Report: Pequenos Artistas e o Novo Mercado da Influência

No último mês, a empresa especializada em pesquisa e estratégia para o mercado musical, Buzz Music Content, publicou dois relatórios para explicar a importância da influência dos artistas (principalmente os de pequeno porte)  no digital.

No relatório de mais de 50 páginas, podemos compreender melhor como  artistas e marcas  podem trabalhar em conjunto e explorar novos caminhos. Sem dúvidas, o Buzz Music Content é perfil que todo mundo do mercado musical deveria ficar ligado.

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Pequenos Artistas e o Novo Mercado da Influência (para artistas)

Pequenos Artistas e o Novo Mercado da Influência (para marcas)

 

Foto: Instagram @buzz_musiccontent

Banda americana está leiloando a faixa 10 de seu novo álbum no eBay

A banda americana Vulfpeck está leiloando a faixa 10 de seu próximo álbum no e-Bay. O lance atual está avaliado em mais de 50 mil dólares.

Para o lançamento de seu álbum ‘The Joy of Music, The Job of Real Estate’, a banda de Funk americana foi às redes sociais fazer um anúncio ousado. Clique aqui para visualizar.

No anúncio o líder da banda, Jack Stratton, contou que andou tomando algumas decisões erradas e que se deu mal. Segundo ele, no início do ano, ele resolveu investir comprando algumas ações no Spotify, na certeza de que elas iriam render uma boa grana. Como previsto, o retorno chegou, o que fez Stratton ficar ainda mais confiante para investir quatro vezes mais. Só que, como o mercado financeiro é imprevisível, as ações caíram. Ele perdeu tudo!

“Eu gostaria de poder dizer que estou falido, mas é pior do que isso”, disse Stratton em seu post.

Diante da situação, veio a ideia de leiloar a faixa 10 de seu álbum para tentar dar uma equilibrada em seu orçamento.

Na descrição do produto, o comprador que der o lance mais alto terá direito à nomear a faixa (naming rights) e aos 2 minutos e 30 segundos dela.

“Imagine sua banda, seu produto, seu filho na faixa 10 do próximo álbum de Vulfpeck, ‘The Joy of Music, The Job of Real Estate’. O crescimento financeiro de longo prazo é quase garantido”, diz a descrição do produto do e-bay.

“Não se trata apenas de lucros. Considere os intangíveis: objetivos de vida, prazer, feijão, imortalidade, funk”, completa a descrição.

Mas outra parte da descrição alerta: “O Comprador reconhece ainda que o Vendedor pode promover, não promover, descartar, amar ou simplesmente ignorar a Faixa 10 como o Vendedor considerar adequado, por toda a eternidade ou até 2121, o que ocorrer primeiro”.

Parece que a estratégia tem dado certo já que a “Faixa 10” agora está avaliada em mais 50 mil dólares.

Vale lembrar que o caso foi comentado durante o podcast do “Música em Rede”  pelos convidados Pena Schmidt e Guta Braga. “O Fonograma vai salvar a Indústria da Música?” – OUÇA AQUI.

Compositores se adaptam para agradar usuários do TikTok

Nesta terça-feira saiu uma matéria muito bacana no G1, sobre como o TikTok está começando a influenciar até no jeito de ser fazer música no Brasil.

Como uma plataforma que possibilita aos usuários criarem vídeos, é comum na plataforma ver vários conteúdos envolvendo música, desde dublagem até danças de músicas.

Basicamente, se a música tiver uma batida empolgante com um trecho bem grudento, combinado com coreografias, desafios e influenciadores, temos a fórmula de um “viral” no TikTok –  vídeo que se espalha pela plataforma facilmente.

Não faltam exemplos de vídeos virais que se tornaram grandes hits graças ao TikTok. Quem lembra do Hit do Carnaval, “Tudo ok”? A parceria de Thiaguinho MT, Mila e JS O Mão de Ouro redeu vários vídeos de dublagem de maquiagens com a música.

Nos EUA, o maior exemplo é do viral “Old town road”, sucesso do rapper americano Lil Nas X. O game “Red Dead Redemption II” foi a inspiração para o clipe que logo ganhou um desafio no app, onde jovens faziam dancinhas como caubóis ou cowgirls.

