comparação à 2020. A notícia foi dada pelo diretor Global de Música, Lyor Cohen, no blog oficial da plataforma, com direito até a um “Short” estrelado por ele mesmo.

De acordo com o Diretor, o YouTube espera que anúncios e assinaturas sejam os principais contribuintes de receita para o setor até 2025. E a fim de conseguir alcançar esse objetivo, a plataforma está monetizando todos os formatos de música (vídeos curtos e longos, faixas de áudio, Lives etc.), em todos os dispositivos (desktop, tablet, celular e TV), em mais de 100 países.

Além disso, a monetização de conteúdo gerado pelo usuário (UGC) também impactou em mais de 30% dos pagamentos para artistas, compositores e detentores de direitos, pelo segundo ano consecutivo.

Somente o “Shorts”, um recurso do YouTube para criação de vídeos curtos, gerou 30 bilhões de visualizações por dia, com 1,5 bilhão dos usuários conectados mensalmente. Cohen adiantou que em breve este conteúdo também será monetizado.

Outro destaque mencionado pelo executivo foi sobre o novo jeito de se consumir música. Para ele, fãs “querem descobrir, consumir e participar de músicas em vários formatos de conteúdo”, e o YouTube tem buscado oferecer essas novas experiências. A exemplo disso, Cohen citou o lançamento “Pink Venom”, single do grupo de k-pop BlackPink (foto). Antes do lançamento oficial, fãs tiveram diversas experiências com a música. Primeiro assistiram ao “teaser”, em seguida o grupo lançou um desafio no Shorts, e por fim, a estreia do clipe com transmissão ao vivo. O resultado? “Pink Venom” se tornou a maior estreia de videoclipe em 24 horas no ano, e a terceira maior estreia de videoclipe em 24 horas de todos os tempos.

Vale notar que a parceria com o grupo vem desde 2020. Como relatamos na época, o grupo lançou o show virtual “BlackPink – “The Show”. Antes do evento, as meninas tinham 280.000 membros assinantes do em seu canal oficial, após o show esse número bateu a marca de 2,7 milhões de novos assinantes.

“Construir uma experiência de música conectada em todos os formatos de música é ótimo para os fãs, mas também deve ser ótimo para os artistas. Todos os artistas. Quer eles queiram ser ocasionalmente brilhantes ou “sempre ativos”, é nossa missão ajudá-los a trilhar seu próprio caminho no YouTube e desenvolver carreiras financeiramente sustentáveis” concluiu o diretor.

Foto: Blackpink – Divulgação