Criador do hit ‘Baile de Favela’ abre escritório para ajudar MCs a fechar acordos mais justos

Conhecido pelo hit ‘Baile de Favela’, Mc João anunciou que abriu seu próprio escritório para auxiliar outros MC’s a fecharem contratos mais justos.

Ao contar sua história para o G1, MC João revelou que chegou a vez de sair do GR6 e assumir sua própria carreira. Para isso estudou direito autoral e economizou o que ganhou desde que ganhou fama.

João disse que foi fundamental estudar direitos autorais, pois passou perceber o quanto contratos podem influenciar na carreira de artistas. Ao longo de sua jornada, o funkeiro percebeu que muitos MCs aceitam fazer acordos de qualquer tipo para ganhar algum dinheiro, mas acabam entrando numa cilada. Como foi o seu caso.

Mesmo com um clipe de 220 milhões de views no YouTube, Mc João acabou não recebendo nada com a monetização da plataforma, pois assinou acordos que foram ruins. Junto com MC Leléo e Binho DJ, o Baile de Favela Records pretende auxiliar outros MCs em casos como esse.

“Nós MCs corremos muito atrás das coisas, fazemos a parada virar. Mas, por outro lado, muitos de nós não fazemos bons negócios. Não basta ser um bom MC cantando”, afirmou João.

“Desde o começo eu estudaria mais sobre fonograma, direitos autorais, certinho. Por exemplo: eu não assinaria uma cessão de direito de uma música. E eu não sabia disso, tá ligado? Era ingenuidade da minha parte, eu não sabia da parada. É isso que acontece muitas vezes”, ele descreveu ao portal.

Sobre o seu desligamento do GR6, uma das maiores produtoras de funk no Brasil, Mc João contou que se sente grato, mas chegou a sua vez de seguir novos caminhos:

“Tem que ter coragem de sair de um escritório que é uma potência como é a GR6. Tem que estar bem estruturado, é uma escolha difícil. É um dos melhores escritórios, mas eu tenho vontade de seguir meus sonhos”, diz João.

“Estou me sentindo como em 2015. Dá um frio na barriga, mas eu sinto que é a melhor decisão da minha vida. Não é mais como primeira vez em que eu estava correndo atrás de um sonho incerto”.

Junto com a nova empresa, o artista anunciou o lançamento do EP “Negócios são negócios”, marcado para o dia 2 de abril.

 

Foto – Divulgação

Painel especial Música, Copyright e Tecnologia: NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música

Amanhã, às 19h, acontece o segundo painel do Curso Música Copyright e Tecnologia, ‘NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música’. Atendendo à pedidos vamos transmitir ao vivo no YouTube!

O que são os NFTs? Qual é a ligação com as criptomoedas? E a tecnologia Blockchain? Entenda porque o surgimento desse novo modelo de negócios está movimentando o mercado da música e saiba como pequenos e grandes artistas podem aproveitar as novas tecnologias para alavancar sua carreira.

Guta Braga, coordenadora do Música, Copyright e Tecnologia, recebe especialistas e artistas que já mergulharam no universo das NFTs e das criptomoedas para debater o tema e apresentar casos reais.

PARTICIPE DO PAINEL AO VIVO AQUI

Quando: 26/3

Horário: 19h

Plataforma: Zoom para alunos matriculados no curso MCT EAD, com transmissão ao vivo gratuita pelo canal no YouTube do Música e Negócios Puc Rio

Informações: leofeijo@esp.puc-rio.br

Quem vai participar do Painel?

 

André Abujamra:  Filho de um dos grandes atores do teatro brasileiro Antônio Abujamra, André Abujamra, de origem libanesa e italiana, herdou do pai o talento e a necessidade em provocar a ordem vigente, em mais de 40 anos de carreira se firmou como um dos grandes artistas criativos do Brasil. Multi artista André é cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema.

Ao lado de Maurício Pereira, André também fez parte nos anos 1980 da dupla Os Mulheres Negras. Em 1994 estreou como líder, guitarrista e vocalista da banda Karnak, onde seu disco de estréia foi considerado pela revista americana Rolling Stones entre os melhores lançamentos da década de 1990.