“Old town road” se tornou recordista em número de semanas seguidas em primeiro lugar no ranking de músicas mais tocadas no Estados Unidos, da revista “Billboard”.

Casos de sucesso como esses tem inspirado muitos compositores a criarem músicas pensando no TikTok. A estratégia ganhou ainda mais força neste momento da pandemia do coronavírus, onde a plataforma se tornou uma grande forma de entretenimento dos jovens.

“Com certeza essa onda acabou mexendo na forma de fazer música aqui no Brasil”, revelou MC Zaac ao portal. O MC está lançando um hit com todos os elementos para viralizar na plataforma, embora ele e seu produtor musical neguem isso. “Desce pro play” é uma colaboração entre o artista com Anitta e o rapper americano Tyga.

Para o produtor musical Pablo Bispo, autor de vários hits de grandes artistas como Anitta, Pabllo Vittar, Iza, e inclusive, a nova música de MC Zaac,  a estratégia pode dar certo, mas não deve algo “forçado”:

“As plataformas tem particularidades. No YouTube, por exemplo, o visual é importante. O TikTok é mais dinâmico porque convida as pessoas a entrarem na música”, explicou o produtor musical ao portal.

Ele completa que o TikTok “não tem que ser prioridade”, mas “fazer parte do planejamento” dos músicos.

Sua afirmativa faz todo o sentido, visto que manter uma carreira após um hit viral requer muito mais trabalho. Tanto que após o sucesso de “Old town road”, Lil Nas conseguiu emplacar apenas outras duas músicas no ranking da “Billboard” até julho do ano passado, que segundo o G1, não tiveram o mesmo desempenho de Old Town.

“Fazer uma música estourar é difícil, mas possível. Muito mais complicado é sustentar esse sucesso”, conclui Bispo.

 

Foto: Reprodução / Tik Tok

LIVE: O papel e a Importância das editoras

Seguindo o movimento de lives para compartilhar informação neste período de quarentena por conta do coronavírus, a @rapportproduções chamou o Música, Copyright e Tecnologia para um bate-papo ao vivo e falar sobre o ‘O Papel e a Importância de uma Editora’. A live será nesta sexta-feira (17), às 14 hrs no perfil da produtora.

Preparem suas perguntas e fiquem ligados!

 

 

Iniciativas prometem remodelar o modelo de negócios das transmissões ao vivo

A pandemia de coronavírus cancelou shows e eventos pelo mundo todo, mas a música não parou, ela continuou tocando, mais do que nunca em transmissões ao vivo pela internet, abrindo espaço criar para novas oportunidades à artistas. O New York Post falou sobre algumas delas.

Atenta, a Universal Music já está ligada às mudanças, tanto que está desenvolvendo uma plataforma para que seus artistas possam transmitir apresentações ao vivo simultaneamente em várias plataformas, como YouTube e Facebook. Live. Nós do MCT estamos ansiosos para ver como vai ser o resultado deste projeto que será liberado na próxima semana.

Além de fazer transmissões ao vivo, o serviço, que ainda não possui um nome revelado, permitirá a interação e o envio de alertas sobre a programação de shows aos fãs. Também permitirá a venda de mercadorias e arrecadação de doações para instituições de caridade.

A gravadora não revelou se pretende faturar com a plataforma, mas disse que os direitos de streaming são de sua propriedade e que são acordados por meio de contratos.

Outra iniciativa que tenta amenizar os efeitos do coronavírus na economia e pode beneficiar artistas é o Bandsintown, um site que notifica os fãs sobre quando seus artistas favoritos estão chegando em sua região.

Com o surto do vírus, os desenvolvedores do site logo remodelaram todo o modelo de negócio. Desta forma, agora o site é capaz de alertar os usuários sobre os próximos shows a serem transmitidos por seus artistas favoritos.

“Reorganizamos o mapa do produto em duas semanas”, disse Fabrice Sergent, co-fundador e sócio-gerente do site, que trabalha com um banco de dados de mais de 530.000 artistas e 55 milhões de fãs.

