BYTEDANCE LANÇA APLICATIVO DE IA PARA CRIAÇÃO DE TRILHAS SONORAS EM VIDEOS CURTOS

A mais recente grande empresa de tecnologia a explorar a música por meio da IA é a ByteDance, responsável pelo popular aplicativo de vídeos curtos TikTok. A empresa começou a testar o aplicativo Ripple, um aplicativo de criação de música com inteligência artificial que tem como objetivo auxiliar na criação, composição e edição de áudio.

De acordo com o MusicAlly, por enquanto o Ripple está disponível apenas como um teste beta fechado nos Estados Unidos, e é exclusivo para convidados. No entanto, as pessoas interessadas podem solicitar um convite por meio do site do Ripple.

O aplicativo gratuito foi projetado tanto para músicos quanto para criadores de conteúdo nas redes sociais. No caso dos músicos, o Ripple serve como uma ferramenta de composição, enquanto os criadores de conteúdo podem utilizá-lo para criar trilhas sonoras para seus vídeos.

Uma das principais funcionalidades do aplicativo é chamada “Melody to Song”, que permite aos usuários cantarolar uma melodia em seus telefones. O app, então, expande essa melodia com um acompanhamento instrumental em diferentes gêneros musicais. Além disso, o recurso conta com um “estúdio de gravação virtual” que possibilita a edição de áudio. Vale ressaltar que, por enquanto, o Ripple só é capaz de criar músicas instrumentais.

A ByteDance informou à MusicAlly que o modelo de IA utilizado no recurso foi treinado com músicas licenciadas ou de propriedade da própria empresa, bem como com músicas produzidas internamente. O portal destacou que o Ripple ainda está em fase de desenvolvimento e passará por evoluções. Por exemplo, ainda não está claro se as pessoas poderão criar faixas musicais usando o aplicativo e, em seguida, fazer upload dessas músicas no TikTok para ganhar dinheiro. Segundo o porta-voz da ByteDance, “analisaremos o feedback dos usuários durante a fase de teste e poderemos desenvolver novos recursos do produto no futuro”.

Quanto aos direitos autorais das músicas criadas com a ferramenta, um porta-voz explicou que o criador da música é o detentor do conteúdo que foi carregado no aplicativo, desde que possua os direitos autorais sobre esse conteúdo. No entanto, permitir que as pessoas cantarolem ou cantem músicas protegidas por direitos autorais é ua armadilha, já que elas podem optar por interpretar faixas como “Single Ladies”, “Bohemian Rhapsody” ou “Shape of You”. Nesse caso, a ByteDance terá que lidar com os desafios de moderação resultantes se os resultados puderem ser compartilhados publicamente ou até mesmo lançados comercialmente.

Foto: reprodução/ByteDance

 

 

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Warner Bros pode vender direitos de trilhas de filmes e séries clássicas por U$500 milhões

A Warner Bros está em negociações para vender parte do seu catálogo musical de filmes e séries por aproximadamente US$500 milhões. A notícia foi divulgada inicialmente pelo site Hits Daily Double e confirmada pela Variety.

De acordo com O Globo, o catálogo musical do estúdio é um dos mais impressionantes de Hollywood, reunindo clássicos como “Casablanca”, “E o vento levou” e “Batman”, além de musicais como “Purple Rain”, e “Evita”.

A venda de 50% do acervo seria mais uma tentativa do CEO David Zaslav para tentar pagar a dívida da companhia, que atualmente está em torno de US$49,5 bilhões.

Analistas da indústria, no entanto, não acreditam que a venda do catálogo será um negócio fácil, uma vez que boa parte dele tem mais de meio século de idade e, portanto, está desvalorizando a cada ano que passa, correndo o risco de entrar em domínio público.

A Sony vem sendo apontada como possível destino do catálogo da Warner, que atualmente é administrado por meio de um acordo comercial com a Universal Music. Warner, Sony e Universal ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.

 

Foto: Batman 1989_divulgação

Trilhas sonoras impulsionam o crescimento no consumo de música no Reino Unido.

A BPI – “British Phonographic Industry”,  associação de negócios da indústria fonográfica britânica – com base nos dados da Official Charts Company, divulgou um novo relatório sobre o consumo de música no Reino Unido. Em 2018, impulsionada pelo consumo de trilhas sonoras, o consumo de música  aumentou 5,7% (135,1 milhões), um valor de varejo estimado de £1,33 bilhões.

De acordo com o portal Music Week, em 2017, grandes artistas como Adele e Ad Sheeran desempenharam papéis importantes no consumo de música no Reino Unido. No entanto, em 2018, as vendas foram impulsionadas pelas trilhas sonoras de filmes.

A trilha sonora do filme “The Greatest Showman” foi o título mais vendido do ano, batendo o recorde da cantora Adele por semanas.  Fizeram parte dos mais vendidos a banda Abba na trilha sonora de “Mamma Mia:Here We Go Again” (No.4), Lady Gaga e Bradley Cooper com músicas do filme “A Star Is Born” (No.7) e a banda Queen, com a trilha sonora do biográfico “Bohemian Rhapsody”.

Os artistas britânicos também se destacaram na indústria da música, eles foram responsáveis ​​por metade dos 20 álbuns mais vendidos no mundo em 2018. Em primeiro lugar ficou o cantor George Ezra com seu álbum “Staying At Tamara’s. Artistas e bandas como Ed Sheeran (÷), Dua Lipa (Dua Lipa) e Arctic Monkeys (Tranquilidade Base Hotel + Casino) ocuparam as primeiras posições de vendas de álbuns.

Segundo o relatório, o streaming de música representou quase dois terços do consumo de música no Reino Unido (63,6%) e em dezembro de 2018, o mercado testemunhou um novo marco de 2,0 bilhões de streaming de música em uma única semana.

Outro ponto-chave do relatório indicou o aumento de 1,6% nas vendas de vinil, com os 4,2 milhões de LPs comprados. As vendas de LP estiveram no nível mais alto desde o início dos anos 90. Atualmente, o vinil é responsável por cerca de 3% da música consumida no Reino Unido.

Tranquility Base Hotel + Casino  da banda Arctic Monkeys foi o álbum mais adquirido em vinil em 2018 e também foi o LP mais vendido em 25 anos desde que os discos começaram em 1994.

“O crescimento do consumo de música e a força dos artistas britânicos no cenário mundial estão energizando histórias de sucesso para os selos. Embora ainda seja difícil para os artistas menores romperem a vasta quantidade de música disponível, 2018 provou ser um ano estimulante em que a indústria da música se uniu para exigir um pagamento justo dos grandes gigantes da tecnologia, através do Artigo 13”, analisou Vanessa Higgins, diretora executiva da Regent Street Records e membro independente do conselho da BPI.