Seus projetos de discos solo incluem O Infinito de Pé (2004), Mafaro (2010), O Homem Bruxa (2015), Omindá (2018) e Emidoinã (2020). Também arruma tempo para seus projetos experimentais como AbcyÇwÖk, Fat Marley e Turk André compôs trilhas sonoras para cerca de 70 filmes brasileiros, alguns consagrados como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Castelo Ratimbum e 2 Coelhos. Como ator já
participou de vários longas, entre eles Sábado (Ugo Georgetti), Durval Discos e Proibido Fumar (Anna Muylaert).

IMDB: http://www.imdb.com/name/nm0009494/
Facebook: https://www.facebook.com/andreabujamraoficial
Youtube: https://www.youtube.com/user/xirian2006
Soundcloud: https://soundcloud.com/andre-abujamra
Site: http://www.andreabujamra.com.b

Anne Chang: especialista em fusões, aquisições e investimentos, é formada pelo Largo São Francisco – USP, é mestre pela Universidade da Califórnia – Berkeley e especialização pela London School of Economics – LSE em mercados financeiros. É sócia de HCO Law | eAdvisor, Diretora Executiva de Tecnologia e Inovação e Board Members da Berkeley Global Society. Professora do Insper no curso de direito das Startups.

Em 2016, foi co-autora de um paper premiado pelo governo federal norte americano sobre blockchain em saúde.

 

Igor Bonatto: (@igorbonatto) é fundador da noodle (noodle.cx), o primeiro banco para artistas e empresas musicais. Antes, Igor fundou a produtora audiovisual Claraluz Filmes, a agência de inovação criativa THT, dirigiu e produziu filmes publicitários, vídeo clipes, curtas e longas.

Sobre o Noodle: É o primeiro banco digital para artistas e empresas culturais, oferecendo dinheiro e inteligência para acelerar carreiras e expandir negócios. Com a missão de conectar a indústria global da música através de uma rede dinâmica de recursos, informações, pessoas e ideias — busca contribuir para que a indústria cresça de forma mais simples, diversificada, justa e acessível.

 

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Lalai Persson é publicitária e trabalha com Comunicação Digital há 15 anos e foi fundadora da agência Remix Social Ideas, uma das primeiras agências de Social Media do Brasil, onde trabalhou com ativações de marcas em festivais como Lollapalooza, Rock in Rio, Skol Sensation e Tomorrowland.

Produziu festas de música eletrônica por 8 anos nos principais clubs de São Paulo. É criadora do site de lifestyle de viagens Chicken or Pasta, que a levou a rodar o mundo por cinco anos visitando festivais de música para pesquisar tendências e ativações de marcas no segmento. Foi a responsável pelas ativações de marcas na primeira edição brasileira do festival Dekmantel e atuou como consultora da ativação do Itaú no Rock in Rio 2018.

Em 2018 e 2019, ao lado da jornalista Claudia Assef, criou o conceito e produziu o Dia Música Eletrônica de São Paulo, uma semana de eventos espalhados por aparelhos culturais na capital paulista para fomentar a cultura da música eletrônica.

Atualmente mora em Berlim, se formou recentemente na 18ª edição do curso Música e Negócios EAD, estuda produção de música eletrônica e tem se aprofundado nos estudos de blockchain & NFTs dentro da  área de música.

É colunista mensal do site Music Non Stop e é autora da newsletter Espiral, um mix de relatos pessoais e notícias sobre música com foco em experiências, festivais e tecnologia.

Pena Schimidt: Trabalho para a Música desde 72, desbravei a carreira de técnico de som,  montando palcos,  construindo e operando mesas de som e ensinando o oficio. Na industria fonográfica, montei e gerencie estúdios, depois gravando e produzindo 30+ discos; contratando artistas para grandes gravadoras; ganhei discos de ouro que depois gastei no selo Tinitus, onde lancei 30 discos independentes. Cuidei de festivais desde os primeiros, lá em Iacanga 1975, dirigi os muitos palcos de  todos os Free Jazz e muitos outros, com grandes equipes. Inaugurei  e fui gestor do Auditório Ibirapuera e diretor do CCSP-Centro Cultural São Paulo. Promovi a discussão e ajudei a criar a Lei “São Paulo Cidade da Música”, aprovada em 1a. votação, aguardando a aprovação do Prefeito de SP.  Hoje descanso, produzo a #listadaslistas, faço mentorias e consultorias.