Eles conseguiram uma parceria com o Twitch – a plataforma da Amazon favorita pelos jogadores – para que seus artistas possam receber dinheiro. A parceria permite que os fãs assistam as lives gratuitamente no Twitch em troca de moedas virtuais iguais a 1 centavo por bitcoin. Uma parte do valor arrecadado vai para o MusiCares COVID-19 Relief Fund, uma instituição de caridade para “músicos desempregados”.

“Tenho certeza de que veremos muitas variações nas próximas semanas”, disse Sergent. Como por exemplo, assinaturas pagas, receita de publicidade ou venda de mercadorias durante o streaming.

São iniciativas como estas que contarão muito para o mercado da música, esperamos que tudo acabe logo para trazermos boas notícias!

 

Foto: Uli Deck/picture alliance via Getty Image

Spotify anuncia ajuda de US$10M para amenizar impacto do Covid-19 na música

Nesta terça-feira (24) publicamos uma notícia sobre uma petição para pedir que o Spotify aumentasse a porcentagem de royalties pagos à artistas, já que os mesmos estão sem renda e impedidos de fazer shows devido a pandemia do coronavírus.

Pois bem, acontece que hoje (25) o Spotify anunciou que fará uma contribuição financeira de US$10 milhões para ajudar artistas e outros membros do mercado musical durante a pandemia.

De acordo com o Music Business Worldwide, parte da ajuda será dividida a três importantes entidades nos EUA e no Reino Unido: MusiCares (EUA), PRS Foundation (Reino Unido) e Help Musicians (Reino Unido).

O serviço de streaming criou um site exclusivo para incentivar seus usuários a também contribuírem com doações para estes fundos. Sempre que uma doação for recebida, o serviço fará outra (equivalente a um dólar por dólar), até atingir o valor total de US$10 milhões, como prometido.

Além disso, um novo recurso será adicionado ao Spotify for Artists que permitirá aos artistas arrecadar fundos diretamente de seus fãs.

“Combater o impacto dessa pandemia na indústria da música exigirá um enorme esforço global, e estamos trabalhando para montar e otimizar esses novos recursos”, informou o serviço.

NA SEMANA DA MPB, MILTON NASCIMENTO RECEBE PRÊMIO UBC 2019

A Música Popular Brasileira está em festa! Não apenas pelo seu dia, comemorado nesta quinta-feira (17), mas também pela homenagem a Milton Nascimento durante a entrega do Prêmio UBC 2019.

A cerimônia aconteceu nesta terça-feira (15), e contou com homenagens de vários artistas consagrados da música brasileira como Maria Rita, Elba Ramalho, Chico César e João Bosco, cantando suas melhores versões das canções de Milton.

“Milton não é só daqui, ele é de outros planos, é de mil planos. Cantar qualquer coisa na frente dele me deixa nervoso e emocionado”, disse Chico César.

De acordo com a UBC, são mais de 400 obras de Milton Nascimento registradas na entidade. “Todas as músicas que componho são para Elis Regina cantar!”, diz uma referência do compositor que se tornou amplamente popular em sites de citações na internet.

Além de Milton, Glória Braga, superintendente executiva do Ecad, recebeu o Troféu Fernando Brant por sua trajetória e contribuição da gestão coletiva de direitos autorais no Brasil.

Foto: Gabriela Azevedo/Redes Sociais

DIVAS POP LATINAS ESTÃO POR TODA PARTE, MENOS NAS COMPOSIÇÕES

A Billboard publicou um artigo sobre a queda do número de compositoras de músicas latinas. Apesar dos esforços feitos por gravadoras e serviços de streaming para aumentar este índice, em 2019 o número de compositoras nas paradas voltou a cair.

Segundo o portal, entre 2015 e 2016, a presença de mulheres compositoras na parada da Billboard “Hot Latin Songs” era de apenas 8%. A partir de 2017, diante deste cenário, várias iniciativas começaram a impulsionar a presença de mulheres compositoras, até que em 2018 o índice aumentou para 15%, com 36 músicas na parada escritas por mulheres.

Apesar disso, em 2019 o número músicas compostas por mulheres voltou a cair, com apenas quatro músicas no Top 10. Dessas quatro, as duas que chegaram a primeira colocação, “Chantaje” de Shakira (com Maluma) e “Dame Tu Cosita”, de Pitbull, El Chombo e Karol G, apresentavam homens.

