Novo relatório da CISAC confirma arrecadação US$11 bilhões em royalties e aponta o YouTube como o maior vilão no mercado digital

Matéria de Variety

Apesar do crescimento recorde de US$11 bilhões na arrecadação de direitos autorais para criadores de música, audiovisual, artes visuais, teatro e literatura, a receita no digital continua abaixo do esperado devido ao Value gap – baixas taxas de royalties pagas pelo YouTube, apontou novo relatório da CISAC.

Novo relatório da CISAC – Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores – confirma o crescimento das arrecadações de direitos autorais para criadores de música, audiovisual, artes visuais, teatro e literatura. O portal Variety trouxe os números.

As arrecadações alcançaram um recorde de €9,6 bilhões em 2017 (quase US $ 11 bilhões), alta de 6,2% em relação ao ano anterior.

Com relação ao digital, a CiSAC relatou que a arrecadação de direitos autorais obteve a marca de €1 bilhão (US$1,14 bilhão) pela primeira vez.

As coleções digitais quase triplicaram (até 166%) nos últimos cinco anos, impulsionadas pela crescente demanda dos consumidores, principalmente pelos serviços de streaming de vídeo.

Os direitos autorais de música cresceram 6,0%, acumulando €8,3 bilhões. Também houve crescimento no digital, com arrecadação de €1 bilhão pela primeira vez.

O número de obras digitais atingiu 1,27 bilhão de euros, entretanto a CISAC apontou que a receita continua abaixo do esperado devido ao value gap – baixas taxas de royalties pagas pelo YouTube, a plataforma mais popular do mundo de streaming.

“Apenas 13% dos royalties dos criadores provêm de fontes digitais (acima de 11%), um reflexo do descompasso entre o volume de trabalho criativo disponibilizado por canais digitais e os valores devolvidos aos criadores”, afirmou o relatório sobre o value gap.

É o quinto ano consecutivo de crescimento global para os criadores e o primeiro a ver aumentos em todas as obras.

Houve aumento na arrecadação para TV e rádio, o que sugere que as crescentes receitas digitais não estão canibalizando os mercados mais tradicionais.

O presidente da CISAC e veterano músico eletrônico Jean-Michel Jarre (foto) disse que a CISAC está em uma batalha pelo futuro de mais de 4 milhões de criadores em todo o mundo: “A Europa já reconheceu que é hora de mudar: não é aceitável que a lei proteja os grandes monopólios tecnológicos e sustente uma injustiça sistêmica para os criadores. Agora há uma mensagem para chegar ao resto do mundo: é hora de outros governos se sentarem e seguirem”, afirmou Jarre.

 

Foto: HUGO MARIE/EPA/REX/SHUTTERSTOCK

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Paul McCartney escreve carta para que a Nova Diretiva de Direitos Autorais seja aprovada.

Matéria de Billboard

Paul McCartney escreveu uma carta aberta para apoiar a aprovação da Nova Diretiva de Direitos Autorais da Europa.

O ex-Beatle, Paul McCartney, escreveu uma carta aberta apoiando os artistas, gravadoras e órgãos da indústria musical que estão a favor da Nova Diretiva de Direitos Autorais da Europa.

“Você tem nas mãos o futuro da música”, escreveu McCartney, enfatizando a importância da música e da cultura como “nosso coração e alma”.

“Infelizmente, o ‘value gap’ (lacuna de valor) compromete o ecossistema da música”, ele advertiu. “Precisamos de uma internet que seja justa e sustentável para todos. Mas hoje algumas plataformas de conteúdo de upload de usuários se recusam a compensar os artistas e todos os criadores de música de forma justa pelo seu trabalho, enquanto eles exploram isso para seu próprio lucro.”

Se aprovada no dia 5 de Julho pelo Parlamento Europeu, a nova diretiva trará mudanças na lei de direitos autorais, principalmente sobre a questão do “Value Gap” (lacuna de valor), que é a diferença entre o que os sites gratuitos e serviços de assinatura pagam aos criadores por sua música.

McCartney se juntou a uma lista de mais de 1.300 escritores e compositores que estão pressionando para que a diretiva seja aprovada. Além disso, 30 mil pessoas já assinaram uma petição apoiando a causa.