SoundCloud passa a adotar modelo de remuneração baseado no consumo do usuário

Recentemente, publicamos por aqui uma matéria para explicar os benefícios e o impacto do modelo de pagamento em serviços de streaming centrado no consumidor. Pois bem, o Soudcloud acabou de anunciar que passará a adotar o modelo para beneficiar mais de 100.000 artistas independentes que monetizam diretamente na plataforma.

De acordo com o Music Week, com a mudança no modelo de pagamentos à artistas na plataforma, a receita vinda de assinatura ou publicidade de cada usuário do SoundCloud será repassada para os artistas que eles realmente ouvem. Diferentemente do modelo atual onde a maior parte de todo o dinheiro arrecadado dos assinantes é agrupado e, em seguida, repassado de acordo com os plays de cada artista.

Mas nem tudo são flores, pois o anúncio informou que apenas artistas independentes e emergentes na plataforma serão beneficiados, uma vez que suas licenças com as majors e Merlin permanecerão inalteradas.

Mesmo assim, para o CEO do Souncloud, Michael Weissman, este já é considerado um passo ousado para o mercado:

“Muitos na indústria desejam isso há anos”, disse ele. “Estamos entusiasmados por sermos os únicos a trazer isso ao mercado para melhor apoiar os artistas independentes. O SoundCloud está posicionado de forma única para oferecer este novo modelo transformador devido à poderosa conexão entre artistas e fãs que ocorre em nossa plataforma.

Ao todo serão beneficiados quase 100.000 artistas independentes que monetizam diretamente no SoundCloud por meio do SoundCloud Premier, Repost by SoundCloud ou Repost Select a partir de 1º de abril de 2021.

A plataforma também criou uma campanha para explicar melhor os detalhes sobre o novo modelo de pagamentos e orientar os artistas independentes e parceiros.

 

Foto: reprodução

Sua Música anuncia que vai pagar direitos autorais por músicas tocadas na plataforma

Nesta quarta-feira (24/02) o Ecad e o Sua Música anunciaram que finalmente assinaram um acordo para pagamento de direitos autorais das músicas tocadas na plataforma.

De acordo com o Popline, fez parte da negociação a inclusão de pagamentos de direitos conexos a partir de 2021. Entretanto, não foi informado o percentual negociado para as remunerações.

Desde sua criação, há sete anos, a plataforma tem contribuído para a valorização da música brasileira, lançando artistas, principalmente do Nordeste, mas não realizava os pagamentos devidos pelas músicas tocadas na plataforma. Algo que gerava bastante discussão no mercado musical.

Atualmente, o portal possui 1 milhão de usuários únicos por dia e mais de 16 mil artistas cadastrados, com o Nordeste representando 60% de toda a audiência da plataforma.

 

Foto: Sua Música e Ecad/Divulgação

Modelo de pagamento centrado no consumidor em serviços de streaming pode beneficiar artistas e usuários

Na última semana, o Music Business Worldwide chamou o CEO da Outhere Music, Didier Martin, para falar sobre a proposta de um plano de pagamento voltado para o consumo do usuário, que se fosse adotado pelas plataformas de streaming poderia beneficiar consumidores e artistas de forma mais justa.

Atualmente, serviços como o Spotify e Deezer usam um modelo de royalties “pro rata” (ou “um grande pote”, em livre tradução), onde a maior parte de todo o dinheiro arrecadado dos assinantes é agrupado e, em seguida, repassado de acordo com os plays de cada artista. Ou seja, o dinheiro pago por assinantes dos serviços de streaming é repassado para artistas em que em geral, os próprios usuários não ouvem.

No modelo ‘centrado no usuário’, por uma assinatura de US$9,99, o usuário pagaria apenas de acordo com o que ele ouviu no mês. Por isso, muitos especialistas acreditam que este tipo de modelo poderia ser mais justo, principalmente para artistas que não estão no mainstream (os mais populares).

Para Didier, o modelo de pagamento atual adotado está obsoleto e quem perde, principalmente são artistas independentes e de certos gêneros, como os de música clássica – gênero que ele entende bem, pois a Outhere Music é especialista no assunto na França e lar da Alpha Classics, nomeada selo do ano pela revista Gramophone em 2020.

No artigo, Martin fez referência a uma análise publicada recentemente pelo Centre National de la Musique (CNM) e Deloitte, que apresentou dados sobre como uma mudança nos modelos de pagamento dos serviços de streaming pode impactar as receitas para gêneros individuais na França.