Para o portal, a maior questão é que o raggaeton e a música urbana são os subgêneros mais dominantes nas paradas latinas, e historicamente favorecem os cantores do sexo masculino. Becky G, Karol G e Natti Natasha, que passaram do pop para a música urbana, são exceções por escreverem a maioria de suas próprias músicas.

A maioria das canções do estilo de música urbana são escritas sob uma perspectiva masculina porque todos os produtores, engenheiros, DJs e compositores latinos são homens. “A falta de mulheres no espaço criativo [é preocupante]”, diz Nir Seroussi, vice-presidente executivo da Interscope Geffen A&M. “Não há uma produtora feminina que eu conheça.”, afirmou.

A fim de mudar essa dinâmica, algumas iniciativas já estão em andamento. Como os esforços das gravadoras como a Sony Latin, em promover mais artistas femininas. Além disso, premiações como o “Premios lo Nuestro”, da Univision e o “Latin American Music Awards”, da Telemundo, pela primeira vez tiveram todas as apresentadoras femininas.

Aqui no Brasil, a matéria citou ainda a iniciativa Casa de Música – Escuta as Minas, um estúdio de gravação em São Paulo. “O objetivo era criar um espaço e ambiente seguros em um estúdio liderado por mulheres”, diz Mia Nygren, diretora administrativa do Spotify para a América Latina. A Casa de Música faz parte da iniciativa Listen to Women que o Spotify estreou no Brasil em 2018.

Mesmo com a baixa presença das mulheres nas composições, a compositora Erika Ender, que co-escreveu o megahit “Despacito”, está animada ao ver mais colegas em sessões de redação. Mas, diz ela, “minha percepção pessoal é que ainda não está sendo refletida nas tabelas. Talvez seja uma questão de tempo”.

Foto: Ilustração de Max-o-matic

Spotify for Artists mostrará o número de ouvintes de artistas em tempo real

O Spotify anunciou que a nova atualização do Spotify for Artists possibilitará a visualização do número de ouvintes que estão dando o play em suas músicas em tempo real.

Segundo o The Verge, a nova versão do aplicativo, voltado para os artistas que possuem músicas no catálogo do serviço de streaming, será lançada nesta semana com versões para iOS e Android.

Nesta versão, além do contador de plays em tempo real, os artistas poderão ter acesso a outras informações valiosas sobre sua audiência e insights de como conquistar novos seguidores e ser adicionados em várias playlists, aumentando alcance dos plays.

Há ainda um guia com informações sobre como aproveitar ao máximo o lançamento de músicas no serviço, incluindo o Co.Lab do Spotify, uma ferramenta com workshops e mentoria para artistas musicais.

O portal lembrou que há pouco tempo a Apple Music disponibilizou a plataforma Apple Music for Artists, após o lançamento da versão beta no início de 2018. Fornecendo dados de audiência  dos ouvintes baseados como localização geográfica, o serviço está integrado ao  Shazam, mais uma maneira em que os artistas podem rastrear quando as pessoas estão usando o serviço para identificar suas músicas.

Os dados fornecidos por essas plataformas como o Spotify for Artists, são de extrema relevância para que os artistas entendam cada vez mais sobre o seu público, e devem influenciar não apenas na produção de músicas, mas também nos planejamentos e estratégias de divulgação de seus trabalhos.

Foto: Spotify

Já está em dia com o FF Podcast? No episódio 8 o tema é “POP vs Indie”, com participação de Pedro Seiler, um dos fundadores do Queremos OUÇA AQUI!

COM BASE NO CLIMA, SITE CRIA PLAYLIST DE MÚSICAS PERSONALIZADAS

Para lançar seu novo album, “Weather”, o músico Tycho criou um site capaz de gerar playlists personalizadas com base no clima da localização dos visitantes.

Para criar o site, tycho contou com a ajuda de Lee Martin. Segunto o B9.com, Martin é ex-vice-presidente de design da Songkick, uma empresa de tecnologia americana com foco na venda de ingressos de shows.

O portal explica que o site usa além dos dados meteorológicos, recursos de áudio dos serviços de streaming:  “Nós analisamos vários recursos de áudio e simplesmente escolhemos quais medidas de meteorologia podem se relacionar simbolicamente”, explicou Martin.