 

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Indie Labels Say Spotify Is Paying 3X Better Than YouTube

Matéria de Digital Music News

Em relatório, a Merlin afirma que o YouTube não paga artistas como o Spotify.

“O YouTube tem sido considerado a perdição da indústria da música”. Graças, em parte, à lei Safe Harbor, a plataforma de vídeo pode pagar o mínimo necessário para as principais gravadoras e artistas.

Enquanto isso, a história é outra para o Spotify, que está avançando com seus planos de ir à IPO, resolveu grandes processos judiciais e tentou pagar mais. Por isso, a confirmação de que o paga muito mais do que o YouTube.

No relatório realizado pela A2IM, a Merlin Network apresentou os resultados de uma pesquisa com os membros da organização, enquanto os serviços de streaming de música, como o Spotify, fornecem grandes receitas para os membros do Merlin, o mesmo não acontece com o streaming de vídeo, o desempenho é inferior.

A agência mundial de direitos digitais confirmou que o streaming de músicas ultrapassou os serviços de transmissão de vídeo, como o YouTube. No relatório, em comparação ao mês de março de 2017 com o ano anterior, o crescimento da receita do streaming de áudio supera o streaming de vídeo a uma taxa de mais de 3 para 1. Além disso, 42% de seus membros disseram que “o YouTube representa menos de 5% de suas receitas digitais”, provando a existência do “Value Gap”.

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HAVE YOUR SAY ON ‘MAKING THE INTERNET FAIR’ FOR CREATORS

“Make the Internet Fair” é um petição que exige das autoridades a correção do “value gap”.

Durante o evento “Meet the Authors”, realizado em Bruxelas no dia 30 de maio, autores puderam assinar uma petição que exigia medidas da União Européia (UE) para garantir uma legislação sobre direitos autorais que de fato proteja os interesses dos autores.

Agora os organizadores do evento estão convidando todos os autores a apoiarem a petição “Make The Internet Fair”, onde exige que as autoridades corrijam o “value gap” (a diferença de valor) para que os criadores sejam remunerados em plataformas on-line para o uso de suas músicas.

A carta pede às autoridades que esclareçam como as plataformas de conteúdo, como o YouTube, estão envolvidas na reprodução e disponibilização de obras sob leis de direitos autorais, além de garantir que a legislação dos “safe harbors” (portos seguros) não se aplique a tais plataformas.

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RECORDING INDUSTRY CLAIMS IMAGINARY VALUE GAP AS A BIGGER THREAT THAN PIRACY

A violação de direitos autorais já não é a maior preocupação da indústria discográfica, e sim, o YouTube.

Durante o World Intellectual Property Organization (WIPO), o IFPI organizou um encontro no qual David Price foi um dos convidados. Um dos assuntos mais abordados no encontro foi relacionado ao “Value Gap”, que é uma diferença entre o que usuários de serviços (como Youtube) consomem de música e o que eles retornam em dinheiro para o mercado.

No encontro, Price admitiu que a violação de direitos autorais já não é a maior preocupação da indústria discográfica, e sim as plataformas de streaming, como o YouTube que pagam aos autores um valor muito abaixo pelos seus direitos autorais.

Foram discutidos outros temas importantes para a indústria como a lei do “safe harbor’ que acaba protegendo o YouTube a não ter responsabilidades sobre conteúdos irregulares na plataforma.

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‘I DON’T SEE A YOUTUBE VALUE GAP. OVER 45% OF OUR REVENUE FROM THE PLATFORM IS FROM UGC.’

Em entrevista para o site Music Business Worldwide, Denis Ladegaillerie, chefe da Believe, fala que o Youtube é um grande aliado, afinal, 20% de suas receitas globais vem da plataforma que funciona também como uma ferramenta de promoção e receita.

Denis Ladegaillerie, chefe da Believe, que é uma empresa de serviços digitais de distribuição, falou na entrevista que metade da receita da empresa vem de vídeos musicais oficiais. São mais de 45% ganhos em conteúdo gerado por usuários e não existe outra oportunidade de pagamento em nenhum outro lugar para esses ativos, há falta de um serviço de assinaturas de vídeo aceitável. Ele ainda fala sobre o mercado e o futuro da indústria da música digital.

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