O estudo descobriu que tal movimento faria com que as receitas de streaming para música clássica aumentassem cerca de 24%, enquanto rap e hip-hop (contados como gêneros separados) seriam impactados negativamente, com uma redução de 21% e 19% nos royalties respectivos. Mesmo assim, o rap e o hip-hop, quando combinados, continuariam sendo o maior gênero de streaming na indústria musical.

De acordo com o CNM os dados disponíveis são insuficientes para tirar uma conclusão confiável, principalmente devido às duas plataformas que responderam ao estudo (Deezer e Spotify) terem informado dados inconsistentes.

O que o CNM concluiu é que o sistema de distribuição baseado no que os assinantes como um todo ouvem não é mais adequado, uma vez que 30% dos ouvintes de streaming geram 70% do total de streams e ditam para onde vai a maior parte do dinheiro.

Como reequilibrar o modelo de remuneração nos serviços de streaming?

Diante desta situação, o CNM alega que o modelo atualmente adotado (pro-rata) está obsoleto, pois foi o criado quando o perfil de assinantes era formado por jovens que ouviam canções formatadas com uma duração média de cerca de 3 minutos e 30 segundos. Assim, a distribuição das receitas de streaming foi feita com base na audiência geral e em uma faixa que foi ouvida por pelo menos 30 segundos.

Agora, com a popularidade dos serviços de streaming, todos usam as plataformas, e os hábitos e durações de escuta de um setor da população em comparação com outro são diferentes.

Segundo o estudo, esse sistema de pagamentos deve ser mudado agora porque se as receitas geradas forem muito baixas para certos gêneros/repertórios, há um risco de eles serem esquecidos pelos usuários. Um modelo mais equilibrado permitiria que estes gêneros pudessem sobreviver e garantir a diversidade criativa da música.

Em um momento em que o consumo responsável está em alta, tanto os artistas quanto os usuários devem pressionar por uma mudança mundial no sistema. Uma sugestão para a mudança seria a criação de um “fundo de correção de distorção de compensação” ou “fundo de apoio à diversidade musical”, que seria complementado por plataformas de streaming e que direcionaria a ajuda financeira para a gravação de gêneros/repertórios desfavorecidos pelo sistema atual.

Apesar dos custos técnicos da mudança do sistema ser um grande obstáculo, esta é uma questão de sobrevivência, sendo que uma rede mundial da indústria musical poderia financiar esses custos.

Martin afirma que é importante fomentar a discussão dessas receitas ‘downstream’, entre músicos, compositores e todos os envolvidos na produção. Os músicos têm razão em exigir maior transparência sobre o assunto e uma melhor participação no valor da música, especialmente neste momento de crise sanitária, quando os shows estão cancelados e direitos conexos estão em declínio.

Mais do que nunca a música segue presente na vida de todos e é importante entender que um sistema de remuneração pode ser mais justo, claro e lógico.

 

imagem: @wesleyphotography

YouTubers que ensinam músicas tem vídeos banidos por violação de direitos autorais

Recentemente, o produtor musical Rick Beato foi assunto em nosso grupo do Facebook, após postar um vídeo de desabafo em seu canal ao receber um ‘strike’ do Youtube.

Rick Beato, que dá aulas de música em seu canal no YouTube, fez uma live para falar sobre seus dilemas com os direitos autorais na plataforma.  O produtor musical teve seu vídeo sobre a história da guitarra bloqueado por usar 10 segundos de imagens de Randy Rhoads (da banda de Ozzy Osbourne) tocando um solo de guitarra.

“É absurdo, é idiota! Você não pode ensinar música sem tocar música”, disse o músico em seu vídeo.

Ao procurar advogados especializados para uma orientação sobre esta questão, o músico também enfrentou problemas: “Não há ninguém a quem recorrer, a única coisa que você pode fazer é chamá-los assim”.

Rick disse que o problema não é deixar de receber monetização, mas sim ter seu conteúdo educacional removido, e consequentemente e deixar de ajudar várias pessoas que desejam aprender sobre o assunto.

O caso relatado por  Beato, na verdade, tem sido um dilema para muitos músicos que também ensinam música no YouTube. Conforme relata o UltimateGuitar.com, os músicos Jared Dines, Paul Davids, Glenn Fricker e Adam Neely alegaram que tiveram seus vídeos reivindicados pela Warner Music por razões que eles descreveram como “insanas” e “loucas”.

Os músicos disseram que alguns de seus vídeos foram banidos por tocarem apenas um acorde de músicas que são protegidas por direitos autorais, e até mesmo por falar sobre elas, sem ao menos ter tocado uma única nota delas.

Apesar de Beato não viver da monetização do YouTube, há músicos que precisam da plataforma para sobrevirem, como relata o músico Karl Golden durante uma transmissão ao vivo em seu canal:

“Meu sustento é do YouTube e agora, minha renda foi cortada pela metade por editores que reivindicam todos os meus vídeos. Saudações a esses caras, uma maneira de arruinar a carreira de um YouTuber. [Risos]”

É por isso que Baeto destacou ainda que não culpa o YouTube pela situação, mas sim os artistas ou seus representantes que almejam os YouTubers com as reivindicações.

 

 

Imagem: Youtube/Rick Beato

LUAN SANTANA QUER ESCREVER NOVA HISTÓRIA COM FÃS AO ASSINAR COM SONY MUSIC

Na última semana, o cantor sertanejo Luan Santana anunciou que agora faz parte do time da  Sony Music, uma das maiores gravadoras do Brasil.

De acordo com o Splash, a decisão de assinar com a gravadora veio após ler uma crítica construtiva de um especialista musical, que o chamou de “hors-concours”, termo usado para artistas que não precisam participar de concursos por estarem muito além dos competidores. Desta forma, Luan Santana quer fazer jus ao título e assinar com a Sony Music é um grande passo.

“Quero escrever esta nova história com os meus fãs e conquistar o mundo que, junto com a Sony, vai me ajudar a mostrar a música e o romantismo do Brasil”, comemorou o artista.

O cantor continuou: “Adele, Alicia Keys, Britney Spears, Beyoncé, Roberto Carlos, meu Rei, estou chegando para o time de vocês! Sony Music, vamos gravitar e levar a música do Brasil para o mundo!”

Durante a reunião par assinar o contrato, o Presidente da Sony Music Brasil, Paulo Junqueiro também celebrou a parceria: “É um privilégio e uma grande alegria poder ter Luan na família Sony, que vai ficar mais rica com a sua chegada. Obrigado, Luan, pela confiança!”.

 

Foto: Divulgação

Gravadoras veem mídias sociais como oportunidade de novos negócios

A Warner Music anunciou, na última semana de 2020, que firmou um acordo com o TikTok para licenciar músicas em troca de taxas de royalties maiores. Após anos de luta contra gigantes da tecnologia, chegou a vez das gravadoras se unirem às redes sociais para atrair novos negócios milionários.

Segundo o CEO da Warner Music, Steve Cooper, com a parceria a gravadora espera gerar centenas de milhões de dólares por ano. Os termos do pacto não foram divulgados.

De acordo com matéria da Bloomberg, no ano passado, grandes empresas do mercado musical também assinaram acordos de licenciamento com as três das maiores plataformas de mídia social, Facebook, TikTok e Snapchat.

A pandemia foi um dos principais fatores que contribuiu para os acordos entre gravadoras e mídias sociais. Afinal, foi através dessas plataformas que elas conseguiram equilibrar um pouco as perdas das vendas durante a pandemia, que continua fechando lojas e impedindo as turnês de shows no mundo todo.

“Parece que vimos anos de mudança e evolução no decorrer de alguns meses”, disse Oana Ruxandra, diretora digital da Warner Music (foto). “Queremos garantir que haja valor para nossos artistas em todas as áreas, e o objetivo é garantir que eles ganhem dinheiro para viver suas vidas.”

Ruxandra ingressou na Warner Music há dois anos e está mudando a forma como a empresa lida com as novas tecnologias. Anteriormente, as gravadoras costumavam culpar a internet e empresas de tecnologia como Google e Apple pelo seu declínio, à medida que a pirataria e a audição online dizimaram as vendas de CDs, que antes eram a principal fonte de renda da indústria.

Com o surgimento de outros participantes, incluindo Spotify e Pandora, as empresas do mercado musical continuaram a ver a tecnologia como um grade vilão, uma vez que esses serviços, muitas vezes enriqueciam às custas de seu trabalho. Inicialmente, a mídia social era ainda pior. YouTube, Facebook, Snapchat e TikTok do Google, todos hospedaram vídeos de usuários com música sem pagar nada.

Esta dança continuou se repetindo por um bom tempo. No entanto, à medida que as empresas de mídia social foram se desenvolvendo e criavam novos recursos para conquistar cada vez mais, foi necessário traçar laços mais estreitos com a indústria musical.

O TikTok, de propriedade da empresa chinesa ByteDance, licenciou músicas que datam da época em que era conhecido como Musical.ly. Entretanto, gravadoras, artistas e compositores sentiram que estavam sendo enganados, visto que o TikTok era um dos aplicativos mais populares do mundo, ostentando mais de 600 milhões de usuários. Os novos acordos devem amenizar várias questões, pois o impacto da mídia social nos negócios é imenso, tanto em termos de receita quanto de promoção, de acordo com Ole Obermann, chefe global de música da TikTok.

Agora que as redes sociais estão começando a remunerar pelo uso de música, o próximo passo das gravadoras é explorar novas indústrias, como games e mundo fitness.

Para o portal, ainda não está claro se esses esforços decolarão ou serão pontuais, mas as gravadoras estão cada vez mais abertas a novas ideias: “Estamos experimentando porque vemos negócios reais lá”, disse Ruxandra.

 

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EM CARTA, JIMMY PAGE PEDE MELHOR REMUNERAÇÃO PARA COMPOSITORES EM SERVIÇOS DE STREAMING

Nesta semana o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page, se posicionou a favor dos músicos, pedindo uma melhor remuneração sobre as taxas de royalties pagos em serviços de streaming.

Segundo Lounder Sound, Jimmy Page escreveu uma carta em resposta à reunião de consulta do Comitê Digital, Cultura, Mídia e Esportes, realizada no mês passado. Ele pediu as empresas de streaming que paguem royalties mais justos aos artistas por seu trabalho.

“Quanto mais cedo as empresas de streaming pagarem de forma justa para todos que possuem sua música tocada, ou vista através da internet, melhor”, afirmou o músico em carta publicada em seu perfil do Instagram.

Em uma apresentação ao Comitê Selecionado do DCMS, a Ivors Academy of Music Creators pediu ao governo britânico regulamentações mais rígidas sobre como as gravadoras gerenciam artistas em serviços de streaming.

A Academia solicitou ainda que as leis de direitos autorais fossem alteradas para garantir que escritores e artistas recebessem mais por seu trabalho, pedindo uma reforma na maneira em como os dados relacionados ao streaming de música são gravados, para salvaguardar os direitos dos criadores.

Vale notar que recentemente Bob Dylan vendeu todo o seu catálogo de composições. Além do desabafo do cantor e compositor David Crosby. O músico, que possui a mesma idade de Dylan, porém uma quantidade menor de regravações e poucos sucessos internacionais está vendendo seu catálogo e acusando as plataformas de streaming de o roubarem: “Não posso fazer shows, e o streaming está roubando o dinheiro de minhas gravações”, escreveu David Crosby no Twitter.

 

Imagem: divulgação

Em distribuição do Globoplay e Gshow, Ecad vai remunerar direitos conexos em serviços de streaming pela primeira vez

Nesta quarta-feira (18), o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) anunciou que pela primeira vez vai remunerar direitos conexos no streaming, de acordo com a arrecadação realizada pelo Globoplay e GShow.

Segundo o Ecad, isso quer dizer que serão remunerados, ainda em novembro, titulares de direitos de autor (compositores e editores) e conexos (intérpretes, músicos e produtores fonográficos) que tiveram suas obras em trilhas sonoras de produções audiovisuais nessas plataformas digitais.

No total serão contempladas quase 70 mil obras audiovisuais, que foram executadas por mais de 2 bilhões de vezes, no período de janeiro e junho de 2020.

Entenda como será feita a distribuição:

“O montante a ser distribuído é dividido pelas obras audiovisuais (como novelas, séries, minisséries, filmes, desenhos e programas de variedade), observando o total de exibições, o que define o valor de cada conteúdo. Este valor atribuído a cada obra audiovisual é, em seguida, rateado entre as músicas da sua trilha musical, considerando seu tempo de execução e classificação (tema de abertura, encerramento, personagem e background, entre outros)”, explica o escritório em nota.

A entidade afirma ainda que todo o processo de identificação é feito de forma automatizada, através de um cruzamento de dados. Por isto, é de suma importância que cadastro de obras musicais e fonogramas estejam atualizados junto às associações.

 

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